O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: POINSIGNON, Janaina Reis
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431
Resumo: A região de Xambioá está localizada na parte oriental do Cinturão Araguaia, na porção setentrional do domínio do Grupo Estrondo (noroeste do estado do Tocantins). Os granitos Ramal do Lontra e Serra da Ametista, intrusivos nas rochas do Grupo Estrondo, eram até pouco tempo os únicos corpos félsicos conhecidos na região. Recentemente, por ocasião de levantamentos geológicos mais detalhados, foram identificados outros corpos graníticos intrusivos, geralmente de pequeno porte, bem como, em vários setores, sinais de albitização, greisenização e caulinização tanto destes corpos como das rochas encaixantes. Enxames de veios de quartzo hospedeiros de cristal de rocha e eventualmente ametista estão comumente associados às intrusões graníticas e/ou às rochas encaixantes alteradas. O magmatismo félsico se expressou pelo alojamento, por um lado, de corpos álcali-graníticos (granitos do Ramal do Lontra e Serra da Ametista e ocorrências da Fazenda Novo Horizonte, Fazenda Bela Vista, Fazenda Belém, Morro das Antenas e adjacências) e por outro de albita granito (Granito de Araguaci e setor de Pedra Preta). Os álcali-feldspato granitos, de granulação fina a média, são geralmente deformados. Esses corpos foram considerados como tardi-tectônicos e corresponderiam a zonas apicais ou apófises de intrusões graníticas maiores, não expostas. O albita granito, também de granulação fina a média, compõe-se essencialmente de albita, em cristais euédricos, e quartzo e não apresentam deformação. Foram interpretados como produtos de extrema diferenciação do magma granítico, do qual se originaram os álcali-feldspato granitos. O quadro pós-magmático teve um desenvolvimento complexo, que resultou na formação de enxames de veios de quartzo e em acentuada alteração tanto das rochas graníticas intrusivas como das rochas encaixantes pertencentes às formações do Grupo Estrondo e do embasamento arqueano. De acordo com o estudo de inclusão fluida (IF) em veios de quartzo, dois tipos de fluidos atuaram durante a fase pós-magmática, um aquo-carbônico e outro aquoso. O primeiro, de alta temperatura (de 340 a 500°C) e salinidade (de 38 a 53 % eq NaCl) e de origem metamórfica, com importante contribuição magmática, teria sido responsável pela formação das porções precoces, leitosas, dos veios de quartzo, bem como, provavelmente, pelas alterações metassomáticas de mais alta temperatura, ou seja, a albitização e a greisenização dos corpos graníticos intrusivos e das suas rochas encaixantes. O segundo tipo, de temperatura e salinidade moderadas a baixas (de 120 a 200°C e de 1 a 18% eq NaCl), teria tido uma origem exclusivamente magmática, porém teria sofrido, desde o início, uma influência crescente de soluções de baixa temperatura e salinidade, provavelmente de origem meteórica. No entanto, é possível que a forte diminuição de temperatura e salinidade seja resultado, em parte, do decaimento natural do processo hidrotermal. Esses fluidos tardios teriam sido responsáveis pela formação do cristal de rocha, em regime distensivo de alívio de pressão. Admite-se também que esses fluidos causaram, nas rochas ígneas e metassedimentares encaixantes, as alterações de baixa temperatura, em particular a caulinização. Em termos de alterações metassomáticas, a albitização foi a mais precoce. Sob alta temperatura e condições alcalinas, ela afetou tanto os álcali-feldspato granitos como o albita granito, além das formações encaixantes proximais. Albititos, contendo localmente aegirina e riebeckita, resultaram desse processo. No entanto, indícios acentuados de albitização foram igualmente detectados nas rochas do Grupo Estrondo e do Complexo Colméia, independentemente de qualquer influência magmática, sugerindo a possibilidade de este processo não ter sido apenas local, e sim também regional, e relacionado ao metamorfismo regional ou ao dinamometamorfismo que atuaram durante a estruturação do Cinturão Araguaia. A greisenização, mais localizada, sucedeu à albitização, ainda à alta temperatura, porém já em condições francamente ácidas. Limitou-se às rochas imediatamente encaixantes dos corpos graníticos intrusivos e provavelmente às porções mais marginais destes. Finalmente, a temperaturas mais baixas e condições ácidas ocorreu a caulinização cujos efeitos foram observados exclusivamente em xistos encaixantes dos corpos intrusivos, embora esta alteração tenha possivelmente afetado também estes últimos. A destruição de todos os minerais primários, exceto o quartzo, em parte dissolvido, resultou em formação de caulim bastante puro, constituído por caulinita de elevada cristalinidade. Os dados geoquímicos mostram certa coerência entre os diversos processos, assim como a concentração de elementos traço (Th, U, Hf, Nb, Zr, V, W) bastante clássicos de ambiente graníticos. Os resultados obtidos, no presente estudo, mostraram que as manifestações do quadro magmático/hidrotermal foram muito mais intensas do que se pensava anteriormente, sendo assim recomendada a continuação das investigações, em zonas mais meridionais do domínio do Grupo Estrondo.
id UFPA_cc4853568b978c20ecc49a511d60f2d1
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/11431
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2019-08-12T12:27:36Z2019-08-12T12:27:36Z2009-05-22POINSIGNON, Janaina Reis. O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To. Orientador: Basile Kotschoubey. 2009. 174 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431A região de Xambioá está localizada na parte oriental do Cinturão Araguaia, na porção setentrional do domínio do Grupo Estrondo (noroeste do estado do Tocantins). Os granitos Ramal do Lontra e Serra da Ametista, intrusivos nas rochas do Grupo Estrondo, eram até pouco tempo os únicos corpos félsicos conhecidos na região. Recentemente, por ocasião de levantamentos geológicos mais detalhados, foram identificados outros corpos graníticos intrusivos, geralmente de pequeno porte, bem como, em vários setores, sinais de albitização, greisenização e caulinização tanto destes corpos como das rochas encaixantes. Enxames de veios de quartzo hospedeiros de cristal de rocha e eventualmente ametista estão comumente associados às intrusões graníticas e/ou às rochas encaixantes alteradas. O magmatismo félsico se expressou pelo alojamento, por um lado, de corpos álcali-graníticos (granitos do Ramal do Lontra e Serra da Ametista e ocorrências da Fazenda Novo Horizonte, Fazenda Bela Vista, Fazenda Belém, Morro das Antenas e adjacências) e por outro de albita granito (Granito de Araguaci e setor de Pedra Preta). Os álcali-feldspato granitos, de granulação fina a média, são geralmente deformados. Esses corpos foram considerados como tardi-tectônicos e corresponderiam a zonas apicais ou apófises de intrusões graníticas maiores, não expostas. O albita granito, também de granulação fina a média, compõe-se essencialmente de albita, em cristais euédricos, e quartzo e não apresentam deformação. Foram interpretados como produtos de extrema diferenciação do magma granítico, do qual se originaram os álcali-feldspato granitos. O quadro pós-magmático teve um desenvolvimento complexo, que resultou na formação de enxames de veios de quartzo e em acentuada alteração tanto das rochas graníticas intrusivas como das rochas encaixantes pertencentes às formações do Grupo Estrondo e do embasamento arqueano. De acordo com o estudo de inclusão fluida (IF) em veios de quartzo, dois tipos de fluidos atuaram durante a fase pós-magmática, um aquo-carbônico e outro aquoso. O primeiro, de alta temperatura (de 340 a 500°C) e salinidade (de 38 a 53 % eq NaCl) e de origem metamórfica, com importante contribuição magmática, teria sido responsável pela formação das porções precoces, leitosas, dos veios de quartzo, bem como, provavelmente, pelas alterações metassomáticas de mais alta temperatura, ou seja, a albitização e a greisenização dos corpos graníticos intrusivos e das suas rochas encaixantes. O segundo tipo, de temperatura e salinidade moderadas a baixas (de 120 a 200°C e de 1 a 18% eq NaCl), teria tido uma origem exclusivamente magmática, porém teria sofrido, desde o início, uma influência crescente de soluções de baixa temperatura e salinidade, provavelmente de origem meteórica. No entanto, é possível que a forte diminuição de temperatura e salinidade seja resultado, em parte, do decaimento natural do processo hidrotermal. Esses fluidos tardios teriam sido responsáveis pela formação do cristal de rocha, em regime distensivo de alívio de pressão. Admite-se também que esses fluidos causaram, nas rochas ígneas e metassedimentares encaixantes, as alterações de baixa temperatura, em particular a caulinização. Em termos de alterações metassomáticas, a albitização foi a mais precoce. Sob alta temperatura e condições alcalinas, ela afetou tanto os álcali-feldspato granitos como o albita granito, além das formações encaixantes proximais. Albititos, contendo localmente aegirina e riebeckita, resultaram desse processo. No entanto, indícios acentuados de albitização foram igualmente detectados nas rochas do Grupo Estrondo e do Complexo Colméia, independentemente de qualquer influência magmática, sugerindo a possibilidade de este processo não ter sido apenas local, e sim também regional, e relacionado ao metamorfismo regional ou ao dinamometamorfismo que atuaram durante a estruturação do Cinturão Araguaia. A greisenização, mais localizada, sucedeu à albitização, ainda à alta temperatura, porém já em condições francamente ácidas. Limitou-se às rochas imediatamente encaixantes dos corpos graníticos intrusivos e provavelmente às porções mais marginais destes. Finalmente, a temperaturas mais baixas e condições ácidas ocorreu a caulinização cujos efeitos foram observados exclusivamente em xistos encaixantes dos corpos intrusivos, embora esta alteração tenha possivelmente afetado também estes últimos. A destruição de todos os minerais primários, exceto o quartzo, em parte dissolvido, resultou em formação de caulim bastante puro, constituído por caulinita de elevada cristalinidade. Os dados geoquímicos mostram certa coerência entre os diversos processos, assim como a concentração de elementos traço (Th, U, Hf, Nb, Zr, V, W) bastante clássicos de ambiente graníticos. Os resultados obtidos, no presente estudo, mostraram que as manifestações do quadro magmático/hidrotermal foram muito mais intensas do que se pensava anteriormente, sendo assim recomendada a continuação das investigações, em zonas mais meridionais do domínio do Grupo Estrondo.The Xambioá region is located in the eastern part of Arguaia belt, in the northern portion of the domain of Estrondo Group (northwest of the State of Tocantins). The granites of Ramal do Lontra and Serra da Ametista, intrusive in the rocks of Estrondo Group, were until recently, the only felsic bodies known in the region. More recent geological observations, during detailed geological mapping, identified several intrusive granitic bodies, generally small, as well as in many sectors, unequivocal signs of albitization, greisenization and caulinization in both granitic bodies and host rocks. Quartz vein systems, host of hyaline quartz and eventually amethyst are commonly associated with granitic intrusions and/or with altered host rocks. The felsic magmatism expressed by the emplacement of alkali-granites (Ramal do Lontra and Serra da Ametista granites and occurrences of Fazenda Novo Horizonte, Fazenda Bela Vista, Fazenda Belém, Morro das Antenas and adjacency) and of albite-granites (Araguaci and sector of Pedra Preta granites). Fine to medium-grained alkali-granites, are usually deformed. These bodies have been considered late-tectonic and correspond most likely to apical zones of larger granitic intrusions, not yet exposed. Fine to medium-grained albite-granites consist essentially of albite, like euhedral crystals, and quartz do not show deformation. It has been interpreted as products of extreme granitic magma differentiation, which originated the alkali-granite. The postmagmatic context had a complex development, resulting in the formation of quartz vein systems and marked alteration of both the intrusive garnitic rocks and host rocks of Estrondo Group formations and the Archean basement. Based on fluid inclusions studies of vein quartz, two types of fluids have been recognized: aqueous- carbonic and aqueous. The first, with high salinity (38 to 53% eq of NaCl) and temperature (340 to 500°C) of metamorphic origin with important magmatic contribution, may have caused the formation of the early milky quartz, and probably the metasomatic alterations at high temperature, namely the albitization and greisenization of both granitic intrusions and host rocks. The second type, of moderate to low temperature and salinity (to 120 from 200°C and 1 to 18% eq of NaCl), is interpreted as having a magmatic origin and after mixing with meteoric waters caused its temperature and salinity decrease. It is possible that the drops in temperature and salinity may have been, in part, resulted from the natural cooling of hydrothermal process. These fluids were responsible for the formation of hyaline quartz, in distensive context of decreasing pressure. They also caused the alteration of igneous rocks and host rocks at low temperature, essentially kaolinization. The albitization was the earliest metasomatic alteration. At high temperature and alkaline conditions, it affected both alkali-granites and albite-granites, and the nearby host formations. Albitite with riebeckite and aegirine resulted also from this process. Strong signs of albitization were also detected in the Estrondo Group rocks and Complexo Colméia, regardless of any magmatic influence, what suggests the possibility of this process not be local but regional and related to the regional metamorphism or dynamometamorphism that acted during the structural evolution of Araguaia belt. The greisenization, even more local, succeeds to albitization, at high temperature but in acidic conditions. It is restricted to immediately host rocks of the intrusive granitic bodies and probably to their marginal portions. At last, at lower temperatures and acidic conditions, kaolinization occurred and their effects have been observed only in the host schists, although this alteration may have also affected the intrusive bodies. The total destruction of all primary minerals but not quartz, resulted in the formation of pure kaolin consisting of kaolinite of high crystallinity.The geochemical data reveal coherence between several processes, like the concentration of trace elements (Th, U, Hf, Nb, Zr, V and W) very common in granitic environment.The results obtained in this study suggest that magmatic/ hydrothermal manifestations have been more intense that believed before, being recommended the continuation of investigations, in more meridian zones of the Estrondo Group domain.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICAGEOQUÍMICA E PETROLOGIAMetalogeniaMagmatismoCaulizinaçãoVeios de quartzoXambioá - TOO Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, Toinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisKOTSCHOUBEY, Basilehttp://lattes.cnpq.br/0096549701457340POINSIGNON, Janaina Reisinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdfDissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdfapplication/pdf11091825http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/1/Dissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdf7f217fa0953980cca5022717cfef54f0MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/5/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD55TEXTDissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdf.txtDissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdf.txtExtracted texttext/plain324388http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/6/Dissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdf.txtb49a53bc4a9a50bfb6dc09f2af73a3a1MD562011/114312019-08-14 14:00:36.976oai:repositorio.ufpa.br:2011/11431TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-08-14T17:00:36Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
title O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
spellingShingle O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
POINSIGNON, Janaina Reis
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA
Metalogenia
Magmatismo
Caulizinação
Veios de quartzo
Xambioá - TO
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
title_short O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
title_full O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
title_fullStr O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
title_full_unstemmed O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
title_sort O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To
author POINSIGNON, Janaina Reis
author_facet POINSIGNON, Janaina Reis
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv KOTSCHOUBEY, Basile
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0096549701457340
dc.contributor.author.fl_str_mv POINSIGNON, Janaina Reis
contributor_str_mv KOTSCHOUBEY, Basile
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::GEOQUIMICA
Metalogenia
Magmatismo
Caulizinação
Veios de quartzo
Xambioá - TO
GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
dc.subject.por.fl_str_mv Metalogenia
Magmatismo
Caulizinação
Veios de quartzo
Xambioá - TO
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv GEOQUÍMICA E PETROLOGIA
description A região de Xambioá está localizada na parte oriental do Cinturão Araguaia, na porção setentrional do domínio do Grupo Estrondo (noroeste do estado do Tocantins). Os granitos Ramal do Lontra e Serra da Ametista, intrusivos nas rochas do Grupo Estrondo, eram até pouco tempo os únicos corpos félsicos conhecidos na região. Recentemente, por ocasião de levantamentos geológicos mais detalhados, foram identificados outros corpos graníticos intrusivos, geralmente de pequeno porte, bem como, em vários setores, sinais de albitização, greisenização e caulinização tanto destes corpos como das rochas encaixantes. Enxames de veios de quartzo hospedeiros de cristal de rocha e eventualmente ametista estão comumente associados às intrusões graníticas e/ou às rochas encaixantes alteradas. O magmatismo félsico se expressou pelo alojamento, por um lado, de corpos álcali-graníticos (granitos do Ramal do Lontra e Serra da Ametista e ocorrências da Fazenda Novo Horizonte, Fazenda Bela Vista, Fazenda Belém, Morro das Antenas e adjacências) e por outro de albita granito (Granito de Araguaci e setor de Pedra Preta). Os álcali-feldspato granitos, de granulação fina a média, são geralmente deformados. Esses corpos foram considerados como tardi-tectônicos e corresponderiam a zonas apicais ou apófises de intrusões graníticas maiores, não expostas. O albita granito, também de granulação fina a média, compõe-se essencialmente de albita, em cristais euédricos, e quartzo e não apresentam deformação. Foram interpretados como produtos de extrema diferenciação do magma granítico, do qual se originaram os álcali-feldspato granitos. O quadro pós-magmático teve um desenvolvimento complexo, que resultou na formação de enxames de veios de quartzo e em acentuada alteração tanto das rochas graníticas intrusivas como das rochas encaixantes pertencentes às formações do Grupo Estrondo e do embasamento arqueano. De acordo com o estudo de inclusão fluida (IF) em veios de quartzo, dois tipos de fluidos atuaram durante a fase pós-magmática, um aquo-carbônico e outro aquoso. O primeiro, de alta temperatura (de 340 a 500°C) e salinidade (de 38 a 53 % eq NaCl) e de origem metamórfica, com importante contribuição magmática, teria sido responsável pela formação das porções precoces, leitosas, dos veios de quartzo, bem como, provavelmente, pelas alterações metassomáticas de mais alta temperatura, ou seja, a albitização e a greisenização dos corpos graníticos intrusivos e das suas rochas encaixantes. O segundo tipo, de temperatura e salinidade moderadas a baixas (de 120 a 200°C e de 1 a 18% eq NaCl), teria tido uma origem exclusivamente magmática, porém teria sofrido, desde o início, uma influência crescente de soluções de baixa temperatura e salinidade, provavelmente de origem meteórica. No entanto, é possível que a forte diminuição de temperatura e salinidade seja resultado, em parte, do decaimento natural do processo hidrotermal. Esses fluidos tardios teriam sido responsáveis pela formação do cristal de rocha, em regime distensivo de alívio de pressão. Admite-se também que esses fluidos causaram, nas rochas ígneas e metassedimentares encaixantes, as alterações de baixa temperatura, em particular a caulinização. Em termos de alterações metassomáticas, a albitização foi a mais precoce. Sob alta temperatura e condições alcalinas, ela afetou tanto os álcali-feldspato granitos como o albita granito, além das formações encaixantes proximais. Albititos, contendo localmente aegirina e riebeckita, resultaram desse processo. No entanto, indícios acentuados de albitização foram igualmente detectados nas rochas do Grupo Estrondo e do Complexo Colméia, independentemente de qualquer influência magmática, sugerindo a possibilidade de este processo não ter sido apenas local, e sim também regional, e relacionado ao metamorfismo regional ou ao dinamometamorfismo que atuaram durante a estruturação do Cinturão Araguaia. A greisenização, mais localizada, sucedeu à albitização, ainda à alta temperatura, porém já em condições francamente ácidas. Limitou-se às rochas imediatamente encaixantes dos corpos graníticos intrusivos e provavelmente às porções mais marginais destes. Finalmente, a temperaturas mais baixas e condições ácidas ocorreu a caulinização cujos efeitos foram observados exclusivamente em xistos encaixantes dos corpos intrusivos, embora esta alteração tenha possivelmente afetado também estes últimos. A destruição de todos os minerais primários, exceto o quartzo, em parte dissolvido, resultou em formação de caulim bastante puro, constituído por caulinita de elevada cristalinidade. Os dados geoquímicos mostram certa coerência entre os diversos processos, assim como a concentração de elementos traço (Th, U, Hf, Nb, Zr, V, W) bastante clássicos de ambiente graníticos. Os resultados obtidos, no presente estudo, mostraram que as manifestações do quadro magmático/hidrotermal foram muito mais intensas do que se pensava anteriormente, sendo assim recomendada a continuação das investigações, em zonas mais meridionais do domínio do Grupo Estrondo.
publishDate 2009
dc.date.issued.fl_str_mv 2009-05-22
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T12:27:36Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T12:27:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv POINSIGNON, Janaina Reis. O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To. Orientador: Basile Kotschoubey. 2009. 174 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431
identifier_str_mv POINSIGNON, Janaina Reis. O Magmatismo granítico e os seus efeitos na região de Xambioá/Araguanã, To. Orientador: Basile Kotschoubey. 2009. 174 f. Dissertação (Mestrado em Geoquímica e Petrologia) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2009. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11431
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/1/Dissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/2/license_url
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/3/license_text
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/4/license_rdf
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/5/license.txt
http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11431/6/Dissertacao_MagmatismoGraniticoEfeitos.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 7f217fa0953980cca5022717cfef54f0
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
9d4d300cff78e8f375d89aab37134138
b49a53bc4a9a50bfb6dc09f2af73a3a1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771918389411840