Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
Texto Completo: | https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/582478 |
Resumo: | Introdução: O Diabetes tem sido associado a uma maior mortalidade na COVID-19. A hiperglicemia contribui para uma piora do estado inflamatório e, portanto, pode estar associada ao pior prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do Diabetes Tipo 2 (DM2) na mortalidade dos pacientes internados por COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo observacional de coorte retrospectivo com pacientes internados por COVID-19 no período de abril a novembro de 2020. Resultados: Foram incluídos 128 pacientes, sendo 55,5% do sexo masculino, com média de idade de 67 anos. Destes, 47% apresentaram diagnóstico de DM2, sendo a maioria com a hemoglobina glicada (HbA1c) maior que 7%. No grupo de pacientes com DM2, apenas19.5% estavam em uso de antidiabéticos orais. Da amostra total, com relação aos principais desfechos clínicos, 46.1% dos pacientes evoluíram com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 35.2% necessitaram de ventilação mecânica, 18.8% necessitaram de hemodiálise, 36.6% foram para a Unidade de Terapia Intensiva e 48,4% evoluíram ao óbito. Ao comparar os pacientes sem DM2 (n=68), DM2 controlada (n=15) e DM2 não controlada (n=45), não houve diferença estatística quanto ao sexo, idade, outras comorbidades ou hábitos de vida. O grupo de pacientes com DM2 não controlada (média de HbA1c = 8.2%) apresentou uma maior frequência de hiperglicemia hospitalar (p<0,001), uso de insulinoterapia (p<0,001) e SRAG (p= 0,044). Considerando apenas os pacientes com DM2 e parâmetros associados ao óbito, o uso prévio de antidiabéticos orais foi identificado como fator de proteção (p= 0,007) e o TGO foi um fator de risco (p=0,044). Conclusão: Pacientes com DM2 em uso prévio de antidiabéticos orais tiveram um menor risco de mortalidade. O TGO foi um marcador laboratorial associado ao óbito no grupo de pacientes com DM2. Palavras-chave: Diabetes Tipo 2; COVID-19; pacientes internados; antidiabéticos; mortalidade. |
id |
UFOR_2784c3d367fd8643134cf02337927182 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai::582478 |
network_acronym_str |
UFOR |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
repository_id_str |
|
spelling |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorteCovid-19 (Doença)Diabetes mellitusPaciente - PrognósticoIntrodução: O Diabetes tem sido associado a uma maior mortalidade na COVID-19. A hiperglicemia contribui para uma piora do estado inflamatório e, portanto, pode estar associada ao pior prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do Diabetes Tipo 2 (DM2) na mortalidade dos pacientes internados por COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo observacional de coorte retrospectivo com pacientes internados por COVID-19 no período de abril a novembro de 2020. Resultados: Foram incluídos 128 pacientes, sendo 55,5% do sexo masculino, com média de idade de 67 anos. Destes, 47% apresentaram diagnóstico de DM2, sendo a maioria com a hemoglobina glicada (HbA1c) maior que 7%. No grupo de pacientes com DM2, apenas19.5% estavam em uso de antidiabéticos orais. Da amostra total, com relação aos principais desfechos clínicos, 46.1% dos pacientes evoluíram com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 35.2% necessitaram de ventilação mecânica, 18.8% necessitaram de hemodiálise, 36.6% foram para a Unidade de Terapia Intensiva e 48,4% evoluíram ao óbito. Ao comparar os pacientes sem DM2 (n=68), DM2 controlada (n=15) e DM2 não controlada (n=45), não houve diferença estatística quanto ao sexo, idade, outras comorbidades ou hábitos de vida. O grupo de pacientes com DM2 não controlada (média de HbA1c = 8.2%) apresentou uma maior frequência de hiperglicemia hospitalar (p<0,001), uso de insulinoterapia (p<0,001) e SRAG (p= 0,044). Considerando apenas os pacientes com DM2 e parâmetros associados ao óbito, o uso prévio de antidiabéticos orais foi identificado como fator de proteção (p= 0,007) e o TGO foi um fator de risco (p=0,044). Conclusão: Pacientes com DM2 em uso prévio de antidiabéticos orais tiveram um menor risco de mortalidade. O TGO foi um marcador laboratorial associado ao óbito no grupo de pacientes com DM2. Palavras-chave: Diabetes Tipo 2; COVID-19; pacientes internados; antidiabéticos; mortalidade.Background: Diabetes has been associated with higher mortality in COVID-19. Hyperglycemia contributes to a worsening of the inflammatory state and therefore may be associated with poor prognosis. The aim of this study was to evaluate the impact of Diabetes Mellitus Type 2 (T2DM) on the mortality of patients hospitalized for COVID19. Methods: This is a retrospective observational cohort study with patients hospitalized for COVID-19 from April to November 2020. Results: A total of 128 patients were included, 55.5% of whom were male, with a mean age of 67 years. Of these, 47% were diagnosed with T2DM, most of whom had glycated hemoglobin (HbA1c) greater than 7%. In the group of patients with T2DM, only 19.5% were using oral antidiabetic drugs. Of the total sample, regarding the main clinical outcomes, 46.1% of the patients developed Severe Acute Respiratory Syndrome (SARS), 35.2% required mechanical ventilation, 18.8% required hemodialysis, 36.6% went to the Intensive Care Unit, and 48.4% died. When comparing patients without T2DM (n=68), controlled T2DM (n=15) and uncontrolled T2DM (n=45), there was no statistical difference regarding gender, age, other comorbidities or lifestyle habits. The group of patients with uncontrolled T2DM (mean HbA1c = 8.2%) had a higher frequency of nosocomial hyperglycemia (p<0.001), use of insulin therapy (p<0.001) and SARS (p= 0.044). Considering only patients with T2DM and parameters associated with death, the previous use of oral antidiabetic drugs was identified as a protective factor (p= 0.007) and AST was a risk factor (p=0.044). Conclusion: Patients with T2DM who had previously used oral antidiabetic drugs had a lower risk of mortality. AST was a laboratory marker associated with death in the group of patients with T2DM. Keywords: Diabetes Mellitus, Type 2; COVID-19; hypoglycemic agents; mortalityA dissertação foi enviada com autorização e certificação via CI 86900/23 em 04/12/2023Silva Júnior, Geraldo Bezerra daDaher, Elizabeth De FrancescoCosta, Maria Cecília MartinsUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Ciências MédicasFreitas, Amanda Vasconcelos2023info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdf104f.https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/582478https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/32066porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-01-29T14:40:55Zoai::582478Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:2024-01-29T14:40:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
title |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
spellingShingle |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte Freitas, Amanda Vasconcelos Covid-19 (Doença) Diabetes mellitus Paciente - Prognóstico |
title_short |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
title_full |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
title_fullStr |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
title_full_unstemmed |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
title_sort |
Complicações clínicas e laboratorias de pacientes diabéticos internados por COVID-19: um estudo coorte |
author |
Freitas, Amanda Vasconcelos |
author_facet |
Freitas, Amanda Vasconcelos |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Silva Júnior, Geraldo Bezerra da Daher, Elizabeth De Francesco Costa, Maria Cecília Martins Universidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Freitas, Amanda Vasconcelos |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Covid-19 (Doença) Diabetes mellitus Paciente - Prognóstico |
topic |
Covid-19 (Doença) Diabetes mellitus Paciente - Prognóstico |
description |
Introdução: O Diabetes tem sido associado a uma maior mortalidade na COVID-19. A hiperglicemia contribui para uma piora do estado inflamatório e, portanto, pode estar associada ao pior prognóstico. O objetivo deste estudo foi avaliar o impacto do Diabetes Tipo 2 (DM2) na mortalidade dos pacientes internados por COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo observacional de coorte retrospectivo com pacientes internados por COVID-19 no período de abril a novembro de 2020. Resultados: Foram incluídos 128 pacientes, sendo 55,5% do sexo masculino, com média de idade de 67 anos. Destes, 47% apresentaram diagnóstico de DM2, sendo a maioria com a hemoglobina glicada (HbA1c) maior que 7%. No grupo de pacientes com DM2, apenas19.5% estavam em uso de antidiabéticos orais. Da amostra total, com relação aos principais desfechos clínicos, 46.1% dos pacientes evoluíram com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), 35.2% necessitaram de ventilação mecânica, 18.8% necessitaram de hemodiálise, 36.6% foram para a Unidade de Terapia Intensiva e 48,4% evoluíram ao óbito. Ao comparar os pacientes sem DM2 (n=68), DM2 controlada (n=15) e DM2 não controlada (n=45), não houve diferença estatística quanto ao sexo, idade, outras comorbidades ou hábitos de vida. O grupo de pacientes com DM2 não controlada (média de HbA1c = 8.2%) apresentou uma maior frequência de hiperglicemia hospitalar (p<0,001), uso de insulinoterapia (p<0,001) e SRAG (p= 0,044). Considerando apenas os pacientes com DM2 e parâmetros associados ao óbito, o uso prévio de antidiabéticos orais foi identificado como fator de proteção (p= 0,007) e o TGO foi um fator de risco (p=0,044). Conclusão: Pacientes com DM2 em uso prévio de antidiabéticos orais tiveram um menor risco de mortalidade. O TGO foi um marcador laboratorial associado ao óbito no grupo de pacientes com DM2. Palavras-chave: Diabetes Tipo 2; COVID-19; pacientes internados; antidiabéticos; mortalidade. |
publishDate |
2023 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2023 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/582478 |
url |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/582478 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/32066 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf 104f. |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR instname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR) instacron:UNIFOR |
instname_str |
Universidade de Fortaleza (UNIFOR) |
instacron_str |
UNIFOR |
institution |
UNIFOR |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR) |
repository.mail.fl_str_mv |
bib@unifor.br||bib@unifor.br |
_version_ |
1800408714144907264 |