Perfil de colonização nasal e orofaríngea por Staphylococcus aureus em alunos do curso de Farmácia e avaliação da contaminação microbiológica em celulares do tipo smartphones
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Monografias da UFMT |
Texto Completo: | http://bdm.ufmt.br/handle/1/1378 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: É comum indivíduos saudáveis serem colonizados pelo Staphylococcus aureus, sendo o mesmo encontrado em diversas áreas do corpo, com maior frequência na cavidade nasal. Apesar de ser membro de microbiota, esse micro-organismo pode estar relacionado com uma variedade de doenças infecciosas. Em décadas anteriores as infecções por S. aureus eram tratadas com facilidade através do uso da penicilina. Novas moléculas semi-sintéticas de beta-lactâmicos, como a meticilina e seu análogo oxacilina, conferiram proteção ao anel beta-lactâmico contra a ação hidrolítica das betalactamases. Entretanto, dentro de um curto período de tempo, à resistência à meticilina, foi detectada em cepas de S. aureus (MRSA – metthicillin-resistante Staphylococcus aureus), passando de um organismo presente predominantemente em hospitais para uma causa comum de infecções também dentro da comunidade. Compreendendo o celular como um possível objeto que pode conter diversos micro-organismos, incluindo o S. aureus e outras bactérias, a avaliação da contaminação deste aparelho de uso pessoal possui grande relevância. OBJETIVO: Considerando a importância das infecções nosocomiais e na comunidade, o presente trabalho teve como objetivo a avaliação do perfil de colonização nasal e oral pelo S. aureus, bem como a determinação da resistência à meticilina/oxacilina, entre os estudantes do curso de Farmácia. Também foi avaliado o perfil geral de contaminação dos aparelhos celulares (tipo smartphones) desses estudantes, verificando também a presença de S. aureus e enterobactérias. METODOLOGIA: As amostras da cavidade nasal, orofaringe e da superfície (tela frontal) do aparelho celular dos acadêmicos, foram coletadas utilizando-se swabs estéreis e semeadas em Agar Sal Manitol, Agar MacConkey e Agar Mueller Hinton. A avaliação do perfil de sensibilidade das cepas de S. aureus isoladas dos estudantes foi realizada por técnica de difusão em agar. RESULTADOS: Dos 50 voluntários empregados na pesquisa, 29 (58%) apresentaram amostras positivas para o S. aureus na cavidade nasal e/ou oral. Entretanto, 14 voluntários (28%) possuíam o S. aureus somente na cavidade nasal, 5 (10%) somente na cavidade oral e 10 voluntários (20%) apresentaram a bactéria em ambos os locais (cavidade nasal e orofaringe). Dos portadores do S. aureus, um voluntário (3,4%) apresentou cepa MRSA. Na contagem de micro-organismos mesófilos aeróbios totais (nos aparelhos celulares), 100% das amostras obtiveram crescimento, sendo que 80% apresentaram contagens menores ou iguais a 5 UFC/cm2 da superfície frontal do smartphone. Na pesquisa de bactérias específicas, 9 (18%) celulares revelaram a presença de S. aureus e 2 (4%) de enterobactérias, identificadas como Klebsiella sp. e Enterobacter sp. CONCLUSÃO: Através dos resultados foi possível observar que a maioria dos estudantes apresentam S. aureus colonizando a cavidade nasal e/ou oral, entretanto, não sendo verificada uma alta porcentagem de cepas resistentes a oxacilina/meticilina. Todos os acadêmicos apresentaram aparelhos com algum nível de contaminação microbiológica, sendo detectado o S. aureus apenas nos aparelhos dos estudantes que eram portadores nasais e/ou orais dessa bactéria. |
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