Representações identitárias na escrita de alunos em situação de bullying escolar
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2372 |
Resumo: | Nas últimas décadas, a violência escolar tem crescido significativamente e o mais preocupante é que ela tem ocorrido de diferentes formas em todos os níveis de escolaridade, de modo que, atos de violência que antes eram raros, tornaram- se constantes no cotidiano das escolas. Em meio a tantos tipos de violência, uma que vem recebendo bastante enfoque é o bullying, que diz respeito às frequentes práticas de agressão física e verbal entre os alunos. Segundo Fante (2005), o bullying tem como marca constitutiva o desrespeito às diferenças, à intolerância e ao preconceito, que afetam as relações humanas. Este trabalho tem como objetivo geral conscientizar a comunidade escolar sobre como lidar com o fenômeno bullying e como objetivo específico descrever o jogo de representações (PÊCHEUX, 1969) identitárias que os escolares em situação de bullying escolar de uma escola pública do interior do estado de São Paulo fazem de si, sobre o outro e sobre a escola por meio da produção de relatos de si, que foram produzidos e coletados no segundo semestre de 2013. Como hipótese de pesquisa, supomos que a formação identitária desse sujeito é perpassada pela alteridade de tal forma, que gera nele uma crise identitária que, consequentemente, pode levá-lo à rejeição e à exclusão no lugar social escola. Inserido no viés discursivo desconstrutivista, este trabalho caracteriza-se pelo método arqueogenealógico (FOUCAULT, 1988), de campo, pois adotamos as seguintes perspectivas para a constituição do córpus: a escrita de si, a partir de Foucault (2004), pois, segundo esse autor, a escrita de si possui um caráter confessional, por isso consideramos que essas produções textuais tratam-se de autobiografias escolares. Como fulcro teórico, apoiamo-nos nas teorias da Análise do Discurso de linha francesa, especialmente a partir do conceito de representação, de Pêcheux (1969), com o apoio das noções de /saber/poder e resistência, do filósofo Foucault (2003 e 2008), e de identidade, de Coracini (2007) e Bauman (2005), bem como Skliar (2003) para analisar as marcas de exclusão. Enquanto resultados, observamos que o sujeito em situação de bullying escolar tem o processo de formação identitária constituído pelo outro, uma vez que o conviver com o outro está intrinsecamente ligado a uma relação de poder em que o agressor fala em nome dele por meio de apelidos ofensivos, isto é, o dizer do outro sobre o sujeito em situação de bullying emana de uma relação de poder, de modo que ele passa a receber uma identidade por meio do efeito de dominação em que alguém (agressor) fala em nome dele, portanto o sujeito é sempre dito pelo outro, pelo olhar do outro. Assim, a formação identitária desse sujeito é constituída na/pela alteridade, fazendo com que, por meio dos apelidos, ele passe por uma crise identitária. Além disso, examinamos que a escola não conseguiu acompanhar a evolução da sociedade no que diz respeito ao uso das tecnologias da informação e da comunicação e, com isso, o âmbito escolar tem sido desestimulante pelo fato de se preocupar mais com o poder disciplinar dos escolares do que com o processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, também detectamos que a escola ainda é concebida como uma possibilidade de ascensão social. No primeiro capítulo, trazemos à baila fundamentações teóricas voltadas à noção de discurso, sujeito, interdiscurso, formação discursiva, representações imaginárias, além de nos prender em torno do conceito de identidade, de exclusão e das noções de saber/poder. No capítulo dois, debruçamo-nos acerca do fenômeno bullying, apresentando alguns excertos dos escolares da escola em que os relatos foram coletados, a fim de melhor elucidar as condições de produção desses relatos de si. Também, trazemos informações a respeito do procedimento metodológico adotado para a constituição do córpus. No último capítulo, apresentamos a análise de onze excertos, que foram organizados em três eixos: Representações de si, Representações sobre o outro e Representações sobre a Escola. E por fim, as considerações finais com nossas reflexões a partir dos efeitos de sentido. |
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Além disso, examinamos que a escola não conseguiu acompanhar a evolução da sociedade no que diz respeito ao uso das tecnologias da informação e da comunicação e, com isso, o âmbito escolar tem sido desestimulante pelo fato de se preocupar mais com o poder disciplinar dos escolares do que com o processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, também detectamos que a escola ainda é concebida como uma possibilidade de ascensão social. No primeiro capítulo, trazemos à baila fundamentações teóricas voltadas à noção de discurso, sujeito, interdiscurso, formação discursiva, representações imaginárias, além de nos prender em torno do conceito de identidade, de exclusão e das noções de saber/poder. No capítulo dois, debruçamo-nos acerca do fenômeno bullying, apresentando alguns excertos dos escolares da escola em que os relatos foram coletados, a fim de melhor elucidar as condições de produção desses relatos de si. Também, trazemos informações a respeito do procedimento metodológico adotado para a constituição do córpus. No último capítulo, apresentamos a análise de onze excertos, que foram organizados em três eixos: Representações de si, Representações sobre o outro e Representações sobre a Escola. E por fim, as considerações finais com nossas reflexões a partir dos efeitos de sentido.ABSTRACT - In the last decades school violence has grown significantly and the most worrying is that it has occurred in different forms in all educational levels, so that violent acts that were once rare, have become constant in primary education schools. In the midst of so many types of violence, one that has received enough focus is bullying, with regard to frequent physical and verbal aggression practices among students. According Fante (2005), bullying has as constitutive brand disrespect for differences, intolerance and prejudice, that affect human relations. This work has as main objective to educate the school community on how to deal with bullying phenomenon and as a specific objective describe the representations game (PÊCHEUX, 1969) identity that students in school bullying situation from a public school in the state of São Paulo make of themselves, other and the school through the production of reports themselves, which were produced and collected in the second half of 2013. As a research hypothesis, we assume that the identity formation of this subject is permeated by alterity in such a way that it generates an identity crisis that, consequently, can take you to rejection and exclusion in social school place. Inserted into the deconstructive discourse bias, this work is characterized by arqueogenealógico method (Foucault, 1988), field because we have adopted the following perspectives for the constitution of the corpus: the writing itself, from Foucault (2004), since according to this author, the writing itself has a confessional character, so consider these textual productions these are school autobiographies. As a theoretical fulcrum, we support you in the theories of Analysis of French Discourse, especially from the concept of representation, Pêcheux (1969), with the support of / notions knowledge / power and endurance, philosopher Foucault (1988 and 2003) and identity of Coracini (2007) and Bauman (2005) and Skliar (2003) to analyze the tombstones. As results, we observed that the subject of school bullying situation has the process of identity formation made by the other, since the get along with the other is intrinsically connected to a power relationship in which the aggressor speaks for him by nicknames offensive, that is, tell the other about the subject in bullying situation emanates from a power relationship, so that he receives an identity through the domination effect where someone (aggressor) speaks in the name it, so the subject is always said by the other, by the look of the other. So the identity formation of this subject is constituted in / by alterity, causing, through the nicknames he go through an identity crisis. Furthermore, we examine the school failed to keep the evolution of society with regard to the use of information and communication technologies and, therefore, the school environment has been discouraging by the fact worry more about the disciplinary power of school than with the teaching-learning process. Furthermore, also detected that the school is still conceived as a possibility of social mobility. In the first chapter, we bring to the fore theoretical foundations focused on the notion of discourse, subject, interdiscourse, discursive formation, imaginary representations, and arrest us around the concept of identity, exclusion and the notions of knowledge / power. In chapter two, the text looks to us about bullying phenomenon, with some excerpts from school in which the reports were collected in order to further elucidate the conditions of production of these other reports. Also, we bring information about the methodological procedure adopted for the constitution of the corpus. In the last chapter, we present the analysis of eleven excerpts that were organized into three areas: representations of themselves, representations and other representations of the school. Finally, the final considerations with our reflections from the effects of meaning.porAssédio nas EscolasJogos EducativosAnálise do DiscursoViolência na EscolaHarassment in SchoolsBullying in SchoolsEducational GamesDiscourse AnalysisSchool ViolenceRepresentações identitárias na escrita de alunos em situação de bullying escolarIdentitary representations in the writing of students in the school bullying situationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNascimento, Celina Aparecida Garcia de SouzaSouza, Sérgio Rogério deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILSérgio Rogério de Souza.pdf.jpgSérgio Rogério de Souza.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1379https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2372/4/S%c3%a9rgio%20Rog%c3%a9rio%20de%20Souza.pdf.jpgf064453a481322a685cc29832282cc7dMD54ORIGINALSérgio Rogério de Souza.pdfSérgio Rogério de Souza.pdfapplication/pdf1079276https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2372/1/S%c3%a9rgio%20Rog%c3%a9rio%20de%20Souza.pdfc966f0836a42ea2de270c3921dafd19eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2372/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTSérgio Rogério de Souza.pdf.txtSérgio Rogério de Souza.pdf.txtExtracted texttext/plain0https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2372/3/S%c3%a9rgio%20Rog%c3%a9rio%20de%20Souza.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53123456789/23722021-09-30 15:57:58.161oai:repositorio.ufms.br:123456789/2372Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:57:58Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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Nas últimas décadas, a violência escolar tem crescido significativamente e o mais preocupante é que ela tem ocorrido de diferentes formas em todos os níveis de escolaridade, de modo que, atos de violência que antes eram raros, tornaram- se constantes no cotidiano das escolas. Em meio a tantos tipos de violência, uma que vem recebendo bastante enfoque é o bullying, que diz respeito às frequentes práticas de agressão física e verbal entre os alunos. Segundo Fante (2005), o bullying tem como marca constitutiva o desrespeito às diferenças, à intolerância e ao preconceito, que afetam as relações humanas. Este trabalho tem como objetivo geral conscientizar a comunidade escolar sobre como lidar com o fenômeno bullying e como objetivo específico descrever o jogo de representações (PÊCHEUX, 1969) identitárias que os escolares em situação de bullying escolar de uma escola pública do interior do estado de São Paulo fazem de si, sobre o outro e sobre a escola por meio da produção de relatos de si, que foram produzidos e coletados no segundo semestre de 2013. Como hipótese de pesquisa, supomos que a formação identitária desse sujeito é perpassada pela alteridade de tal forma, que gera nele uma crise identitária que, consequentemente, pode levá-lo à rejeição e à exclusão no lugar social escola. Inserido no viés discursivo desconstrutivista, este trabalho caracteriza-se pelo método arqueogenealógico (FOUCAULT, 1988), de campo, pois adotamos as seguintes perspectivas para a constituição do córpus: a escrita de si, a partir de Foucault (2004), pois, segundo esse autor, a escrita de si possui um caráter confessional, por isso consideramos que essas produções textuais tratam-se de autobiografias escolares. Como fulcro teórico, apoiamo-nos nas teorias da Análise do Discurso de linha francesa, especialmente a partir do conceito de representação, de Pêcheux (1969), com o apoio das noções de /saber/poder e resistência, do filósofo Foucault (2003 e 2008), e de identidade, de Coracini (2007) e Bauman (2005), bem como Skliar (2003) para analisar as marcas de exclusão. Enquanto resultados, observamos que o sujeito em situação de bullying escolar tem o processo de formação identitária constituído pelo outro, uma vez que o conviver com o outro está intrinsecamente ligado a uma relação de poder em que o agressor fala em nome dele por meio de apelidos ofensivos, isto é, o dizer do outro sobre o sujeito em situação de bullying emana de uma relação de poder, de modo que ele passa a receber uma identidade por meio do efeito de dominação em que alguém (agressor) fala em nome dele, portanto o sujeito é sempre dito pelo outro, pelo olhar do outro. Assim, a formação identitária desse sujeito é constituída na/pela alteridade, fazendo com que, por meio dos apelidos, ele passe por uma crise identitária. Além disso, examinamos que a escola não conseguiu acompanhar a evolução da sociedade no que diz respeito ao uso das tecnologias da informação e da comunicação e, com isso, o âmbito escolar tem sido desestimulante pelo fato de se preocupar mais com o poder disciplinar dos escolares do que com o processo de ensino-aprendizagem. Por outro lado, também detectamos que a escola ainda é concebida como uma possibilidade de ascensão social. No primeiro capítulo, trazemos à baila fundamentações teóricas voltadas à noção de discurso, sujeito, interdiscurso, formação discursiva, representações imaginárias, além de nos prender em torno do conceito de identidade, de exclusão e das noções de saber/poder. No capítulo dois, debruçamo-nos acerca do fenômeno bullying, apresentando alguns excertos dos escolares da escola em que os relatos foram coletados, a fim de melhor elucidar as condições de produção desses relatos de si. Também, trazemos informações a respeito do procedimento metodológico adotado para a constituição do córpus. No último capítulo, apresentamos a análise de onze excertos, que foram organizados em três eixos: Representações de si, Representações sobre o outro e Representações sobre a Escola. E por fim, as considerações finais com nossas reflexões a partir dos efeitos de sentido. |
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