Avaliação da resposta imune a vacinas de antígeno particulado de Leishmania sp e sua associação com vacina de DNA pCI-neo-p36(lack) em camundongos balb/c desafiados com Leishmania chagasi.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFOP |
Texto Completo: | http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2684 |
Resumo: | A leishmaniose visceral é uma enfermidade crônica que pode atingir 98% de mortalidade em humanos não tratados. Pela sua gravidade e alta prevalência, a vacinação é um meio importante de proteção. Alguns tipos de vacinas vêm sendo testados, dentre eles, as vacinas de antígeno particulado e a de DNA. Estas vacinas demonstraram a capacidade de reduzir a carga parasitária no fígado e no baço em modelo murino e induzir a produção de IFN- , com indução de uma resposta celular prolongada, em alguns casos. No nosso estudo, camundongos BALB/c foram vacinados com três doses de uma vacina subcutânea contendo 100 μg de antígeno particulado de L. chagasi, L. braziliensis ou L. amazonensis e 50 μg de saponina como adjuvante, associada ou não a uma vacina intramuscular, em duas doses, com 100 μg de pCI-neop36( LACK). Esta vacina de DNA continha um gene que codifica a proteína LACK (homóloga de Leishmania de receptores de proteína kinase C ativada), uma proteína de 36 kDa, conservada nas várias espécies e formas do ciclo de vida da Leishmania. Nos dois protocolos de vacinação, os camundongos foram desafiados 4 ou 12 semanas após a administração da vacina com 1 x 107 formas promastigotas de L. chagasi e sacrificados 5 semanas após o desafio para análise da capacidade protetora das vacinas, no fígado e no baço, e de indução da produção de IFN- e IL-4 pelos esplenócitos. Os dados mostraram que a vacina pCI-neo-p36(LACK) associada à vacina de antígeno particulado de L. chagasi induziu maior grau de proteção que a vacina de antígeno particulado administrada isoladamente, especialmente no fígado quando o desafio foi feito 4 semanas após a vacinação. Além disso, a vacina de antígeno de L. amazonensis, quando associada ou não a vacina pCI-neo-p36(LACK), induziu uma maior redução da carga parasitária do que a de L. braziliensis, no entanto nenhuma destas duas vacinas induziu proteção maior que a vacina de antígeno de L. chagasi. As vacinas induziram a produção significativa de IFN-g mas não de IL-4 que, em alguns casos, foi suprimida. Apesar da capacidade da associação das vacinas em aumentar a proteção contra o parasito, problemas relacionados com o uso de vacinas de DNA precisam ser melhor compreendidos. |
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No nosso estudo, camundongos BALB/c foram vacinados com três doses de uma vacina subcutânea contendo 100 μg de antígeno particulado de L. chagasi, L. braziliensis ou L. amazonensis e 50 μg de saponina como adjuvante, associada ou não a uma vacina intramuscular, em duas doses, com 100 μg de pCI-neop36( LACK). Esta vacina de DNA continha um gene que codifica a proteína LACK (homóloga de Leishmania de receptores de proteína kinase C ativada), uma proteína de 36 kDa, conservada nas várias espécies e formas do ciclo de vida da Leishmania. Nos dois protocolos de vacinação, os camundongos foram desafiados 4 ou 12 semanas após a administração da vacina com 1 x 107 formas promastigotas de L. chagasi e sacrificados 5 semanas após o desafio para análise da capacidade protetora das vacinas, no fígado e no baço, e de indução da produção de IFN- e IL-4 pelos esplenócitos. Os dados mostraram que a vacina pCI-neo-p36(LACK) associada à vacina de antígeno particulado de L. chagasi induziu maior grau de proteção que a vacina de antígeno particulado administrada isoladamente, especialmente no fígado quando o desafio foi feito 4 semanas após a vacinação. Além disso, a vacina de antígeno de L. amazonensis, quando associada ou não a vacina pCI-neo-p36(LACK), induziu uma maior redução da carga parasitária do que a de L. braziliensis, no entanto nenhuma destas duas vacinas induziu proteção maior que a vacina de antígeno de L. chagasi. As vacinas induziram a produção significativa de IFN-g mas não de IL-4 que, em alguns casos, foi suprimida. Apesar da capacidade da associação das vacinas em aumentar a proteção contra o parasito, problemas relacionados com o uso de vacinas de DNA precisam ser melhor compreendidos.American visceral leishmaniasis is a chronic disease that can reach 98% of human mortality when not treated. Due to its severity and high incidence, vaccination has become an important approach to protection. Several vaccines have been tested, amongst then, freeze-thawed antigen and DNA vaccines. These two vaccines have demonstrated the capacity to reduce the parasite burden in liver and spleen in murine model and to induce the production of IFN- , with the induction of a long-term cellular immunity in some cases. In our study, BALB/c mice were vaccinated with a three doses subcutaneous vaccine containing 100 μg of L. chagasi, L. braziliensis or L. amazonensis freeze-thawed antigen with 50 μg of saponin as an adjuvant, associated or not with an intramuscular one, in two doses, with 100 μg of pCI-neo-p36(LACK). This DNA vaccine was constituted of LACK (Leishmania homologue of receptors for activated C kinase) expression gene, a 36 kDa protein highly conserved in all species and life cycle stages of Leishmania. In the two vaccines protocols, mice were challenged intravenously with 1 x 107 L. chagasi promastigotes 4 or 12 weeks after booster and sacrified 5 weeks after challenge for the analysis of the vaccines protective capacity in liver and spleen and the measure of the production of IFN-g and IL-4 by splenocytes. Data showed that the pCI-neo-p36(LACK) associated to L. chagasi freeze-thawed antigen induced a higher protection than the freeze-thawed antigen alone, specially in liver when the challenge was performed 4 weeks after booster. In addiction, L. amazonensis vaccine induced a greater reduction in parasite burden than L. braziliensis. The vaccines induced a significant production of IFN-g but not of IL-4, that was suppressed is some cases. Despite the showed capability of the vaccines association in increase the protection against the parasite, problems with the use of DNA vaccines must be reviewed.Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro PretoRezende, Simone AparecidaGrenfell, Rafaella Fortini Queiroz2013-04-02T13:44:51Z2013-04-02T13:44:51Z2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfGRENFELL, R. F. P. Avaliação da resposta imune a vacinas de antígeno particulado de Leishmania sp e sua associação com vacina de DNA pCI-neo-p36(lack) em camundongos balb/c desafiados com Leishmania chagasi. 2007. 109 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Biológicas) - Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2007.http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2684porreponame:Repositório Institucional da UFOPinstname:Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)instacron:UFOPinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-04-02T15:36:21Zoai:repositorio.ufop.br:123456789/2684Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.ufop.br/oai/requestrepositorio@ufop.edu.bropendoar:32332019-04-02T15:36:21Repositório Institucional da UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)false |
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A leishmaniose visceral é uma enfermidade crônica que pode atingir 98% de mortalidade em humanos não tratados. Pela sua gravidade e alta prevalência, a vacinação é um meio importante de proteção. Alguns tipos de vacinas vêm sendo testados, dentre eles, as vacinas de antígeno particulado e a de DNA. Estas vacinas demonstraram a capacidade de reduzir a carga parasitária no fígado e no baço em modelo murino e induzir a produção de IFN- , com indução de uma resposta celular prolongada, em alguns casos. No nosso estudo, camundongos BALB/c foram vacinados com três doses de uma vacina subcutânea contendo 100 μg de antígeno particulado de L. chagasi, L. braziliensis ou L. amazonensis e 50 μg de saponina como adjuvante, associada ou não a uma vacina intramuscular, em duas doses, com 100 μg de pCI-neop36( LACK). Esta vacina de DNA continha um gene que codifica a proteína LACK (homóloga de Leishmania de receptores de proteína kinase C ativada), uma proteína de 36 kDa, conservada nas várias espécies e formas do ciclo de vida da Leishmania. Nos dois protocolos de vacinação, os camundongos foram desafiados 4 ou 12 semanas após a administração da vacina com 1 x 107 formas promastigotas de L. chagasi e sacrificados 5 semanas após o desafio para análise da capacidade protetora das vacinas, no fígado e no baço, e de indução da produção de IFN- e IL-4 pelos esplenócitos. Os dados mostraram que a vacina pCI-neo-p36(LACK) associada à vacina de antígeno particulado de L. chagasi induziu maior grau de proteção que a vacina de antígeno particulado administrada isoladamente, especialmente no fígado quando o desafio foi feito 4 semanas após a vacinação. Além disso, a vacina de antígeno de L. amazonensis, quando associada ou não a vacina pCI-neo-p36(LACK), induziu uma maior redução da carga parasitária do que a de L. braziliensis, no entanto nenhuma destas duas vacinas induziu proteção maior que a vacina de antígeno de L. chagasi. As vacinas induziram a produção significativa de IFN-g mas não de IL-4 que, em alguns casos, foi suprimida. Apesar da capacidade da associação das vacinas em aumentar a proteção contra o parasito, problemas relacionados com o uso de vacinas de DNA precisam ser melhor compreendidos. |
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