A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gilberto de Lima Guimarães
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/47145
Resumo: O objeto de estudo dessa dissertação é a tese de incomensurabilidade de Thomas Kuhn entre tradições paradigmáticas nos escritos posteriores à publicação de ‘A Estrutura das Revoluções Científicas’ (ERC) e o seu uso pela enfermagem. É preciso refletir sobre os meandros que cercam o processo que funda esse debate, objetivando identificar suas vicissitudes e limitações e, por meio dessa compreensão, ajuizar filosoficamente o esforço empreendido pela enfermagem em sua autoafirmação como área de conhecimento. A hipótese do trabalho é identificar se a tese kuhniana sofre transformação, permitindo o diálogo entre termo do paradigma anterior com o seu sucessor. Formulou-se o seguinte problema de pesquisa: como a tese de incomensurabilidade nos escritos pós-ERC pode ser aplicada pela enfermagem? A fim de responder a esse problema e analisar a hipótese formulada, elaboraram-se os seguintes objetivos, a saber: identificar as bases que formam a tese da incomensurabilidade e as principais críticas enfrentadas por Kuhn; identificar, nos escritos de Kuhn pós-ERC, se houve ou não reformulação da tese da incomensurabilidade e analisar o seu uso diante do fato científico ‘escara de decúbito’, no curso do século XIX e XX, no âmbito da enfermagem. A obra de Kuhn sofreu críticas incisivas, notadamente, por Karl Popper e Imre Lakatos, classificando-os, respectivamente, como relativista e irracionalista. Essa crítica foi objeto de reflexão do filósofo, apontada no texto: ‘Reflexão sobre os meus críticos’. Sabe-se que a tese da incomensurabilidade está no âmago da crítica empreendida por Popper e Lakatos e, ainda hoje, desperta controvérsia entre os diversos estudiosos do texto kuhniano, quer seja por parte de seus defensores ou por seus opositores. Após as críticas, alguns intérpretes apontam para uma reformulação da tese da incomensurabilidade. Vale-se de estudiosos sobre o tema, notadamente, Hoyningen-Huene, Howard Sankey e Stefano Gattei, buscando reacender o debate sobre a tese da incomensurabilidade e sua classificação entre total e local. Kuhn afirma que desde o início em que usou o termo incomensurabilidade, ele o tomou como uma metáfora e que a incomensurabilidade local é o sentido original. Se tomado a incomensurabilidade local, é plausível o seu uso para analisar o fato científico ‘escara de decúbito’ pela enfermagem. São dois os paradigmas existentes na historiografia dessa ciência, a saber: o paradigma empírico e o seu sucessor o paradigma Nightingale. Esses paradigmas fundam o seu desenvolvimento profissional e científico. Constatou-se a permanência do termo e seu conceito entre esses paradigmas. Conclui-se que a incomensurabilidade local é aplicável para a avaliação pela enfermagem do fato científico ‘escara de decúbito’. Esse termo e o conceito permaneceram inalterados no século XIX e XX, conforme identificado no ‘Notas de Enfermagem – o que é e o que não é’ e no ‘Manual de Técnicas de Enfermagem’. Sua reformulação deu-se no século XXI, a partir do desenvolvimento científico da fisiopatologia, momento em que ocorre alteração do termo e do conceito para lesão por pressão.
id UFMG_fcde78bf966ae34ddfd36a4456efdb4f
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/47145
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Túlio Roberto Xavier de Aguiarhttp://lattes.cnpq.br/4646925862770752-Mauro Lúcio Leitão CondéGuilherme Araújo Cardosohttp://lattes.cnpq.br/3608678445012901Gilberto de Lima Guimarães2022-11-10T19:49:30Z2022-11-10T19:49:30Z2022-07-21http://hdl.handle.net/1843/47145O objeto de estudo dessa dissertação é a tese de incomensurabilidade de Thomas Kuhn entre tradições paradigmáticas nos escritos posteriores à publicação de ‘A Estrutura das Revoluções Científicas’ (ERC) e o seu uso pela enfermagem. É preciso refletir sobre os meandros que cercam o processo que funda esse debate, objetivando identificar suas vicissitudes e limitações e, por meio dessa compreensão, ajuizar filosoficamente o esforço empreendido pela enfermagem em sua autoafirmação como área de conhecimento. A hipótese do trabalho é identificar se a tese kuhniana sofre transformação, permitindo o diálogo entre termo do paradigma anterior com o seu sucessor. Formulou-se o seguinte problema de pesquisa: como a tese de incomensurabilidade nos escritos pós-ERC pode ser aplicada pela enfermagem? A fim de responder a esse problema e analisar a hipótese formulada, elaboraram-se os seguintes objetivos, a saber: identificar as bases que formam a tese da incomensurabilidade e as principais críticas enfrentadas por Kuhn; identificar, nos escritos de Kuhn pós-ERC, se houve ou não reformulação da tese da incomensurabilidade e analisar o seu uso diante do fato científico ‘escara de decúbito’, no curso do século XIX e XX, no âmbito da enfermagem. A obra de Kuhn sofreu críticas incisivas, notadamente, por Karl Popper e Imre Lakatos, classificando-os, respectivamente, como relativista e irracionalista. Essa crítica foi objeto de reflexão do filósofo, apontada no texto: ‘Reflexão sobre os meus críticos’. Sabe-se que a tese da incomensurabilidade está no âmago da crítica empreendida por Popper e Lakatos e, ainda hoje, desperta controvérsia entre os diversos estudiosos do texto kuhniano, quer seja por parte de seus defensores ou por seus opositores. Após as críticas, alguns intérpretes apontam para uma reformulação da tese da incomensurabilidade. Vale-se de estudiosos sobre o tema, notadamente, Hoyningen-Huene, Howard Sankey e Stefano Gattei, buscando reacender o debate sobre a tese da incomensurabilidade e sua classificação entre total e local. Kuhn afirma que desde o início em que usou o termo incomensurabilidade, ele o tomou como uma metáfora e que a incomensurabilidade local é o sentido original. Se tomado a incomensurabilidade local, é plausível o seu uso para analisar o fato científico ‘escara de decúbito’ pela enfermagem. São dois os paradigmas existentes na historiografia dessa ciência, a saber: o paradigma empírico e o seu sucessor o paradigma Nightingale. Esses paradigmas fundam o seu desenvolvimento profissional e científico. Constatou-se a permanência do termo e seu conceito entre esses paradigmas. Conclui-se que a incomensurabilidade local é aplicável para a avaliação pela enfermagem do fato científico ‘escara de decúbito’. Esse termo e o conceito permaneceram inalterados no século XIX e XX, conforme identificado no ‘Notas de Enfermagem – o que é e o que não é’ e no ‘Manual de Técnicas de Enfermagem’. Sua reformulação deu-se no século XXI, a partir do desenvolvimento científico da fisiopatologia, momento em que ocorre alteração do termo e do conceito para lesão por pressão.The object of study of this dissertation is Thomas Kuhn's thesis of incommensurability between paradigmatic traditions in his writings after the publication of 'The Structure of Scientific Revolutions' (SSR) and its use in Nursing Science. It is necessary to reflect on the intricacies surrounding the process underlying this debate, aiming to identify its vicissitudes and limitations and, through this understanding, to philosophically judge the efforts undertaken within Nursing Science in its self-affirmation as an area of knowledge. The working hypothesis is to identify whether the Kuhnian thesis undergoes transformation, allowing for a dialogue between the previous paradigm term and its successor. The following research problem was formulated: how can the thesis of incommensurability in his post-SSR writings be applied to Nursing Science? In order to respond to this problem and analyze the hypothesis formulated, the following objectives were elaborated, namely: to identify the bases that form the thesis of incommensurability and the main criticisms faced by Kuhn; to identify in Kuhn's post-SSR writings whether or not there was a reformulation of the incommensurability thesis and to analyze its use in dealing with a scientific fact, a medical condition known as 'decubitus bed sore', in the course of the 19th and 20th centuries, within the scope of Nursing Science. Kuhn's work suffered incisive criticism, notably by Karl Popper and Imre Lakatos, classifying him, respectively, as relativist and irrationalist. This criticism was the object of the philosopher's reflection, pointed out in the text: 'Reflection on my critics'. It is recognized that the thesis of incommensurability is at the heart of the criticism undertaken by Popper and Lakatos and, even today, it arouses controversy among the various scholars of Kuhnian's text, whether they are defenders or opponents of it. After the criticisms, some interpreters point to a reformulation of the incommensurability thesis. It borrows from other scholars on the subject, notably Hoyningen-Huene, Howard Sankey and Stefano Gattei, seeking to reignite the debate on the thesis of incommensurability and its classification between total and local. Kuhn claims that since the very beginning when he first used the term incommensurability, he meant it as a metaphor and that local incommensurability is the original meaning. Taking, then, the local incommensurability, its use is plausible for analyzing the scientific fact, the medical condition 'decubitus bed sore' by Nursing Science. There are two existing paradigms in the historiography of this science, namely: the empirical paradigm and its successor, the Nightingale paradigm. These paradigms underlie its professional and scientific development. The permanence of the term and its conceptualization is notable among these paradigms. Conclusion: the local incommensurability is applicable for the evaluation of Nursing Science in dealing with the scientific fact, the medical condition 'decubitus bed sore'. This term and the concept remained unchanged throughout the 19th and 20th centuries, as identified in the 'Nursing Notes - what is and what is not' and in the 'Manual of Nursing Techniques'. Its reformulation began to take shape in the 21st century due to the scientific development of pathophysiology, when the term and concept of pressure injury were changed.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIAFilosofia - TesesKuhn, Thomas S., 1922-1996Ciência - TesesEnfermagem - TesesIncomensurabilidadeThomas KuhnCiênciaEnfermagemEscara de decúbitoLesão por pressãoA tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagemThe kuhnian incommensurability thesis and its use by nursinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA TESE DA INCOMENSURABILIDADE KUHNIANA E SUA UTILIZAÇÃO PELA ENFERMAGEM.pdfA TESE DA INCOMENSURABILIDADE KUHNIANA E SUA UTILIZAÇÃO PELA ENFERMAGEM.pdfapplication/pdf1003891https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47145/1/A%20TESE%20DA%20INCOMENSURABILIDADE%20KUHNIANA%20E%20SUA%20UTILIZA%c3%87%c3%83O%20PELA%20ENFERMAGEM.pdf14f7b172967c3a0ea6d17cc4ef3848d5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47145/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/471452022-11-10 16:49:30.896oai:repositorio.ufmg.br:1843/47145TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-11-10T19:49:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv The kuhnian incommensurability thesis and its use by nursing
title A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
spellingShingle A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
Gilberto de Lima Guimarães
Incomensurabilidade
Thomas Kuhn
Ciência
Enfermagem
Escara de decúbito
Lesão por pressão
Filosofia - Teses
Kuhn, Thomas S., 1922-1996
Ciência - Teses
Enfermagem - Teses
title_short A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
title_full A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
title_fullStr A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
title_full_unstemmed A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
title_sort A tese da incomensurabilidade kuhniana e sua utilização pela enfermagem
author Gilberto de Lima Guimarães
author_facet Gilberto de Lima Guimarães
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Túlio Roberto Xavier de Aguiar
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4646925862770752
dc.contributor.advisor-co2.fl_str_mv -
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Mauro Lúcio Leitão Condé
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Guilherme Araújo Cardoso
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3608678445012901
dc.contributor.author.fl_str_mv Gilberto de Lima Guimarães
contributor_str_mv Túlio Roberto Xavier de Aguiar
-
Mauro Lúcio Leitão Condé
Guilherme Araújo Cardoso
dc.subject.por.fl_str_mv Incomensurabilidade
Thomas Kuhn
Ciência
Enfermagem
Escara de decúbito
Lesão por pressão
topic Incomensurabilidade
Thomas Kuhn
Ciência
Enfermagem
Escara de decúbito
Lesão por pressão
Filosofia - Teses
Kuhn, Thomas S., 1922-1996
Ciência - Teses
Enfermagem - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Filosofia - Teses
Kuhn, Thomas S., 1922-1996
Ciência - Teses
Enfermagem - Teses
description O objeto de estudo dessa dissertação é a tese de incomensurabilidade de Thomas Kuhn entre tradições paradigmáticas nos escritos posteriores à publicação de ‘A Estrutura das Revoluções Científicas’ (ERC) e o seu uso pela enfermagem. É preciso refletir sobre os meandros que cercam o processo que funda esse debate, objetivando identificar suas vicissitudes e limitações e, por meio dessa compreensão, ajuizar filosoficamente o esforço empreendido pela enfermagem em sua autoafirmação como área de conhecimento. A hipótese do trabalho é identificar se a tese kuhniana sofre transformação, permitindo o diálogo entre termo do paradigma anterior com o seu sucessor. Formulou-se o seguinte problema de pesquisa: como a tese de incomensurabilidade nos escritos pós-ERC pode ser aplicada pela enfermagem? A fim de responder a esse problema e analisar a hipótese formulada, elaboraram-se os seguintes objetivos, a saber: identificar as bases que formam a tese da incomensurabilidade e as principais críticas enfrentadas por Kuhn; identificar, nos escritos de Kuhn pós-ERC, se houve ou não reformulação da tese da incomensurabilidade e analisar o seu uso diante do fato científico ‘escara de decúbito’, no curso do século XIX e XX, no âmbito da enfermagem. A obra de Kuhn sofreu críticas incisivas, notadamente, por Karl Popper e Imre Lakatos, classificando-os, respectivamente, como relativista e irracionalista. Essa crítica foi objeto de reflexão do filósofo, apontada no texto: ‘Reflexão sobre os meus críticos’. Sabe-se que a tese da incomensurabilidade está no âmago da crítica empreendida por Popper e Lakatos e, ainda hoje, desperta controvérsia entre os diversos estudiosos do texto kuhniano, quer seja por parte de seus defensores ou por seus opositores. Após as críticas, alguns intérpretes apontam para uma reformulação da tese da incomensurabilidade. Vale-se de estudiosos sobre o tema, notadamente, Hoyningen-Huene, Howard Sankey e Stefano Gattei, buscando reacender o debate sobre a tese da incomensurabilidade e sua classificação entre total e local. Kuhn afirma que desde o início em que usou o termo incomensurabilidade, ele o tomou como uma metáfora e que a incomensurabilidade local é o sentido original. Se tomado a incomensurabilidade local, é plausível o seu uso para analisar o fato científico ‘escara de decúbito’ pela enfermagem. São dois os paradigmas existentes na historiografia dessa ciência, a saber: o paradigma empírico e o seu sucessor o paradigma Nightingale. Esses paradigmas fundam o seu desenvolvimento profissional e científico. Constatou-se a permanência do termo e seu conceito entre esses paradigmas. Conclui-se que a incomensurabilidade local é aplicável para a avaliação pela enfermagem do fato científico ‘escara de decúbito’. Esse termo e o conceito permaneceram inalterados no século XIX e XX, conforme identificado no ‘Notas de Enfermagem – o que é e o que não é’ e no ‘Manual de Técnicas de Enfermagem’. Sua reformulação deu-se no século XXI, a partir do desenvolvimento científico da fisiopatologia, momento em que ocorre alteração do termo e do conceito para lesão por pressão.
publishDate 2022
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-10T19:49:30Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-10T19:49:30Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2022-07-21
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/47145
url http://hdl.handle.net/1843/47145
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Filosofia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47145/1/A%20TESE%20DA%20INCOMENSURABILIDADE%20KUHNIANA%20E%20SUA%20UTILIZA%c3%87%c3%83O%20PELA%20ENFERMAGEM.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/47145/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 14f7b172967c3a0ea6d17cc4ef3848d5
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589191508951040