Análise histológica comparativa da biocompatibilidade de enxertos realizados com esclera homóloga ou silicone em defeitos ósseos produzidos no rebordo inferior da órbita de coelhos, segundo critérios da FDI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, José Mariano Carvalho
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/354
Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar a resposta inflamatória do silicone e da esclera homóloga em um modelo animal. Quatro coelhos, selecionados como doadores, tiveram as órbitas enucleadas, as escleras removidas, limpas e conservadas em álcool absoluto. Defeitos ósseos padronizados foram criados nos rebordos orbitais inferiores de vinte e sete coelhos da raça Nova Zelândia, distribuídos em três grupos. Os grupos A e B receberam enxertos homólogos de esclera (n = 12) ou silicone (n = 12), respectivamente. No grupo A, a esclera desidratada foi embebida em solução salina 0,9% por 30 min antes da implantação. Os animais restantes compreenderam o grupo C (controle C) e foram submetidos à cirurgia, mas sem nenhum enxerto. Os animais foram eutanasiados aos 45, 90 e 120 dias após a cirurgia e amostras dos tecidos implantados foram preparadas para análise histopatológica de rotina com secções coradas em hematoxilina e eosina. Uma avaliação comparativa do infiltrado inflamatório foi realizada conforme recomendado pela FDI. Para análise inferencial dos tempos experimentais, considerou-se o nível de rejeição da hipótese de nulidade em 5%. Para uma mesma variável foi empregado o teste de Friedman, complementado pelo teste de Wilcoxon. Consideradas variáveis diferentes, empregou-se o teste U-Mann Whitney. Observou-se diferença estatística significante na reação inflamatória entre os grupos A e B (p<0,001) e entre os grupos B e C (p<0,001), não sendo observada diferença entre os grupos A e C (p>0,05). A análise histológica mostrou resposta inflamatória ausente ou leve no grupo A, em todos os períodos, enquanto foi moderada aos 45 dias no grupo B, diminuindo para leve aos 120 dias. No grupo A, o tecido conjuntivo apresentou-se organizado, com neoformação óssea e integração da esclera aos tecidos circundantes. No grupo B, observou-se uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente ao silicone, com poucas células inflamatórias. Aos 120 dias, os defeitos ósseos no grupo A estavam reconstituídos, enquanto nos grupos B e C, observou-se formação óssea incompleta. Apesar dos materiais testados apresentarem biocompatibilidade, a esclera demonstrou como principal vantagem em relação ao silicone, o fato de se integrar completamente à área receptora.
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Os animais foram eutanasiados aos 45, 90 e 120 dias após a cirurgia e amostras dos tecidos implantados foram preparadas para análise histopatológica de rotina com secções coradas em hematoxilina e eosina. Uma avaliação comparativa do infiltrado inflamatório foi realizada conforme recomendado pela FDI. Para análise inferencial dos tempos experimentais, considerou-se o nível de rejeição da hipótese de nulidade em 5%. Para uma mesma variável foi empregado o teste de Friedman, complementado pelo teste de Wilcoxon. Consideradas variáveis diferentes, empregou-se o teste U-Mann Whitney. Observou-se diferença estatística significante na reação inflamatória entre os grupos A e B (p<0,001) e entre os grupos B e C (p<0,001), não sendo observada diferença entre os grupos A e C (p>0,05). A análise histológica mostrou resposta inflamatória ausente ou leve no grupo A, em todos os períodos, enquanto foi moderada aos 45 dias no grupo B, diminuindo para leve aos 120 dias. No grupo A, o tecido conjuntivo apresentou-se organizado, com neoformação óssea e integração da esclera aos tecidos circundantes. No grupo B, observou-se uma fina camada de tecido conjuntivo adjacente ao silicone, com poucas células inflamatórias. Aos 120 dias, os defeitos ósseos no grupo A estavam reconstituídos, enquanto nos grupos B e C, observou-se formação óssea incompleta. Apesar dos materiais testados apresentarem biocompatibilidade, a esclera demonstrou como principal vantagem em relação ao silicone, o fato de se integrar completamente à área receptora.The aim of this study was to compare the inflammatory response after implantation of homologous sclera and silicon in an animal model. Four rabbits, selected to be graft donors, had the sclera removed from the eyes, cleaned and preserved in absolute ethanol. Standard bony defects were created at the orbital floor of twenty seven New Zealand rabbits, randomly separated into three groups. Groups A and B received grafts of homologous sclera (n=12) or silicon (n=12), respectively. In group A, the dehydrated sclera was soaked in 0.9% saline solution for 30 min before implantation. The remaining animals comprised group C (control) and were submitted to surgery, but with no graft. The animals were euthanized at 45, 90, and 120 days after surgery, and tissue samples were prepared routinely by histopathological analysis of hematoxylin and eosin stained sections. A comparative evaluation of inflammatory infiltrate on groups was performed as recommended by the FDI. To the statistical analysis, significance level was set as 5%. Comparing the same variable, the analysis was carried out by Friedman test followed by Wilcoxon Rank test. Considering different variables, U-Mann Whitney test was used. Statistical analysis showed significant difference between groups A and B (p<0.001) and B and C (p<0.001), with no difference between A and C (p>0.05). The histological sections showed an inflammatory response classified as none to slight in group A, in all experimental periods, whilst it was moderate at 45 days in group B, reducing to absent at 120 days. In group A, sections showed an organized connective tissue, a neo-formed healthy bone, and integration of the sclera with adjacent tissues. In group B, it was observed a thin layer of connective tissue adjacent to the silicon with a few inflammatory cells. At 120 days, the bone defects in group A were totally reconstituted, while in groups B and C it was observed an incomplete bone formation. Although the biocompatibility of both implanted materials, the sclera showed some advantages in relation to silicone as it was completely integrated into the host.porAloenxertosTransplantesMateriais BiocompatíveisAnálise histológica comparativa da biocompatibilidade de enxertos realizados com esclera homóloga ou silicone em defeitos ósseos produzidos no rebordo inferior da órbita de coelhos, segundo critérios da FDIComparative histological analysis of the biocompatibility of grafts performed with homologous sclera or silicone in bone defects produced in the lower edge of the orbit of rabbits, according to FDIinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisRossi, Rafael deCosta, José Mariano Carvalhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/354/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/3542024-06-26 09:00:25.371oai:repositorio.ufms.br:123456789/354Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-06-26T13:00:25Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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