Intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola na região Centro–Oeste : análise dos dados do SINITOX no período de 2005 a 2011

• Autor(a) principal: Alves, Franciele dos Santos
• Data de Publicação: 2016
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
• Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/2545
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Sinitox; Intoxicações; Agrotóxicos

O Centro-oeste é uma extensa região na qual há o cultivo de várias monoculturas que utilizam agrotóxicos para a melhoria do desempenho e dos resultados. Muitas vezes o consumo excessivo destes produtos pode afetar na saúde das pessoas, dos animais e causar danos ao meio ambiente que os circundam. Quando são identificados casos de intoxicações, esses devem ser notificados para que sejam registrados na base de dados do SINITOX (Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas), para posterior divulgação dos dados sobre o quanto estão afetando a saúde da população. Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi quantificar e analisar os registros de intoxicações por agrotóxicos de uso agrícola na região Centro–oeste no período de 2005 a 2011. Quanto às circunstâncias, as intoxicações por acidente individual, coletivo e ocupacional totalizam 47,57% dos casos registrados de intoxicação humana por agrotóxico de uso agrícola. Fato indicativo de colaboradores e produtores que não aderem à utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) por desconforto térmico, por falta de disponibilidade e de treinamento sobre sua importância e utilização adequada. A tentativa de suicídio usando agrotó- xicos de uso agrícola também é uma circunstância com índice elevado (47,07%), propondo a falta de controle em sua distribuição ou em seu armazenamento, assim como, de acompanhamento e tratamento médico das pessoas que acabam desenvolvendo depressão e continuam trabalhando com estes produtos. Na divisão por faixas etárias a maioria das intoxicações se concentra entre as idades de 15 a 29 anos (35,2%) e de 30 a 59 anos (43,7%), por essas idades abrangerem o período de início e fim das atividades laborais. O levantamento dos dados nos causa maior preocupação sobre o uso desses produtos pela aproximação das reais consequências do consumo exagerado de agrotóxicos. Diante disso, os resultados mostraram a necessidade de treinamento e de uma fiscalização operante em relação aos agrotóxicos, com o intuito de preservar a saúde dos trabalhadores e populações adjacentes às culturas agrícolas.