Desempenho de estações de tratamento de esgoto e impactos de seus efluentes em corpos de água receptores em Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Luís Fernando de Morais Silva
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/39931
Resumo: Os esgotos domésticos representam a principal pressão sobre os recursos hídricos do Brasil em função da ausência ou ineficiência dos tratamentos. A análise dos dados provenientes dos monitoramentos de estações de tratamento de esgotos (ETEs) possibilita diagnóstico e definição de estratégias que busquem o uso racional dos recursos hídricos e pode contribuir para a melhoria do tratamento dos esgotos, propiciando o uso múltiplo das águas, com consequente incremento da segurança hídrica. Diante disso, o objetivo desta pesquisa é efetuar análise do desempenho de ETEs e do impacto dos lançamentos de seus efluentes na qualidade da água dos corpos receptores situados em Minas Gerais. Para isso, dados secundários de monitoramento, compreendidos entre 2006 e 2019, de 49 ETEs de Minas Gerais e de seus respectivos corpos receptores foram analisados estatisticamente. A análise compreendeu: verificação do atendimento aos padrões normativos de lançamento de efluentes e de qualidade da água; comparação dos afluentes e efluentes das ETEs por modalidade de tratamento; comparação dos afluentes e efluentes das ETEs por porte da estação e comparação da qualidade da água dos corpos receptores a montante e a jusante dos lançamentos. Os resultados evidenciaram aumentos das violações aos enquadramentos após o lançamento dos efluentes das ETEs, com destaque para os parâmetros nitrogênio amoniacal total e agentes tensoativos, que não possuem padrão de lançamento aplicável a sistemas públicos de esgotamento sanitário. Foram constatados elevados percentuais de violação aos padrões de qualidade da água mesmo a montante das ETEs, indicando a necessidade de ações amplas de recuperação das bacias hidrográficas visando a garantir maior segurança hídrica. A comparação das estações por porte identificou que, de forma geral, o tratamento em ETEs de maior porte resultou em menores concentrações de poluentes no esgoto tratado. A comparação das modalidades de tratamento identificou desempenhos piores para modalidades anaeróbias, em especial as que empregam reatores UASB. Apesar de mais eficientes e de apresentarem menores percentuais de violação aos padrões normativos, as ETEs que empregam tecnologias aeróbias também ocasionaram poluição hídrica, evidenciando a imprescindibilidade do aprimoramento dos tratamentos para garantia da segurança hídrica.
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Para isso, dados secundários de monitoramento, compreendidos entre 2006 e 2019, de 49 ETEs de Minas Gerais e de seus respectivos corpos receptores foram analisados estatisticamente. A análise compreendeu: verificação do atendimento aos padrões normativos de lançamento de efluentes e de qualidade da água; comparação dos afluentes e efluentes das ETEs por modalidade de tratamento; comparação dos afluentes e efluentes das ETEs por porte da estação e comparação da qualidade da água dos corpos receptores a montante e a jusante dos lançamentos. Os resultados evidenciaram aumentos das violações aos enquadramentos após o lançamento dos efluentes das ETEs, com destaque para os parâmetros nitrogênio amoniacal total e agentes tensoativos, que não possuem padrão de lançamento aplicável a sistemas públicos de esgotamento sanitário. Foram constatados elevados percentuais de violação aos padrões de qualidade da água mesmo a montante das ETEs, indicando a necessidade de ações amplas de recuperação das bacias hidrográficas visando a garantir maior segurança hídrica. A comparação das estações por porte identificou que, de forma geral, o tratamento em ETEs de maior porte resultou em menores concentrações de poluentes no esgoto tratado. A comparação das modalidades de tratamento identificou desempenhos piores para modalidades anaeróbias, em especial as que empregam reatores UASB. Apesar de mais eficientes e de apresentarem menores percentuais de violação aos padrões normativos, as ETEs que empregam tecnologias aeróbias também ocasionaram poluição hídrica, evidenciando a imprescindibilidade do aprimoramento dos tratamentos para garantia da segurança hídrica.Domestic sewage represents the main pressure on Brazil's water resources due to the absence or inefficiency of wastewater treatment. The analysis of data from the monitoring of wastewater treatment plants (WWTPs) allows diagnosis and definition of strategies that aim the rational use of water resources and propitiate the multiple use of water, with a consequent increase in water security. Therefore, the objective of this research is to analyze the performance of WWTPs and the impact of the discharge of its effluents on the water quality of the receiving bodies located in Minas Gerais. For this, secondary monitoring data, comprised between 2006 and 2019, of 49 WWTPs in Minas Gerais and their respective receiving bodies were analyzed statistically. The analysis included: verification of compliance with the normative standards for the discharge of effluents and water quality; comparison of the influents and effluents of the WWTPs by treatment modality; comparison of the influents and effluents of the WWTPs by station size and comparison of the water quality of the receiving bodies upstream and downstream of the discharges. The results showed an increase in violations of the legislation after the discharge of effluents from the WWTPs, especially for the parameters total ammoniacal nitrogen and surfactants, which do not have a discharge pattern applicable to public sewage systems. High percentages of violations of water quality standards were found even upstream of the WWTPs, indicating the need for wide-ranging actions to recover hydrographic basins in order to ensure greater water security. The comparison of stations by size identified that, in general, treatment in larger WWTPs resulted in lower concentrations of pollutants in the treated sewage. The comparison of treatment modalities identified worse performances for anaerobic modalities, especially those using UASB reactors. Despite being more efficient and presenting lower percentages of violation of the normative standards, the WWTPs that use aerobic technologies also caused water pollution, highlighting the need to improve treatments to guarantee water security.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saneamento, Meio Ambiente e Recursos HídricosUFMGBrasilENG - DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTALEngenharia sanitáriaSaneamentoEstação de Tratamento de Esgoto (ETE)Água - QualidadeEsgotos - TratamentoEstatística - AnáliseEstação de tratamento de esgotoPadrões de lançamentoPadrões de qualidade da águaAnálises estatísticasDesempenho de ETEsDesempenho de estações de tratamento de esgoto e impactos de seus efluentes em corpos de água receptores em Minas Geraisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDesempenho de ETE e Impactos de Seus Efluentes.pdfDesempenho de ETE e Impactos de Seus Efluentes.pdfapplication/pdf3084011https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39931/8/Desempenho%20de%20ETE%20e%20Impactos%20de%20Seus%20Efluentes.pdfc48ca2e64301ca833d1e8112e1a1dc8bMD58LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/39931/9/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD591843/399312022-03-10 14:01:56.96oai:repositorio.ufmg.br:1843/39931TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-03-10T17:01:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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