A árvore e a liberdade.: Acerca do belo natural em Kant
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Artefilosofia |
Texto Completo: | https://periodicos.ufop.br/raf/article/view/570 |
Resumo: | Por que uma árvore é bela e outra não? Qual o elemento decisivo que nos vem imediatamente ao espírito e decide a questão? Antes de Schiller, Kant argumentara que a liberdade seria este elemento. Uma árvore é bela quando parece ser livre em sua manifestação orgânica, ou seja, expressar-se como dotada de vontade própria. Schiller nos mostra isso de forma mais concreta, inspirado, porém, em Kant. Hegel não compreendeu este importante aspecto ao defender a supremacia do espírito frente à natureza, porque a sua dialética é, no fundo, supressão do sensível; é defesa de uma concepção de totalidade que, absoluta, nega a riqueza contrastante do objeto natural. Adorno, ao reabilitar a primazia kantiana do belo natural e ser representante de uma dialética negativa, pôde compreender muito bem o intuito de Kant e de Schiller. A inclusão do exemplo da bela árvore é uma tentativa de levarmos a discussão a respeito do belo natural para além dos conceitos chave sobre o tema, porque com ele acreditamos expressar de modo significativo o vínculo estreito entre beleza e liberdade e dele tirar importantes consequências éticas. |
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A árvore e a liberdade.: Acerca do belo natural em Kantbelo naturalliberdadeKantPor que uma árvore é bela e outra não? Qual o elemento decisivo que nos vem imediatamente ao espírito e decide a questão? Antes de Schiller, Kant argumentara que a liberdade seria este elemento. Uma árvore é bela quando parece ser livre em sua manifestação orgânica, ou seja, expressar-se como dotada de vontade própria. Schiller nos mostra isso de forma mais concreta, inspirado, porém, em Kant. Hegel não compreendeu este importante aspecto ao defender a supremacia do espírito frente à natureza, porque a sua dialética é, no fundo, supressão do sensível; é defesa de uma concepção de totalidade que, absoluta, nega a riqueza contrastante do objeto natural. Adorno, ao reabilitar a primazia kantiana do belo natural e ser representante de uma dialética negativa, pôde compreender muito bem o intuito de Kant e de Schiller. A inclusão do exemplo da bela árvore é uma tentativa de levarmos a discussão a respeito do belo natural para além dos conceitos chave sobre o tema, porque com ele acreditamos expressar de modo significativo o vínculo estreito entre beleza e liberdade e dele tirar importantes consequências éticas.Universidade Federal de Ouro Preto2017-04-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ufop.br/raf/article/view/570Artefilosofia; v. 7 n. 13 (2012): Dossiê Nietzsche; 185-195Artefilosofia; Vol. 7 No. 13 (2012): Dossiê Nietzsche; 185-1952526-78921809-8274reponame:Artefilosofiainstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPporhttps://periodicos.ufop.br/raf/article/view/570/526Copyright (c) 2017 Revista ArteFilosofiahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAmora, Kleber Carneiro2022-03-25T11:19:03Zoai:pp.www.periodicos.ufop.br:article/570Revistahttps://periodicos.ufop.br/raf/PUBhttps://periodicos.ufop.br/raf/oaiartefilosofia.defil@ufop.edu.br || periodicos.sisbin@ufop.edu.br1809-82742526-7892opendoar:2022-03-25T11:19:03Artefilosofia - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
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