Incidência de câncer do colo do útero na Grande Cuiabá, Mato Grosso, 2000-2016

• Autor(a) principal: Sena, Anna Beatriz da Silva
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
• Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/3534
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA; Neoplasias; Câncer do colo do útero; Incidência

O câncer do colo do útero contribui de forma importante para a carga da doença em mulheres, apresentando-se como a quarta causa mais incidente e também de morte por câncer no mundo. No Brasil, ocupa a terceira posição em incidência. Desta forma, a doença configura-se como importante problema de saúde pública e sua evolução ao longo do tempo deve ser investigada. Objetivo – Analisar a incidência de câncer do colo do útero na Grande Cuiabá, Mato Grosso, no período de 2000 a 2016. Método – Trata-se de um estudo descritivo e ecológico, de série temporal, com dados secundários, do Registro de Câncer de Base Populacional, da Grande Cuiabá, Mato Grosso. Foram incluídos casos diagnosticados de câncer do colo do útero (código C53 da Classificação Internacional de Doenças – 10ª revisão). Para caracterização foram consideradas as variáveis sociodemográficas sexo, faixa etária, escolaridade, estado civil e raça/cor da pele. Foram estimadas as taxas de incidência padronizadas por idade, considerando como referência a população mundial de 1960 e posteriormente foi calculada a variação percentual anual (APC – annual percent charge). Para análises foram utilizados o Microsoft Office Excel e SPSS versão 25. Resultados – Foram diagnosticados 1.476 casos de câncer do colo do útero, sendo 119 casos (8,1%) em 2000 e 84 (5,7%) foram diagnosticados em 2016. Do total, 45,6% eram pardas, 21,7% solteiras, apesar de 47,9% não ter apresentado informação sobre o estado civil, 18,5% com baixa escolaridade e 70% sem informação de escolaridade, 68,4 residentes em Cuiabá. Foi observada tendência decrescente, com maior variação percentual anual entre as mulheres com 60 anos ou mais residentes em Cuiabá (APC= - 4,14; P=0,000), seguidas do grupo da Grande Cuiabá (APC= - 4,10; P=0,000), e Várzea Grande (APC= - 4,00; P=0,000). Conclusão – A incidência de câncer do colo do útero foi maior em mulheres com idade entre 40 e 59 anos, pardas, solteiras e com baixa escolaridade e residentes na capital do estado. Ao longo do tempo, verificou-se tendência decrescente, especialmente entre idosas. Os resultados sugerem sucesso nas estratégias adotadas na região metropolitana do estado e reforça a relevância do preenchimento adequado dos dados, contribuindo para melhor qualidade das informações geradas. Intervir nos problemas e situações relacionados à saúde da população feminina, possibilita diagnóstico precoce, contribui para prevenção de óbitos e melhora a qualidade de vida das mulheres. Com isso, espera-se reduzir as desigualdades no acesso aos serviços de saúde no Brasil.