Tratamento com baixas doses de aspirina nas fases aguda e crônica da infecção murina por trypanosoma cruzi promove neuroproteção entérica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oda, Juliano Yasuo
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/3022
Resumo: A doença de Chagas (DC) representa um importante problema de saúde pública no Brasil, devido ao surgimento de novos casos e também por ainda não possuir cura. A DC acomete o controle nervoso do trato gastrointestinal, resultando em severos distúrbios de motilidade. Essas alterações de motilidade devem-se, principalmente, à perda de neurônios do plexo mientérico, o qual é um dos plexos ganglionados do sistema nervoso entérico. Neste estudo, objetivou-se avaliar se o uso de baixas doses de aspirina (ASA) durante a fase aguda (20 mg/kg) ou crônica (50 mg/kg) da infecção experimental por T. cruzi seria capaz de proteger neurônios mientéricos do cólon de camundongos. Todos os procedimentos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Camundongos Swiss foram distribuídos em grupos que receberam PBS ou foram tratados com baixas doses de aspirina durante a fase aguda (20 mg/Kg, ASAEarly) ou crônica (50 mg/Kg, ASADelayed) da infecção causada pela cepa Y de T. cruzi. Após 75 dias de infecção, coletou-se o cólon para quantificar focos inflamatórios em cortes histológicos e neurônios mientéricos gerais, nitrérgicos, VIPérgicos e colinérgicos evidenciados por imunofluorescência. Além disso, avaliou-se o trânsito gastrointestinal. Contou-se o número total de corpos celulares de neurônios gerais, nitrérgicos e VIPérgicos presentes em 24,06 mm2 de cada animal, valor que projetado para 1 cm2. O número de neurônios colinérgicos foi estimado pela diferença entre o número de neurônios gerais e o número de neurônios nitrérgicos. Foi também realizada a mensuração da área do corpo celular de 300 neurônios evidenciados em cada marcação de cada animal. Foram mensuradas 700 varicosidades nervosas mientéricas VIPérgicas e contendo Substância P. O tempo de trânsito intestinal foi avaliado com a administração de um marcador não absorvível, via gavagem (tempo zero), até a eliminação do primeiro pelete de fezes na cor vermelha. Os dados foram expressos por média ± desvio padrão, e os grupos foram comparados utilizando ANOVA, seguido pelo pós-teste de Tukey, considerando significante p<0,05. O tratamento com ASA na fase aguda provocou uma significativa redução no pico de parasitemia (p<0,05). Com relação a quantidade de foco inflamatório, ambos tratamentos foram eficientes para reduzi-los. Os camundongos infectados do grupo PBS apresentaram intensa perda neuronal mientérica, tanto na população geral (60,67%), como também nas subpopulações nitrérgica (49,0%), colinérgica (67%) e VIPérgica (38,0%) (p<0,05). Essa morte de neurônios foi significativamente reduzida pelo tratamento com ASA tanto na fase aguda (ASAEarly) como na fase crônica (ASADelayed) da infecção (p<0,05). A intensa morte de neurônios colinérgicos nos animais do PBS provocou significativo retardo do trânsito do tubo digestório (p<0,05). O tratamento com ASA contribuiu para que o tempo de trânsito gastrointestinal dos animais infectados permanecesse semelhantes aos animais saudáveis. A infecção por T. cruzi, provocou uma hipertrofia no corpo celular dos neurônios remanescentes. O tratamento com ASA na fase aguda da infecção contribuiu de forma mais expressiva para manutenção da área do corpo celular dos neurônios mientéricos remanescentes. Camundongos infectados com T. cruzi não tratados com ASA apresentaram varicosidades nervosas mientéricas VIPérgicas atrofiadas e as contendo substância P estavam hipertrofiadas. Além disso, as fibras nervosas apresentaram maior intensidade de brilho para SP. Conclui-se que a administração de ASA apresentou efeito neuroprotetor para os neurônios do plexo mientérico do cólon de camundongos infectados por T. cruzi.
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Conclui-se que a administração de ASA apresentou efeito neuroprotetor para os neurônios do plexo mientérico do cólon de camundongos infectados por T. cruzi.ABSTRACT - Chagas disease (DC) represents an important public health problem in Brazil, due to the emergence of new cases and still has no cure. The DC affects the nervous control of the gastrointestinal tract, resulting in severe disorders of motility. These alterations of motility are due, mainly, to the loss of neurons of the myenteric Plexus, which is one of the ganglionated Plexus of the enteric nervous system. In this study, the objective to assess whether the use of low-dose aspirin (ASA) during the acute phase (20 mg/kg) or chronic (50 mg/kg) of the experimental infection by t. cruzi would be able to protect myenteric neurons of the mice colon. All procedures were approved by the Ethics Committee on use of Animals at the State University of Londrina (UEL). Swiss mice were divided into groups that received PBS or were treated with low doses of aspirin during the acute phase (20 mg/Kg, ASAEarly) or chronic (50 mg/Kg, ASADelayed) of the infection caused by the Y strain of t. cruzi. After 75 days of infection, collected the colon to quantify inflammatory focus in histological sections and general myenteric neurons, nitrergic, VIPergic and cholinergic evidenced by immunofluorescence. In addition, assessed the gastrointestinal transit. The total number of cell bodies of general neurons, nitrergic and VIPergic present in 24.06 mm2 of each animal was couted, which designed for 1 cm2. The number of cholinergic neurons was estimated by the difference between the number of general neurons and the number of nitrergic neurons. The measurement was performed in the area of the cell body of neurons identified 300 in each marking of each animal. Were measured 700 VIPergic myenteric nerve varicosities and containing Substance P. The intestinal transit time was evaluated with the administration of a nonabsorbable marker, gavage pathway (zero time), until the removal of the first pellet of stool in red color. The data were expressed by mean ± standard deviation, and the groups were compared using ANOVA, followed by the Tukey post-test, considering significant p < 0.05. The ASA during the acute phase treatment caused a significant reduction in peak parasitaemia (p < 0.05). Regarding the amount of inflammatory focus, both treatments were efficient to reduce them. The mice infected PBS group showed intense myenteric neuronal loss, both in the general population as well as in subpopulations (60.67%), nitrergic (49.0%), cholinergic (67%) and VIPergic (38.0%) (p < 0.05). This death of neurons was significantly reduced by treatment with ASA both in the acute phase (ASAEarly) as in the chronic phase (ASADelayed) of the infection (p < 0.05). The intense death of cholinergic neurons in animals of the PBS caused significant traffic delay of the digestive tube (p < 0.05). Treatment with ASA contributed to the gastrointestinal transit time of infected animals remain similar to healthy animals. Infection with t. cruzi, provoked a hypertrophy in the cell body of neurons. Treatment with ASA in the acute phase of the infection contributed more expressive for maintenance of the cell body of myenteric neurons remaining. Mice infected with t. cruzi treated with ASA presented VIPergic myenteric nerve varicosities atrophied and the containing substance P were hypertrophied. In addition, the nerve fibers showed greater intensity of brightness to SP. Concluded that the wing administration presented a neuroprotective effect to neurons of the myenteric plexus of the mice colon infected by t. cruzi.porDoença de ChagasAspirinaTrypanosoma cruziNeuroproteçãoChagas DiseaseAspirinNeuroprotectionTratamento com baixas doses de aspirina nas fases aguda e crônica da infecção murina por trypanosoma cruzi promove neuroproteção entéricaTreatment with low doses of aspirin in acute and chronic phases of murine infection by trypanosoma cruzi promotes enteric neuroprotectioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisAraújo, Eduardo José de AlmeidaOda, Juliano Yasuoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILTratamento com baixas doses de aspirina nas fases aguda e crônica da infecção murina por trypanosoma cruzi promove neuroproteção entérica.pdf.jpgTratamento com baixas doses de aspirina nas fases aguda e crônica da infecção murina por trypanosoma cruzi promove neuroproteção entérica.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1397https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/3022/4/Tratamento%20com%20baixas%20doses%20de%20aspirina%20nas%20fases%20aguda%20e%20cr%c3%b4nica%20da%20infec%c3%a7%c3%a3o%20murina%20por%20trypanosoma%20cruzi%20promove%20neuroprote%c3%a7%c3%a3o%20ent%c3%a9rica.pdf.jpgd4b1c92d717a8061279f00d4f1db3dddMD54ORIGINALTratamento com baixas doses de aspirina nas fases aguda e crônica da infecção murina por trypanosoma cruzi promove neuroproteção entérica.pdfTratamento com baixas doses de aspirina nas fases aguda e crônica da infecção murina por trypanosoma cruzi promove neuroproteção entérica.pdfapplication/pdf4602725https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/3022/1/Tratamento%20com%20baixas%20doses%20de%20aspirina%20nas%20fases%20aguda%20e%20cr%c3%b4nica%20da%20infec%c3%a7%c3%a3o%20murina%20por%20trypanosoma%20cruzi%20promove%20neuroprote%c3%a7%c3%a3o%20ent%c3%a9rica.pdf9efc8c1a3ca4d2e96cf1bbff76143d03MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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