Infectividade e patogenicidade de diferentes isolados de Leishmania (Leishmania) chagasi obtidos de cães naturalmente infectados.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Lucilene Aparecida Resende
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/8721
Resumo: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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spelling Infectividade e patogenicidade de diferentes isolados de Leishmania (Leishmania) chagasi obtidos de cães naturalmente infectados.InfecçãoLeishmaniose visceralHamsterPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa de Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.No Brasil, a Leishmaniose Visceral (LV), que tem como agente etiológico a Leishmania chagasi (sinonímia Leishmania infantum), vem sendo amplamente distribuída. O cão se destaca como reservatório doméstico deste parasito, favorecendo sua transmissão no ambiente urbano. Considerando que a transmissão da L. chagasi ocorre necessariamente com a participação dos cães no ambiente urbano, e que muitos deles podem ter sido tratados ou estar em tratamento contra esta infecção, sem induzir cura parasitológica, é possível especular que em ambientes domésticos possam estar circulando cepas com características de resistência ao tratamento, bem como alta infectividade e patogenicidade. Neste contexto, torna-se fundamental a caracterização de isolados de L. chagasi, oriundos de cães naturalmente infectados, bem como o estudo do comportamento in vitro e in vivo destes isolados para identificação de padrões de infectividade e patogenicidade. Dentre os resultados obtidos neste estudo, foi possível confirmar, pela PCR-RFLP, que todos os isolados são da espécie L. chagasi. De forma interessante, o cultivo dos diferentes isolados em linhagem de macrófago canino (DH82) evidenciou perfis distintos de infectividade e carga parasitária. Esta abordagem permitiu identificar os isolados com comportamentos polares in vitro, representados por infectividade e carga parasitária elevada (isolado 616) ou reduzida (isolado 614). Após este estudo inicial in vitro, foi realizado uma análise do perfil de infecção em hamsters, utilizando estes isolados, bem como a cepa padrão PP75 e a cepa selvagem OP46. Em um segundo experimento com estes isolados e com as cepas padrão (PP75 e OP46), os animais de cada um dos grupos foram submetidos a uma intervenção com a administração de Glucantime® em dose subterapêutica. De forma interessante, a taxa de sobrevida nos animais infectados com o isolado 616 foi de 100%, enquanto que para os animais infectados com o isolado 614 (com ou sem intervenção medicamentosa), bem como com o isolado 616 (nos animais que receberam Glucantime®) foi em torno de 50%. De um modo em geral, o isolado 614 induziu: (i) maiores alterações clinicopatológicas, (ii) indicativo de alteração hepática pelas análises bioquímicas, (iii) intenso infiltrado inflamatório no fígado, (iv) elevação da carga parasitária avaliada por qPCR no baço e no fígado. Estes resultados mostraram que o isolado que foi menos infectivo (614) nos ensaios in vitro foi o mais infectivo e patogênico em hamsters. Por outro lado, na presença de infecção com o isolado 616 e com administração de Glucantime®, o perfil da infecção mostrou maior gravidade, alterando, portanto, a evolução da infecção. Em conjunto, os dados obtidos pela análise in vitro em macrófagos caninos da linhagem DH82, a partir de isolados de L. chagasi apresentando perfis polares de infectividade, não refletiram o mesmo padrão nos ensaios in vivo utilizando hamsters. Além disto, foi observado que o tratamento não efetivo da leishmaniose visceral experimental pode induzir alteração no curso da infecção, tornando-a mais agressiva.In Brazil, Visceral Leishmaniasis (VL) is caused by Leishmania chagasi (synonymy Leishmania infantum), has been widely distributed. The dog is considered the domestic reservoir of the parasite, favoring its transmission in the urban environment. Whereas the transmission of L. chagasi necessarily occurs with dog´s participation in the urban area, and that many of them may be in treatment for this infection without inducing parasitological cure. Considering this scenario, is possible to speculate that parasite transmission would include strains with characteristics as high infectivity, pathogenicity and resistance to treatment. In this context, it is fundamental to identify L. chagasi strains, derived from L. chagasi-naturally infected dogs including in vitro and in vivo analysis for identification of infectivity and pathogenicity patterns. The data considering all analyzed strains were confirmed by PCR-RFLP as L. chagasi specie. Interestingly, the in vitro approach using canine macrophage lineage (DH82) showed distinct infectivity and parasite burden profiles. This analysis allowed us to identify strains with in vitro polar patterns, represented by high (strain 616) or low (strain 614) infectivity and parasite load. After this initial in vitro study, it was carried out an in vivo analysis of the infection profile using hamsters and the strains 614, 616, in addition to PP75 and wild type OP46 (standard strains). In a second experiment with these strains, the hamsters of each group were subjected to an intervention by the administration of Glucantime®. Interestingly, the survival rate of the infected animals using 616 strains was 100%, whereas for strain 614 (with or without Glucantime® treatment), as well as to 616 strains (after Glucantime® treatment) was around 50%. The major results using 614 strain in hamsters demonstrated: (i) higher clinicopathological changes, (ii) indicative of liver disorders according to biochemical analysis, (iii) intense liver inflammation, (iv) increased parasite burden assessed by qPCR in both spleen and liver. These results showed that the less infective strain (614) in the in vitro assays was the most pathogenic and infective in hamsters. Moreover, the infection with 616 strain following by Glucantime® treatment, the infection profile showed greater severity by changing the infection outcome. Taken together, the in vitro data analysis using canine macrophages (DH82 lineage) from L. chagasi strains presenting polar infectivity profiles did not reflect the same outcome by in vivo analysis using hamsters. Furthermore, it was observed that the non-effective treatment of experimental visceral leishmaniasis might induce changes in the infection outcome making it more pathogenic.Giunchetti, Rodolfo CordeiroReis, Alexandre BarbosaGiunchetti, Rodolfo CordeiroMachado, Evandro Marques de MenezesLana, Marta deGontijo, Célia Maria FerreiraGontijo, Nelder de FigueiredoOliveira, Lucilene Aparecida Resende2017-09-12T17:41:13Z2017-09-12T17:41:13Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfOLIVEIRA, Lucilene Aparecida Resende. Infectividade e patogenicidade de diferentes isolados de Leishmania (Leishmania) chagasi obtidos de cães naturalmente infectados. 2017. 102 f. Tese (Doutorado em Ciências Biológicas) - Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2017.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/8721Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 17/07/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOP2020-01-29T12:26:27Zoai:repositorio.ufop.br:123456789/8721Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332020-01-29T12:26:27Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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