Cobertura de consultas do pré-natal no Brasil e em Mato Grosso : tendência temporal e fatores associados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Graziella da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/150
Resumo: Introdução – A qualidade da atenção pré-natal está diretamente associada a melhores indicadores de saúde materno e infantil, contribuindo para a redução das taxas de morbimortalidade materna, perinatal e infantil. Um dos requisitos fundamentais para a avaliação dessa qualidade é o número de consultas de pré-natal realizado pela gestante que deve ser de, no mínimo, sete consultas. Objetivo – Avaliar a tendência temporal da cobertura de consultas de pré-natal no Brasil e em Mato Grosso no período de 2004 a 2013 e os fatores associados a essa cobertura em 2004 e 2013. Material e métodos – Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa, descritivo, utilizando dados secundários provenientes do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC). Foram obtidas informações sobre fatores demográficos, socioeconômicos e obstétricos. As informações se referem ao Brasil e suas Unidades de Federação, assim como ao Estado de Mato Grosso e as suas regiões de saúde. Resultados – Os dados do estudo mostraram tendência crescente para a proporção de mulheres que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal para o Brasil (p<0,0001) e tendência decrescente dessa proporção para o Estado do Mato Grosso (p<0,0001). De maneira geral, as adolescentes, as mulheres sem companheiro, as indígenas e as com menores anos de estudo foram as que apresentaram a maior proporção de não realização de sete consultas ou mais de pré-natal, assim como as mulheres com menor tempo de gestação, aquelas cujo parto foi vaginal, aquelas cujos filhos tiveram menores pontuação no índice de apgar e aquelas cujos filhos nasceram com menor peso. No ano de 2004, em cerca da metade das Unidades de Federação, a proporção de realização de sete consultas ou mais de pré-natal não foi alcançada nem por 50% das gestantes. Entretanto, em 2013, houve uma melhora, com 29,6% das Unidades de Federação abaixo desse percentual. Em 2004, a proporção de mulheres que realizaram sete consultas ou mais de pré-natal não alcançou 50% em sete regiões de saúde do Mato Grosso. Em 2013 houve uma piora desse quadro, pois nenhuma região de saúde alcançou 50% de proporção de mulheres que realizaram sete consultas ou mais de pré-natal. Conclusão – Os resultados do estudo revelaram importantes desigualdades regionais, econômicas e sociais e, também de acesso aos serviços de saúde, de maneira que é preciso um olhar diferenciado para a população de maior risco, de modo que essas disparidades não condicionem negativamente as chances de sobrevida das mulheres e seus recém-nascidos.
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