Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Rio do Peixe, NE do Brasil: porção NW do semi-gráben de Sousa
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31691 |
Resumo: | Durante a abertura do Atlântico Sul, no Eocretáceo, bacias tipo grábens e semi-grábens foram desenvolvidas no Nordeste brasileiro, marcando o estágio de rifteamento continental que, posteriormente, evoluiu para as margens passivas no Atlântico Leste. A Bacia do Rio do Peixe está inserida neste conjunto de bacias, cujo preenchimento sedimentar tem sido relacionado ao estágio rifte. Todavia, recentemente foram identificados estratos eodevonianos sotopostos à Sequência Rifte, tornando a Bacia do Rio do Peixe um exemplo diferenciado dentre as demais bacias rifte na região. Utilizando dados de 160 afloramentos, 3 poços exploratórios e sísmica 3D, este trabalho objetiva analisar os aspectos tectono-estratigráficos de superfície e subsuperfície dos intervalos pré- e sin-rifte da bacia, aplicando métodos de campo, de interpretação sísmica, técnicas estruturais e de estratigrafia de sequências. A área de estudo contempla a borda oeste do Semi-gráben de Sousa, bem como a porção leste do Degrau de Santa Helena. Acerca da configuração tectono-estratigráfica da área, verificou-se que o contato do embasamento com o pacote sedimentar, na rampa direcional e na margem flexural do Semigráben de Sousa, se dá por falhas. Também se observou em superfície e subsuperfície que o contato entre as sequências pré- e sin-rifte corresponde a uma discordância de baixo ângulo. Na análise tectono-estrutural constatou-se a presença de falhas e dobras de propagação, as quais se relacionam ao evento rifte, caracterizado por uma distensão NW-SE. Em menor expressão um segundo conjunto de estruturas é observado, incluindo falhas de rejeito direcional, relacionado ao evento de abertura da Margem Equatorial, em um regime transtracional dextral. Verifica-se que a Sequência Eodevoniana se desenvolveu a partir de um sistema deltaico, sendo dividida em um trato de sistemas transgressivo, com depósitos de frente deltaica e transição para prodelta, e trato de sistema regressivo, com depósitos de planície deltaica. A caracterização litofaciológica e sismoestratigráfica da região permitiu estabelecer uma nova proposta de delimitação estratigráfica para o remanescente paleozóico. Na Sequência Rifte, atestou-se a relação de interdigitação entre as suas unidades. Esta sequência foi subdividida em tratos de sistemas tectônicos, os quais tanto na região do Degrau de Santa Helena, como no Semi-gráben de Sousa, estão relacionados à momentos da estruturação inicial do evento rifte e à momentos de alta e baixa atividade tectônica. Nesta caracterização, verificou-se que nestes dois setores estruturais os tratos de sistemas iniciais são correlacionáveis, desta forma compartilhando de um mesmo sistema deposicional. |
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Lourenço, Maria Clara de Meneseshttp://lattes.cnpq.br/6604775295602155http://lattes.cnpq.br/4094827215552998Xavier Neto, Pedrohttp://lattes.cnpq.br/0420885770350995Cordoba, Valéria Centurionhttp://lattes.cnpq.br/8212523609187259Jardim, Emanuel Ferraz2021-03-05T00:08:35Z2021-03-05T00:08:35Z2020-12-16LOURENÇO, Maria Clara de Meneses. Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Rio do Peixe, NE do Brasil: porção NW do semi-gráben de Sousa. 2020. 91f. Dissertação (Mestrado em Geodinâmica e Geofísica) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31691Durante a abertura do Atlântico Sul, no Eocretáceo, bacias tipo grábens e semi-grábens foram desenvolvidas no Nordeste brasileiro, marcando o estágio de rifteamento continental que, posteriormente, evoluiu para as margens passivas no Atlântico Leste. A Bacia do Rio do Peixe está inserida neste conjunto de bacias, cujo preenchimento sedimentar tem sido relacionado ao estágio rifte. Todavia, recentemente foram identificados estratos eodevonianos sotopostos à Sequência Rifte, tornando a Bacia do Rio do Peixe um exemplo diferenciado dentre as demais bacias rifte na região. Utilizando dados de 160 afloramentos, 3 poços exploratórios e sísmica 3D, este trabalho objetiva analisar os aspectos tectono-estratigráficos de superfície e subsuperfície dos intervalos pré- e sin-rifte da bacia, aplicando métodos de campo, de interpretação sísmica, técnicas estruturais e de estratigrafia de sequências. A área de estudo contempla a borda oeste do Semi-gráben de Sousa, bem como a porção leste do Degrau de Santa Helena. Acerca da configuração tectono-estratigráfica da área, verificou-se que o contato do embasamento com o pacote sedimentar, na rampa direcional e na margem flexural do Semigráben de Sousa, se dá por falhas. Também se observou em superfície e subsuperfície que o contato entre as sequências pré- e sin-rifte corresponde a uma discordância de baixo ângulo. Na análise tectono-estrutural constatou-se a presença de falhas e dobras de propagação, as quais se relacionam ao evento rifte, caracterizado por uma distensão NW-SE. Em menor expressão um segundo conjunto de estruturas é observado, incluindo falhas de rejeito direcional, relacionado ao evento de abertura da Margem Equatorial, em um regime transtracional dextral. Verifica-se que a Sequência Eodevoniana se desenvolveu a partir de um sistema deltaico, sendo dividida em um trato de sistemas transgressivo, com depósitos de frente deltaica e transição para prodelta, e trato de sistema regressivo, com depósitos de planície deltaica. A caracterização litofaciológica e sismoestratigráfica da região permitiu estabelecer uma nova proposta de delimitação estratigráfica para o remanescente paleozóico. Na Sequência Rifte, atestou-se a relação de interdigitação entre as suas unidades. Esta sequência foi subdividida em tratos de sistemas tectônicos, os quais tanto na região do Degrau de Santa Helena, como no Semi-gráben de Sousa, estão relacionados à momentos da estruturação inicial do evento rifte e à momentos de alta e baixa atividade tectônica. Nesta caracterização, verificou-se que nestes dois setores estruturais os tratos de sistemas iniciais são correlacionáveis, desta forma compartilhando de um mesmo sistema deposicional.During the South Atlantic opening, in the Early Cretaceous, interior rift basins were developed in Northeastern Brazil, recording the continental rifting stage that predated the development of the passive margins along the South Atlantic. The Rio do Peixe Basin belongs to this set of basins whose sedimentary fill is related to the rift stage. Recently, Lower Devonian strata were identified underneath the Rift Sequence, making the Rio do Paixe Basin a differentiated example among rift basins in this region. Using data from 160 outcrops, 3 exploratory wells and 3D seismic data, this work aims to analyze the tectono-stratigraphic aspects of the surface and subsurface of the pre- and syn-rift sequences of the basin, applying field methods, seismic interpretation, structural techniques and sequence stratigraphy. The study area includes the western border of Sousa half-graben, as well as the eastern portion of the Santa Helena Step. Regarding the tectono-stratigraphic setting of the area, it was found that the basement contact with the sedimentary package, on the strike ramp and on the flexural margin of the Sousa halfgraben is established by faults. It was also observed in surface and subsurface that the contact between the pre- and syn-rift sequences corresponds to a low angle unconformity. In the tectono-structural analysis, it was interpreted faults and propagation folds, which are related to the rift event, characterized by a NW-SE extension. As a minor expression, a second set of structures is observed, including faults of directional displacement, related to the opening of the Equatorial Margin, in a transtensional dextral regime. It was found that the Lower Devonian Sequence developed a deltaic system, being divided into a transgressive system tract, with delta front deposits and transition to prodelta, and a regressive system tract, with delta plain deposits. The lithofaciological and seismic stratigraphic characterization of the region allowed to establish a new suggestion for stratigraphic delimitation for the Paleozoic remnant. In the Rift Sequence, the interdigitation relation between its units was attested. This sequence was subdivided into tectonic systems tracts, which both in the region of Santa Helena Step and in Sousa half-graben, are related to the moments of initial tectonics of the rift event and to episodes of high and low tectonic activities. In this characterization, the initial system tracts of these two structural sectors are correlated, thus sharing the same depositional system.Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICAUFRNBrasilBacia do Rio do PeixeTectono-estratigrafiaEstrutura do rifte eocretáceoPré-rifte devonianoEstratigrafia de sequências rifteInterpretação sísmica 3DEvolução tectono-estratigráfica da Bacia do Rio do Peixe, NE do Brasil: porção NW do semi-gráben de Sousainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTEvolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf.txtEvolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain140713https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31691/2/Evolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf.txta655f7efbcbe76c608edfc5d41ec7c28MD52THUMBNAILEvolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf.jpgEvolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1341https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31691/3/Evolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf.jpg151a7ec13f9c41807de5eb2230ea2e69MD53ORIGINALEvolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdfapplication/pdf13216691https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31691/1/Evolucaotectonoestratigrafica_Lourenco_2020.pdf122e0dc7f9b548c7fe5f32853f1a2b3aMD51123456789/316912021-03-07 05:50:20.988oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/31691Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-03-07T08:50:20Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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