Caracterização e origem das formações ferríferas e xistos grafitosos do Grupo Estrondo na Região de Xambioá/Araguanã-TO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: SOUSA, Wiverson do Socorro Pantoja de
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14811
Resumo: Na região de Xambioá/Araguanã, localizada na parte setentrional do Cinturão Araguaia do Neoproterozóico, formações ferríferas e xistos grafitosos pertencentes ao Grupo Estrondo estão intimamente associados a anfibolitos e metagabros de granulação fina a média, intercalados e intrusivos, respectivamente, nas rochas da citada unidade. No presente estudo, esses diferentes litotipos são caracterizados e comparados com formações e associações litológicas semelhantes. A seguir, procura-se definir a origem e o ambiente deposicional das formações ferríferas e dos xistos grafitosos, bem como a sua ligação com as rochas básicas. As formações ferríferas constituem diversas ocorrências menores, amplamente dispersas na área de estudo, e duas faixas descontínuas de até 5 km de extensão, dispostas ao longo da borda nordeste da estrutura braquianticlinal do Lontra e da borda norte da estrutura de Xambioá. Estas faixas consistem em corpos lenticulares de 200 a 1500m de comprimento e 50 a 800m de largura em afloramento. As formações ferríferas apresentam bandamento mili- a centimétrico e são essencialmente compostas de magnetita exibindo grau variável de martitização e quartzo, com pirita e pirrotita fortemente subordinadas. Muito ricas em Fe (média de Fe2O3Tot= 83,71%; máximo de 96,77%), as amostras coletadas revelaram teores de Pb, Zn, Cu e Co moderadamente elevados em relação aos das BIFs de Carajás, Maru e de tipos Superior e Algoma. A proeminente anomalia positiva de Eu (Eu* com média de 7,57 e máximo de 15,54), o padrão de ETR com ETRL>ETRP (La/Yb com média de 18,54 e máximo de 82,83) e a ΣETR com média de 229ppm e máximo de 371ppm sugerem que as formações ferríferas de Xambioá/Araguanã são derivadas de depósitos químicos de origem exalativa, em sua maioria, proximais. Os xistos grafitosos ocorrem geralmente na forma de lentes de extensão deca- a hectométrica, intercaladas nos micaxistos da Formação Xambioá. A W da estrutura do Lontra, aflora, no entanto, um espesso pacote destes xistos com extensão submeridiana quilométrica. São essencialmente compostos de muscovita, quartzo e grafita e sua composição química (Ctotal com média de 5,15% e máximo de 9,41%) mostra tratar-se de rochas semelhantes às formações carbonosas descritas na literatura. Ressaltam-se apenas teores de V e Cr algo elevados em relação aos comumente encontrados em rochas comparáveis. A fonte do carbono contido nos xistos grafitosos foi provavelmente orgânica (planctônica).Os anfibolitos e os metagabros ocorrem, geralmente, na forma de corpos alongados a lenticulares, orientados conforme a estruturação regional, encaixados em micaxistos variados e xistos grafitosos. Os anfibolitos são freqüentemente foliados, por vezes bandados ou microporfiríticos, enquanto os metagabros são normalmente isotrópicos a incipientemente foliados e, com freqüência, exibem textura porfirítica. Ambos compõem-se de hornblenda-actinolita e plagioclásio (labradorita e localmente de andesina em metabasitos mais grossos), com quartzo, granada, biotita, magnetita e hematita subordinados. Escapolita ocorre essencialmente na forma de pórfiros. Sulfetos (pirita, calcopirita, calcocita e covelita, esfalerita e pentlandita) ocorrem em traços. Esses metabasitos são tholeiíticos, subalcalinos a levemente alcalinos. O seu padrão de distribuição de ETR mostra tratar-se de rochas quimicamente semelhantes aos basaltos de tipo E-MORB. A associação de formações ferríferas, xistos grafitosos e metabasitos representaria um amplo quadro hidrotermal submarinho, desenvolvido durante a fase distensiva da bacia Araguaia. Em diversos setores da porção oriental da bacia, derrames basálticos e intrusões gabróicas cogenéticas permitiram a formação de sistemas convectivos. A água do mar, penetrando nas rochas máficas, vulcânicas e intrusivas de baixa profundidade, sofreu aquecimento, removendo dessas formações Fe, Si e diversos outros metais. Sedimentos metalíferos ricos em ferro originados da atividade exalativa foram depositados em sub-bacias restritas próximo às zonas de descarga, resultando após a diagênese em formações ferríferas localizadas. Por outro lado, o aporte de nutrientes pelos fluidos hidrotermais e condições físico-químicas adequadas nos arredores dessas zonas favoreceram o desenvolvimento local de abundante biota, consistindo, sobretudo, de plâncton. A matéria orgânica acumulada nesses setores resultou em enriquecimento de sedimentos siliciclásticos finos em material carbonoso. Durante a fase tardia da evolução da bacia Araguaia, a migração de fluidos provocada pelo metamorfismo regional causou a mobilização e remoção de parte da sílica nas formações ferríferas. O ferro, pouco móvel nestas condições, sofreu um considerável enriquecimento relativo. Nesta mesma ocasião, o material carbonoso foi transformado em grafita contida hoje nos xistos grafitosos.
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spelling 2022-09-30T11:38:00Z2022-09-30T11:38:00Z2005SOUSA, Wiverson do Socorro Pantoja de. Caracterização e origem das formações ferríferas e xistos grafitosos do Grupo Estrondo na Região de Xambioá/Araguanã-TO. Orientador: Basile Kotschoubey. 2005. 116 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica. Centro de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2005. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14811. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/14811Na região de Xambioá/Araguanã, localizada na parte setentrional do Cinturão Araguaia do Neoproterozóico, formações ferríferas e xistos grafitosos pertencentes ao Grupo Estrondo estão intimamente associados a anfibolitos e metagabros de granulação fina a média, intercalados e intrusivos, respectivamente, nas rochas da citada unidade. No presente estudo, esses diferentes litotipos são caracterizados e comparados com formações e associações litológicas semelhantes. A seguir, procura-se definir a origem e o ambiente deposicional das formações ferríferas e dos xistos grafitosos, bem como a sua ligação com as rochas básicas. As formações ferríferas constituem diversas ocorrências menores, amplamente dispersas na área de estudo, e duas faixas descontínuas de até 5 km de extensão, dispostas ao longo da borda nordeste da estrutura braquianticlinal do Lontra e da borda norte da estrutura de Xambioá. Estas faixas consistem em corpos lenticulares de 200 a 1500m de comprimento e 50 a 800m de largura em afloramento. As formações ferríferas apresentam bandamento mili- a centimétrico e são essencialmente compostas de magnetita exibindo grau variável de martitização e quartzo, com pirita e pirrotita fortemente subordinadas. Muito ricas em Fe (média de Fe2O3Tot= 83,71%; máximo de 96,77%), as amostras coletadas revelaram teores de Pb, Zn, Cu e Co moderadamente elevados em relação aos das BIFs de Carajás, Maru e de tipos Superior e Algoma. A proeminente anomalia positiva de Eu (Eu* com média de 7,57 e máximo de 15,54), o padrão de ETR com ETRL>ETRP (La/Yb com média de 18,54 e máximo de 82,83) e a ΣETR com média de 229ppm e máximo de 371ppm sugerem que as formações ferríferas de Xambioá/Araguanã são derivadas de depósitos químicos de origem exalativa, em sua maioria, proximais. Os xistos grafitosos ocorrem geralmente na forma de lentes de extensão deca- a hectométrica, intercaladas nos micaxistos da Formação Xambioá. A W da estrutura do Lontra, aflora, no entanto, um espesso pacote destes xistos com extensão submeridiana quilométrica. São essencialmente compostos de muscovita, quartzo e grafita e sua composição química (Ctotal com média de 5,15% e máximo de 9,41%) mostra tratar-se de rochas semelhantes às formações carbonosas descritas na literatura. Ressaltam-se apenas teores de V e Cr algo elevados em relação aos comumente encontrados em rochas comparáveis. A fonte do carbono contido nos xistos grafitosos foi provavelmente orgânica (planctônica).Os anfibolitos e os metagabros ocorrem, geralmente, na forma de corpos alongados a lenticulares, orientados conforme a estruturação regional, encaixados em micaxistos variados e xistos grafitosos. Os anfibolitos são freqüentemente foliados, por vezes bandados ou microporfiríticos, enquanto os metagabros são normalmente isotrópicos a incipientemente foliados e, com freqüência, exibem textura porfirítica. Ambos compõem-se de hornblenda-actinolita e plagioclásio (labradorita e localmente de andesina em metabasitos mais grossos), com quartzo, granada, biotita, magnetita e hematita subordinados. Escapolita ocorre essencialmente na forma de pórfiros. Sulfetos (pirita, calcopirita, calcocita e covelita, esfalerita e pentlandita) ocorrem em traços. Esses metabasitos são tholeiíticos, subalcalinos a levemente alcalinos. O seu padrão de distribuição de ETR mostra tratar-se de rochas quimicamente semelhantes aos basaltos de tipo E-MORB. A associação de formações ferríferas, xistos grafitosos e metabasitos representaria um amplo quadro hidrotermal submarinho, desenvolvido durante a fase distensiva da bacia Araguaia. Em diversos setores da porção oriental da bacia, derrames basálticos e intrusões gabróicas cogenéticas permitiram a formação de sistemas convectivos. A água do mar, penetrando nas rochas máficas, vulcânicas e intrusivas de baixa profundidade, sofreu aquecimento, removendo dessas formações Fe, Si e diversos outros metais. Sedimentos metalíferos ricos em ferro originados da atividade exalativa foram depositados em sub-bacias restritas próximo às zonas de descarga, resultando após a diagênese em formações ferríferas localizadas. Por outro lado, o aporte de nutrientes pelos fluidos hidrotermais e condições físico-químicas adequadas nos arredores dessas zonas favoreceram o desenvolvimento local de abundante biota, consistindo, sobretudo, de plâncton. A matéria orgânica acumulada nesses setores resultou em enriquecimento de sedimentos siliciclásticos finos em material carbonoso. Durante a fase tardia da evolução da bacia Araguaia, a migração de fluidos provocada pelo metamorfismo regional causou a mobilização e remoção de parte da sílica nas formações ferríferas. O ferro, pouco móvel nestas condições, sofreu um considerável enriquecimento relativo. Nesta mesma ocasião, o material carbonoso foi transformado em grafita contida hoje nos xistos grafitosos.In the Xambioá/Araguanã region, located in the northern Neoproterozoic Araguaia Belt, iron-formations and graphite schists of the Estrondo Group are tightly associated with amphibolites and fine to medium-grained metagabbros, which are, respectively, interbedded in and intrusive into the metasedimentary essentially siliciclastic rocks of the cited unit. In this study, these different formations are described and compared with similar rocks and lithological associations from other regions in the world. Also, the origin and the depositional environment of the iron-formations and graphite schists, as well as their relationship with the basic rocks are discussed. The iron-formations are exposed in two principal zones, up to 5 km long, that are located along the northeastern border of the Lontra dome structure and the northern border of the Xambioá structure. These zones are discontinuous and consist of lenticular bodies, 200 to 1,500m long and 50 to 800m wide. Several more discrete iron-formations were recently identified in the study area. The iron-formations display a fine and fairly regular banding and are essentially composed of variably martitized magnetite and quartz, with highly subordinate pyrite and pyrrhotite. The studied samples are, as a rule, very rich in iron (mean Fe2O3tot=83.71%; maximum Fe2O3tot=96.77%) and revealed Pb, Zn, Cu and Co contents moderately higher than those detected in Carajás, Maru, Superior-type and Algoma-type banded ironformations. A prominent positive Eu anomaly (Eu* with mean=7.57 and maximum=15.54), the REE distribution pattern displaying LREE>HREE (mean La/Yb=18.54, maximum=82.83) and high ΣREE (mean=229 ppm, maximum= 371 ppm) suggest that the Xambioá/Araguanã iron formations are derived from chemical sediments of hydrothermalexhalative origin, in main part proximal. The graphite schists are interbedded in the micaschists of the Xambioá Formation and generally make up lenticular bodies tens to hundreds of meters long. However, to the west of the Lontra structure, graphite schists crop out for several kilometers north-south. These rocks are essentially composed of muscovite, quartz and graphite. Chemically, these schists are quite similar to other carbonaceous formations described in the litterature. Only vanadium and chromium contents are somewhat higher than those normally found in comparable rocks. Carbon, the content of which have mean=5,15% and maximum=9,41%, is likely of organic origin. The amphibolites and metagabbros are mainly hosted by micaschists and graphite schists. The former are often foliated, occasionally banded or microporphyritic, while the latter are normally isotropic or incipiently foliated and, frequently, display a porphyritic texture. These rocks are composed of hornblende-actinolite and plagioclase (labradorite and localling andesine in intrusive metamafics), with subordinate quartz, biotite, magnetite and hematite. In places, scapolite phenocrysts are fairly abundant. Sulphides (pyrite, chalcopyrite, chalcocite, and covellite, sphalerite and pentlandite) occur in traces. These metabasites are tholeiitic, sub-alkaline to slightly alkaline. Their REE distribution pattern suggest that, chemically, these rocks are similar to E-MORB. The association of iron-formations, graphite schists and basic rocks likely represents a sub-marine hydrothermal setting, developed during the distensive stage of the Araguaia basin evolution. In different sectors of the eastern part of the basin, basaltic flows and cogenetic gabbroic intrusions allowed the formation of convective systems. Percolating sea-water was progressively heated and evolved to hydrothermal fluids able to remove significant amounts of iron, silica and other metals from the basic volcanics and shallow intrusives. Chemical sediments rich in iron, resulting from this exhalative hydrothermalism were deposited in restricted sub-basins, close to venting zones. Diagenesis later transformed these metalliferous sediments into iron formations. The nutrient supply by the hydrothermal fluids and appropriate physico-chemical conditions close to these zones led to the proliferation of planctons. The organic matter accumulated in these sectors resulted in carbon enrichment of the siliciclastic sediments. During the metamorphic event that marked the late stage of the Araguaia Belt evolution, abundant aqueous solutions percolated the rocks of the Estrondo Group, removing most part of the silica from the iron-formations. Iron, almost insoluble in these probably oxidizing conditions, underwent a strong relative enrichment. At that same time, the carbonaceous matter was transformed into graphite.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAGEOCRONOLOGIA E GEOQUÍMICA ISOTÓPICAGEOQUÍMICA E PETROLOGIAFormações ferríferasXistos grafitososGrupo EstrondoXambioá/Araguanã-TOCaracterização e origem das formações ferríferas e xistos grafitosos do Grupo Estrondo na Região de Xambioá/Araguanã-TOinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisKOTSCHOUBEY, Basilehttp://lattes.cnpq.br/0096549701457340http://lattes.cnpq.br/0699593715296915SOUSA, Wiverson do Socorro Pantoja deORIGINALDissertacao_CaracterizacaoOrigemFormacoes.pdfDissertacao_CaracterizacaoOrigemFormacoes.pdfapplication/pdf4858878http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14811/1/Dissertacao_CaracterizacaoOrigemFormacoes.pdfbe0ab7ec95f6c83137a3d0d6d6b8a0afMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14811/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/14811/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/148112022-09-30 08:38:26.519oai:repositorio.ufpa.br:2011/14811TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232022-09-30T11:38:26Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
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description Na região de Xambioá/Araguanã, localizada na parte setentrional do Cinturão Araguaia do Neoproterozóico, formações ferríferas e xistos grafitosos pertencentes ao Grupo Estrondo estão intimamente associados a anfibolitos e metagabros de granulação fina a média, intercalados e intrusivos, respectivamente, nas rochas da citada unidade. No presente estudo, esses diferentes litotipos são caracterizados e comparados com formações e associações litológicas semelhantes. A seguir, procura-se definir a origem e o ambiente deposicional das formações ferríferas e dos xistos grafitosos, bem como a sua ligação com as rochas básicas. As formações ferríferas constituem diversas ocorrências menores, amplamente dispersas na área de estudo, e duas faixas descontínuas de até 5 km de extensão, dispostas ao longo da borda nordeste da estrutura braquianticlinal do Lontra e da borda norte da estrutura de Xambioá. Estas faixas consistem em corpos lenticulares de 200 a 1500m de comprimento e 50 a 800m de largura em afloramento. As formações ferríferas apresentam bandamento mili- a centimétrico e são essencialmente compostas de magnetita exibindo grau variável de martitização e quartzo, com pirita e pirrotita fortemente subordinadas. Muito ricas em Fe (média de Fe2O3Tot= 83,71%; máximo de 96,77%), as amostras coletadas revelaram teores de Pb, Zn, Cu e Co moderadamente elevados em relação aos das BIFs de Carajás, Maru e de tipos Superior e Algoma. A proeminente anomalia positiva de Eu (Eu* com média de 7,57 e máximo de 15,54), o padrão de ETR com ETRL>ETRP (La/Yb com média de 18,54 e máximo de 82,83) e a ΣETR com média de 229ppm e máximo de 371ppm sugerem que as formações ferríferas de Xambioá/Araguanã são derivadas de depósitos químicos de origem exalativa, em sua maioria, proximais. Os xistos grafitosos ocorrem geralmente na forma de lentes de extensão deca- a hectométrica, intercaladas nos micaxistos da Formação Xambioá. A W da estrutura do Lontra, aflora, no entanto, um espesso pacote destes xistos com extensão submeridiana quilométrica. São essencialmente compostos de muscovita, quartzo e grafita e sua composição química (Ctotal com média de 5,15% e máximo de 9,41%) mostra tratar-se de rochas semelhantes às formações carbonosas descritas na literatura. Ressaltam-se apenas teores de V e Cr algo elevados em relação aos comumente encontrados em rochas comparáveis. A fonte do carbono contido nos xistos grafitosos foi provavelmente orgânica (planctônica).Os anfibolitos e os metagabros ocorrem, geralmente, na forma de corpos alongados a lenticulares, orientados conforme a estruturação regional, encaixados em micaxistos variados e xistos grafitosos. Os anfibolitos são freqüentemente foliados, por vezes bandados ou microporfiríticos, enquanto os metagabros são normalmente isotrópicos a incipientemente foliados e, com freqüência, exibem textura porfirítica. Ambos compõem-se de hornblenda-actinolita e plagioclásio (labradorita e localmente de andesina em metabasitos mais grossos), com quartzo, granada, biotita, magnetita e hematita subordinados. Escapolita ocorre essencialmente na forma de pórfiros. Sulfetos (pirita, calcopirita, calcocita e covelita, esfalerita e pentlandita) ocorrem em traços. Esses metabasitos são tholeiíticos, subalcalinos a levemente alcalinos. O seu padrão de distribuição de ETR mostra tratar-se de rochas quimicamente semelhantes aos basaltos de tipo E-MORB. A associação de formações ferríferas, xistos grafitosos e metabasitos representaria um amplo quadro hidrotermal submarinho, desenvolvido durante a fase distensiva da bacia Araguaia. Em diversos setores da porção oriental da bacia, derrames basálticos e intrusões gabróicas cogenéticas permitiram a formação de sistemas convectivos. A água do mar, penetrando nas rochas máficas, vulcânicas e intrusivas de baixa profundidade, sofreu aquecimento, removendo dessas formações Fe, Si e diversos outros metais. Sedimentos metalíferos ricos em ferro originados da atividade exalativa foram depositados em sub-bacias restritas próximo às zonas de descarga, resultando após a diagênese em formações ferríferas localizadas. Por outro lado, o aporte de nutrientes pelos fluidos hidrotermais e condições físico-químicas adequadas nos arredores dessas zonas favoreceram o desenvolvimento local de abundante biota, consistindo, sobretudo, de plâncton. A matéria orgânica acumulada nesses setores resultou em enriquecimento de sedimentos siliciclásticos finos em material carbonoso. Durante a fase tardia da evolução da bacia Araguaia, a migração de fluidos provocada pelo metamorfismo regional causou a mobilização e remoção de parte da sílica nas formações ferríferas. O ferro, pouco móvel nestas condições, sofreu um considerável enriquecimento relativo. Nesta mesma ocasião, o material carbonoso foi transformado em grafita contida hoje nos xistos grafitosos.
publishDate 2005
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