Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) na população prisioal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul : caracterização epidemiológica e molecular
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Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1881 |
Resumo: | A Aids é um problema global, com 33 milhões de pessoas vivendo com HIV e mais de dois milhões de mortes por ano no mundo. No Brasil foram identificados mais de 500 mil casos da doença, acumulando cerca de 205 mil óbitos até junho de 2008. O confinamento, o comportamento sexual de risco e história de uso de drogas injetáveis aumentam a vulnerabilidade para a aquisição do HIV, assim como outros fatores de risco, como a marginalização social e o baixo nível socioeconômico, que são características da população carcerária. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil epidemiológico e molecular da infecção pelo HIV-1 na população prisional de Campo Grande-MS. O inquérito foi conduzido nas unidades prisionais de regime fechado de Campo Grande-MS (Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, IPCG e Presídio de Segurança Máxima) no período de novembro de 2006 a maio de 2007. Foram realizadas intervenções educativas por meio de palestras em grupo, entrevistas individuais para obtenção das características socioeconômicas, demográficas e demais variáveis de estudo. Amostras de sangue de 229 indivíduos foram coletadas para a realização do teste sorológico para HIV. As amostras positivas foram submetidas ao Ensaio da Mobilidade de Heteroduplex (HMA) para avaliar a diversidade em gag e sequenciamento automático para a caracterização genotípica do gene pol do HIV-1. Os dados obtidos foram processados através do programa Epi Info 2002. Para verificar possíveis associações entre as variáveis de estudo foram utilizados os testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de tendência e teste exato de Fisher, e calculadas as razões de prevalência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Foi utilizada a Regressão de Cox para estimar as razões de prevalência ajustadas nas variáveis com significância maior que 20% ou que apresentavam relevância clínica-epidemiológica. A prevalência do HIV foi de 5,7% (IC 95%: 2,7%-8,7%). A população estudada caracterizou-se por ser jovem, ter baixa escolaridade e renda, e a maioria não possui parceiro fixo. Tatuagem, tabagismo e alcoolismo e uso de drogas no passado são características comuns nesta população. Entre os entrevistados, 25% relataram utilizar drogas dentro do contexto prisional, e destes, 10% são usuários de drogas injetáveis. Os fatores que mostraram associação estatística significativa para a positividade pelo HIV foram: histórico de DST, baixa renda familiar e uso de droga injetável. Os subtipos do HIV-1 encontrados foram: Bgag/pol (43,8%), Cgag/pol (25%) e os recombinantes BF (25%) e Cgag/FBpol (6,2%). Foi demonstrada com este estudo a vulnerabilidade da população carcerária de Campo Grande-MS à infecção pelo HIV, além da alta complexidade genética do vírus HIV-1 circulante nesta população, contribuindo para uma melhor compreensão da epidemiologia do HIV-1 em nosso Estado. Espera-se, a partir destes resultados, a organização de intervenções específicas para a melhoria da saúde desta população. |
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2013-11-21T12:19:31Z2021-09-30T19:56:10Z2009https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1881A Aids é um problema global, com 33 milhões de pessoas vivendo com HIV e mais de dois milhões de mortes por ano no mundo. No Brasil foram identificados mais de 500 mil casos da doença, acumulando cerca de 205 mil óbitos até junho de 2008. O confinamento, o comportamento sexual de risco e história de uso de drogas injetáveis aumentam a vulnerabilidade para a aquisição do HIV, assim como outros fatores de risco, como a marginalização social e o baixo nível socioeconômico, que são características da população carcerária. O objetivo do trabalho foi caracterizar o perfil epidemiológico e molecular da infecção pelo HIV-1 na população prisional de Campo Grande-MS. O inquérito foi conduzido nas unidades prisionais de regime fechado de Campo Grande-MS (Presídio Feminino Irmã Irma Zorzi, IPCG e Presídio de Segurança Máxima) no período de novembro de 2006 a maio de 2007. Foram realizadas intervenções educativas por meio de palestras em grupo, entrevistas individuais para obtenção das características socioeconômicas, demográficas e demais variáveis de estudo. Amostras de sangue de 229 indivíduos foram coletadas para a realização do teste sorológico para HIV. As amostras positivas foram submetidas ao Ensaio da Mobilidade de Heteroduplex (HMA) para avaliar a diversidade em gag e sequenciamento automático para a caracterização genotípica do gene pol do HIV-1. Os dados obtidos foram processados através do programa Epi Info 2002. Para verificar possíveis associações entre as variáveis de estudo foram utilizados os testes Qui-quadrado, Qui-quadrado de tendência e teste exato de Fisher, e calculadas as razões de prevalência, com os respectivos intervalos de confiança de 95%. Foi utilizada a Regressão de Cox para estimar as razões de prevalência ajustadas nas variáveis com significância maior que 20% ou que apresentavam relevância clínica-epidemiológica. A prevalência do HIV foi de 5,7% (IC 95%: 2,7%-8,7%). A população estudada caracterizou-se por ser jovem, ter baixa escolaridade e renda, e a maioria não possui parceiro fixo. Tatuagem, tabagismo e alcoolismo e uso de drogas no passado são características comuns nesta população. Entre os entrevistados, 25% relataram utilizar drogas dentro do contexto prisional, e destes, 10% são usuários de drogas injetáveis. Os fatores que mostraram associação estatística significativa para a positividade pelo HIV foram: histórico de DST, baixa renda familiar e uso de droga injetável. Os subtipos do HIV-1 encontrados foram: Bgag/pol (43,8%), Cgag/pol (25%) e os recombinantes BF (25%) e Cgag/FBpol (6,2%). Foi demonstrada com este estudo a vulnerabilidade da população carcerária de Campo Grande-MS à infecção pelo HIV, além da alta complexidade genética do vírus HIV-1 circulante nesta população, contribuindo para uma melhor compreensão da epidemiologia do HIV-1 em nosso Estado. Espera-se, a partir destes resultados, a organização de intervenções específicas para a melhoria da saúde desta população.AIDS is a global problem, with 33 million of people living with HIV and more than two million people died of HIV causes. In Brazil more than 500 thousand cases of the disease, accumulating around 205 thousand deaths until June 2008. Confinement, were identified the sexual risk behavior and history of injecting drug use increase vulnerability to HIV acquisition, as well as other risk factors such as social marginalization and lower socioeconomic status, which are characteristics of the population in prison. The objective of this study was to characterize the molecular and epidemiological profile of HIV infection in the prison population of Campo Grande-MS. Seroepidemiological survey was performed among 229 inmates at local prisons between November 2006 and May 2007. Educational interventions and interviews were conducted to gather socioeconomic and demographic data and to identify associated risk factors. Blood samples were collected for HIV testing. The positive samples were subjected to Heteroduplex Mobility Assay (HMA) and automatic sequencing for genotypic characterization of gag and pol genes of HIV-1. Statistical analysis: Epi Info 2002; chi-squared, chi-square for trend and Fisher's exact tests and calculated prevalence ratios with 95% confidence intervals. We used a Cox regression to estimate prevalence ratios adjusted for the variables with significance greater than 20% or those with clinical and epidemiological relevance. HIV prevalence was 5.7% (95% CI: 2.7%-8.7%). The sample was characterized being younger, have lower education and income, most of which has no fixed partner. Have tattoos, make use of cigarettes and alcohol, and have used drugs in the past are common features in this population. Among the respondents, 25% confessed using drugs within the prison context, and of these, 10% are injecting drug users. The factors that showed statistically significant association for HIV positivity were: having a history of STDs, low income and use of injectable drugs. The following HIV-1 subtypes were identified: Bgag/pol (43.8%), Cgag/pol (25%) and recombinants BF (25%) and Cgag/FBpol (6.2%). This study demonstrated the vulnerability of the prison population of Campo Grande-MS to HIV infection, in addition to the high genetic complexity of HIV-1 circulating in this population, contributing to a better understanding of the epidemiology of HIV-1 in our state. These results can contribute to specific interventions to improve the health of this population.porHIV-1 - patogenicidadeHIV-1 - pathogenicitySíndrome de Imunodeficiência Adquirida - epidemiologiaAcquired Immunodeficiency Syndrome - epidemiologyPrisioneirosPrisionersEpidemiologia MolecularMolecular EpidemiologyInfecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) na população prisioal de Campo Grande, Mato Grosso do Sul : caracterização epidemiológica e molecularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSilva, Renato Andreotti eFrancisco, Roberta Barbosa Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILROBERTA BARBOSA LOPES FRANCISCO.PDF.jpgROBERTA BARBOSA LOPES FRANCISCO.PDF.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1245https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1881/4/ROBERTA%20BARBOSA%20LOPES%20FRANCISCO.PDF.jpg4462e7ffff809e42251e74307509437aMD54ORIGINALROBERTA BARBOSA LOPES FRANCISCO.PDFROBERTA BARBOSA LOPES FRANCISCO.PDFapplication/pdf1160603https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1881/1/ROBERTA%20BARBOSA%20LOPES%20FRANCISCO.PDFf4ce91c59ed1b70f878a5de0432d753eMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1881/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTROBERTA BARBOSA LOPES FRANCISCO.PDF.txtROBERTA BARBOSA LOPES FRANCISCO.PDF.txtExtracted texttext/plain202811https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1881/3/ROBERTA%20BARBOSA%20LOPES%20FRANCISCO.PDF.txt1bc59c923e5ca4552242f17230bb897aMD53123456789/18812021-09-30 15:56:10.153oai:repositorio.ufms.br:123456789/1881Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:56:10Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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