Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Melo, Syomara Ker de
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2286
Resumo: Os coliformes fecais cujo principal representante é a Escherichia coli fazem parte da microbiota intestinal do homem e outros animais de sangue quente, estes microrganismos têm sido extensivamente utilizados no monitoramento da qualidade de águas e quando detectados em corpos d´água indicam a possível presença de contaminação fecal recente, e consequentemente, a presença de patógenos entéricos. Além das linhagens comensais, várias grupos patogênicos distintos de E. coli diarreiogênicas são reconhecidos: E. coli enteropatogênica (EPEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enterohemorrágica ou Produtora de Toxina Shiga (EHEC/STEC), E. coli enteroinvasora (EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC), E. coli difusamente aderente (DAEC). As linhagens patogênicas de E. coli causadoras de infecções intestinais possuem numerosos fatores de virulência localizados em cromossomos, plasmídios ou DNAs de bacteriófagos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi determinar a freqüência de ocorrência e os fatores de virulência de amostras de Escherichia coli isoladas em lagoas do Parque Estadual do Rio Doce - MG (PERD - MG). As coletas foram realizadas mensalmente entre Maio de 2004 e Fevereiro de 2005 nas lagoas Carioca, Jacaré, Gambazinho e Dom Helvécio. Utilizando a Técnica de Tubos Múltiplos verificou-se que as lagoas amostradas apresentaram baixas contagens para coliformes fecais na maioria das amostras analisadas. A densidade de coliformes fecais variou significativamente (E. coli F= 2,11; p = 0,035) apenas em relação aos meses de coleta. Um total de 456 (89,94%) das linhagens ambientais isoladas foram positivas em relação às provas bioquímicas específicas para a identificação da espécie Escherichia coli. A técnica de PCR foi utilizada para detecção dos genes de virulência stx1 e stx2 de EHEC, eae de EPEC e eltI de ETEC. O gene stx2 foi detectado em cinco linhagens de E. coli ambas isoladas das lagoas Carioca e Jacaré. Nenhum dos 80 isolados de E. coli investigados apresentou o fragmento de DNA correspondente ao gene stx1. Para o gene eae e elt I, apenas os isolados E. coli 373 (C LT) e E. coli 58 (C LT) respectivamente, amplificaram o fragmento de gene de interesse. Pela técnica de aglutinação em lâmina 61,3% dos isolados de E. coli aglutinaram na presença de soro específico para EPEC clássica, 18,2% das linhagens aglutinaram para o sorotipo O157: H7 x de EHEC e 20,5% aglutinaram na presença do soro específico de EIEC. Na caracterização fenotípica do sorotipo O157: H7, cinco isolados de E. coli ambientais não fermentaram o sorbitol e apenas dois não fermentaram a ramnose. Altas frequências de linhagens de E. coli resistentes à ampicilina (20%), cefalotina (50%) e cefuroxima (14%) foram verificadas, para os demais antibióticos testados a resistência quando verificada ocorreu em menos de 10% dos isolados. Todos os lagos amostrados apresentaram níveis de coliformes fecais abaixo dos valores permitidos pela resolução do CONAMA, para balneabilidade. Por outro lado, a presença de genes de virulência nas linhagens de E. coli analisadas sugere que existe a probabilidade dos banhistas adquirirem doença gastrointestinal transmitida pelas águas dos lagos investigados. A Técnica de Aglutinação em Lâmina, específica para determinados sorogrupos nem sempre correlaciona com a patogenicidade da linhagem e a discriminação de subgrupos de EPEC, ETEC, EHEC e EIEC requer a utilização de técnicas moleculares baseadas em genes de virulência. Alta incidência de isolados de E. coli multi-resistentes a antibióticos indicam a possível disseminação de linhagens resistentes pelos banhistas e animais, e também um risco para saúde dos mesmos. Os dados obtidos no presente estudo podem contribuir para manter o equilíbrio dos ecossistemas estudados e ampliar o estudo da ecologia da espécie E. coli considerando o isolamento dos subtipos no meio ambiente. ____________________________________________________________________________________________________
id UFOP_ad1a9607fe04518157c2c9fb699cca4a
oai_identifier_str oai:localhost:123456789/2286
network_acronym_str UFOP
network_name_str Repositório Institucional da UFOP
repository_id_str 3233
spelling Melo, Syomara Ker deLanna, Maria Célia da Silva2013-02-21T14:02:10Z2013-02-21T14:02:10Z2006MELO, S. K. de. Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais. 2006. 122 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2006.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2286Os coliformes fecais cujo principal representante é a Escherichia coli fazem parte da microbiota intestinal do homem e outros animais de sangue quente, estes microrganismos têm sido extensivamente utilizados no monitoramento da qualidade de águas e quando detectados em corpos d´água indicam a possível presença de contaminação fecal recente, e consequentemente, a presença de patógenos entéricos. Além das linhagens comensais, várias grupos patogênicos distintos de E. coli diarreiogênicas são reconhecidos: E. coli enteropatogênica (EPEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enterohemorrágica ou Produtora de Toxina Shiga (EHEC/STEC), E. coli enteroinvasora (EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC), E. coli difusamente aderente (DAEC). As linhagens patogênicas de E. coli causadoras de infecções intestinais possuem numerosos fatores de virulência localizados em cromossomos, plasmídios ou DNAs de bacteriófagos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi determinar a freqüência de ocorrência e os fatores de virulência de amostras de Escherichia coli isoladas em lagoas do Parque Estadual do Rio Doce - MG (PERD - MG). As coletas foram realizadas mensalmente entre Maio de 2004 e Fevereiro de 2005 nas lagoas Carioca, Jacaré, Gambazinho e Dom Helvécio. Utilizando a Técnica de Tubos Múltiplos verificou-se que as lagoas amostradas apresentaram baixas contagens para coliformes fecais na maioria das amostras analisadas. A densidade de coliformes fecais variou significativamente (E. coli F= 2,11; p = 0,035) apenas em relação aos meses de coleta. Um total de 456 (89,94%) das linhagens ambientais isoladas foram positivas em relação às provas bioquímicas específicas para a identificação da espécie Escherichia coli. A técnica de PCR foi utilizada para detecção dos genes de virulência stx1 e stx2 de EHEC, eae de EPEC e eltI de ETEC. O gene stx2 foi detectado em cinco linhagens de E. coli ambas isoladas das lagoas Carioca e Jacaré. Nenhum dos 80 isolados de E. coli investigados apresentou o fragmento de DNA correspondente ao gene stx1. Para o gene eae e elt I, apenas os isolados E. coli 373 (C LT) e E. coli 58 (C LT) respectivamente, amplificaram o fragmento de gene de interesse. Pela técnica de aglutinação em lâmina 61,3% dos isolados de E. coli aglutinaram na presença de soro específico para EPEC clássica, 18,2% das linhagens aglutinaram para o sorotipo O157: H7 x de EHEC e 20,5% aglutinaram na presença do soro específico de EIEC. Na caracterização fenotípica do sorotipo O157: H7, cinco isolados de E. coli ambientais não fermentaram o sorbitol e apenas dois não fermentaram a ramnose. Altas frequências de linhagens de E. coli resistentes à ampicilina (20%), cefalotina (50%) e cefuroxima (14%) foram verificadas, para os demais antibióticos testados a resistência quando verificada ocorreu em menos de 10% dos isolados. Todos os lagos amostrados apresentaram níveis de coliformes fecais abaixo dos valores permitidos pela resolução do CONAMA, para balneabilidade. Por outro lado, a presença de genes de virulência nas linhagens de E. coli analisadas sugere que existe a probabilidade dos banhistas adquirirem doença gastrointestinal transmitida pelas águas dos lagos investigados. A Técnica de Aglutinação em Lâmina, específica para determinados sorogrupos nem sempre correlaciona com a patogenicidade da linhagem e a discriminação de subgrupos de EPEC, ETEC, EHEC e EIEC requer a utilização de técnicas moleculares baseadas em genes de virulência. Alta incidência de isolados de E. coli multi-resistentes a antibióticos indicam a possível disseminação de linhagens resistentes pelos banhistas e animais, e também um risco para saúde dos mesmos. Os dados obtidos no presente estudo podem contribuir para manter o equilíbrio dos ecossistemas estudados e ampliar o estudo da ecologia da espécie E. coli considerando o isolamento dos subtipos no meio ambiente. ____________________________________________________________________________________________________ABSTRACT: The fecal coliforms whose main representative is the Escherichia coli belong to the intestinal flora of humans and other warm-blooded animals, these microorganisms have been extensively used at water quality control and when found at water are an indicator of recent contamination by feces, and as consequence, enteric pathogenic microorganisms are made present. Beyond the commensal strains, there are various distinct types of diarrhoeagenic E. coli are acknowledged: enteropathogenic E. coli (EPEC), enterotoxigenic E. coli (ETEC), enterohaemorragic E. coli or shiga toxine producer (EHEC/STEC), enteroinvasive E. coli (EIEC), enteroaggregative E. coli (EAggEC), diffusely adherent E. coli (DAEC). The pathogenic strains of E. coli that are intestine infectious host numerous factors of virulence located at chromossome, plasmidis or DNA phages. Thus, the objective of the research was to determine the frequency of ocurrence and the virulence of E. coli samples isolated at lakes inside the "Parque Estadual do Rio Doce-M.G." (PERD - MG). The sample collection happened in a monthly basis between May, 2004 and February, 2005 at Carioca, Jacaré, Gambazinho and Dom Helvécio lakes. By using the Multiple Tube Technique, it was verified that the researched lakes with samples inside had low rate of fecal coliform at the broad majority of the analysed samples. The fecal coliform density varied meaningfully (E. coli F=2,11 ; p = 0,35) but only in relation to the sample gathering months. The final results were of 458 (91%) of the environment strains of Escherichia coli isolated at the sampled lakes showed positive results regarding the specific biochemical tests for recognition of the E. coli species. The PCR technique was used for detection of the virulence genes stx1 and stx2 of EHEC, eae of EPEC and eltI of ETEC. The stx2 gene was detected within five E. coli strains, when isolated at the Carioca and Jacare lakes. None of the 80 isolated E. coli examinated showed the DNA segment corresponding to the stx1 gene, for the eae and elt I gene, only the isolated E. coli 373 (C LT) and E. coli 58 (C LT), respectively amplified the segment of the relevant gene. By using the agglutination technique at a sample 61,3% of the isolated E. coli agglutinated within the presence of a classic EPEC specific serum, 18.2% of the strains agglutinated to the serum type O157:H7 of EHEC and 20,5% were agglutinated at the presence of xii the EIEC specific serum. The characterization of the serym type O157: H7, five environments E. coli isolated did not ferment the sorbitol and only two did not ferment the rhamnose. High frequencies of E. coli strains which were resistant to ampiciline (20%), cefalotine (50%) and cefuroxime (14%) were verified, to the other antibiotics tested, the resistance when verified occurred in less than 10% of the isolated. All the sampled lakes showed fecal coliform levels much below than the allowed values by the CONAMA, as it refers to the batheability. In another side, the presence of virulence genes at the E. coli strains analysed sugests that there is a possibility to that the bather acquires gastrointestinal disease transmitted by the waters of the researched lakes. The Agglutination Technique, specificly meant for some determined types of serum is not always relationed to the pathogenicity of the strains and discrimination of sub-groups of EPEC, ETEC, EHEC and EIEC, requires the use of molecular techniques based in virulence genes. High frequency of antibiotic multi-resistant isolated E. coli will indicate possible spread of resistant strains by the bather and animals, there is also a risk for their health. The obtained data at this research can contribute to the keep of the ballance at the researched ecosystems and to amplify the research of the ecology of the E. coli Species considerating the isolation of the subtypes at the environment.Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.EcologiaÁgua - qualidade - Minas GeraisVirulência - microbiologiaEscherichia coliParque Estadual do Rio Doce - Minas GeraisCaracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2286/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO_CaracterizaçãoFatoresVirulência.pdfDISSERTAÇÃO_CaracterizaçãoFatoresVirulência.pdfapplication/pdf2011562http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2286/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_Caracteriza%c3%a7%c3%a3oFatoresVirul%c3%aancia.pdfb7f6dd5d14d71670112828a59e433cc3MD51123456789/22862016-08-29 13:55:01.267oai:localhost:123456789/2286Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332016-08-29T17:55:01Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
title Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
spellingShingle Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
Melo, Syomara Ker de
Ecologia
Água - qualidade - Minas Gerais
Virulência - microbiologia
Escherichia coli
Parque Estadual do Rio Doce - Minas Gerais
title_short Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
title_full Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
title_fullStr Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
title_full_unstemmed Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
title_sort Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais.
author Melo, Syomara Ker de
author_facet Melo, Syomara Ker de
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Melo, Syomara Ker de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Lanna, Maria Célia da Silva
contributor_str_mv Lanna, Maria Célia da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv Ecologia
Água - qualidade - Minas Gerais
Virulência - microbiologia
Escherichia coli
Parque Estadual do Rio Doce - Minas Gerais
topic Ecologia
Água - qualidade - Minas Gerais
Virulência - microbiologia
Escherichia coli
Parque Estadual do Rio Doce - Minas Gerais
description Os coliformes fecais cujo principal representante é a Escherichia coli fazem parte da microbiota intestinal do homem e outros animais de sangue quente, estes microrganismos têm sido extensivamente utilizados no monitoramento da qualidade de águas e quando detectados em corpos d´água indicam a possível presença de contaminação fecal recente, e consequentemente, a presença de patógenos entéricos. Além das linhagens comensais, várias grupos patogênicos distintos de E. coli diarreiogênicas são reconhecidos: E. coli enteropatogênica (EPEC), E. coli enterotoxigênica (ETEC), E. coli enterohemorrágica ou Produtora de Toxina Shiga (EHEC/STEC), E. coli enteroinvasora (EIEC), E. coli enteroagregativa (EAEC), E. coli difusamente aderente (DAEC). As linhagens patogênicas de E. coli causadoras de infecções intestinais possuem numerosos fatores de virulência localizados em cromossomos, plasmídios ou DNAs de bacteriófagos. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi determinar a freqüência de ocorrência e os fatores de virulência de amostras de Escherichia coli isoladas em lagoas do Parque Estadual do Rio Doce - MG (PERD - MG). As coletas foram realizadas mensalmente entre Maio de 2004 e Fevereiro de 2005 nas lagoas Carioca, Jacaré, Gambazinho e Dom Helvécio. Utilizando a Técnica de Tubos Múltiplos verificou-se que as lagoas amostradas apresentaram baixas contagens para coliformes fecais na maioria das amostras analisadas. A densidade de coliformes fecais variou significativamente (E. coli F= 2,11; p = 0,035) apenas em relação aos meses de coleta. Um total de 456 (89,94%) das linhagens ambientais isoladas foram positivas em relação às provas bioquímicas específicas para a identificação da espécie Escherichia coli. A técnica de PCR foi utilizada para detecção dos genes de virulência stx1 e stx2 de EHEC, eae de EPEC e eltI de ETEC. O gene stx2 foi detectado em cinco linhagens de E. coli ambas isoladas das lagoas Carioca e Jacaré. Nenhum dos 80 isolados de E. coli investigados apresentou o fragmento de DNA correspondente ao gene stx1. Para o gene eae e elt I, apenas os isolados E. coli 373 (C LT) e E. coli 58 (C LT) respectivamente, amplificaram o fragmento de gene de interesse. Pela técnica de aglutinação em lâmina 61,3% dos isolados de E. coli aglutinaram na presença de soro específico para EPEC clássica, 18,2% das linhagens aglutinaram para o sorotipo O157: H7 x de EHEC e 20,5% aglutinaram na presença do soro específico de EIEC. Na caracterização fenotípica do sorotipo O157: H7, cinco isolados de E. coli ambientais não fermentaram o sorbitol e apenas dois não fermentaram a ramnose. Altas frequências de linhagens de E. coli resistentes à ampicilina (20%), cefalotina (50%) e cefuroxima (14%) foram verificadas, para os demais antibióticos testados a resistência quando verificada ocorreu em menos de 10% dos isolados. Todos os lagos amostrados apresentaram níveis de coliformes fecais abaixo dos valores permitidos pela resolução do CONAMA, para balneabilidade. Por outro lado, a presença de genes de virulência nas linhagens de E. coli analisadas sugere que existe a probabilidade dos banhistas adquirirem doença gastrointestinal transmitida pelas águas dos lagos investigados. A Técnica de Aglutinação em Lâmina, específica para determinados sorogrupos nem sempre correlaciona com a patogenicidade da linhagem e a discriminação de subgrupos de EPEC, ETEC, EHEC e EIEC requer a utilização de técnicas moleculares baseadas em genes de virulência. Alta incidência de isolados de E. coli multi-resistentes a antibióticos indicam a possível disseminação de linhagens resistentes pelos banhistas e animais, e também um risco para saúde dos mesmos. Os dados obtidos no presente estudo podem contribuir para manter o equilíbrio dos ecossistemas estudados e ampliar o estudo da ecologia da espécie E. coli considerando o isolamento dos subtipos no meio ambiente. ____________________________________________________________________________________________________
publishDate 2006
dc.date.issued.fl_str_mv 2006
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-02-21T14:02:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-02-21T14:02:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MELO, S. K. de. Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais. 2006. 122 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2006.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2286
identifier_str_mv MELO, S. K. de. Caracterização de fatores de virulência em amostras de Escherichia coli isoladas de lagoas do parque estadual do Rio Doce, Minas Gerais. 2006. 122 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental) – Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2006.
url http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2286
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental. PROÁGUA, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFOP
instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron:UFOP
instname_str Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron_str UFOP
institution UFOP
reponame_str Repositório Institucional da UFOP
collection Repositório Institucional da UFOP
bitstream.url.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2286/2/license.txt
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2286/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_Caracteriza%c3%a7%c3%a3oFatoresVirul%c3%aancia.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
b7f6dd5d14d71670112828a59e433cc3
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@ufop.edu.br
_version_ 1801685793968750592