Do lirismo medieval à contemporaneidade: o processo transcultural em Balada de amor no sertão, de Cristina Mato Grosso
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1984 |
Resumo: | Ancorando-se nas contribuições de Magaldi (1998), Ryngaert (1996, 1998), Pavis (1999) e Rosenfeld (1993, 1996) acerca das noções que configuram o discurso teatral; nos estudos de Pallottini (1989), Prado (1987) no que se refere à construção do personagem e nos pressupostos teóricos de Ortiz (2002), Rama (2008) sobre o conceito de transculturação, o presente trabalho tem como objeto de estudo a análise das falas das personagens centrais do texto dramático Balada de amor no sertão (2003), de Cristina Mato Grosso, buscando, por meio delas, compreender como se compõem o tempo e o espaço no texto dramático, pois se tornam elementos essenciais para entender as transformações culturais ocorridas no lócus sertão. Importa ressaltar que a poética da autora está associada, muitas vezes, à tradição literária, com aproximação às tendências humanistas do teatro medieval de Gil Vicente. Neste sentido, a teoria transcultural nos parece pertinente, pois contribuirá para a leitura que se pretende da obra, ou seja, os traços que se mantiveram ou foram rechaçados na criação da peça contemporânea, mas que guarda muitas relações com o lirismo medieval. Para a realização do proposto trabalho é necessário a compreensão sobre o processo de construção do texto, depreender os aspectos que compõem o projeto estético da dramaturga e, por isso, realizou-se uma pesquisa sobre a história e função do teatro na realização do grupo GUTAC - Grupo Teatral Amador Campo Grandense, do qual uma das fundadoras é a dramaturga Cristina Mato Grosso que desvela, em suas produções, um caráter social engajado. Para empreendermos a análise, a presente pesquisa se dividirá em três capítulos. No primeiro, serão apresentados os pressupostos teóricos de Fernando Ortiz e Ángel Rama, que tratam da transculturação e, se demonstrará que aspectos da teoria podem ser aplicáveis ao estudo desta peça teatral. A seguir, expor-se-á a trajetória teatral da atriz, por entendermos a relevância de seu trabalho no cenário dramatúrgico sul-mato-grossense e brasileiro e, sobretudo, por se tratar de uma autora e produções ainda pouco exploradas no âmbito acadêmico. No terceiro capítulo, atentaremos especificamente aos aspectos estruturais do texto e os elementos importantes que este nos fornece a serem considerados no âmbito analítico: as relações de poder, a situação social, presença de manifestações culturais com recorrência ao folclore brasileiro, além da presença de mitos e aspectos historiográficos. Pretende-se desse modo, contribuir para a valorização do teatro sul-mato-grossense. |
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A seguir, expor-se-á a trajetória teatral da atriz, por entendermos a relevância de seu trabalho no cenário dramatúrgico sul-mato-grossense e brasileiro e, sobretudo, por se tratar de uma autora e produções ainda pouco exploradas no âmbito acadêmico. No terceiro capítulo, atentaremos especificamente aos aspectos estruturais do texto e os elementos importantes que este nos fornece a serem considerados no âmbito analítico: as relações de poder, a situação social, presença de manifestações culturais com recorrência ao folclore brasileiro, além da presença de mitos e aspectos historiográficos. Pretende-se desse modo, contribuir para a valorização do teatro sul-mato-grossense.RESUMEN - Anclándose en las contribuciones de Magaldi (1998), Ryngaert (1996, 1998), Pavis (1999) y Rosenfeld (1993, 1996), sobre las nociones que configuran el discurso teatral, en los estudios de Pallottini (1989), Prado (1987) en lo que se refiere a la construcción del personaje y los supuestos teóricos de Ortiz (2002), Rama (2008) sobre el concepto de transculturación, el presente trabajo tiene como objeto el análisis de los discursos de los personajes principales del texto dramático Balada de amor no sertão (2003), de Cristina Mato Grosso, buscando a través de ellos, comprender cómo el tiempo y el espacio en el texto dramático, se convierte en esencial para entender los cambios culturales que ocurren en el lócus donde se pasa la trama. Es importante señalar que la poética de la autora está asociada, a menudo a la tradición literaria con una proximidad de las tendencias humanistas del teatro medieval de Gil Vicente. En este sentido, la teoría transcultural parece relevante ya que contribuye a la lectura de la obra en estudio, es decir, los rastros que quedaron o fueron expulsados para crear la pieza que es contemporánea, pero que tiene muchas relaciones con la lírica medieval. Para realizar dicho trabajo es necesario entender el proceso de construcción del texto, investigar los aspectos que conforman el diseño estético de la dramaturga y, por tanto, que se celebró una investigación sobre la historia y la función del teatro en la realización del grupo GUTAC - Grupo de Teatro Amador Campo Grandense, del cual uno de los fundadores es la dramaturga Cristina Mato Grosso, que siempre demuestra en sus producciones, el comprometimiento con lo social. Para realizar el análisis, esta investigación se divide en tres capítulos. En primer lugar, se presentan los supuestos teóricos de Fernando Ortiz y Ángel Rama, hacia la transculturación, y demostrar cuales aspectos de la teoría pueden ser aplicables al estudio de este texto. A continuación, se expondrá la historia de la actriz de teatro, porque entendemos la importancia de su trabajo en la creación dramática de Mato Grosso do Sul y Brasil, y sobre todo porque la autora y sus producciones siguen aún sin exploración en el ámbito académico. En el tercer capítulo, nos fijamos específicamente a los aspectos estructurales del texto y los elementos importantes que nos brinda para examinar el alcance del análisis: las relaciones de poder, la situación social, manifestaciones culturales con la recurrencia al folclore brasileño, además de la presencia de los mitos y los aspectos historiográficos. Se pretende con esta pesquisa, contribuir para la valorización de la literatura dramática de Mato Grosso do Sul.porTeatro BrasileiroPersonagensDramatists, BrazilianDo lirismo medieval à contemporaneidade: o processo transcultural em Balada de amor no sertão, de Cristina Mato Grossoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEnedino, Wagner CorsinoSão José, Elisângela Cristiane Rozendo de.info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILElisângela Cristiane R. de São José.pdf.jpgElisângela Cristiane R. de São José.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1236https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1984/4/Elis%c3%a2ngela%20Cristiane%20R.%20de%20S%c3%a3o%20Jos%c3%a9.pdf.jpg202365e54eeb547028c509333ec37782MD54ORIGINALElisângela Cristiane R. de São José.pdfElisângela Cristiane R. de São José.pdfapplication/pdf5515792https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1984/1/Elis%c3%a2ngela%20Cristiane%20R.%20de%20S%c3%a3o%20Jos%c3%a9.pdf40324c27aaa288459070682a63937540MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1984/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTElisângela Cristiane R. de São José.pdf.txtElisângela Cristiane R. de São José.pdf.txtExtracted texttext/plain0https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1984/3/Elis%c3%a2ngela%20Cristiane%20R.%20de%20S%c3%a3o%20Jos%c3%a9.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53123456789/19842022-03-18 07:20:57.364oai:repositorio.ufms.br:123456789/1984Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242022-03-18T11:20:57Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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