As condições de mobilidade ofertadas pela UFMT, Campus Cuiabá, como instrumento de inclusão : uma questão de saúde coletiva

• Autor(a) principal: Camargo, Ana Paula Benetolli
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
• Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/3532
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA; Pessoas com deficiência; Acessibilidade física; Inclusão social; Mobilidade urbana

Desde a antiguidade, as Pessoas com Deficiência experienciam processos severos de exclusão, que os mantiveram por um longo período afastados do convívio social, além da privação dos direitos fundamentais. Sendo referenciados pela sociedade como incapazes, por se distanciar do padrão corponormativo, perpetuando estereótipos que os impediam de se assumirem como sujeitos e de usufruir dos serviços de saúde, educação, cultura e lazer de modo equitativo. Diante deste contexto, a inclusão social surge como instrumento de reparação histórica, garantindo não apenas o acesso como também o direito de ir e vir com segurança e autonomia a todos os lugares, através de condições de mobilidade e acessibilidade. Objetivo – Conhecer as condições de mobilidade urbana na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Cuiabá, na perspectiva da Saúde Coletiva e das Pessoas com Deficiência. Metodologia – De natureza qualitativa, este estudo privilegiou como método de pesquisa a etnografia e as técnicas de coleta de dados utilizadas foram: entrevista aberta através da plataforma Google Meet, com três acadêmicos da instituição e visita de campo (observação direta) com registro fotográfico nos meses de dezembro de 2021 e março de 2022. Para a análise empregou-se o método de narrativa interpretativa. Resultados – Como resultado, esse estudo piloto, identificou que a mobilidade na UFMT, Campus Cuiabá apresenta importantes fragilidades quanto à estrutura de circulação externa, apontando a necessidade de se adequar conforme a Norma Brasileira Regulamentadora 9050/2020, uma vez que as construções se mostram insatisfatórias para o deslocamento seguro e autônomo de Pessoas com Deficiência. Os resultados ainda sugerem que a inclusão não é composta por um único elemento, mas sim por vários, como os meios de acessibilidade que possibilitam o acesso e a participação de todos a todos os lugares. Considerações finais – Observou-se no estudo que a mobilidade se apresenta como instrumento fundamental para inclusão, não se restringindo apenas as Pessoas com Deficiência.