Perfil epidemiológico da sífilis em gestante e congênita nos anos de 2008 a 2017 no município de Cuiabá-MT

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lima, Adriana Barbosa de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/2994
Resumo: A Sífilis é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e, frequentemente, adquirida pelo ato sexual ou através da transmissão da mãe para o feto na hora do parto ou por contato com lesões genitais ou mamárias. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da Sífilis em gestante e congênita no Município de Cuiabá-MT, entre 2008 e 2017. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo sobre o perfil epidemiológico da sífilis em gestante e congênita no município de Cuiabá/MT, no período de 10 anos. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas, obstétricas e clínicas das gestantes ou das mães de recémnascidos com sífilis. Também foram estimadas as taxas de detecção de sífilis em gestantes e de incidência de sífilis congênita (por mil nascidos vivos). Resultados: As gestantes com sífilis eram, em sua maioria, jovens (80,9%), de cor parda (77,59%) e não haviam concluído o Ensino Fundamental (31,1%). Em relação às variáveis obstétricas e clínicas maternas, a maior parte das gestantes teve o diagnóstico confirmado da sífilis no terceiro trimestre da gestação (43,5%), estava no estágio latente da doença (38,8%) e a maioria recebeu prescrição de tratamento com pelo menos uma dose de penicilina (92,7%). Quanto às mães de recém-nascidos com sífilis, 65,1% apresentaram esquema de tratamento inadequado e 38,9% foram diagnosticadas durante o parto. A taxa de detecção de sífilis em gestante variou de 2,08 a 10,76, com maior pico em 2017 (10,76). A sífilis congênita, por sua vez, variou de 2,29 a 6,72, com incremento de 193,4% no período em questão. Considerações finais: Os achados sinalizam possíveis falhas na assistência à gestante em Cuiabá-MT. Também se considerou um contrassenso apresentar incidência tão elevada na população estudada, tanto em mulheres gestantes quanto em seus recém-nascidos. Isso evidencia que seu controle na gestação é um desafio para profissionais de saúde e gestores em virtude de fatores como a dificuldade de abordagem das doenças sexualmente transmissíveis; o provável desconhecimento, tanto da população como dos profissionais de saúde, sobre a magnitude desse agravo e dos danos que ele pode causar à saúde da mulher e do bebê; e a dificuldade do diagnóstico e tratamento de parceiros sexuais.
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