Possibilidades da escuta psicanalítica da fadiga de si: um estudo sobre a teoria freudiana do sofrimento psíquico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/81154 |
Resumo: | A proposta do presente estudo é investigar um sintoma psíquico freqüente na clínica psicanalítica na atualidade, que se expressa como fadiga, um cansaço de si. Tal manifestação sintomática caracteriza-se por sua irredutibilidade a qualquer referência a história subjetiva, esgotando-se na impossibilidade de agir. Assim, pretende-se visualizar a possibilidade de transformação dessa queixa em um pedido de análise. O estudo visa estabelecer uma interlocução com a Clínica Freudiana e com a análise sociológica do sofrimento psíquico na contemporaneidade. O trabalho se divide em quatro etapas. A primeira, apresenta as influências sofridas por Freud na Construção da Psicanálise. No segundo momento destaca-se a Clínica Freudiana que afirma ser o sintoma na perspectiva freudiana uma solução de compromisso de desejos conflitantes. Em seguida, são apresentadas as idéias do sociólogo francês Alain Ehrenberg que faz alusão a uma patologia da ação que se manifesta como inibição e como impulsividade. O quarto capítulo ressalta as formulações de alguns estudiosos da psicanálise acerca da especificidade do mal-estar psíquico na contemporaneidade. Os autores transmitem a preocupação de responder a essa nova demanda que destaca o domínio corporal, quer seja pelo narcisismo, pela angústia ou pela pulsão de morte. O trabalho ressalta a construção freudiana do sintoma, marcada pelo conflito psíquico, visando estabelecer uma relação com as idéias do sociólogo francês Alain Ehrenberg que faz alusão a uma desconflitualização nas patologias da depressão e da adição. Ehrenberg destaca o agir patológico no lugar do conflito, e aponta o deslocamento de um discurso da culpa para um discurso da autonomia. Freud evidencia a histeria como uma doença articulada com a moral sexual de sua época, enquanto Ehrenberg destaca a depressão como uma patologia da liberdade, tendo em vista que a depressão expõe nossa experiência atual de pessoa. Palavras-chave: Sofrimento psíquico, histeria, fadiga de si, contemporaneidade |
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Possibilidades da escuta psicanalítica da fadiga de si: um estudo sobre a teoria freudiana do sofrimento psíquicoSofrimento - Aspectos psicológicosFadiga (Fisiologia)HisteriaA proposta do presente estudo é investigar um sintoma psíquico freqüente na clínica psicanalítica na atualidade, que se expressa como fadiga, um cansaço de si. Tal manifestação sintomática caracteriza-se por sua irredutibilidade a qualquer referência a história subjetiva, esgotando-se na impossibilidade de agir. Assim, pretende-se visualizar a possibilidade de transformação dessa queixa em um pedido de análise. O estudo visa estabelecer uma interlocução com a Clínica Freudiana e com a análise sociológica do sofrimento psíquico na contemporaneidade. O trabalho se divide em quatro etapas. A primeira, apresenta as influências sofridas por Freud na Construção da Psicanálise. No segundo momento destaca-se a Clínica Freudiana que afirma ser o sintoma na perspectiva freudiana uma solução de compromisso de desejos conflitantes. Em seguida, são apresentadas as idéias do sociólogo francês Alain Ehrenberg que faz alusão a uma patologia da ação que se manifesta como inibição e como impulsividade. O quarto capítulo ressalta as formulações de alguns estudiosos da psicanálise acerca da especificidade do mal-estar psíquico na contemporaneidade. Os autores transmitem a preocupação de responder a essa nova demanda que destaca o domínio corporal, quer seja pelo narcisismo, pela angústia ou pela pulsão de morte. O trabalho ressalta a construção freudiana do sintoma, marcada pelo conflito psíquico, visando estabelecer uma relação com as idéias do sociólogo francês Alain Ehrenberg que faz alusão a uma desconflitualização nas patologias da depressão e da adição. Ehrenberg destaca o agir patológico no lugar do conflito, e aponta o deslocamento de um discurso da culpa para um discurso da autonomia. Freud evidencia a histeria como uma doença articulada com a moral sexual de sua época, enquanto Ehrenberg destaca a depressão como uma patologia da liberdade, tendo em vista que a depressão expõe nossa experiência atual de pessoa. Palavras-chave: Sofrimento psíquico, histeria, fadiga de si, contemporaneidadeThis study looks into the psychic symptom that often appears in the current psychoanalytic clinic, which are expressed as fatigue or weariness of oneself. Such symptoms come along with non-acceptance to any facts related to the person?s own history, leading to a total impossibility of acting. Thus this study intends to point out the possibility of changing the complaints into a call for analysis. This study intends to consider common points of the Freudian Clinic and the sociological analysis of mental suffering in recent times. This study comprises four parts. The first part is about what influenced Freud on the construction of Psychoanalysis.The second part is about the Freudian Clinic and its affirmation that symptoms are the solution for conflicting desires. The third part presents the ideas of the French sociologist Alain Ehrenberg. He mentions the pathology of action, which can occur through inhibition and impulsiveness. The fourth part highlights the formulations of some psychoanalysts about the specifics of mental-uneasiness in recent times. They are looking for an answer to the new question that emphasizes the body in different ways: through narcissism, anguish or death drive. The study emphasizes the Freudian construction of the symptom marked by mental conflict, in order to establish a relationship to the French sosiologist Alain Ehremberg?s ideas, which refer to the end of the conflict in the pathology of depression and addiction. Ehreberg focuses on patholigical acting instead of in the conflict itself. He also changes the focus from the discourse of guilt to the discourse of autonomy. Freund shows hysteria as an illness related to the morality of that time, while Ehremberg points depression as a pathology of freedom, as depression exposes actual experience as a person. Key Words: mental suffering, hysteria, weariness of oneself, contemporaneityPinheiro, Clara Virgínia de QueirozPinheiro, Clara Virgínia de QueirozGarcia, Edna LinharesTeixeira, Leônia CavalcanteUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em PsicologiaAguiar, Isabella Maria Augusto2007info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/81154https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/4008Disponibilidade forma física: Existe obra em CD-Rom de código : 78276porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-25T19:34:32Zoai::81154Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-01-25T19:34:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
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