Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hercos, Cízia Mara
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2167
Resumo: A área investigada está situada nos setor oriental da bacia do São Francisco, porção centro-norte de Minas Gerais, e compreende as imediações da cidade de Jequitaí e das serras da Água Fria, da Onça e das Porteiras. No contexto geotectônico essa região se encontra inserida na zona de antepaís do Cráton do São Francisco, afetada por uma tectônica epidérmica sem envolvimento do embasamento na deformação da cobertura. O objetivo deste estudo foi reconstruir o arcabouço tectono-estratigráfico do segmento em questão, a partir da integração de dados sísmicos com dados de superfície, além de investigar o posicionamento estratigráfico das rochas que afloram na serra da Água Fria, incluindo os diamictitos da Formação Jequitaí. Foram utilizadas as seções sísmicas RL-060 e RL-300, além dos dados dos poços 1- RF-1-MG e PSB-17. O levantamento dos dados de superfície foi concentrado próximo à linha RL-300 que atravessa parte da área, com direção NW-SE. As atitudes estruturais e os contatos foram projetados para a seção de modo a completar a geometria estrutural, bem como buscar a correlação entre as unidades estratigráficas aflorantes com aquelas reconhecidas em subsuperfície. A partir da análise dos padrões sísmicos de reflexão, identificou-se que o preenchimento da bacia do São Francisco no segmento considerado é representado por três megasseqüências: (a) megasseqüência inferior, constituindo o preenchimento de grábens e hemigrábens, (b) megasseqüência intermediária, caracterizada por superfícies erosivas internas e por uma proeminente feição canalizada na base, sobreposta por estratos subparalelos no topo; e (c) megasseqüência superior, representada por uma sucessão de estratos paralelos a subparalelos com grande continuidade lateral. O limite entre elas ocorre através de discordâncias que são bem caracterizadas na sísmica, porém sutis nos afloramentos. Os depósitos areno-diamictíticos da Formação Jequitaí ocorrem no interior de um hemigráben (megasseqüência inferior), com falha de borda mergulhando para leste e limitando um bloco de embasamento a oeste (Alto do Boqueirão). Esses depósitos foram correlacionados ao desenvolvimento do rifte Macaúbas, e não são correlacionáveis aos conglomerados e “diamictitos” amostrados ao final do poço 1-RF-1-MG, os quais ocorrem na megasseqüência intermediária. Sobrepondo a Formação Jequitaí ocorrem depósitos de arenitos, siltitos, argilitos, ritmitos areno-pelíticos e margas, capeados por rochas carbonáticas pertencentes à megasseqüência intermediária e correlacionados ao estágio flexural da bacia Macaúbas. Sobre os depósitos da megasseqüência intermediária repousa uma seqüência pelito-carbonática (megasseqüência superior) que foi correlacionada ao desenvolvimento da bacia Bambuí.A análise estrutural permitiu dividir a área em três domínios estruturais, com base em dados de superfície e na interpretação sísmica: Oriental, Central e Ocidental, com magnitude da deformação diminuindo no sentido oeste. O acervo estrutural indica que o segmento bacinal investigado registra os efeitos de uma inversão tectônica relacionada ao evento compressional Brasiliano envolvendo o embasamento no processo deformacional nos domínios central e oriental. Foram distinguidas várias feições que suportam tal proposição, a saber: grábens e horts limitados por falhas normais reativadas como reversas, recobertas por estratos dobrados com maior encurtamento relativo; soerguimento do alto do Boqueirão, ocasionando a geração de uma extensa monoclinal no seu flanco oeste; elevação considerável do relevo estrutural no domínio oriental, cerca de 2500m, resultando na exumação de rochas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço (embasamento relativo da bacia do São Francisco) no núcleo das megaculminações antiformais, como a anticlinal da serra do Cabral. Em escala regional o segmento estudado constituiu uma protuberância dentro da zona de antepaís do cráton São Francisco, aqui denominada de “Saliência de Pirapora”, onde o embasamento participou na deformação da cobertura, configurando uma tectônica thick-skinned, em oposição ao estilo thin-skinned vigente.
id UFOP_bab7e67cf2af97133f7808384d28c313
oai_identifier_str oai:localhost:123456789/2167
network_acronym_str UFOP
network_name_str Repositório Institucional da UFOP
repository_id_str 3233
spelling Hercos, Cízia MaraMartins Neto, Marcelo Augusto2013-02-15T12:02:10Z2013-02-15T12:02:10Z2008HERCOS, C. M. Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais. 2008. 207 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2167A área investigada está situada nos setor oriental da bacia do São Francisco, porção centro-norte de Minas Gerais, e compreende as imediações da cidade de Jequitaí e das serras da Água Fria, da Onça e das Porteiras. No contexto geotectônico essa região se encontra inserida na zona de antepaís do Cráton do São Francisco, afetada por uma tectônica epidérmica sem envolvimento do embasamento na deformação da cobertura. O objetivo deste estudo foi reconstruir o arcabouço tectono-estratigráfico do segmento em questão, a partir da integração de dados sísmicos com dados de superfície, além de investigar o posicionamento estratigráfico das rochas que afloram na serra da Água Fria, incluindo os diamictitos da Formação Jequitaí. Foram utilizadas as seções sísmicas RL-060 e RL-300, além dos dados dos poços 1- RF-1-MG e PSB-17. O levantamento dos dados de superfície foi concentrado próximo à linha RL-300 que atravessa parte da área, com direção NW-SE. As atitudes estruturais e os contatos foram projetados para a seção de modo a completar a geometria estrutural, bem como buscar a correlação entre as unidades estratigráficas aflorantes com aquelas reconhecidas em subsuperfície. A partir da análise dos padrões sísmicos de reflexão, identificou-se que o preenchimento da bacia do São Francisco no segmento considerado é representado por três megasseqüências: (a) megasseqüência inferior, constituindo o preenchimento de grábens e hemigrábens, (b) megasseqüência intermediária, caracterizada por superfícies erosivas internas e por uma proeminente feição canalizada na base, sobreposta por estratos subparalelos no topo; e (c) megasseqüência superior, representada por uma sucessão de estratos paralelos a subparalelos com grande continuidade lateral. O limite entre elas ocorre através de discordâncias que são bem caracterizadas na sísmica, porém sutis nos afloramentos. Os depósitos areno-diamictíticos da Formação Jequitaí ocorrem no interior de um hemigráben (megasseqüência inferior), com falha de borda mergulhando para leste e limitando um bloco de embasamento a oeste (Alto do Boqueirão). Esses depósitos foram correlacionados ao desenvolvimento do rifte Macaúbas, e não são correlacionáveis aos conglomerados e “diamictitos” amostrados ao final do poço 1-RF-1-MG, os quais ocorrem na megasseqüência intermediária. Sobrepondo a Formação Jequitaí ocorrem depósitos de arenitos, siltitos, argilitos, ritmitos areno-pelíticos e margas, capeados por rochas carbonáticas pertencentes à megasseqüência intermediária e correlacionados ao estágio flexural da bacia Macaúbas. Sobre os depósitos da megasseqüência intermediária repousa uma seqüência pelito-carbonática (megasseqüência superior) que foi correlacionada ao desenvolvimento da bacia Bambuí.A análise estrutural permitiu dividir a área em três domínios estruturais, com base em dados de superfície e na interpretação sísmica: Oriental, Central e Ocidental, com magnitude da deformação diminuindo no sentido oeste. O acervo estrutural indica que o segmento bacinal investigado registra os efeitos de uma inversão tectônica relacionada ao evento compressional Brasiliano envolvendo o embasamento no processo deformacional nos domínios central e oriental. Foram distinguidas várias feições que suportam tal proposição, a saber: grábens e horts limitados por falhas normais reativadas como reversas, recobertas por estratos dobrados com maior encurtamento relativo; soerguimento do alto do Boqueirão, ocasionando a geração de uma extensa monoclinal no seu flanco oeste; elevação considerável do relevo estrutural no domínio oriental, cerca de 2500m, resultando na exumação de rochas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço (embasamento relativo da bacia do São Francisco) no núcleo das megaculminações antiformais, como a anticlinal da serra do Cabral. Em escala regional o segmento estudado constituiu uma protuberância dentro da zona de antepaís do cráton São Francisco, aqui denominada de “Saliência de Pirapora”, onde o embasamento participou na deformação da cobertura, configurando uma tectônica thick-skinned, em oposição ao estilo thin-skinned vigente.The studied area is placed in the eastern sector of the São Francisco basin, lying in the centralnorthern portion of the Minas Gerais state. It comprises the neighborhoods of the Jequitaí city encompassing Água Fria, Onça and Porteiras ranges. This region is inserted in the foreland zone of the São Francisco craton, which is traditionally associated with a thin-skinned tectonic setting. The object of this study was reconstruct the tectonostratigraphic framework of this basin segment, from the integration of both seismic and field data, and additionally investigates the stratigraphic position of the diamictites (Jequitaí Formation) and sandstones (Conselheiro Mata Group) that outcrop in Água Fria range. Two seismic profiles (RL-060 and RL-300) were integrated to 1-RF-1-MG and BSP-17 wells data. The field work took place near and along the RL-300 seismic section which bears a NW-SE general direction. The structural attitudes and the geological contacts were projected to this section in order to interpret the structural geometry, as well as to correlate outcropping stratigraphic units with those interpreted in subsurface data. The analysis of the seismic reflection patterns allows recognition of three megasequences: (a) Lower megasequence, representing the graben and halfgraben infilling; (b) Middle megasequence, characterized by internal erosive surfaces and by a prominent channel feature at the base, overlapped by sub-parallel strata; and (c) Upper megasequence, represented by a succession of parallel to subparallel strata witch shows extensive lateral continuity. Their boundary occurs as unconformities that are well characterized in seismic, although not so obvious in outcrops. The sandy-diamictites deposits of the Jequitaí Formation occur within a half-graben (lower megasequence). This half-graben shows an eastward dipping of the master fault and its limit is a basement high in the western border (Boqueirão horst). The Jequitai Formation deposits are related to the development of Macaúbas rift basin. Those deposits could not be correlated with the conglomerates and "diamictites" sampled in the 1-RF-1-MG well, which belongs to the Middle mega-sequence. Jequitaí Formation is represented by sandstones, siltstones, claystones, sandy-muddy rhythmites and marls, covered by carbonate rocks that belongs to Middle mega-sequence and are correlated to the flexural stage of the Macaúbas basin. The upper layers of the Middle megasequence shows carbonate–siliciclastic rocks which represents the sedimentary record of the Bambuí basin. The structural analysis made possible to establish three structural domains: Eastern, Central and Northern, with deformation rates decreasing westward. The structural data record the effects of a tectonicinversion related to the Brasiliano compressional event. The basement was involved in the deformational process developed in the central and eastern domains. Several identified features support this proposition as follows: graben and horst structures limited by normal faults which were reactivated as reverse faults, then covered by folded strata that underwent relatively more intense shortening; the uplift of the Boqueirão horst, creating a large monocline in its western flank and a remarkable structural relief of about a 2,500m shift, resulting from a strong uplift of the eastern domain related to a regional datum. This dramatic variation in the structural elevation provoked the Espinhaço Supergroup exhumation (a relative basement of the São Francisco basin) in the anti-formal culminations core such as Água Fria and Cabral ranges anticlines. On a regional scale the investigated segment defines a bulge within the foreland zone of the São Francisco craton, here named "Pirapora Salient", where the basement was involved in the uppermost rocks deformation, characterizing a thick-skinned tectonics.Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.Geologia estrutural - Minas GeraisSão Francisco - rio, baciaCratonsArcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPinfo:eu-repo/semantics/openAccessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2167/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO_ArcabouçoTectonoEstratigráfico.pdfDISSERTAÇÃO_ArcabouçoTectonoEstratigráfico.pdfapplication/pdf88375968http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2167/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_Arcabou%c3%a7oTectonoEstratigr%c3%a1fico.pdfe088fa60fd8fe830ae8251e173c8b276MD51123456789/21672019-03-19 12:55:01.301oai:localhost:123456789/2167Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-03-19T16:55:01Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
title Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
spellingShingle Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
Hercos, Cízia Mara
Geologia estrutural - Minas Gerais
São Francisco - rio, bacia
Cratons
title_short Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
title_full Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
title_fullStr Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
title_full_unstemmed Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
title_sort Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais.
author Hercos, Cízia Mara
author_facet Hercos, Cízia Mara
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Hercos, Cízia Mara
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Martins Neto, Marcelo Augusto
contributor_str_mv Martins Neto, Marcelo Augusto
dc.subject.por.fl_str_mv Geologia estrutural - Minas Gerais
São Francisco - rio, bacia
Cratons
topic Geologia estrutural - Minas Gerais
São Francisco - rio, bacia
Cratons
description A área investigada está situada nos setor oriental da bacia do São Francisco, porção centro-norte de Minas Gerais, e compreende as imediações da cidade de Jequitaí e das serras da Água Fria, da Onça e das Porteiras. No contexto geotectônico essa região se encontra inserida na zona de antepaís do Cráton do São Francisco, afetada por uma tectônica epidérmica sem envolvimento do embasamento na deformação da cobertura. O objetivo deste estudo foi reconstruir o arcabouço tectono-estratigráfico do segmento em questão, a partir da integração de dados sísmicos com dados de superfície, além de investigar o posicionamento estratigráfico das rochas que afloram na serra da Água Fria, incluindo os diamictitos da Formação Jequitaí. Foram utilizadas as seções sísmicas RL-060 e RL-300, além dos dados dos poços 1- RF-1-MG e PSB-17. O levantamento dos dados de superfície foi concentrado próximo à linha RL-300 que atravessa parte da área, com direção NW-SE. As atitudes estruturais e os contatos foram projetados para a seção de modo a completar a geometria estrutural, bem como buscar a correlação entre as unidades estratigráficas aflorantes com aquelas reconhecidas em subsuperfície. A partir da análise dos padrões sísmicos de reflexão, identificou-se que o preenchimento da bacia do São Francisco no segmento considerado é representado por três megasseqüências: (a) megasseqüência inferior, constituindo o preenchimento de grábens e hemigrábens, (b) megasseqüência intermediária, caracterizada por superfícies erosivas internas e por uma proeminente feição canalizada na base, sobreposta por estratos subparalelos no topo; e (c) megasseqüência superior, representada por uma sucessão de estratos paralelos a subparalelos com grande continuidade lateral. O limite entre elas ocorre através de discordâncias que são bem caracterizadas na sísmica, porém sutis nos afloramentos. Os depósitos areno-diamictíticos da Formação Jequitaí ocorrem no interior de um hemigráben (megasseqüência inferior), com falha de borda mergulhando para leste e limitando um bloco de embasamento a oeste (Alto do Boqueirão). Esses depósitos foram correlacionados ao desenvolvimento do rifte Macaúbas, e não são correlacionáveis aos conglomerados e “diamictitos” amostrados ao final do poço 1-RF-1-MG, os quais ocorrem na megasseqüência intermediária. Sobrepondo a Formação Jequitaí ocorrem depósitos de arenitos, siltitos, argilitos, ritmitos areno-pelíticos e margas, capeados por rochas carbonáticas pertencentes à megasseqüência intermediária e correlacionados ao estágio flexural da bacia Macaúbas. Sobre os depósitos da megasseqüência intermediária repousa uma seqüência pelito-carbonática (megasseqüência superior) que foi correlacionada ao desenvolvimento da bacia Bambuí.A análise estrutural permitiu dividir a área em três domínios estruturais, com base em dados de superfície e na interpretação sísmica: Oriental, Central e Ocidental, com magnitude da deformação diminuindo no sentido oeste. O acervo estrutural indica que o segmento bacinal investigado registra os efeitos de uma inversão tectônica relacionada ao evento compressional Brasiliano envolvendo o embasamento no processo deformacional nos domínios central e oriental. Foram distinguidas várias feições que suportam tal proposição, a saber: grábens e horts limitados por falhas normais reativadas como reversas, recobertas por estratos dobrados com maior encurtamento relativo; soerguimento do alto do Boqueirão, ocasionando a geração de uma extensa monoclinal no seu flanco oeste; elevação considerável do relevo estrutural no domínio oriental, cerca de 2500m, resultando na exumação de rochas pertencentes ao Supergrupo Espinhaço (embasamento relativo da bacia do São Francisco) no núcleo das megaculminações antiformais, como a anticlinal da serra do Cabral. Em escala regional o segmento estudado constituiu uma protuberância dentro da zona de antepaís do cráton São Francisco, aqui denominada de “Saliência de Pirapora”, onde o embasamento participou na deformação da cobertura, configurando uma tectônica thick-skinned, em oposição ao estilo thin-skinned vigente.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2013-02-15T12:02:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2013-02-15T12:02:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv HERCOS, C. M. Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais. 2008. 207 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2167
identifier_str_mv HERCOS, C. M. Arcabouço tectono-estratigráfico da bacia do São Francisco nos arredores das serras da Água Fria e da Onça, porção centro-norte do Estado de Minas Gerais. 2008. 207 f. Dissertação (Mestrado em Evolução Crustal e Recursos Naturais) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.
url http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2167
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
publisher.none.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto.
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFOP
instname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron:UFOP
instname_str Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
instacron_str UFOP
institution UFOP
reponame_str Repositório Institucional da UFOP
collection Repositório Institucional da UFOP
bitstream.url.fl_str_mv http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2167/2/license.txt
http://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/2167/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_Arcabou%c3%a7oTectonoEstratigr%c3%a1fico.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
e088fa60fd8fe830ae8251e173c8b276
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
repository.mail.fl_str_mv repositorio@ufop.edu.br
_version_ 1801685732168826880