Caracterização tridimensional da região do Campo de Búzios usando análise multi-atributos sísmicos e dados de poços revela implicações sobre sua evolução tectono-estratigráfica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernanda Moura Costa
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/62415
Resumo: O Campo de Búzios destaca-se como um dos campos de petróleo mais produtivos ao longo da margem leste brasileira. Apesar de haver inúmeras pesquisas focadas nos reservatórios do pré- sal, poucos são os estudos dedicados à caracterização tridimensional de toda a área do Campo de Búzios. Portanto, este trabalho objetiva a caracterização espacial de um volume ao longo do Campo de Búzios utilizando interpretação tridimensional do volume sísmico integrada à análise de atributos sísmicos e de dados de poços. A combinação dessas ferramentas permitiu a compreensão de diversos parâmetros relacionados à evolução tectono-estratigráfica da Bacia de Santos. Na área mapeada, foram identificadas cinco unidades com características sísmicas bem marcadas: Sin-Rifte I, Sin-Rifte II, Pós-Rifte I, Pós-Rifte II, Drifte I e Drifte II. O modelo 3D revelou importantes feições, como a variação de profundidade da unidade Sin-Rifte I e a morfologia bastante heterogênea da unidade Pós-Rifte II. A unidade Sin-Rifte I apresenta maior profundidade em direção a N-NW e menor profundidade em direção a S-SE, devido a um sistema regional de semi-grabens. Esse sistema influencia a geometria e a espessura do pacote pré-sal, uma vez que altos e baixos estruturais são um importante condicionante da acomodação dos sedimentos. A unidade Pós-Rifte I exibe uma geometria predominantemente regular e espessura constante, mas tende a espessar em direção ao S-SE e apresenta uma leve flexura descendente em direção a NE, no sudeste do Campo de Búzios. Em três dimensões, a morfologia complexa da unidade Pós-Rifte II é evidenciada pela variação de espessura e topografia irregular, o que evidencia a intensa halocinese atuante na Bacia de Santos. Acima da camada evaporítica, a espessura da unidade Drifte I é altamente condiconada pela morfologia do sal, com pacotes mais espessos e deformados em áreas em que a seção salina é mais fina. Por sua vez, a unidade Drifte II apresenta espessura relativamente constante, com variações menores próximas às zonas de falha. Comparações com outros campos dentro da Bacia de Santos (Tupi e Sapinhoá/Lapa) revelam diferenças na espessura das camadas, mobilização e rotação dos blocos sin-rifte. A camada Pós-Rifte I (Formação Barra Velha) e o pacote Pós-Rifte II (Formação Ariri) são mais finos e menos mobilizados na área do Campo de Búzios. Além disso, os blocos sin-rifte são menos rotacionados e os refletores internos apresentam menor inclinação na área de estudo quando comparados a esses outros campos. Portanto, essa pesquisa conclui que a menor mobilização de sal, a menor espessura do pacote pós-rifte e a menor rotação dos blocos sin-rifte observadas na área do Campo de Búzios estão relacionados à distância relativa da margem continental e, consequentemente, à quantidade de deslocamento gerada pelo Rifte do Atlântico Sul. Nesse contexto, o Campo de Búzios encontra-se em uma região maisproximal em comparação com os campos de Tupi e Sapinhoá/Lapa, apresentando características que sugerem um deslocamento menor.
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Na área mapeada, foram identificadas cinco unidades com características sísmicas bem marcadas: Sin-Rifte I, Sin-Rifte II, Pós-Rifte I, Pós-Rifte II, Drifte I e Drifte II. O modelo 3D revelou importantes feições, como a variação de profundidade da unidade Sin-Rifte I e a morfologia bastante heterogênea da unidade Pós-Rifte II. A unidade Sin-Rifte I apresenta maior profundidade em direção a N-NW e menor profundidade em direção a S-SE, devido a um sistema regional de semi-grabens. Esse sistema influencia a geometria e a espessura do pacote pré-sal, uma vez que altos e baixos estruturais são um importante condicionante da acomodação dos sedimentos. A unidade Pós-Rifte I exibe uma geometria predominantemente regular e espessura constante, mas tende a espessar em direção ao S-SE e apresenta uma leve flexura descendente em direção a NE, no sudeste do Campo de Búzios. Em três dimensões, a morfologia complexa da unidade Pós-Rifte II é evidenciada pela variação de espessura e topografia irregular, o que evidencia a intensa halocinese atuante na Bacia de Santos. Acima da camada evaporítica, a espessura da unidade Drifte I é altamente condiconada pela morfologia do sal, com pacotes mais espessos e deformados em áreas em que a seção salina é mais fina. Por sua vez, a unidade Drifte II apresenta espessura relativamente constante, com variações menores próximas às zonas de falha. Comparações com outros campos dentro da Bacia de Santos (Tupi e Sapinhoá/Lapa) revelam diferenças na espessura das camadas, mobilização e rotação dos blocos sin-rifte. A camada Pós-Rifte I (Formação Barra Velha) e o pacote Pós-Rifte II (Formação Ariri) são mais finos e menos mobilizados na área do Campo de Búzios. Além disso, os blocos sin-rifte são menos rotacionados e os refletores internos apresentam menor inclinação na área de estudo quando comparados a esses outros campos. Portanto, essa pesquisa conclui que a menor mobilização de sal, a menor espessura do pacote pós-rifte e a menor rotação dos blocos sin-rifte observadas na área do Campo de Búzios estão relacionados à distância relativa da margem continental e, consequentemente, à quantidade de deslocamento gerada pelo Rifte do Atlântico Sul. Nesse contexto, o Campo de Búzios encontra-se em uma região maisproximal em comparação com os campos de Tupi e Sapinhoá/Lapa, apresentando características que sugerem um deslocamento menor.The Búzios Field is one of the most prolific petroleum fields along the Eastern Brazilian Margin. Despite significant research conducted restrictedly on the pre-salt reservoirs, few studies have focused on the three-dimensional characterization of the entire Búzios Field area. Therefore this work aims to spatially characterize a volume along the Búzios Field area using 3D seismic volume interpretation, seismic attributes, and well-log data. The combined use of these tools allowed the understanding of several parameters concerning the tectonostratigraphic evolution of the Santos Basin. Within the mapped area, we identified five units: Syn-Rift I, SynRift II, Post-Rift I, Post-Rift II, Drift I, and Drift II. The 3D model reveals significant features such as the depth variation of the Syn-Rift I unit and the heetrogeneous morphology of the PostRift II unit. The Syn-Rift I unit is deeper towards the N-NW and shallower towards the S-SE due to a regional half-grabens system. This system impacts the pre-salt geometry and thickness, as structural highs and lows are relevant factors in sediment accommodation. The Post-Rift I unit has a predominantly regular geometry and thickness but tends to thicken towards the S-SE and exhibits slight downward flexure towards the NE in the southeast of the Búzios Field. In three dimensions, the heterogeneous morphology of the Post-Rift II unit is evidenced by the variable thickness and irregular topography, accounting for the intense halokinesis in the Santos Basin. Above the evaporitic layer, the thickness of the Drift I unit is highly conditioned by salt morphology, with thicker and deformed packages in areas of thinner salt section. On the other hand, the Drift II unit shows relatively constant thickness with minor variations near fault zones. Comparisons with other fields within the Santos Basin (Tupi and Sapinhoá/Lapa) reveal differences in layer thickness, mobilization, and rotation of the syn-rift blocks. The Post-Rift I layer (Barra Velha Fm.) and the Post-Rift II package (Ariri Fm.) are thinner and less mobilized in the Búzios Field area. Moreover, the syn-rift blocks are less rotated, and the internal reflectors have a lower inclination in the study area when compared to these other fields. Therefore, this research concludes that the lower mobilization of salt, the lower thickness of the post-rift package, and the minor syn-rift block rotation observed in the Búzios Field area are associated with the relative distance from the continental margin and, consequently, with the amount of displacement generated by the South Atlantic Rift. In this case, the Búzios Field is located in a more proximal portion than Tupi and Sapinhoá/Lapa fields, exhibiting features suggestive of a lower displacement.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeologiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessGeologia estratigráficaBacias sedimentaresCampos petrolíferosSantos, Bacia deCaracterização sísmicaEvolução tectônicaBacias do tipo rifteBacia de SantosCampo de BúziosCaracterização tridimensional da região do Campo de Búzios usando análise multi-atributos sísmicos e dados de poços revela implicações sobre sua evolução tectono-estratigráficaThree-dimensional characterization of the Búzios Field reveals implications on the tectonostratigraphic evolution of the Santos Basin using combined seismic attributes and well-logs analysisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_FernandaMouraCosta_VersãoFinal.pdfDissertação_FernandaMouraCosta_VersãoFinal.pdfDissertação de Mestrado- Fernanda Moura Costaapplication/pdf9095751https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62415/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_FernandaMouraCosta_Vers%c3%a3oFinal.pdfdca888fcbbacb08d9d55f98cc9317fa6MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62415/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62415/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/624152024-01-03 11:55:08.65oai:repositorio.ufmg.br:1843/62415TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-01-03T14:55:08Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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