Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0001-7926-4938 Endereço
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860
Resumo: Na Amazônia, a historiografia produzida pontua decisivos momentos de rupturas e engendramento de novas relações entre a sociedade e o meio ambiente na região. Dos naturalistas aos Projetos de Assentamento Agroextrativista, a população vem vivenciando ciclos de desenvolvimento, os quais, em certas situações, têm alterado o ambiente. O estudo objetivou avaliar as transformações ambientais e os níveis de resiliência e de sustentabilidade socioambientais na região do Baixo Tocantins, Pará. Os procedimentos metodológicos incluíram análise documental em leis e registros históricos, artigos científicos; e expedições de campo com aplicação de técnicas etnográficas (observação participante, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos). Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram lideranças comunitárias e os ribeirinhos residentes na área demarcada pelo PAE São João Batista, em Abaetetuba, os quais foram selecionados por amostragem probabilística do tipo aleatória simples, totalizando 141 ribeirinhos entrevistados. Na abordagem da resiliência materializou-se o ciclo adaptativo como um dos pontos referenciais e para a investigação da sustentabilidade foi calculado a condição de sustentabilidade a partir da percepção dos ribeirinhos sobre as condições sociais, econômicos e ambientais vivenciadas no assentamento. As descrições dos naturalistas sobre o Baixo Tocantins são pontilhadas das múltiplas belezas desta região, a grandeza do rio, a sublimidade de suas florestas e numerosos produtos, como a cana-de-açúcar e o açaí. A transição do sistema econômico Cana-Açaí no PAE São João Batista efetivou a capacidade dos ribeirinhos de experimentar mudanças e criar condições para se reorganizar enquanto assentamento, de forma que o crescimento do mercado do fruto de açaí marca o ponto de resiliência da comunidade. Por outro lado, as percepções dos moradores acerca das mudanças no ambiente, a partir da implementação do PAE e posterior intensificação do cultivo do açaí, indicam limitações relacionadas a alterações na fauna (5,7%) e no clima (39,9%), assoreamento (1,3%), desmatamento (5,1%), erosão (4,4%), poluição do rio (8,2%), queimadas (0,6%) e resíduos sólidos (34,8%). Segundo os comunitários, o assentamento apresenta um nível de sustentabilidade comunitária muito baixa. As dificuldades relatadas por eles refletem as contradições e desafios já apontados para a região amazônica, evidenciando que a sustentabilidade dos sistemas socioecológicos é mais dependente de variáveis externas aos sistemas produtivos locais do que aparentaria ser numa primeira abordagem. Os assentados vivem numa dinâmica de construção e reconstrução, pois não estão isolados a ponto de não serem atingidas pela lógica capitalista e colocam-se em conflito com seu modo de vida tradicional.
id UFPA_36832c201054802180463430b5e9c702
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/15860
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2023-08-16T12:26:34Z2023-08-16T12:26:34Z2020-08-14RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato. Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira. 2020. 102 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860. Acesso em:.https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860Na Amazônia, a historiografia produzida pontua decisivos momentos de rupturas e engendramento de novas relações entre a sociedade e o meio ambiente na região. Dos naturalistas aos Projetos de Assentamento Agroextrativista, a população vem vivenciando ciclos de desenvolvimento, os quais, em certas situações, têm alterado o ambiente. O estudo objetivou avaliar as transformações ambientais e os níveis de resiliência e de sustentabilidade socioambientais na região do Baixo Tocantins, Pará. Os procedimentos metodológicos incluíram análise documental em leis e registros históricos, artigos científicos; e expedições de campo com aplicação de técnicas etnográficas (observação participante, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos). Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram lideranças comunitárias e os ribeirinhos residentes na área demarcada pelo PAE São João Batista, em Abaetetuba, os quais foram selecionados por amostragem probabilística do tipo aleatória simples, totalizando 141 ribeirinhos entrevistados. Na abordagem da resiliência materializou-se o ciclo adaptativo como um dos pontos referenciais e para a investigação da sustentabilidade foi calculado a condição de sustentabilidade a partir da percepção dos ribeirinhos sobre as condições sociais, econômicos e ambientais vivenciadas no assentamento. As descrições dos naturalistas sobre o Baixo Tocantins são pontilhadas das múltiplas belezas desta região, a grandeza do rio, a sublimidade de suas florestas e numerosos produtos, como a cana-de-açúcar e o açaí. A transição do sistema econômico Cana-Açaí no PAE São João Batista efetivou a capacidade dos ribeirinhos de experimentar mudanças e criar condições para se reorganizar enquanto assentamento, de forma que o crescimento do mercado do fruto de açaí marca o ponto de resiliência da comunidade. Por outro lado, as percepções dos moradores acerca das mudanças no ambiente, a partir da implementação do PAE e posterior intensificação do cultivo do açaí, indicam limitações relacionadas a alterações na fauna (5,7%) e no clima (39,9%), assoreamento (1,3%), desmatamento (5,1%), erosão (4,4%), poluição do rio (8,2%), queimadas (0,6%) e resíduos sólidos (34,8%). Segundo os comunitários, o assentamento apresenta um nível de sustentabilidade comunitária muito baixa. As dificuldades relatadas por eles refletem as contradições e desafios já apontados para a região amazônica, evidenciando que a sustentabilidade dos sistemas socioecológicos é mais dependente de variáveis externas aos sistemas produtivos locais do que aparentaria ser numa primeira abordagem. Os assentados vivem numa dinâmica de construção e reconstrução, pois não estão isolados a ponto de não serem atingidas pela lógica capitalista e colocam-se em conflito com seu modo de vida tradicional.In the Amazon, the historiography produced punctuates decisive moments of ruptures and engendering new relations between society and the environment in the region. From naturalists to Agroextractive Settlement Projects, the population has been experiencing development cycles, which, in certain situations, have changed the environment. The study aimed to assess environmental changes and levels of socio-environmental resilience and sustainability in the region of Baixo Tocantins, Pará. Methodological procedures included document analysis in laws and historical records, scientific articles; and field expeditions with the application of ethnographic techniques (participant observation, semi-structured interviews and photographic records). The subjects involved in the research were community leaders and residents living in the area demarcated by the PAE São João Batista, in Abaetetuba, who were selected by probabilistic sampling of the simple random type, totaling 141 residents interviewed. In the resilience approach, the adaptive cycle materialized as one of the reference points and for the investigation of sustainability, the condition of sustainability was calculated from the perception of the riverside dwellers about the social, economic and environmental conditions experienced in the settlement. The naturalists' descriptions of Baixo Tocantins are dotted with the multiple beauties of this region, the grandeur of the river, the sublimity of its forests and numerous products, such as sugar cane and açaí. The transition of the Cana-Açaí economic system in the PAE São João Batista, has enabled the riverside residents to experience changes and create conditions to reorganize themselves as a settlement, so that the growth of the açaí fruit market marks the community's resilience point. On the other hand, the residents' perceptions about changes in the environment, from the implementation of the PAE and the subsequent intensification of açaí cultivation, indicate limitations related to changes in fauna (5.7%) and climate (39.9%), silting (1.3%), deforestation (5.1%), erosion (4.4%), river pollution (8.2%), fires (0.6%) and solid waste (34.8%). According to community members, the settlement has a very low level of community sustainability. The difficulties reported by them reflect the contradictions and challenges already pointed out for the Amazon region, showing that the sustainability of socio-ecological systems is more dependent on variables external to the local productive systems than it would appear to be in a first approach. The settlers live in a dynamic of construction and reconstruction, as they are not isolated to the point that they are not affected by capitalist logic and are in conflict with their traditional way of life.porUniversidade Federal do ParáMuseu Paraense Emílio GoeldiEmpresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaPrograma de Pós-Graduação em Ciências AmbientaisUFPAMPEGEMBRAPABrasilInstituto de GeociênciasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASECOSSISTEMAS AMAZÔNICOS E SISTEMAS SOCIOAMBIENTAISCLIMA E DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL NA AMAZÔNIASistema socioecológicoVárzeaAmazôniaResiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisVIEIRA, Ima Célia Guimarãeshttp://lattes.cnpq.br/3761418169454490https://orcid.org/0000-0003-1233-318Xhttp://lattes.cnpq.br/9568909908676992RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobatohttps://orcid.org/0000-0001-7926-4938 EndereçoORIGINALTese_ResilienciaSustentabilidadeProjeto.pdfTese_ResilienciaSustentabilidadeProjeto.pdfapplication/pdf2877982https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15860/1/Tese_ResilienciaSustentabilidadeProjeto.pdf6c57fb1a28807784da5e979ebda3d6c9MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15860/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15860/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/158602023-08-16 09:26:51.37oai:repositorio.ufpa.br:2011/15860TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232023-08-16T12:26:51Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
title Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
spellingShingle Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato
CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
Sistema socioecológico
Várzea
Amazônia
ECOSSISTEMAS AMAZÔNICOS E SISTEMAS SOCIOAMBIENTAIS
CLIMA E DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL NA AMAZÔNIA
title_short Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
title_full Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
title_fullStr Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
title_full_unstemmed Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
title_sort Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará.
author RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato
author_facet RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato
https://orcid.org/0000-0001-7926-4938 Endereço
author_role author
author2 https://orcid.org/0000-0001-7926-4938 Endereço
author2_role author
dc.contributor.advisor1ORCID.pt_BR.fl_str_mv https://orcid.org/0000-0003-1233-318X
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv VIEIRA, Ima Célia Guimarães
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/3761418169454490
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9568909908676992
dc.contributor.author.fl_str_mv RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato
https://orcid.org/0000-0001-7926-4938 Endereço
contributor_str_mv VIEIRA, Ima Célia Guimarães
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
topic CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS
Sistema socioecológico
Várzea
Amazônia
ECOSSISTEMAS AMAZÔNICOS E SISTEMAS SOCIOAMBIENTAIS
CLIMA E DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL NA AMAZÔNIA
dc.subject.por.fl_str_mv Sistema socioecológico
Várzea
Amazônia
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv ECOSSISTEMAS AMAZÔNICOS E SISTEMAS SOCIOAMBIENTAIS
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv CLIMA E DINÂMICA SOCIOAMBIENTAL NA AMAZÔNIA
description Na Amazônia, a historiografia produzida pontua decisivos momentos de rupturas e engendramento de novas relações entre a sociedade e o meio ambiente na região. Dos naturalistas aos Projetos de Assentamento Agroextrativista, a população vem vivenciando ciclos de desenvolvimento, os quais, em certas situações, têm alterado o ambiente. O estudo objetivou avaliar as transformações ambientais e os níveis de resiliência e de sustentabilidade socioambientais na região do Baixo Tocantins, Pará. Os procedimentos metodológicos incluíram análise documental em leis e registros históricos, artigos científicos; e expedições de campo com aplicação de técnicas etnográficas (observação participante, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos). Os sujeitos envolvidos na pesquisa foram lideranças comunitárias e os ribeirinhos residentes na área demarcada pelo PAE São João Batista, em Abaetetuba, os quais foram selecionados por amostragem probabilística do tipo aleatória simples, totalizando 141 ribeirinhos entrevistados. Na abordagem da resiliência materializou-se o ciclo adaptativo como um dos pontos referenciais e para a investigação da sustentabilidade foi calculado a condição de sustentabilidade a partir da percepção dos ribeirinhos sobre as condições sociais, econômicos e ambientais vivenciadas no assentamento. As descrições dos naturalistas sobre o Baixo Tocantins são pontilhadas das múltiplas belezas desta região, a grandeza do rio, a sublimidade de suas florestas e numerosos produtos, como a cana-de-açúcar e o açaí. A transição do sistema econômico Cana-Açaí no PAE São João Batista efetivou a capacidade dos ribeirinhos de experimentar mudanças e criar condições para se reorganizar enquanto assentamento, de forma que o crescimento do mercado do fruto de açaí marca o ponto de resiliência da comunidade. Por outro lado, as percepções dos moradores acerca das mudanças no ambiente, a partir da implementação do PAE e posterior intensificação do cultivo do açaí, indicam limitações relacionadas a alterações na fauna (5,7%) e no clima (39,9%), assoreamento (1,3%), desmatamento (5,1%), erosão (4,4%), poluição do rio (8,2%), queimadas (0,6%) e resíduos sólidos (34,8%). Segundo os comunitários, o assentamento apresenta um nível de sustentabilidade comunitária muito baixa. As dificuldades relatadas por eles refletem as contradições e desafios já apontados para a região amazônica, evidenciando que a sustentabilidade dos sistemas socioecológicos é mais dependente de variáveis externas aos sistemas produtivos locais do que aparentaria ser numa primeira abordagem. Os assentados vivem numa dinâmica de construção e reconstrução, pois não estão isolados a ponto de não serem atingidas pela lógica capitalista e colocam-se em conflito com seu modo de vida tradicional.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-08-14
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-16T12:26:34Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-08-16T12:26:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato. Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira. 2020. 102 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860
identifier_str_mv RIBEIRO, Gerciene de Jesus Lobato. Resiliência e sustentabilidade de um projeto de assentamento agroextrativista do baixo Tocantins, Pará. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira. 2020. 102 f. Tese (Doutorado em Ciências Ambientais) – Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860. Acesso em:.
url https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15860
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
MPEG
EMBRAPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Geociências
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
dc.source.pt_BR.fl_str_mv 1 CD-ROM
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15860/1/Tese_ResilienciaSustentabilidadeProjeto.pdf
https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15860/2/license_rdf
https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15860/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6c57fb1a28807784da5e979ebda3d6c9
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
2b55adef5313c442051bad36d3312b2b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771911641825280