Do nome da rosa à sociedade dos poetas mortos: uma leitura do lugar do mestre pelo mestre

• Autor(a) principal: Assumpção, Rosita de Lina Paraguassú
• Data de Publicação: 2000
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
• Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/87370
• topic: Psicologia; Psicanálise; Educação

Este trabalho consiste em um estudo sobre o lugar do mestre em relação ao saber e à verdade na atualidade, diante da perspectiva da subjetividade constituída a partir de dimensões históricas, econômicas, religiosas, culturais e filosóficas. Esse estudo se utilizou de duas obras literárias: O nome da rosa e Sociedade dos poetas mortos como fontes geradoras de discussão sobre o lugar do mestre. Inicialmente, desenvolveu-se uma leitura interpretativa das tramas, relacionando-as a recortes teóricos. Em seguida, foram destacados o saber e a verdade nos enredos, havendo-se demarcado o lugar do mestre em cada obra como categoria teórica. Após esse percurso, o estudo privilegiou a perspectiva da subjetividade com uma incursão pelo aspecto histórico e pelo saber filosófico. A metodologia articulada teve sua fundamentação na pesquisa qualitativa, através dos recursos de estudo de texto, da análise de discurso, do grupo focal e dos mapas de associações de idéias. Os participantes da pesquisa ocupavam a função de professores do ensino fundamental e médio de uma escola da rede particular de ensino e fortaleza que, organizados em grupo, participaram de encontros que seguiram a técnica do grupo focal. A análise do discurso dos professores procedeu-se a partir da criação de categorias observacionais, relacionando-as aos recortes teóricos e às impressões sobre o lugar do mestre na atualidade. As conclusões acerca da leitura feita pelos professores apontaram para um lugar ocupado por um perfil de mestre que remete ao sujeito da modernidade, onde não se reconhece unicamente como tradicional, nem como inovador e progressista. Elas o situaram como um mestre pautado em posturas contraditórias, em que, por vezes, se vê como incentivador e facilitador de aprendizagem; crítico; progressistas e construtivista quanto à educação e ao conhecimento, mas também como tradicional na forma de transmitir o saber. Resta, portanto, a esse mestre o lugar do mal-estar que o impulsiona a uma incessante busca de um novo lugar.