Arte : um acontecimento da verdade em Heidegger.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: França, Karen Milla de Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFOP
Texto Completo: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/7779
Resumo: Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.
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spelling Arte : um acontecimento da verdade em Heidegger.Arte - filosofiaMartin HeideggerVerdade e falsidadePrograma de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto.O presente trabalho visa esclarecer a relação proposta por Martin Heidegger entre arte e verdade, tendo por centro as transformações que a noção de verdade sofreu no decorrer do pensamento deste filósofo. Esta transformação se deve à mudança de abordagem para a questão do Ser. Assim, apresentamos dentro de uma perspectiva histórico-filosófica o modo como a noção de verdade foi sendo tratada no escopo deste pensar. Com este propósito, retomamos a crítica de Heidegger sobre a concepção tradicional de verdade, descrevendo os passos que o filósofo percorre nas suas obras: Lógica: a pergunta pela verdade (Logik: Die Frage nach der Wahrheit, 1925/26), e Ser e Tempo (Zeit und sein, 1927). Estas obras apresentam o movimento de fundar a verdade do enunciado, legada pela tradição metafísica, em uma verdade mais originária, a alethéia. Com isto, descrevemos a relação entre Ser e verdade, pois a verdade sendo compreendida enquanto alethéia traz à luz (Holen) o Ser, na medida em que desvela e revela sentido e significado para o mundo. Este mundo, nas considerações de 1927, estava ligado às condições existenciais do ser-aí (Dasein). Este tornou-se o fio condutor da questão proposta em A essência da liberdade humana: introdução à filosofia (Vom Wesen der menschlichen Freiheit. Einleitung in die Philosophie, 1930) e Sobre a essência da verdade (Vom Wesen der Wahrheit, 1930). Nestas obras retomamos a relação proposta entre verdade e liberdade, a fim de pensar acerca da essência da verdade. Em vista disto, a verdade surge desde uma abertura (Erschlossenheit) originária e esta abertura em A origem da obra de arte (Der Ursprung des Kunstwerkes, 1935/36) chamou-se de arte. Aqui, é investigada, finalmente, a relação entre arte e verdade. A arte se institui enquanto um jogo que, ao mesmo tempo, descobre e encobre o Ser, este jogo nasce do combate (pólemos) entre duas naturezas distintas, a saber: mundo (Welt) e terra (Erde). Este par revela-se enquanto essência da obra de arte, que é abrir um mundo. E, para que esta essência pudesse se configurar, fez-se necessário que Heidegger distanciasse a sua compreensão da concepção estética. Assim, nos esforçamos por explicitar a crítica de Heidegger a algumas estruturas do discurso estético. Por fim, tentamos demonstrar como a noção de verdade fora desvirtuada do movimento de desvelar e velar, ao qual os gregos denominaram de alethéia. Em suma, procurou-se esclarecer algumas noções de verdade, com o intuito de elucidar a formulação de que a arte é um acontecer da verdade.This paper aims to clarify the relationship proposed by Martin Heidegger between art and truth, having as center the transformations that the notion of truth has undergone over the thought of this philosopher. This transformation is due to change of approach to the question of Being. Thus, we present within a historical-philosophical perspective how the notion of truth was being treated in the scope of this thinking. To this end, we return to Heidegger's critique of the traditional conception of truth, describing the steps the philosopher gives in his works: Logic: the question of truth (Logik: Die Frage nach der Wahrheit, 1925/26) and Being and Time (Zeit und sein, 1927). These works present the movement to establish the truth of the statement, bequeathed by the metaphysical tradition in a truth more originating, the alethéia. With this, we describe the relationship between being and truth, because truth being understood as alethéia brings light (Holen) the Being, to the extent that unveiling and veiling the sense and meaning for the world. This world, on the considerations of 1927, was attached to the existential conditions of Dasein. This became the conductor of question proposal in The essence of human freedom: an introduction to Philosophy (Vom Wesen der menschlichen Freiheit: Einleitung in die Philosophie, 1930) and On the essence of truth (Vom Wesen der Wahrheit, 1930). In these works we resumed the proposed relationship between truth and freedom, in order to think about the essence of truth. In view of this, the truth emerges from an opening (Erschlossenheit) originally, and this opening in The origin of the work of art (Der Ursprung des Kunstwerkes, 1935/36) was called art. Here it is investigated, finally, the relationship between art and truth. The art is established as a game that at the same time, discovers and conceals the being, this game is born of pólemos between two distinct natures, namely: world (Welt) and earth (Erde). This pair is revealed as the essence of the artwork, which is open up a world. And so that this essence could set it was necessary that Heidegger distanced his understanding of aesthetic concept. Thus, we strive to make explicit criticism of Heidegger to some aesthetic discourse structures. Finally, we try to show how the notion of truth was distorted movement of unveiling and veiling, to which the Greeks termed alethéia. In short, sought to clarify some notions of truth, aiming to elucidate the formulation that art is a happen of truth.Serra, Alice MaraSerra, Alice MaraDias, Luciana da CostaSilva, Eduardo Soares NevesFrança, Karen Milla de Almeida2017-05-22T13:30:27Z2017-05-22T13:30:27Z2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfFRANÇA, Karen Milla de Almeida. Arte: um acontecimento da verdade em Heidegger. 2016. 125 f. Dissertação (Mestrado em Estética e Filosofia da Arte) - Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2016.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/7779Autorização concedida ao Repositório Institucional da UFOP pelo(a) autor(a) em 18/05/2017 com as seguintes condições: disponível sob Licença Creative Commons 4.0 que permite copiar, distribuir e transmitir o trabalho desde que sejam citados o autor e o licenciante. Não permite o uso para fins comerciais nem a adaptação.info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOP2024-11-10T15:53:46Zoai:repositorio.ufop.br:123456789/7779Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332024-11-10T15:53:46Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false
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