Imagem infravermelha na análise da síndrome dolorosa miofascial cervical

• Autor(a) principal: Oliveira, Helen Christina Castro Carlos da Cunha de
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
• Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/127040
• topic: Dor cervical; Dor crônica; Diagnóstico por imagem

Introdução: A dor cervical é o sintoma predominante nas disfunções cervicais e o surgimento está frequentemente relacionado à adoção de posturas inadequadas e sobrecarga muscular. A má postura pode ocasionar dor e alterações funcionais em vários sistemas, acometendo músculos e fáscias. A Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM) é uma das causas mais comuns de dor musculoesquelética. Estima-se que cerca da metade dos adultos sofrerão de dor cervical em algum período da vida e 75% destes apresentarão recidiva da queixa dolorosa nos cinco anos seguintes. O diagnóstico é complexo e está baseado na história clínica e no exame físico. Muitos profissionais da saúde a desconhecem e grande parte não possui habilidade técnica para identificá-la, o que dificulta o diagnóstico. Objetivo: Analisar a temperatura cutânea da região cervical e a respectiva associação com medidas clínicas em adultos com dor cervical. Métodos: Trata-se de estudo de casos, do tipo exploratório, com abordagem quantitativa, a partir de dados secundários, em que foram avaliados 13 participantes com dor cervical, quantitativo resultante da busca por escala visual analógica (EVA) com nível de dor intensa (8 a 10). Destes participantes, 11 eram mulheres e dois homens com idades entre 19 e 56 anos. A partir da definição da amostra, analisaram-se os termogramas pela análise da temperatura máxima da pele em regiões correspondentes ao ventre muscular dos músculos trapézio superior e esternocleidomastoideo. Analisou-se a subjetividade a partir do questionário NDI e EVA com os resultados objetivos da IR. Resultados: Os participantes apresentaram algum grau de incapacidade cervical. Houve predomínio de mulheres (84,6%), corroborando os achados da literatura que afirmam que as mulheres têm maiores chances de desenvolver SDM. Cada caso foi avaliado individualmente com relação à simetria bilateral, EVA e NDI. Os resultados mostraram temperaturas elevadas do ventre muscular, ao serem comparadas com o lado contralateral, revelando gradientes térmicos que indicaram disfunções moderadas, graves e até mesmo completas, segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Esses resultados tornam a IR instrumento eficaz para avaliar a queixa dolorosa de maneira objetiva. Conclusão: Os resultados encontrados sugerem que a IR pode ser utilizada como ferramenta complementar na identificação da SDM, propiciando medidas objetivas e permitindo melhor análise das queixas dolorosas, sendo de grande valia para saúde coletiva. Palavras-chave: Imagem Infravermelha. Dor cervical. Postura. Síndrome Dolorosa Miofascial.