Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/62157 https://orcid.org/0009-0008-2692-3088 |
Resumo: | O intuito da pesquisa é, em linhas gerais, compreender a relação entre Estado, loucura e trabalho. Para tanto, questiona: como agentes públicos que atuam no cuidado em saúde mental e, com a inserção produtiva de pessoas com deficiência, possibilitam que pessoas em sofrimento mental (esquizofrênicos e bipolares) se transformem em agentes econômicos atuantes no mercado formal de trabalho? Na tentativa de responder tal questão, nos utilizamos da obra seminal Michael Lipsky (1980) e de sua categoria analítica, ‘ os burocratas de nível de rua’. Assim como o autor, partimos do pressuposto de que o locus situacional dos trabalhadores da linha de frente, que atuam no projeto de inserção de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho, desenvolvido em Belo Horizonte – MG determina os benefícios que serão entregues pelo Estado a esses cidadãos. A nossa hipótese é que os atores políticos que denominamos trabalhadores (as) da linha de frente, no uso de seu poder discricionário, através de rotinas e de simplificações cognitivas, racionalizam o serviço a ser entregue aos cidadãos através da criação de critérios de elegibilidade que equilibram as demandas dos sujeitos e a escassez de recursos. A metodologia utilizada inclui 10 entrevistas semiestruturadas, realizadas com agentes públicos que atuam nos centros de convivência (SUS/PBH), nos ambulatórios de psiquiatria do Hospital das Clínicas (SUS – UFMG) e na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho (SRTE – MG). Inclui também inserções, com observação participante, em todas as etapas de implementação do projeto, tais como: empresas, organizações do Sistema S e do terceiro setor. Conclui que as decisões desses atores políticos são redistributivas e alocativas, ou seja, eles exercem controle social e que a reforma trabalhista de 2019 criou aquilo que Lotta e Vaz (2015) denominam de zona cinzenta, em que o Estado criou mecanismos que gerou a ausência de direitos para o trabalhador beneficiário do projeto que tem uma desestabilização psíquica mais grave no trabalho. Finaliza por sugerir que, as ações de agentes públicos que operam projetos cuja finalidade é inserir a pessoa em sofrimento mental no trabalho, espalhadas pelo Brasil, devem ser investigadas. Esses parecem bons indicadores para compreender a capacidade das respostas do Estado à demanda por trabalho do dito louco. |
id |
UFMG_fe80009cae4d4c935496146fc0ea8d58 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/62157 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Silvio Segundo Salej Higginshttp://lattes.cnpq.br/3698999001620631Luciano MattarJorge Alexandre Barbosa NevesVelcemiro Inácio MaiaDavidson Afonso de Ramoshttp://lattes.cnpq.br/3838642499604619Liliam Magda Campos Costa2023-12-26T12:40:08Z2023-12-26T12:40:08Z2023-07-12http://hdl.handle.net/1843/62157https://orcid.org/0009-0008-2692-3088O intuito da pesquisa é, em linhas gerais, compreender a relação entre Estado, loucura e trabalho. Para tanto, questiona: como agentes públicos que atuam no cuidado em saúde mental e, com a inserção produtiva de pessoas com deficiência, possibilitam que pessoas em sofrimento mental (esquizofrênicos e bipolares) se transformem em agentes econômicos atuantes no mercado formal de trabalho? Na tentativa de responder tal questão, nos utilizamos da obra seminal Michael Lipsky (1980) e de sua categoria analítica, ‘ os burocratas de nível de rua’. Assim como o autor, partimos do pressuposto de que o locus situacional dos trabalhadores da linha de frente, que atuam no projeto de inserção de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho, desenvolvido em Belo Horizonte – MG determina os benefícios que serão entregues pelo Estado a esses cidadãos. A nossa hipótese é que os atores políticos que denominamos trabalhadores (as) da linha de frente, no uso de seu poder discricionário, através de rotinas e de simplificações cognitivas, racionalizam o serviço a ser entregue aos cidadãos através da criação de critérios de elegibilidade que equilibram as demandas dos sujeitos e a escassez de recursos. A metodologia utilizada inclui 10 entrevistas semiestruturadas, realizadas com agentes públicos que atuam nos centros de convivência (SUS/PBH), nos ambulatórios de psiquiatria do Hospital das Clínicas (SUS – UFMG) e na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho (SRTE – MG). Inclui também inserções, com observação participante, em todas as etapas de implementação do projeto, tais como: empresas, organizações do Sistema S e do terceiro setor. Conclui que as decisões desses atores políticos são redistributivas e alocativas, ou seja, eles exercem controle social e que a reforma trabalhista de 2019 criou aquilo que Lotta e Vaz (2015) denominam de zona cinzenta, em que o Estado criou mecanismos que gerou a ausência de direitos para o trabalhador beneficiário do projeto que tem uma desestabilização psíquica mais grave no trabalho. Finaliza por sugerir que, as ações de agentes públicos que operam projetos cuja finalidade é inserir a pessoa em sofrimento mental no trabalho, espalhadas pelo Brasil, devem ser investigadas. Esses parecem bons indicadores para compreender a capacidade das respostas do Estado à demanda por trabalho do dito louco.The purpose of the research is, in general terms, to understand the relationship between the State, madness, and work. To this end, it asks: how do public agents that work in mental health care and, with the productive insertion of people with disabilities, enable people in mental distress (schizophrenics and bipolar) to become active economic agents in the formal labor market? In an attempt to answer such a question, we use the seminal work of Michael Lipsky (1980) and his analytical category, 'the street-level bureaucrats'. Like the author, we start from the assumption that the situational locus of the frontline workers, who act in the project of insertion of people in mental distress in the formal labor market, developed in Belo Horizonte - MG, determines the benefits that will be delivered by the State to these citizens. Our hypothesis is that the political actors we call frontline workers, in the use of their discretionary power and cognitive simplifications, rationalize the service to be delivered to citizens by creating eligibility criteria that balance the demands of the subjects and the scarcity of resources. The methodology used includes 10 semi-structured interviews conducted with public agents who work in the living together centers (SUS/PBH), in the psychiatric outpatient clinics of the Hospital das Clínicas (SUS - UFMG) and in the Regional Superintendence of the Ministry of Labor (SRTE/MG). It also includes insertions, with participant observation, in all stages of project implementation, such as companies, organizations of the S System and the third sector. It concludes that the decisions of these political actors are redistributive and allocative, i.e., they exercise social control and that the 2019 labor reform created what Lotta and Vaz (2015) call a gray zone, i.e., the State created mechanisms that generated the absence of rights for the beneficiary worker of the project who has a more severe psychic destabilization at work. It ends by suggesting that, the actions of public agents who operate projects whose purpose is to insert the person in mental suffering at work spread throughout Brazil should be investigated. These seem good indicators to understand the capacity of the State's responses to the demand for work of the so-called insane.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessSociologia - TesesTrabalho - TesesSaúde mental - TesesBurocratas de nível de ruaInserção produtivaCidadãos em sofrimento mental.Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTeseDoutorado_Liliam MagdaCamposCosta.pdfTeseDoutorado_Liliam MagdaCamposCosta.pdfTese de doutoradoapplication/pdf2813586https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62157/1/TeseDoutorado_Liliam%20MagdaCamposCosta.pdff58660d02e1924ec1bb09084d91aad4cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62157/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62157/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/621572023-12-26 09:40:09.007oai:repositorio.ufmg.br:1843/62157TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-12-26T12:40:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
title |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
spellingShingle |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. Liliam Magda Campos Costa Burocratas de nível de rua Inserção produtiva Cidadãos em sofrimento mental. Sociologia - Teses Trabalho - Teses Saúde mental - Teses |
title_short |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
title_full |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
title_fullStr |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
title_full_unstemmed |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
title_sort |
Trabalho ainda que tan tan : os trabalhadores e trabalhadoras da linha de frente e a inclusão de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho. |
author |
Liliam Magda Campos Costa |
author_facet |
Liliam Magda Campos Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Silvio Segundo Salej Higgins |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3698999001620631 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Luciano Mattar |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Jorge Alexandre Barbosa Neves |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Velcemiro Inácio Maia |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Davidson Afonso de Ramos |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3838642499604619 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Liliam Magda Campos Costa |
contributor_str_mv |
Silvio Segundo Salej Higgins Luciano Mattar Jorge Alexandre Barbosa Neves Velcemiro Inácio Maia Davidson Afonso de Ramos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Burocratas de nível de rua Inserção produtiva Cidadãos em sofrimento mental. |
topic |
Burocratas de nível de rua Inserção produtiva Cidadãos em sofrimento mental. Sociologia - Teses Trabalho - Teses Saúde mental - Teses |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Sociologia - Teses Trabalho - Teses Saúde mental - Teses |
description |
O intuito da pesquisa é, em linhas gerais, compreender a relação entre Estado, loucura e trabalho. Para tanto, questiona: como agentes públicos que atuam no cuidado em saúde mental e, com a inserção produtiva de pessoas com deficiência, possibilitam que pessoas em sofrimento mental (esquizofrênicos e bipolares) se transformem em agentes econômicos atuantes no mercado formal de trabalho? Na tentativa de responder tal questão, nos utilizamos da obra seminal Michael Lipsky (1980) e de sua categoria analítica, ‘ os burocratas de nível de rua’. Assim como o autor, partimos do pressuposto de que o locus situacional dos trabalhadores da linha de frente, que atuam no projeto de inserção de pessoas em sofrimento mental no mercado formal de trabalho, desenvolvido em Belo Horizonte – MG determina os benefícios que serão entregues pelo Estado a esses cidadãos. A nossa hipótese é que os atores políticos que denominamos trabalhadores (as) da linha de frente, no uso de seu poder discricionário, através de rotinas e de simplificações cognitivas, racionalizam o serviço a ser entregue aos cidadãos através da criação de critérios de elegibilidade que equilibram as demandas dos sujeitos e a escassez de recursos. A metodologia utilizada inclui 10 entrevistas semiestruturadas, realizadas com agentes públicos que atuam nos centros de convivência (SUS/PBH), nos ambulatórios de psiquiatria do Hospital das Clínicas (SUS – UFMG) e na Superintendência Regional do Ministério do Trabalho (SRTE – MG). Inclui também inserções, com observação participante, em todas as etapas de implementação do projeto, tais como: empresas, organizações do Sistema S e do terceiro setor. Conclui que as decisões desses atores políticos são redistributivas e alocativas, ou seja, eles exercem controle social e que a reforma trabalhista de 2019 criou aquilo que Lotta e Vaz (2015) denominam de zona cinzenta, em que o Estado criou mecanismos que gerou a ausência de direitos para o trabalhador beneficiário do projeto que tem uma desestabilização psíquica mais grave no trabalho. Finaliza por sugerir que, as ações de agentes públicos que operam projetos cuja finalidade é inserir a pessoa em sofrimento mental no trabalho, espalhadas pelo Brasil, devem ser investigadas. Esses parecem bons indicadores para compreender a capacidade das respostas do Estado à demanda por trabalho do dito louco. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-12-26T12:40:08Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-12-26T12:40:08Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-07-12 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/62157 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0009-0008-2692-3088 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/62157 https://orcid.org/0009-0008-2692-3088 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FAF - DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62157/1/TeseDoutorado_Liliam%20MagdaCamposCosta.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62157/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62157/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
f58660d02e1924ec1bb09084d91aad4c 00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6 cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589180097298432 |