O teatro de resistência em cena: literatura e história em Liberdade, liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2155 |
Resumo: | Ancorado em contribuições de Magaldi (1984, 2003, 2008); Faria (1998); Pallottini (1989, 2006); Guinsburg, Faria e Lima (2009); Prado (1987); Heliodora (2008); Peixoto (2006, 2007); Pavis (2007); Ryngaert (1995, 1998); Ubersfeld (2005), no que se refere à constituição do discurso teatral e nos pressupostos teóricos de Esteves (2010); Pesavento (1998); Freitas (1989); Weinhardt (1994); Pessotti (1994); Malard (1996); White (2001, 2008) e Burke (1992, 2011), que estabelece a relação entre Literatura e História, este texto visa a refletir sobre as relações da obra Liberdade, liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel (1965) com o período ditatorial brasileiro (1964-1985). A escolha desse tema decorreu do interesse em estudar uma obra que questionava o esquema repressor que dominava o Brasil. Nesse sentido, será destacado o contexto histórico no qual a obra foi escrita, englobando, para isso, aspectos do período de exceção no Brasil pós-64, demonstrado, por meio das oposições entre os artistas engajados (Millôr e Rangel) e o poder opressor. Com efeito, pretende-se analisar a representação do inconformismo da nação, uma vez que a obra recorre a textos clássicos e históricos, além de fazer uso de musicais para alcançar um efeito de sentido que deságua na incessante busca da liberdade. A obra circula do dramático ao cômico, alicerçado pelo discurso político. A peça foi apresentada em diversos teatros e universidades brasileiras e ficou marcada pela receptividade estética permeada de entusiasmo dos jovens universitários, pela repressão dos órgãos de censura e pela desconfiança do grande público. Dessa maneira, surge o Teatro de Resistência, termo defendido pelos pesquisadores J. Guinsburg, João Roberto Faria e Mariangela Alves de Lima (2009) em seu Dicionário do teatro brasileiro. Para melhor compreensão, o trabalho se estrutura em três capítulos. O primeiro “O cenário do teatro de resistência: a ditadura militar brasileira” focaliza o momento histórico brasileiro em que a peça foi concebida, especialmente no que se refere ao regime ditatorial. O segundo – “Entre o romance histórico e o drama, uma caracterização” traz à baila a relação que se estabelece entre a Literatura e a História, sobretudo no que concerne à aplicabilidade do conceito “romance histórico” a um texto dramático. Já o terceiro e último capítulo – “Além da tinta e do papel: no proscênio, a liberdade”, procura descrever o texto dramático Liberdade, liberdade utilizando teorias do teatro e da dramaturgia. |
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Nesse sentido, será destacado o contexto histórico no qual a obra foi escrita, englobando, para isso, aspectos do período de exceção no Brasil pós-64, demonstrado, por meio das oposições entre os artistas engajados (Millôr e Rangel) e o poder opressor. Com efeito, pretende-se analisar a representação do inconformismo da nação, uma vez que a obra recorre a textos clássicos e históricos, além de fazer uso de musicais para alcançar um efeito de sentido que deságua na incessante busca da liberdade. A obra circula do dramático ao cômico, alicerçado pelo discurso político. A peça foi apresentada em diversos teatros e universidades brasileiras e ficou marcada pela receptividade estética permeada de entusiasmo dos jovens universitários, pela repressão dos órgãos de censura e pela desconfiança do grande público. Dessa maneira, surge o Teatro de Resistência, termo defendido pelos pesquisadores J. Guinsburg, João Roberto Faria e Mariangela Alves de Lima (2009) em seu Dicionário do teatro brasileiro. Para melhor compreensão, o trabalho se estrutura em três capítulos. O primeiro “O cenário do teatro de resistência: a ditadura militar brasileira” focaliza o momento histórico brasileiro em que a peça foi concebida, especialmente no que se refere ao regime ditatorial. O segundo – “Entre o romance histórico e o drama, uma caracterização” traz à baila a relação que se estabelece entre a Literatura e a História, sobretudo no que concerne à aplicabilidade do conceito “romance histórico” a um texto dramático. Já o terceiro e último capítulo – “Além da tinta e do papel: no proscênio, a liberdade”, procura descrever o texto dramático Liberdade, liberdade utilizando teorias do teatro e da dramaturgia.ABSTRACT - Based on the contributions from Magaldi (1984, 2003, 2008); Faria (1998); Pallottini (1989, 2006); Guinsburg, Faria and Lima (2009); Prado (1987); Heliodora (2008); Peixoto (2006, 2007); Pavis (2007); Ryngaert (1995, 1998); Ubersfeld (2005), refering to the constitution of the theatrical discourse, and the theoretical presupposes of Esteves (2010); Pesavento (1998); Freitas (1989); Weinhardt (1994); Pessotti (1994); Malard (1996); White (2001, 2008) and Burke (1992, 2011) to the relations established between Literature and History, this text seeks to reflect on the relations the play Liberdade, liberdade, by Millôr Fernandes and Flávio Rangel (1965) with the Brazilian dictatorship period (1964-1985). The choice of this theme resulted from the interest in studying a work that questioned the scheme repressor that dominated Brazil. In this sense, will be detached the historical context in which the work was written, encompassing, for this, aspects of the period except in Brazil post-64, demonstrated through the opposition between the artists engaged (Millôr and Rangel) and oppressive power. Indeed, we intend to analyze the representation of the nonconformity of the nation, since the work draws on classical and historical texts, as well as make use of music to achieve an effect of meaning that flows into the relentless pursuit of freedom. The work flows from dramatic to comedic, supported by political discourse. The play was presented in several universities and theaters Brazilian and was marked by openness aesthetic permeated the enthusiasm of young students, the repression of the organs of censorship and distrust of the general public. Thus, there is the Theatre of Resistance, a term advocated by researchers J. Ginsburg, João Roberto Faria and Mariangela Alves de Lima (2009) in his Dicionário do teatro brasileiro. For better understanding, the work is structured in three chapters. The first "O cenário do teatro de resistência: a ditadura military brasileira" focuses on the Brazilian historical moment in which the part was designed, especially with regard to the dictatorial regime. The second - "Entre o romance histórico e o drama, uma caracterização" brings up the relationship established between Literature and History, especially regarding the applicability of the term "historical novel" to a dramatic text. The third and last chapter - "Além da tinta e do papel: no proscênio, a liberdade", seeks to describe the dramatic text Liberdade, liberdade from theories of theater and drama.porLiteratura ComparadaLiteratura e HistóriaTeatro BrasileiroFernandes, Millôr, 1924-2012Rangel, Flávio, 1934-1988Literature, ComparativeLiterature and HistoryBrazilian DramaO teatro de resistência em cena: literatura e história em Liberdade, liberdade, de Millôr Fernandes e Flávio Rangelinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisEnedino, Wagner CorsinoVieira, Haydê Costainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILHAYDÊ COSTA VIEIRA.pdf.jpgHAYDÊ COSTA VIEIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1296https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2155/4/HAYD%c3%8a%20COSTA%20VIEIRA.pdf.jpgf7cc162b89aab14983c88ebc46c11651MD54ORIGINALHAYDÊ COSTA VIEIRA.pdfHAYDÊ COSTA VIEIRA.pdfapplication/pdf882177https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2155/1/HAYD%c3%8a%20COSTA%20VIEIRA.pdfaf27f241826f6f2a5e5efd312c4fff5bMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2155/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTHAYDÊ COSTA VIEIRA.pdf.txtHAYDÊ COSTA VIEIRA.pdf.txtExtracted texttext/plain0https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2155/3/HAYD%c3%8a%20COSTA%20VIEIRA.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53123456789/21552021-09-30 15:56:50.485oai:repositorio.ufms.br:123456789/2155Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:56:50Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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