Síndrome metabólica e risco cardiovascular em pacientes com espondilite anquilosante tratados com imunobiológicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Diego Germano
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR
Texto Completo: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/108665
Resumo: A prevalência de síndrome metabólica (SM) tende a ser alta nas doenças reumáticas e as doenças cardiovasculares são a principal causa de morbimortalidade nessas condições. Não se sabe ao certo como a terapia contra o fator de necrose tumoral (anti-TNF) pode interferir nos componentes da SM ou nos fatores de risco cardiovascular e não há estudos no Brasil sobre a prevalência de SM em pacientes com espondilite anquilosante (EA) em terapia anti-TNF. Objetivo: determinar a prevalência de SM em pacientes com EA tratados com anti-TNF e avaliar sua associação a características clínicas, laboratoriais e preditores de risco cardiovascular. Métodos: estudo transversal, realizado com 63 pacientes que preenchiam critérios de Nova Iorque modificados para EA em uso de terapia anti-TNF e 33 controles ajustados para sexo e idade. Foi realizada avaliação clínica com perfil antropométrico dos pacientes. Glicemia, ácido úrico, função renal e perfil lipídico foram avaliados. Calculou-se o escore de Framingham, o índice de aterogenicidade (IA) plasmática e a relação cintura-estatura (RCE). Os critérios de SM usados foram os do National Cholesterol Education Program ¿ Adult Treatment Panel III revisados. Resultados: a prevalência de SM foi maior no grupo com EA comparado ao grupo controle (27% vs. 9,1%, p = 0,04). Pacientes com EA tinham maior índice de massa corpórea (27,6 Kg/m2 ± 4,5 vs. 24,5 Kg/m2 ± 2,7; p = 0,001) e RCE (0,59 ± 0,08 vs. 0,49 ± 0,05; p < 0,01) comparados ao grupo controle. Na comparação entre pacientes com EA com e sem SM observou-se que o escore de Framingham (9,66 (4,08-20,5) vs. 2,54(1,56-6,75); p < 0,001), o RCE (0,6444 ± 0,0706 vs. 0,5729 ± 0,0759; p = 0,001) e o IA (0,68 ± 0,46 vs. 0,34 ± 0,24; p = 0,02) foram maiores nos pacientes com SM. Não houve diferença quanto aos preditores de risco cardiovascular entre os grupos com baixa e alta atividade de doença. Correlação positiva fraca foi encontrada entre atividade de doença e RCE (coeficiente de correlação 0,30; p = 0,017) assim como entre tempo de biológico e triglicerídeos (coeficiente de correlação 0,38; p = 0,010) e tempo de biológico e IA (coeficiente de correlação 0,377; p = 0,009). Conclusão: pacientes com EA tem alta prevalência de SM e esse subgrupo tem elevados preditores de risco cardiovascular sem uma significante associação com atividade da doença. Palavras-chave: espondilite anquilosante; síndrome metabólica; risco cardiovascular.
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Foi realizada avaliação clínica com perfil antropométrico dos pacientes. Glicemia, ácido úrico, função renal e perfil lipídico foram avaliados. Calculou-se o escore de Framingham, o índice de aterogenicidade (IA) plasmática e a relação cintura-estatura (RCE). Os critérios de SM usados foram os do National Cholesterol Education Program ¿ Adult Treatment Panel III revisados. Resultados: a prevalência de SM foi maior no grupo com EA comparado ao grupo controle (27% vs. 9,1%, p = 0,04). Pacientes com EA tinham maior índice de massa corpórea (27,6 Kg/m2 ± 4,5 vs. 24,5 Kg/m2 ± 2,7; p = 0,001) e RCE (0,59 ± 0,08 vs. 0,49 ± 0,05; p < 0,01) comparados ao grupo controle. Na comparação entre pacientes com EA com e sem SM observou-se que o escore de Framingham (9,66 (4,08-20,5) vs. 2,54(1,56-6,75); p < 0,001), o RCE (0,6444 ± 0,0706 vs. 0,5729 ± 0,0759; p = 0,001) e o IA (0,68 ± 0,46 vs. 0,34 ± 0,24; p = 0,02) foram maiores nos pacientes com SM. Não houve diferença quanto aos preditores de risco cardiovascular entre os grupos com baixa e alta atividade de doença. Correlação positiva fraca foi encontrada entre atividade de doença e RCE (coeficiente de correlação 0,30; p = 0,017) assim como entre tempo de biológico e triglicerídeos (coeficiente de correlação 0,38; p = 0,010) e tempo de biológico e IA (coeficiente de correlação 0,377; p = 0,009). Conclusão: pacientes com EA tem alta prevalência de SM e esse subgrupo tem elevados preditores de risco cardiovascular sem uma significante associação com atividade da doença. Palavras-chave: espondilite anquilosante; síndrome metabólica; risco cardiovascular.Metabolic syndrome (MetS) prevalence tends to be high in rheumatic illnesses and cardiovascular disease is the leading cause of morbimortality in those conditions. It is still unknown how anti-tumor necrosis factor (anti-TNF) therapy may interfere on MetS components or traditional cardiovascular risk factors and there are no Brazilian studies about metabolic syndrome prevalence in patients with ankylosing spondylitis (AS) under anti-TNF therapy. Objective: this study aimed at determining MetS prevalence in patients with AS under anti-TNF treatment and at assessing its association with clinical and laboratory characteristics and cardiovascular risk predictors. Methods: a cross-sectional study was conducted with 63 patients fulfilling New York modified criteria for AS under anti-TNF therapy and 33 controls adjusted by age and sex. Clinical evaluation with anthropometric measuring was performed. Glucose, uric acid, renal function and lipid profile exams were assessed. The Framingham score, the atherogenic index of plasma (AIP) and the waist-to-height ratio (WHtR) were calculated. We used the National Cholesterol Education Program ¿ Adult Treatment Panel III revised criteria for MetS. Results: there was a higher prevalence of MetS in the AS group when compared to controls (27% vs. 9.1%, p = 0.04). There was also a higher body mass index (27.6 Kg/m2 ± 4.5 vs. 24.5 Kg/m2 ± 2.7; p = 0.001) and WhtR (0.59 ± 0.08 vs. 0.49 ± 0.05; p < 0.01) when compared to the control group. Patients with and without MetS were compared and the Framingham score (9.66 (4.08-20.5) vs. 2.54 (1.56-6.75); p < 0.001), WHtR (0.6444 ± 0.0706 vs. 0.5729 ± 0.0759; p = 0.001) and AIP (0.68 ± 0.46 vs. 0.34 ± 0.24; p = 0.02) were higher in the former. There was no difference in cardiovascular risk predictors between high and low disease activity groups. A weak positive correlation was found between disease activity and WHtR (correlation coefficient 0.30; p = 0.017), as well as between the period of biologic therapy and triglycerides (correlation coefficient 0.38; p = 0.010) and period of biologic therapy and AIP (correlation coefficient 0.377; p = 0.009). Conclusion: patients with AS have high prevalence of MetS and this subgroup have high cardiovascular risk without a significant association with disease activity. Keywords: ankylosing spondylitis; metabolic syndrome; cardiovascular risk.Rodrigues, Carlos Ewerton MaiaRodrigues, Carlos Ewerton MaiaBezerra, Mailze CamposAugusto, Kristopherson LustosaUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Ciências MédicasMaia, Diego Germano2016info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/108665https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/16079Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de código : 99643porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::108665Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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