Efeitos da compressão isquêmica manual e instrumental no tratamento da síndrome da dor miofascial em trapézio descendente: estudo clínico randomizado cego

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Florianovicz, Vivian Carla
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219235
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2020.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaFlorianovicz, Vivian CarlaBarbosa, Rafael Inácio2021-01-14T18:06:06Z2021-01-14T18:06:06Z2020370864https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/219235Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2020.Síndrome da dor miofascial (SDM) é uma condição clínica frequente na população e se caracteriza pelo surgimento de pontos gatilhos (PG?s) que desencadeiam dor muscular e alterações funcionais. Existem diferentes abordagens terapêuticas, dentre elas, a compressão isquêmica (CI), que é uma técnica de terapia manual amplamente utilizada por clínicos. Todavia, tem-se observado o advento de instrumentos para mobilizar os tecidos moles e até mesmo para substituir o polegar do fisioterapeuta na desativação de PG?s. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos da Compressão Isquêmica Manual (CIM), e da Compressão Isquêmica Instrumental por meio de Gatilhex® (CIG) e por meio de Algômetro de Pressão (CIA), no tratamento de mulheres com SDM em trapézio descendente. Trata-se de um estudo clínico aleatorizado, controlado e cego. A amostra foi composta por 52 mulheres, entre 18-40 anos, randomizadas em 3 grupos: CIM, CIG e CIA. Todas as voluntárias receberam uma única sessão de 90s de compressão isquêmica, de acordo com o grupo de alocação. Foram avaliadas as variáveis dor, limiar de dor à pressão (LDP), eletromiografia (EMG) de superfície, incapacidade (NDI), ansiedade (GAD-7) e efeitos adversos. A dor foi mensurada pela escala visual analógica (EVA) no baseline, após 10min, 30 min, 1semana e 4 semanas; LDP e EMG foi mensurado no baseline e 30 min após; NDI, GAD-7 e efeitos adversos foram avaliados no dia da intervenção, 1 semana e 4 semanas após. Para análise estatística todos os dados passaram por análise de normalidade pelo teste de Shapiro-Wilk, seguido dos testes ANOVA de medidas repetidas e Kruskal- Wallis, para comparação intergrupos e One-way ANOVA, T de Student pareado e teste de Friedman para análise intragrupos, sendo considerado significativo o valor de p<0,05. Não houve diferença intergrupo para nenhuma variável analisada. Na comparação intragrupo, somente o grupo CIM apresentou redução significativa de dor (F: 7,70; p: 0,0002), entre o baseline e 1 semana, e ansiedade (p: 0,048), entre o baseline e 4 semanas. Todos apresentaram aumento no LDP (F: 37,62; p< 0,0001) e redução na pontuação do NDI (F: 53,29; p< 0,0001). Para os parâmetros eletromiográficos analisados (Root Mean Square ? RMS, e Frequência mediana- Fmed), nenhum grupo apresentou diferença intragrupo. Quanto aos efeitos adversos investigados, o grupo que recebeu CIM relatou maior valor médio de desconforto após a técnica, 7,22 (de acordo com a escala EVA 0-10), e o grupo CIG foi o que mais apresentou sintomas posterior ao tratamento e com resolução posterior a 24 horas. Na amostra analisada, foi observada uma melhora intragrupo nas variáveis dor e ansiedade para o grupo CIM, quando comparado o baseline com a avaliação de uma semana e quatro semanas, respectivamente. Houve melhora em todos os grupos nas variáveis limiar de dor à pressão; incapacidade do pescoço, quando comparado o baseline com a avaliação de uma semana e quatro semanas, respectivamente, porém, sem diferenças entre os grupos no pós tratamento. Além disso, a aplicação de CIM apresentou menos efeitos adversos que a CIG e a CIA.Abstract: The Myofascial pain syndrome (MPS) is a common clinical condition in the population and is characterized by the appearance of trigger points (TP) that trigger muscle pain and functional changes. There are different therapeutic approaches, including ischemic compression (IC), which is a manual therapy technique widely used by clinicians. However, it has been observed the advent of instruments to mobilize soft tissues and even to replace the physiotherapist's contact when deactivating TP. Therefore, the objective of the present study was to investigate the effects of Manual Ischemic Compression (MIC), and Instrumental Ischemic Compression by means of Gatilhex® (GIC) and by Pressure Algometer (AIC), in the treatment of women with MPS on descendent trapezius. It consists of a randomized, controlled and blinded clinical study. The sample comprises of 52 women, aged 18-40 years, randomized into 3 groups: MIC, GIC and AIC. All volunteers received a single 90 seconds session of ischemic compression, according to the allocation group. The variables pain, pressure pain threshold (PPT), surface electromyography (EMG), disability (NDI), anxiety (GAD-7) and adverse effects were evaluated. Pain was measured using the visual analogue scale (VAS) at the baseline, after 10 minutes, 30 minutes, 1 week and 4 weeks; PPT and EMG was measured at baseline and 30 min after; NDI, GAD-7 and adverse effects were assessed on the day of the intervention, 1 week and 4 weeks later. For statistical analysis, all data underwent normality analysis using the Shapiro-Wilk test, followed by repeated measures ANOVA and Kruskal-Wallis tests, for intergroup comparison and One-way ANOVA, paired Student T and Friedman test for intragroup analysis, with p <0.05 being considered significant. There was no intergroup difference for any variable analyzed. For intra-group comparison, only the MIC group showed a significant reduction in pain (F: 7.70; p: 0.0002), between baseline and 1 week, and anxiety (F: 2,95; p: 0.048), between baseline and 4 weeks. All groups showed an increase in the PPT (F: 37.62; p <0.0001) and a reduction of NDI score (F: 53.29; p <0.0001). For the analyzed electromyographic parameters (Root Mean Square - RMS, and Median Frequency - Fmed), no group showed an intragroup difference. As for the adverse effects investigated, the group that received MIC reported a higher mean discomfort value after the technique, 7.22 (according to the VAS scale 0-10), and the GIC group was the one that present the most symptoms after treatment and with resolution after 24 hours. In the analyzed sample, an intragroup improvement was observed in the pain and anxiety variables for the MIC group, when comparing the baseline with the evaluation of one week and four weeks, respectively. There was an improvement in all groups in the pressure pain threshold variables; neck disability, when compared the baseline with the evaluation of one week and four weeks, respectively, however, without differences between groups in the post treatment. In addition, the application of MIC showed less adverse effects than GIC and AIC.91 p.| il., gráfs.porReabilitaçãoDor cervicalFisioterapiaEfeitos da compressão isquêmica manual e instrumental no tratamento da síndrome da dor miofascial em trapézio descendente: estudo clínico randomizado cegoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPGCR0041-D.pdfPGCR0041-D.pdfapplication/pdf2806317https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/219235/-1/PGCR0041-D.pdf720ebfb349882bdfda9e8cb47980639bMD5-1123456789/2192352021-01-14 15:06:06.322oai:repositorio.ufsc.br:123456789/219235Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-01-14T18:06:06Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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