Caracterização dos óbitos por câncer colorretal em Mato Grosso, estado da Amazônia Legal, 2000-2016

• Autor(a) principal: Caló, Romero dos Santos
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
• Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/3048
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA; Neoplasias colorretais; Mortalidade; Epidemiologia descritiva

O câncer colorretal (CCR) tem sido um dos tipos de câncer que mais contribuíram para a mortalidade, em ambos os sexos, em todo o mundo. No Brasil, para a mortalidade, estimou-se, em 2018, um total de 18.867 óbitos por CCR, sendo 9.207 em homens e 9.660 em mulheres. Dentre as unidades federativas pertencentes à Amazônia Legal, Mato Grosso se destaca pela maior incidência ajustada (29,99 por 100 mil/hab.). Objetivo: Caracterizar os óbitos por câncer colorretal, segundo fatores sociodemográficos em Mato Grosso, estado da Amazônia Legal, no período de 2000 a 2016. Métodos: Realizou-se um estudo descritivo, utilizando dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizado pela Secretaria de Estado de Saúde do Mato Grosso. Foram selecionados os óbitos de pessoas de todas as idades, cuja causa básica pertencia ao capítulo II da 10ª revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID-10), referente a neoplasias (tumores) e identificados pelos códigos: C.18- câncer de cólon, C.19- câncer de junção retossigmóide, C.20- câncer de reto ou C.21- câncer de ânus. Frequências relativas de óbitos por CCR foram calculadas segundo sexo, idade, estado civil, anos de estudo, raça/cor e ocupação. Resultados: Dos 31.607 óbitos verificados por neoplasias malignas, 1.750 óbitos foram por câncer colorretal (5,6%). Os óbitos por câncer colorretal apresentaram variação de 46 (2,6%), em 2000, a 173 (9,9%), em 2016. Sua maior frequência foi nos homens (51,3%) e nos indivíduos com 60 anos de idade ou mais (59,7%). Destaca-se também nos indivíduos negros (53,9%), casados (50,7%) e entre aqueles que apresentavam 1 e 7 anos de estudo, correspondendo ao ensino fundamental (51,3%), com maiores frequências. Quando observada as ocupações, constatou-se maiores frequências para “aposentados” (26,2%), “dona de casa” (23,1%) e “agropecuários, florestais e da pesca” (11,3%). Conclusão: Verificou-se o aumento no número de óbitos por CCR no estado de Mato Grosso no período estudado, com destaque entre homens, idosos, negros, população com baixa escolaridade, casados, aposentados e donas de casa. Porém é importante frisar o elevado percentual de óbitos entre adultos jovens e indivíduos cuja ocupação pertence ao grupo agropecuários, florestais e da pesca. Diante do exposto, é importante pensar políticas de promoção da saúde, principalmente focadas na triagem e diagnóstico precoce como vital para o enfrentamento do CCR, bem como intervenções para redução dos fatores de risco modificáveis para este câncer.