Invisible cities: exploring psychological urban data

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: João Paulo Barros Cotta Pesce
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ESBF-9TEPKF
Resumo: Urbanistas e psicólogos sociais sugeriram que a facilidade de reconhecimento de um certo ambiente urbano está ligado ao bem estar social-econômico de seus habitantes. Nós criamos um jogo online que testa o reconhecimento das regiões de Londres. Ele segue, da forma mais próxima possível, um experimento conduzido por Stanley Milgram em 1972. Cada participante dedica apenas alguns minutos nessa tarefa (contrastando com os 90 minutos do experimento de Milgram). Nós coletamos resultados de 2.255 participantes (amostra com uma ordem de grandeza maior) e, baseando-se nas respostas, construímos o mapa de reconhecimento de Londres. Nós descobrimos que alguns bairros possuem baixa representação cognitiva; que o reconhecimento de uma área é explicada parcialmente pela sua exposição no Flickr e Foursquare e, mais fortemente, ao fluxo de pessoas no metrô; e que áreas com baixo reconhecimento não se mostram piores em indicadores econômicos como renda, educação e emprego, mas sofrem significativamente de problems sociais como privação habitacional, condições precárias de vida e crime. Esses resultados não seriam possíveis sem uma análise dos ambiente online e offline: isto é, sem considerar as interações de locais no mundo real e a sua presença virtual em plataformas como o Flickr e Foursquare. Em seguida, nós usamos os resultados desse experimento, juntamente com outros dados urbanos, para contribuir para o problema de identificação de imagens interessantes e memoráveis em sites de compartilhamento de fotos. Até então, propostas para identificação dessas imagens basearam-se ou em metadados (e.g., curtidas) ou características visuais. Na prática, técnicas baseadas nesses dois métodos não funcionam sempre: metadados são esparsos (apenas uma pequena porção de imagens tem um número considerável de curtidas), e a extração de características visuais é computacionalmente custoso. Em soluções móveis, conteúdos geo-referenciados têm se tornado cada vez mais importantes. A premissa por trás deste trabalho é que as fotos de uma região estão ligadas com o modo como essa região é percebida: por exemplo, se ela é vista como bonita e característica ou não. Desde os anos 70, teorias urbanas propostas por Lynch, Milgram e Peterson visam capturar sistematicamente o modo como as pessoas entendem suas cidades. Neste estudo, nós testamos se essas teorias poderiam ser usada para identificar automaticamente figuras atraentes em cidades. Para isso, coletamos fotos geo-referenciadas de Londres no Flickr; selecionamos seis qualidades urbanas associadas às teorias urbanas mencionadas anteriormente; computamos meios para prever essas qualidades a partir de dados de redes sociais; e, com base nisso, ordenamos as fotos do Flickr. Nós descobrimos que nossa proposta possui três propriedades desejadas nesse contexto: ela é efetiva, escalável, e sensível a mudanças de contexto, como hora do dia e condição climática. Esses resultados sugerem novas direções de pesquisa para abordagens de aprendizado multimodal que automaticamente identificam fotos urbanas relevantes em serviços de compartilhamento de imagens
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Nós descobrimos que alguns bairros possuem baixa representação cognitiva; que o reconhecimento de uma área é explicada parcialmente pela sua exposição no Flickr e Foursquare e, mais fortemente, ao fluxo de pessoas no metrô; e que áreas com baixo reconhecimento não se mostram piores em indicadores econômicos como renda, educação e emprego, mas sofrem significativamente de problems sociais como privação habitacional, condições precárias de vida e crime. Esses resultados não seriam possíveis sem uma análise dos ambiente online e offline: isto é, sem considerar as interações de locais no mundo real e a sua presença virtual em plataformas como o Flickr e Foursquare. Em seguida, nós usamos os resultados desse experimento, juntamente com outros dados urbanos, para contribuir para o problema de identificação de imagens interessantes e memoráveis em sites de compartilhamento de fotos. Até então, propostas para identificação dessas imagens basearam-se ou em metadados (e.g., curtidas) ou características visuais. Na prática, técnicas baseadas nesses dois métodos não funcionam sempre: metadados são esparsos (apenas uma pequena porção de imagens tem um número considerável de curtidas), e a extração de características visuais é computacionalmente custoso. Em soluções móveis, conteúdos geo-referenciados têm se tornado cada vez mais importantes. A premissa por trás deste trabalho é que as fotos de uma região estão ligadas com o modo como essa região é percebida: por exemplo, se ela é vista como bonita e característica ou não. Desde os anos 70, teorias urbanas propostas por Lynch, Milgram e Peterson visam capturar sistematicamente o modo como as pessoas entendem suas cidades. Neste estudo, nós testamos se essas teorias poderiam ser usada para identificar automaticamente figuras atraentes em cidades. Para isso, coletamos fotos geo-referenciadas de Londres no Flickr; selecionamos seis qualidades urbanas associadas às teorias urbanas mencionadas anteriormente; computamos meios para prever essas qualidades a partir de dados de redes sociais; e, com base nisso, ordenamos as fotos do Flickr. Nós descobrimos que nossa proposta possui três propriedades desejadas nesse contexto: ela é efetiva, escalável, e sensível a mudanças de contexto, como hora do dia e condição climática. Esses resultados sugerem novas direções de pesquisa para abordagens de aprendizado multimodal que automaticamente identificam fotos urbanas relevantes em serviços de compartilhamento de imagensPlanners and social psychologists have suggested that the recognizability of the urban environment is linked to peoples socio-economic well-being. We build a web game that puts the recognizability of Londons streets to the test. It follows as closely as possible one experiment done by Stanley Milgram in 1972. Each participant dedicates only few minutes to the task (as opposed to 90 minutes in Milgrams). We collect data from 2,255 participants (one order of magnitude a larger sample) and build a recognizability map of London based on their responses. We nd that some boroughs have little cognitive representation; that recognizability of an area is explained partly by its exposure to Flickr and Foursquare users and mostly by its exposure to subway passengers; and that areas with low recognizability do not fare any worse on the economic indicators of income, education, and employment, but they do signicantly suer from social problems of housing deprivation, poor living conditions, and crime. These results could not have been produced without analyzing life o- and online: that is, without considering the interactions between urban places in the physical world and their virtual presence on platforms such as Flickr and Foursquare.We then use the results of this experiment, along with other urban data, to tackle the problem of identifying interesting and memorable pictures in photo sharing sites. Past proposals for identifying such pictures have relied on either metadata (e.g., likes) or visual features. In practice, techniques based on those two inputs do not always work: metadata is sparse (only few pictures have considerable number of likes), and extracting visual features is computationally expensive. In mobile solutions, georeferenced content becomes increasingly important. The premise behind this work is that pictures of a neighborhood is linked to the way the neighborhood is perceived by people: whether it is, for instance, distinctive and beautiful or not. Since 1970s, urban theories proposed by Lynch, Milgram and Peterson aimed at systematically capturing the way people perceive neighborhoods. Here we tested whether those theories could be put to use for automatically identifying appealing city pictures. We did so by gathering geo-referenced Flickr pictures in the city of London; selecting six urban qualities associated with those urban theories; computing proxies for those qualities from online social media data; and ranking Flickr pictures based on those proxies. We nd that our proposal enjoys three main desirable properties: it is eective, scalable, and aware of contextual changes such as time of day and weather condition. All this suggests new promising research directions for multi-modal learning approaches that automatically identify appealing city picturesUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGMídias sociaisComputaçãoAnálise espacial (Estatística)Informática urbanaAnálise espacialUrban informaticsSocial mediaWeb scienceFuture citiesInvisible cities: exploring psychological urban datainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALjoao_paulo_barros_costa_pesce.pdfapplication/pdf5831533https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ESBF-9TEPKF/1/joao_paulo_barros_costa_pesce.pdf7248d986f2730395b808c56465371499MD51TEXTjoao_paulo_barros_costa_pesce.pdf.txtjoao_paulo_barros_costa_pesce.pdf.txtExtracted texttext/plain103004https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ESBF-9TEPKF/2/joao_paulo_barros_costa_pesce.pdf.txted8309116646d0cd2e0ef7c57c79a964MD521843/ESBF-9TEPKF2019-11-14 04:55:56.551oai:repositorio.ufmg.br:1843/ESBF-9TEPKFRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:55:56Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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