A teoria da justiça distributiva em Anarquia, Estado e Utopia de Robert Nozick

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cerqueira, Thiago de Amorim
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMT
Texto Completo: http://ri.ufmt.br/handle/1/5203
Resumo: What is the fair way to distribute goods and rights to individuals in society? The question of distributive justice is one of the central problems of political philosophy. In this work, we analyze one of the theories of distributive justice offered in response to the question raised above. The philosopher Robert Nozick develops in Anarchy, State and Utopia, one of the most recognized theories of distributive justice, since John Rawls, the theory of entitlement. As his presuppositions, Nozick returns to the analysis of the state of nature, and asks himself, initially: is the state necessary? Is it possible to offer solutions to the inconveniences of the state of nature without having to create the state? For Nozick, the State is continually interfering with the individual freedom of its citizens, most often the result of standardized theories of justice. For Nozick, the determination of distributive justice principles based on standardized criteria that takes into account only what a person has or does not have at a given moment, ends up violating people's individual freedom. Contrary to standardized theories of justice, Nozick proposes a theory of justice that dispenses with analyzes of standardized and fixed criteria, such as equality, for example, to theorize a historical analysis of justice that takes into account the history behind each current distribution. For him, determining the fair distribution of society's benefits depends on a historical analysis of how they happened in the past. For the arguments in defense of the historical theory of entitlement, Nozick uses the thesis of self-ownership, the conception of natural rights, and the formulation of the second Kantian imperative of never using people's humanity as a means, but always as an end in itself.
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For Nozick, the State is continually interfering with the individual freedom of its citizens, most often the result of standardized theories of justice. For Nozick, the determination of distributive justice principles based on standardized criteria that takes into account only what a person has or does not have at a given moment, ends up violating people's individual freedom. Contrary to standardized theories of justice, Nozick proposes a theory of justice that dispenses with analyzes of standardized and fixed criteria, such as equality, for example, to theorize a historical analysis of justice that takes into account the history behind each current distribution. For him, determining the fair distribution of society's benefits depends on a historical analysis of how they happened in the past. For the arguments in defense of the historical theory of entitlement, Nozick uses the thesis of self-ownership, the conception of natural rights, and the formulation of the second Kantian imperative of never using people's humanity as a means, but always as an end in itself.Qual o modo justo de distribuir bens e direitos para os indivíduos da sociedade? A questão da justiça distributiva é um dos problemas centrais da filosofia política. Nesse trabalho, analisamos uma das teorias de justiça distributiva oferecida como resposta à indagação feita acima. O filósofo Robert Nozick, desenvolve, em Anarquia, Estado e Utopia, uma das teorias de justiça distributiva mais reconhecidas, desde John Rawls, a teoria da titularidade. Como seus pressupostos, Nozick, volta à análise do estado de natureza, e se pergunta, inicialmente: o Estado é necessário? É possível oferecer soluções às inconveniências do estado de natureza sem para isso precisar criar o Estado? Para Nozick, o Estado, está continuamente interferindo na liberdade individual dos seus cidadãos, fruto, na maioria das vezes, de teorias padronizadas de justiça. Para Nozick, a determinação de princípios de justiça distributiva com base em critérios padronizados que leva em consideração apenas o que a pessoa tem ou deixa de ter em dado momento, acaba por violar a liberdade individual das pessoas. Contrariamente, às teorias padronizadas de justiça, Nozick propõe uma teoria de justiça que, prescinde de análises de critérios padronizados e fixos, como igualdade, por exemplo, para teorizar uma análise histórica da justiça que leve em consideração a história por trás de cada distribuição atual. Para ele, a determinação da distribuição justa dos benefícios da sociedade depende de uma análise histórica de como eles aconteceram no passado. Para os argumentos em defesa da teoria histórica da titularidade, Nozick utiliza a tese da autopropriedade, a concepção de direitos naturais, e a formulação do segundo imperativo kantiano de nunca utilizar a humanidade das pessoas como meio, mas sempre como fim em si mesma.Universidade Federal de Mato GrossoBrasilInstituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS)UFMT CUC - CuiabáPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaTheobaldo, Maria CristinaFreire, Roberto de Barroshttp://lattes.cnpq.br/6937203818091322http://lattes.cnpq.br/8561299541656407Theobaldo, Maria Cristina474.753.741-49http://lattes.cnpq.br/8561299541656407Falcão, Luís Alves110.661.527-13http://lattes.cnpq.br/4153032917062023474.753.741-49012.192.968-05Santos, Breno Ricardo Guimarães012.218.135-28http://lattes.cnpq.br/6164221411927239Cerqueira, Thiago de Amorim2024-02-23T16:30:38Z2022-10-182024-02-23T16:30:38Z2022-08-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCERQUEIRA, Thiago de Amorim. 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