A poluição do ar sob uma visão econômica com aspectos de seguridade e sustentabilidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Edward Luiz Alves
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Filgueiras, Gisalda Carvalho, Lopes, Maria Lucia Bahia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Cadernos CEPEC (Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufpa.br/index.php/cepec/article/view/6844
Resumo: No âmbito das falhas de mercado encontram-se as externalidades negativas, originário de fontes móveis geradoras de poluentes nocivos ao meio ambiente, objeto deste estudo, onde se propõe uma avaliação hipotética de custos associados à saúde em dois focos: mortalidade e morbidade, com base de dados do sistema do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), relativos a gastos hospitalares e números de internações. A partir, destas variáveis, investiga-se sobre o indivíduo afetado e a sua disposição a pagar (DAP). Para tanto, utilizou-se o método da produção sacrificada, conforme indicado por Seroa da Motta (2000), que associa um fator ambiental da poluição atmosférica à indicadores de saúde para estimar, em determinado período anual, se cada evento adverso da saúde impactou a população. Como resultado, constatou-se que o benefício total anual da redução alcançou R$ 519,07 milhões em 2011, dos quais R$ 467,37 milhões são devido à morbidade e R$ 51,7 milhões a mortalidade. Hipoteticamente, significa o quanto os indivíduos devem valorar, em termos monetários, a redução do risco de óbitos e da incidência das doenças do aparelho respiratório associadas com a poluição do ar. Finalmente, com a implementação de políticas relativas à questão da sustentabilidade ambiental na região metropolitana de São Paulo, vislumbrou-se uma redução na emissão de poluentes por veículos automotores em 22,89% na emissão de monóxido de carbono, entre os anos de 2011 e 2012, confirmando que a implementação de políticas públicas direcionadas ao bem-estar da população traz ganhos para a sociedade como um todo.
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Para tanto, utilizou-se o método da produção sacrificada, conforme indicado por Seroa da Motta (2000), que associa um fator ambiental da poluição atmosférica à indicadores de saúde para estimar, em determinado período anual, se cada evento adverso da saúde impactou a população. Como resultado, constatou-se que o benefício total anual da redução alcançou R$ 519,07 milhões em 2011, dos quais R$ 467,37 milhões são devido à morbidade e R$ 51,7 milhões a mortalidade. Hipoteticamente, significa o quanto os indivíduos devem valorar, em termos monetários, a redução do risco de óbitos e da incidência das doenças do aparelho respiratório associadas com a poluição do ar. Finalmente, com a implementação de políticas relativas à questão da sustentabilidade ambiental na região metropolitana de São Paulo, vislumbrou-se uma redução na emissão de poluentes por veículos automotores em 22,89% na emissão de monóxido de carbono, entre os anos de 2011 e 2012, confirmando que a implementação de políticas públicas direcionadas ao bem-estar da população traz ganhos para a sociedade como um todo.Programa de Pós-Graduação em Economia - UFPAReis, Edward Luiz AlvesFilgueiras, Gisalda CarvalhoLopes, Maria Lucia Bahia2019-04-09info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionhttps://periodicos.ufpa.br/index.php/cepec/article/view/684410.18542/cepec.v3i1-6.6844Cadernos CEPEC; v. 3, n. 1-6 (2014)2238-118Xreponame:Cadernos CEPEC (Online)instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPA/*ref*/Brasil. Presidência da República, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998. 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Brasília, 2003. Disponível em: <http://www.biodiesel.gov.br/docs/relatoriofinal.pdf >. Acesso em: 13 de Janeiro de 2011. IBGE. Indicadores sobre população na Divisão de Estatística das Nações Unidas. Estatísticas Demográficas e Sociais. Produtos e bases de dados estatísticos. Indicadores Sociais, 2010, 2011 e 2012. http://unstats.un.org/unsd/demographic/products/socind/population.htm. Acesso em: 31.jan.2013. IE/UNICAMP - Valoração de Recursos Ambientais – Metodologias e recomendações, nº 116, Mar.2004. MAC KNIGHT, VIVIAN; YOUNG, CEF. Análise custo benefício da substituição do diesel por gás natural veicular em ônibus na região metropolitana de São Paulo. Boletim Infopetro, v. 7, p. 8-12, 2006. Mansfield, Edwin. Yohe, Gary. Microeconomia: Teoria e Aplicações / Edwin Mansfield e Gary Yohe; (Tradução da 11ª edição americana por Cid Knipel Moreira). Editora Saraiva, 2006. MENDES, FRANCISCO EDUARDO E SEROA DA MOTTA, RONALDO. Instrumentos Econômicos para o Controle Ambiental do Ar e da Água: Uma Resenha da Experiência Internacional. Texto para discussão n.º 479. Rio de Janeiro, IPEA, 1997. NOGUEIRA, J. M., MEDEIROS, M. A., ARRUDA, F. S. “Valoração econômica do meio ambiente: ciência ou empiricismo?”. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v. 17, nº. 2, 2000. NTU (Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano). Utilização do gás natural no transporte público urbano. Relatório. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em http://www.ntu.org.br/publicacoes/gnv.pdf . acessado em 13/04/2005. ONUBR. Nações Unidas no Brasil. Fatos sobre as cidades. Departamento de Informação Pública das Nações Unidas, junho de 2012. Disponível em:<http://www.onu.org.br/rio20/cidades.pdf>. Acesso em: 29 jun.2013. ORTIZ, R.A. “Valoração Econômica ambiental” in MAY, P.& LUSTOSA, M.C. & VINHA, V. Economia do Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Campus, 2003, pp 81-99. PEARCE, D. W. Economia Ambiental. Tradução da 1ª edição em espanhol por Eduardo L. Suarez. Fundo de Cultura Econômica, México, 1985. Sachs, Ignacy. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável / Organização: Paula Yone Stroh. - Rio de Janeiro: Ed. Garamond, 2000. SANTANA, A.C. de. “Elementos de economia, agronegócio e desenvolvimento local”. Belém: GTZ; TUD; UFRA, 2005. p.37-43. (Série Acadêmica, 01). Serôa da Motta, Ronaldo; Mendes, Ana Paula Fernandes. "Custos de saúde associados à poluição do ar no Brasil." Pesquisa e Planejamento Econômico 25.1 (1995): 165-198. Serôa da Motta, Ronaldo. Manual para Valoração Econômica de Recursos Ambientais. Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal. IPEA/MMA/PNUD/CNPq. Rio de Janeiro, 1997. _____________________. O Uso de Instrumentos Econômicos na Gestão Ambiental /seroa@ipea.gov.br, Abril, 2000. Thomas, Janet M. Economia Ambiental: Fundamentos, Políticas e Aplicações / Janet M. Thomas, Scott J. 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