Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fabiano Alcísio e Silva
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/32745
Resumo: Considerada uma das espécies invasoras, de águas doces, mais agressivas da atualidade, o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) tem sido frequentemente estudado e os seus impactos amplamente discutidos na literatura científica. Paralelo a isso, os ambientes aquáticos têm sofrido impactos oriundos de diferentes atividades antrópicas, que vão pela contramão da necessidade global, cada vez maior por águas de melhor qualidade. O processo de invasão do mexilhão-dourado tem acelerado no Brasil nos últimos anos, e atualmente atinge diferentes bacias hidrográficas que reúnem importâncias cênicas, econômicas e ecológicas. Os impactos causados pelo bivalve nestes ambientes invadidos ainda são bastante discutidos e muitas vezes contraditórios e algumas vezes desconhecidos. Os impactos da invasão do mexilhão-dourado sobre a cadeia trófica dos ambientes por ele invadidos estão entre os pontos mais discutidos e contraditórios na literatura especializada. As variações temporais e espaciais, além das características intrínsecas de cada ambiente estudado, estão entre as principais causas destas divergências. Nesse sentido, este estudo buscou contemplar diferentes escalas experimentais, abrangendo estudos em laboratório, em mesocosmo e em ambientes abertos, além de diferentes escalas temporais, que variaram de alguns dias de experimento a dois anos de monitoramento. A primeira fase dos estudos foi realizada em uma bateria de experimentos laboratoriais pelo período de 11 dias, em ambientes controlados, onde uma cianobactéria e uma alga verde foram oferecidas como alimento. Em seguida experimentos em escala de mesocosmo, de doze dias, foram desenvolvidos em tanques de pisciculturas de um reservatório invadido pelo bivalve, utilizando águas do próprio ambiente, além da comunidade planctônica local. E por fim, foram realizados dois anos de monitoramento, com amostragens trimestrais, em um reservatório recém-invadido pelo mexilhão-dourado, para comparação de dados dos mesmos pontos monitorados antes da chegada do invasor. Os resultados, tanto experimentais como de observação de campo, revelaram a alta capacidade de alteração nas características físicas, químicas e hidrobiológicas da água que a invasão do mexilhão-dourado é capaz de provocar. Em especial, aumento da penetração da luz na coluna d´água, aumento da concentração dos nutrientes dissolvidos tais como amônio e fósforo e profunda alteração nas estruturas das comunidades hidrobiológicas. Além disso, este estudo confirma que a presença do mexilhão-dourado, mesmo em um curto período de dias, já seria capaz de alterar de maneira significativa a estrutura de uma comunidade fitoplanctônica, favorecendo alguns grupos e prejudicando outros. Os resultados, portanto, corroboram com as hipóteses principais aqui levantadas, que propuseram que a introdução do mexilhão-dourado poderia alterar a estrutura trófica dos ambientes invadidos, tanto através da pressão seletiva por filtração, como do maior acumulo de nutrientes na água, resultantes de sua atividade metabólica. Dentre as espécies favorecidas, Microcystis aeruginosa, uma cianobactéria conhecida pela sua capacidade de formar florações e produzir toxinas, teve sua densidade aumentada nos experimentos laboratoriais. Os resultados apresentados neste trabalho podem servir, portanto, como base para desenvolvimento de ferramentas de manejo, controle e mitigação dos impactos causados pelo mexilhão-dourado nos ambientes por ele invadidos.
id UFMG_fffb76a9bdd04cef07fc278e54e3aaef
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/32745
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Alessandra Gianihttp://lattes.cnpq.br/8666575944280178http://lattes.cnpq.br/3397349014191620Fabiano Alcísio e Silva2020-03-06T16:04:14Z2020-03-06T16:04:14Z2018-02-26http://hdl.handle.net/1843/32745Considerada uma das espécies invasoras, de águas doces, mais agressivas da atualidade, o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) tem sido frequentemente estudado e os seus impactos amplamente discutidos na literatura científica. Paralelo a isso, os ambientes aquáticos têm sofrido impactos oriundos de diferentes atividades antrópicas, que vão pela contramão da necessidade global, cada vez maior por águas de melhor qualidade. O processo de invasão do mexilhão-dourado tem acelerado no Brasil nos últimos anos, e atualmente atinge diferentes bacias hidrográficas que reúnem importâncias cênicas, econômicas e ecológicas. Os impactos causados pelo bivalve nestes ambientes invadidos ainda são bastante discutidos e muitas vezes contraditórios e algumas vezes desconhecidos. Os impactos da invasão do mexilhão-dourado sobre a cadeia trófica dos ambientes por ele invadidos estão entre os pontos mais discutidos e contraditórios na literatura especializada. As variações temporais e espaciais, além das características intrínsecas de cada ambiente estudado, estão entre as principais causas destas divergências. Nesse sentido, este estudo buscou contemplar diferentes escalas experimentais, abrangendo estudos em laboratório, em mesocosmo e em ambientes abertos, além de diferentes escalas temporais, que variaram de alguns dias de experimento a dois anos de monitoramento. A primeira fase dos estudos foi realizada em uma bateria de experimentos laboratoriais pelo período de 11 dias, em ambientes controlados, onde uma cianobactéria e uma alga verde foram oferecidas como alimento. Em seguida experimentos em escala de mesocosmo, de doze dias, foram desenvolvidos em tanques de pisciculturas de um reservatório invadido pelo bivalve, utilizando águas do próprio ambiente, além da comunidade planctônica local. E por fim, foram realizados dois anos de monitoramento, com amostragens trimestrais, em um reservatório recém-invadido pelo mexilhão-dourado, para comparação de dados dos mesmos pontos monitorados antes da chegada do invasor. Os resultados, tanto experimentais como de observação de campo, revelaram a alta capacidade de alteração nas características físicas, químicas e hidrobiológicas da água que a invasão do mexilhão-dourado é capaz de provocar. Em especial, aumento da penetração da luz na coluna d´água, aumento da concentração dos nutrientes dissolvidos tais como amônio e fósforo e profunda alteração nas estruturas das comunidades hidrobiológicas. Além disso, este estudo confirma que a presença do mexilhão-dourado, mesmo em um curto período de dias, já seria capaz de alterar de maneira significativa a estrutura de uma comunidade fitoplanctônica, favorecendo alguns grupos e prejudicando outros. Os resultados, portanto, corroboram com as hipóteses principais aqui levantadas, que propuseram que a introdução do mexilhão-dourado poderia alterar a estrutura trófica dos ambientes invadidos, tanto através da pressão seletiva por filtração, como do maior acumulo de nutrientes na água, resultantes de sua atividade metabólica. Dentre as espécies favorecidas, Microcystis aeruginosa, uma cianobactéria conhecida pela sua capacidade de formar florações e produzir toxinas, teve sua densidade aumentada nos experimentos laboratoriais. Os resultados apresentados neste trabalho podem servir, portanto, como base para desenvolvimento de ferramentas de manejo, controle e mitigação dos impactos causados pelo mexilhão-dourado nos ambientes por ele invadidos.Considered as one of the most aggressive freshwater invasive species, the golden mussel (Limnoperna fortunei) has been intensively studied and its impacts widely discussed in the scientific literature. Additionally, the aquatic environments have suffered impacts from different anthropic activities, going against the increasing global necessity for high quality water. In recent years, the golden mussel invasive process has accelerated in Brazil, and it currently reaches different watersheds with scenic, economic and ecological importance. The impacts caused by the bivalve in these invaded environments are still quite discussed and often contradictory. The impacts of the golden mussel introduction on the trophic chain of invaded environments present several contradictory points of view in the literature. The temporal and spatial variations, and the intrinsic characteristics of each particular environment, are the main causes of these divergences. In this sense, this study sought to contemplate different temporal and spatial scales, covering studies in the laboratory, in mesocosmos and in the field, in addition to different time scales, which varied from a few days to two years. The first phase of the study was carried out in a battery of 11-day laboratory experiments, under controlled conditions, when the animals were fed on a cyanobacterium and a green alga. Then, twelve-day mesocosmic scale experiments were performed in a reservoir invaded by the bivalve, using the reservoir water and the local plankton community. Finally, a two years’ monitoring sampling was followed in the field at monthly intervals in a reservoir recently invaded by the golden mussel. The results, both experimental and from field observation, revealed the high capacity of golden mussel to alter the physical and chemical properties of the water. In particular, we observed increased light penetration into the water and increased concentration of dissolved nutrients such as ammonium and phosphorus. In addition, this study confirms that the presence of the golden mussel, even on a few days scale, would be able to modify the structure of the phytoplankton community, favoring some groups and harming others. The results, therefore, corroborate the main hypotheses raised here, which proposed that the introduction of the golden mussel could have an effect on the trophic structure of the invaded environments, through selective pressure by filtration and greater accumulation of nutrients in the water, consequence of its metabolic activity. Among the favored species, Microcystis aeruginosa, a cyanobacterium able to form blooms and to produce toxins, had its density increased in the laboratory experiments. The results presented in this PhD thesis can therefore serve as the basis for the development of tools with the purpose of managing, controlling and mitigating the impacts caused by the golden mussel in the environments.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida SilvestreUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASEcologiaBioinvasãoMexilhão-douradoCianobactériasInvasões biológicasMoluscos bivalvesCianobactériasTeia tróficaReservatóriosEfeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdfPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdfapplication/pdf2432365https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32745/1/PPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdf76ad2464d9733a49a8f2ee100cd53134MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32745/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdf.txtPPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdf.txtExtracted texttext/plain244044https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32745/3/PPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdf.txt8373dadf791f177b48acb4efa641f620MD531843/327452020-03-07 03:38:05.27oai:repositorio.ufmg.br:1843/32745TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-03-07T06:38:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
title Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
spellingShingle Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
Fabiano Alcísio e Silva
Invasões biológicas
Moluscos bivalves
Cianobactérias
Teia trófica
Reservatórios
Ecologia
Bioinvasão
Mexilhão-dourado
Cianobactérias
title_short Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
title_full Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
title_fullStr Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
title_full_unstemmed Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
title_sort Efeitos da invasão do mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) na dinâmica populacional de organismos fitoplanctônicos
author Fabiano Alcísio e Silva
author_facet Fabiano Alcísio e Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Alessandra Giani
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8666575944280178
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3397349014191620
dc.contributor.author.fl_str_mv Fabiano Alcísio e Silva
contributor_str_mv Alessandra Giani
dc.subject.por.fl_str_mv Invasões biológicas
Moluscos bivalves
Cianobactérias
Teia trófica
Reservatórios
topic Invasões biológicas
Moluscos bivalves
Cianobactérias
Teia trófica
Reservatórios
Ecologia
Bioinvasão
Mexilhão-dourado
Cianobactérias
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Ecologia
Bioinvasão
Mexilhão-dourado
Cianobactérias
description Considerada uma das espécies invasoras, de águas doces, mais agressivas da atualidade, o mexilhão-dourado (Limnoperna fortunei) tem sido frequentemente estudado e os seus impactos amplamente discutidos na literatura científica. Paralelo a isso, os ambientes aquáticos têm sofrido impactos oriundos de diferentes atividades antrópicas, que vão pela contramão da necessidade global, cada vez maior por águas de melhor qualidade. O processo de invasão do mexilhão-dourado tem acelerado no Brasil nos últimos anos, e atualmente atinge diferentes bacias hidrográficas que reúnem importâncias cênicas, econômicas e ecológicas. Os impactos causados pelo bivalve nestes ambientes invadidos ainda são bastante discutidos e muitas vezes contraditórios e algumas vezes desconhecidos. Os impactos da invasão do mexilhão-dourado sobre a cadeia trófica dos ambientes por ele invadidos estão entre os pontos mais discutidos e contraditórios na literatura especializada. As variações temporais e espaciais, além das características intrínsecas de cada ambiente estudado, estão entre as principais causas destas divergências. Nesse sentido, este estudo buscou contemplar diferentes escalas experimentais, abrangendo estudos em laboratório, em mesocosmo e em ambientes abertos, além de diferentes escalas temporais, que variaram de alguns dias de experimento a dois anos de monitoramento. A primeira fase dos estudos foi realizada em uma bateria de experimentos laboratoriais pelo período de 11 dias, em ambientes controlados, onde uma cianobactéria e uma alga verde foram oferecidas como alimento. Em seguida experimentos em escala de mesocosmo, de doze dias, foram desenvolvidos em tanques de pisciculturas de um reservatório invadido pelo bivalve, utilizando águas do próprio ambiente, além da comunidade planctônica local. E por fim, foram realizados dois anos de monitoramento, com amostragens trimestrais, em um reservatório recém-invadido pelo mexilhão-dourado, para comparação de dados dos mesmos pontos monitorados antes da chegada do invasor. Os resultados, tanto experimentais como de observação de campo, revelaram a alta capacidade de alteração nas características físicas, químicas e hidrobiológicas da água que a invasão do mexilhão-dourado é capaz de provocar. Em especial, aumento da penetração da luz na coluna d´água, aumento da concentração dos nutrientes dissolvidos tais como amônio e fósforo e profunda alteração nas estruturas das comunidades hidrobiológicas. Além disso, este estudo confirma que a presença do mexilhão-dourado, mesmo em um curto período de dias, já seria capaz de alterar de maneira significativa a estrutura de uma comunidade fitoplanctônica, favorecendo alguns grupos e prejudicando outros. Os resultados, portanto, corroboram com as hipóteses principais aqui levantadas, que propuseram que a introdução do mexilhão-dourado poderia alterar a estrutura trófica dos ambientes invadidos, tanto através da pressão seletiva por filtração, como do maior acumulo de nutrientes na água, resultantes de sua atividade metabólica. Dentre as espécies favorecidas, Microcystis aeruginosa, uma cianobactéria conhecida pela sua capacidade de formar florações e produzir toxinas, teve sua densidade aumentada nos experimentos laboratoriais. Os resultados apresentados neste trabalho podem servir, portanto, como base para desenvolvimento de ferramentas de manejo, controle e mitigação dos impactos causados pelo mexilhão-dourado nos ambientes por ele invadidos.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-02-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-03-06T16:04:14Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-03-06T16:04:14Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/32745
url http://hdl.handle.net/1843/32745
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32745/1/PPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32745/2/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32745/3/PPGEcologiaConsManVidaSilvestre_FabianoAlcisioSilva_TeseDOUTORADO.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 76ad2464d9733a49a8f2ee100cd53134
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
8373dadf791f177b48acb4efa641f620
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589365062959104