Entre sinais e incertezas: a espera pelas chuvas em 7 anos de seca no Cariri Paraibano
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
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Título da fonte: | Novos Cadernos NAEA (Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/view/11107 |
Resumo: | A seca de 2011-2018 foi a mais longa já registrada no semiárido brasileiro e teve impactos em diversos aspectos da vida dos sitiantes da região. No presente artigo, apresento os impactos que sete anos de seca tiveram na percepção da passagem do tempo climático entre sitiantes do semiárido paraibano, entre a seca e a estação chuvosa. Neste contexto de extenso prolongamento da seca, sinais da natureza que, tradicionalmente, marcam a chegada de chuvas, já eram vistos como incertos. A partir da perspectiva das experiências do clima pelos sitiantes do semiárido, as informações e as narrativas aqui apresentadas mostram que a última seca reduziu a confiança e alimentou incertezas quanto aos fluxos do tempo climático. É importante ressaltar ainda que, nas próximas décadas, em um contexto de mudanças climáticas, as secas tendem a se prolongar e intensificar na região. |
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Entre sinais e incertezas: a espera pelas chuvas em 7 anos de seca no Cariri ParaibanoSeca. Semiárido. Nordeste. Clima.A seca de 2011-2018 foi a mais longa já registrada no semiárido brasileiro e teve impactos em diversos aspectos da vida dos sitiantes da região. No presente artigo, apresento os impactos que sete anos de seca tiveram na percepção da passagem do tempo climático entre sitiantes do semiárido paraibano, entre a seca e a estação chuvosa. Neste contexto de extenso prolongamento da seca, sinais da natureza que, tradicionalmente, marcam a chegada de chuvas, já eram vistos como incertos. A partir da perspectiva das experiências do clima pelos sitiantes do semiárido, as informações e as narrativas aqui apresentadas mostram que a última seca reduziu a confiança e alimentou incertezas quanto aos fluxos do tempo climático. É importante ressaltar ainda que, nas próximas décadas, em um contexto de mudanças climáticas, as secas tendem a se prolongar e intensificar na região.Núcleo de Altos Estudos AmazônicosZani, Mateus Amoedo2023-04-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionAvaliado por Paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/view/1110710.18542/ncn.v26i1.11107Novos Cadernos NAEA; v. 26, n. 1 (2023)2179-75361516-6481reponame:Novos Cadernos NAEA (Online)instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAporhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/article/view/11107/10173/*ref*/ALMEIDA, M. W. B. Caipora e outros conflitos ontológicos. Revista de Antropologia da UFSCar, São Carlos, SP, v. 5, n. 1, p. 7-28, jan./jun. 2013./*ref*/COHEN, M. ; DUQUÉ, G. Les deux visage du Sertão: stratégies paysannes face aux séqueresses (Nordeste du Brésil). Paris: Institut de recherche pour le Developpement - IDR Éditions, 2001./*ref*/ENGLE, N. et al. Planning for the next drought and paving the path for climate changes resilience. In: DE NYS, E. et al. (org.). Drought in Brazil: proactive management and policy. New York: CRC Press – Taylor & Francis Group, 2016. p. 92-93./*ref*/INGOLD, T. Jornada ao longo de um caminho de vida – mapas, descobridor-caminho e navegação. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 76-110, 2005./*ref*/INGOLD, T. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Tradução de Fábio Creder. Petrópolis, RJ: Vozes, 2015./*ref*/MAGALHÃES, A. R. Life and drought in Brazil. In: DE NYS, E. et al. (org.). Drought in Brazil: proactive management and policy. New York: CRC Press – Taylor & Francis Group, 2016. p. 1-18./*ref*/MARTINS, E. S. P. R.; MAGALHÃES, A. R.; FONTENELE, D. A seca plurianual de 2010-2017 no Nordeste e seus impactos. Parcerias Estratégicas, Brasília, DF, v. 22, n. 44, p. 17-40, jan./jun. 2017./*ref*/MESQUITA, E. Ver de perto pra contar de certo: as mudanças climáticas sob os olhares dos moradores da floresta do Alto do Juruá. 2012. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2012./*ref*/NEVES, F. C. A miséria na literatura: José do Patrocínio e a seca de 1878 no Ceará. Tempo, Niterói, v. 11, n. 22, p. 80-97, 2007./*ref*/O XOTE das meninas. [Compositores e intérpretes]: Luiz Gonzaga e José Dantas. [S. l.: s. n.], 1953. 1 disco vinil./*ref*/PENNESI, K. E. Perspectivas Culturais na Comunicação Climática. Western Libraries, [s. l.], p. 1-23, 2015. Disponível em: https://ir.lib.uwo.ca/anthropub/66/. Acesso em: 14 maio 2022./*ref*/SANTANA, A. S.; SANTOS, G. R. Impactos da seca de 2012-2017 na região semiárida do Nordeste: notas sobre a abordagem de dados quantitativos e conclusões qualitativas. Boletim Regional, Urbano e Ambiental, Brasília, DF, n. 22, p. 119-129, 2020./*ref*/SPINOZA, B. Ética. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009./*ref*/TADDEI, R. A seca como modos de enredamento. ClimaCom Cultura Científca: pesquisa, jornalismo e arte, Campinas, v. 01, ano 01, 15 dez. 2014. Disponível em: http://climacom.mudancasclimaticas.net.br/sementeia-multi-midia-educacao-e-resistencias-em-uma-plataforma-virtual-2/. Acesso em: 14 maio 2022./*ref*/TADDEI, R. Meteorologistas e profetas da chuva: práticas e políticas da atmosfera. São Paulo: Terceiro Nome, 2017.Direitos autorais 2023 Novos Cadernos NAEAinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-04-27T20:38:27Zoai:ojs.periodicos.ufpa.br:article/11107Revistahttp://www.periodicos.ufpa.br/index.php/ncnPUBhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/ncn/oairevistanovoscadernosnaea@gmail.com||revistancnaea@ufpa.br2179-75361516-6481opendoar:2023-04-27T20:38:27Novos Cadernos NAEA (Online) - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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