Tratamento da anquilose da articulação tempero-mandibular : estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendonça, José Carlos Garcia de
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/353
Resumo: Anquilose da ATM pode ser definida como impedimento da excursão normal da mandíbula por comprometimento da articulação ou de suas adjacências. A anquilose pode ocorrer por seqüela de várias patologias, porém tem como fatores causais principais o trauma e a infecção. O diagnóstico é feito com base nos exames clínicos e de imagem. A anquilose compromete o centro de crescimento condilar, evoluindo com deformidades faciais tão mais graves quanto mais precocemente se tenha instalado na infância. Não existe consenso, quanto a existência de apenas um tratamento padrão para a correção da anquilose. Numa revisão da literatura, as modalidades de tratamento comumente encontradas, são a artoplastia simples, a artroplastia interposicional e a excisão e reconstrução da articulação. Num estudo comparativo entre as duas modalidades de artroplastias, a preferência recai em favor da interposicional, às custas do retalho de músculo e/ou fáscia temporal. Nas reconstruções da ATM com enxerto autógeno, a preferência cabe ao enxerto costocondral, pelo seu potencial de crescimento e remodelação em pacientes juvenis, e pelo baixo índice de morbidade nos pacientes adultos. A população estudada neste estudo retrospectivo foi obtida dos prontuários do Hospital Universitário da UFMS de 16 pacientes portadores de anquilose de ATM e que foram operados por reconstrução autógena ou aloplástica entre os períodos de março de 1992 e julho de 2008. Utilizou-se como via de acesso uma incisão préauricular que se estendeu até o couro cabeludo, possibilitando boa visualização da articulação anquilosada e da fáscia temporal superficial. Dados como, a máxima abertura de boca, etiologia, tipo de anquilose, tratamento, ocorrência de recidiva e lesão do nervo facial foram coletados no pré-operatório, através dos prontuários, e no pós-operatório, através de entrevista. A média da máxima abertura de boca no pré-operatório foi de 5,37mm (0,0 a 13mm) e no pósoperatório foi de 32,06mm (12mm a 45mm), houve lesão temporária do nervo facial em apenas um caso, assim como, houve uma recidiva da anquilose. A reconstrução da articulação com material autógeno ou aloplástico, para o tratamento da anquilose da ATM, se mostrou eficaz em relação à máxima abertura de boca pós-operatória, recidiva e função da articulação.
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Num estudo comparativo entre as duas modalidades de artroplastias, a preferência recai em favor da interposicional, às custas do retalho de músculo e/ou fáscia temporal. Nas reconstruções da ATM com enxerto autógeno, a preferência cabe ao enxerto costocondral, pelo seu potencial de crescimento e remodelação em pacientes juvenis, e pelo baixo índice de morbidade nos pacientes adultos. A população estudada neste estudo retrospectivo foi obtida dos prontuários do Hospital Universitário da UFMS de 16 pacientes portadores de anquilose de ATM e que foram operados por reconstrução autógena ou aloplástica entre os períodos de março de 1992 e julho de 2008. Utilizou-se como via de acesso uma incisão préauricular que se estendeu até o couro cabeludo, possibilitando boa visualização da articulação anquilosada e da fáscia temporal superficial. Dados como, a máxima abertura de boca, etiologia, tipo de anquilose, tratamento, ocorrência de recidiva e lesão do nervo facial foram coletados no pré-operatório, através dos prontuários, e no pós-operatório, através de entrevista. A média da máxima abertura de boca no pré-operatório foi de 5,37mm (0,0 a 13mm) e no pósoperatório foi de 32,06mm (12mm a 45mm), houve lesão temporária do nervo facial em apenas um caso, assim como, houve uma recidiva da anquilose. A reconstrução da articulação com material autógeno ou aloplástico, para o tratamento da anquilose da ATM, se mostrou eficaz em relação à máxima abertura de boca pós-operatória, recidiva e função da articulação.Temporomandibular joint ankylosis can be defined as impediment of excursion normal of the mandible for involvement of joint or its adjacencies. The ankylosis can occur by sequelae of some pathologies, however it’s as main causal factors are trauma and infection. The diagnosis is made on the basis of clinical examinations and images. The ankylosis compromises the condilar’s growth center, evolution to face deformities as more serious as the more early if it has installed in infancy. There isn’t a consensus, how much the existence of only one treatment standard for the correction of the ankylosis. In one review of literature, the current modalities of treatment are the Gap, the interposition arthroplasty and the excision and reconstruction of the joint. In a comparative study about two modalities of arthroplasty, the preference falls again for the interposicional, through to retail of muscle and/or temporal fascial. In the reconstructions of the TJM with autogenous graft, the preference fits to graft of chondral rib, for its potential of growth and remodeling in youthful patients, and for the low rate of morbidity in the adult patients. The sample in this retrospective study was obtained from the records of the teaching hospital, patients who had to undergo ankylosis treatment by alloplastic or autogenous graft between March 1992 and July 2008. Pre- and post-operative assessment included a throughout history and physical examination to determine the cause of ankylosis, the maximum mouth opening, etiology and type of ankylosis, recurrence rate and presence of facial nerve paralysis. The mean maximum mouth opening in the pre-operative period was 5.37 mm (0.0 mm to 13 mm) and in the post-operative period it was of 32.06mm (12 mm to 45mm), there was facial nerve paralysis and there was recurrence in just one case. The joint reconstruction with alloplastic or autogenous grafts for the ankylosis treatment proved to be efficient in relation to the post-operative maximum mouth opening, recurrence and joint function.porAnquiloseArticulação TemporomandibularArtroplastiaTratamento da anquilose da articulação tempero-mandibular : estudo retrospectivoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisInouye, Celso MassaschiMendonça, José Carlos Garcia deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILJosé Carlos Garcia de Mendonça.pdf.jpgJosé Carlos Garcia de Mendonça.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1153https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/353/4/Jos%c3%a9%20Carlos%20Garcia%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf.jpg4533bfd7a877096abd597a4c2ba617a4MD54TEXTJosé Carlos Garcia de Mendonça.pdf.txtJosé Carlos Garcia de Mendonça.pdf.txtExtracted texttext/plain151260https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/353/3/Jos%c3%a9%20Carlos%20Garcia%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf.txte5c3e0f60ef9a68f05c4334c458d67e1MD53ORIGINALJosé Carlos Garcia de Mendonça.pdfJosé Carlos Garcia de Mendonça.pdfapplication/pdf4035087https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/353/1/Jos%c3%a9%20Carlos%20Garcia%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf58782fc4f10b5909fa37aa378aad225dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/353/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/3532024-06-26 08:58:12.755oai:repositorio.ufms.br:123456789/353Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-06-26T12:58:12Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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