Depósitos lacustres rasos da Formação Pedra de Fogo, Permiano da bacia do Parnaíba, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ARAÚJO, Raphael Neto
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10677
Resumo: A Formação Pedra de Fogo do Permiano, exposta nas bordas leste e oeste Bacia do Parnaíba, norte do Brasil é um dos registros mais importantes do final do Paleozóico, depositado no oeste do Gondwana. Os principais litotipos desta unidade são arenitos, folhelhos, carbonatos e evaporitos, sendo famosa por conter grande quantidade de sílex, além do registro de uma flora permiana bem preservada. Nas últimas décadas do século passado foram feitas diferentes interpretações para o ambiente deposicional da Formação Pedra de Fogo, como transicional/fluvio-deltaico, nerítico raso a litorâneo com planície de sabkha sob influência de tempestade, lagunar/fluvial com contribuição marinha/eólica e marinho raso a restrito, tipo epicontinental. A análise de fácies em afloramentos das porções basal e superior desta unidade envolveu aproximadamente 100 m de espessura da sucessão siliciclástica. Foram individualizadas onze fácies sedimentares, agrupadas em três associações de fácies (AF), representativas de um sistema deposicional lacustre raso com mudflat e rios efêmeros associados. A AF1 é interpretada como depósitos de mudflat, constituídos por argilitos/siltitos laminados, arenitos/pelitos com gretas de contração e arenitos com laminação cruzada, acamamento maciço e com acamamaneto de megamarca ondulada. Nódulos e moldes tipo popcorn silicificados indicam depósitos de evaporitos. Outras feições encontradas são concreções de sílica, tepee silicificados e silcretes. A AF2 é interpretada como depósitos Nearshore lake, constituídos por arenitos finos com laminação plano-paralela, laminação cruzada cavalgante, acamamento maciço e de megamarca ondulada, além de argilito/siltito laminados. A AF3 refere-se a depósitos de wadi/inundito, organizado em ciclos granodecrescente ascendentes métricos, constituídos por conglomerados e arenitos médios a seixosos com acamamento maciço e com estratificação cruzada e argilitos/siltitos com laminação planar a ondulada. Formam depósitos restritos com geometria scour-and-fill, ocorrendo em menor proporção em camadas tabulares. A intercalação de pelitos e arenitos finos a médios com laminação plana a ondulada constituem, em grande parte, o arcabouço principal da Formação Pedra de Fogo. Bioturbações, gretas de contração e diversos tipos de concreções silicosas, assim como dentes de peixes, ostracodes, briozoários e escolecodontes são comuns à sucessão estudada. Restos de vegetais silicificados, classificados preliminarmente como pertencente ao gênero Psaronius, são encontrados in situ, concentrados próximo ao contato superior com a Formação Motuca e constituem excelentes marcadores bioestratigráficos para o topo da Formação Pedra de Fogo. Depósitos mudflat, na base da sucessão Pedra de Fogo, sugerem climas áridos e quentes no Permiano Inferior. O Permiano Médio foi predominantemente semiárido permitindo a proliferação de fauna e flora em regiões úmidas adjacentes ao sistema lacustre. Rios efêmeros ou wadis transportavam restos vegetais e terrígenos para o lago gerando inunditos. Fases de retração e expansão caracterizaram o lago Pedra de Fogo, induzidas pelas modificações climáticas que influenciaram não somente no padrão de sedimentação com também na fossilização dos melhores representantes da fauna e flora do final do Permiano. No Permiano Superior o clima tornou a ser quente e árido como resultado da consolidação do supercontinente Pangeia, favorecendo a deposição de sequencias de red beds da Formação Motuca e desenvolvimento do deserto Sambaíba na passagem para o Triássico.
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Nas últimas décadas do século passado foram feitas diferentes interpretações para o ambiente deposicional da Formação Pedra de Fogo, como transicional/fluvio-deltaico, nerítico raso a litorâneo com planície de sabkha sob influência de tempestade, lagunar/fluvial com contribuição marinha/eólica e marinho raso a restrito, tipo epicontinental. A análise de fácies em afloramentos das porções basal e superior desta unidade envolveu aproximadamente 100 m de espessura da sucessão siliciclástica. Foram individualizadas onze fácies sedimentares, agrupadas em três associações de fácies (AF), representativas de um sistema deposicional lacustre raso com mudflat e rios efêmeros associados. A AF1 é interpretada como depósitos de mudflat, constituídos por argilitos/siltitos laminados, arenitos/pelitos com gretas de contração e arenitos com laminação cruzada, acamamento maciço e com acamamaneto de megamarca ondulada. Nódulos e moldes tipo popcorn silicificados indicam depósitos de evaporitos. Outras feições encontradas são concreções de sílica, tepee silicificados e silcretes. A AF2 é interpretada como depósitos Nearshore lake, constituídos por arenitos finos com laminação plano-paralela, laminação cruzada cavalgante, acamamento maciço e de megamarca ondulada, além de argilito/siltito laminados. A AF3 refere-se a depósitos de wadi/inundito, organizado em ciclos granodecrescente ascendentes métricos, constituídos por conglomerados e arenitos médios a seixosos com acamamento maciço e com estratificação cruzada e argilitos/siltitos com laminação planar a ondulada. Formam depósitos restritos com geometria scour-and-fill, ocorrendo em menor proporção em camadas tabulares. A intercalação de pelitos e arenitos finos a médios com laminação plana a ondulada constituem, em grande parte, o arcabouço principal da Formação Pedra de Fogo. Bioturbações, gretas de contração e diversos tipos de concreções silicosas, assim como dentes de peixes, ostracodes, briozoários e escolecodontes são comuns à sucessão estudada. Restos de vegetais silicificados, classificados preliminarmente como pertencente ao gênero Psaronius, são encontrados in situ, concentrados próximo ao contato superior com a Formação Motuca e constituem excelentes marcadores bioestratigráficos para o topo da Formação Pedra de Fogo. Depósitos mudflat, na base da sucessão Pedra de Fogo, sugerem climas áridos e quentes no Permiano Inferior. O Permiano Médio foi predominantemente semiárido permitindo a proliferação de fauna e flora em regiões úmidas adjacentes ao sistema lacustre. Rios efêmeros ou wadis transportavam restos vegetais e terrígenos para o lago gerando inunditos. Fases de retração e expansão caracterizaram o lago Pedra de Fogo, induzidas pelas modificações climáticas que influenciaram não somente no padrão de sedimentação com também na fossilização dos melhores representantes da fauna e flora do final do Permiano. No Permiano Superior o clima tornou a ser quente e árido como resultado da consolidação do supercontinente Pangeia, favorecendo a deposição de sequencias de red beds da Formação Motuca e desenvolvimento do deserto Sambaíba na passagem para o Triássico.The Permian Pedra de Fogo Formation, exposed in the east and west borders of Parnaíba Basin, northern Brazil, represent one of the most important terminal Paleozoic sedimentary record of the Western Gondwana. The main lithotypes of this unit are sandstones, shales, carbonate rocks, evaporites. The unit is famous for its large amounts of chert and presence of well-preserved Permian flora. In the last decades of the 20 th century, previous works interpreted the paleoenvironment of the Pedra de Fogo Formation as transitional fluvial-deltaic deposits, storm influenced-shallow neritic (marine) to coastal sabkha plain, lacustrine and fluvial deposits with contribution of marine-aeolian sediments and shallow to restrict sea or epicontinental type. Facies analysis focused principally on outcrops of the base and upper part of this unit, involving approximately 100 m thick of the siliciclastic succession. Eleven sedimentary facies were recognized and grouped into three facies associations (FA), representative of a shallow lacustrine depositional system associated with mudflat and ephemeral rivers. FA1 is interpreted as mudflat deposits, consisting of laminated claystone/siltstone, sandstones/pelites with mud cracks and sandstones with cross-lamination, massive and megaripple beddings. Silicified nodules and molds like popcorn indicate evaporites deposits. Other common features are silica concretions, silicified teppes and silcretes. FA2 represents deposits of nearshore and consists of fine-grained sandstones with even parallel lamination, climbing ripple cross-lamination, massive and megaripple beddings, as well as, laminated mudstone/siltstone. FA3 refers to wadi/inundite deposits, generally organized in fining upward meter-scale cycles, consisting of conglomerates and medium-grained pebbly sandstones with massive bedding and cross-stratification, and claystone/siltstone with even parallel to wavy lamination. Tabular beds are frequent in FA3 while scour-and-fill geometry is rare. The alternation of pelites and fine to medium-grained sandstones with even parallel to wavy lamination are the main framework of the Pedra de Fogo Formation. Bioturbations, shrinkage cracks and different types of siliceous concretions, as well as, teeth of fish, ostracods, bryozoans and scolecodontes are common in the studied succession. Silicified plant remains, preliminarily classified to the genus Psaronius, are found in situ, concentrated near the upper contact with Motuca Formation, considered here as excellent biostratigraphic markers for the upper Pedra de Fogo Formation. Mudflats deposits occur in the basal Pedra de Fogo succession suggesting arid and hot climates for the early Permian. The midlle Permian was predominated semiarid allowing the proliferation of fauna and flora in humid regions adjacent and into the lake margin. The ephemeral fluvial inflow or wadis carried plant remains and terrigenous to the lake generating inundites. Retreat and expansion phases characterized the Pedra de Fogo lake, induced by extreme climatic changes influencing not only the sedimentation pattern as also the fossilization of the best well-preserved Permian fauna and flora. In the late Permian, the climate again became hot and arid due to the complete aggregation of Pangea supercontinent, favoring the deposition of Motuca red beds and establishment of Sambaíba erg, near in the Permian-Triassic boundary.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::SEDIMENTOLOGIAANÁLISE DE BACIAS SEDIMENTARESGEOLOGIAParnaíba, Rio, Bacia (PI e MA)Formações (Geologia) - Araguaína (TO)Fácies (Geologia)Sedimentação e depósitosFormações (Geologia) - Nova Iorque (MA)Geologia estratigráfica - PermianoDepósitos lacustres rasos da Formação Pedra de Fogo, Permiano da bacia do Parnaíba, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNOGUEIRA, Afonso César Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/8867836268820998http://lattes.cnpq.br/8551005420961240ARAÚJO, Raphael Netoinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_DepositosLacustresRasos.pdfDissertacao_DepositosLacustresRasos.pdfapplication/pdf3307141http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10677/1/Dissertacao_DepositosLacustresRasos.pdf0a984c6e801ebea78edfd792bbda5970MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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