As hepatites B e C na população carcerária feminina do Pará: prevalência, genotipagem e fatores de risco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MORAES, Nayana Maria Leal
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9125
Resumo: O comportamento de alto risco característico do público carcerário contribui para que neste haja elevada prevalência de doenças transmissíveis por via sexual ou parenteral. Atentando para as elevadas taxas de Hepatite B e C nos presídios, este estudo tem por objetivo identificar os principais fatores de risco, a prevalência destas doenças e os genótipos encontrados. Este estudo é do tipo transversal analítico. A amostra constitui-se de 313 presidiárias do Centro de Recuperação Feminino do estado do Pará (CRF-PA) que aceitaram participar deste estudo e que estavam em bom estado de saúde físico e mental. Foram colhidas amostras de sangue e aplicado um questionário sócio epidemiológico. A análise sócio epidemiológica demonstrou predominância da faixa etária de 25 a 34 anos (44,8%), estado civil de solteira (55%), escolaridade de ensino fundamental incompleto (68%) e renda familiar de 1 salário mínimo (65%). As variáveis de idade e escolaridade demonstraram correlação estatística significante com os marcadores de infecção pelo HBV. Fatores de risco como compartilhamento de material pérfuro-cortante, tatuagem, internação hospitalar, cirurgia dentária e não uso de preservativo apresentaram frequência elevada, sendo a variável de internação hospitalar estatisticamente associada aos marcadores de infecção pelo HBV. A sorologia, por meio do teste de ELISA, demonstrou que 3% foram reagentes para o HBsAg, 15% reagentes para o Anti-HBc, 23% reagentes para o Anti-HBs e 5% reagentes para o Anti-HCV. Na genotipagem das amostras verificou-se que, das 10 amostras positivas para o HBsAg, 4 amostras tiveram o genótipo indetectável, em 5 identificou-se o genótipo E (ainda não citado no Brasil), e em 1 o genótipo F (terceiro mais prevalente do país); das 17 amostras positivas para o Anti-HCV, 41,2% obtiveram genótipo indetectável, esta mesma porcentagem foi obtida para o genótipo 1, e em 17,6% das amostras verificou-se o genótipo 3, concordando com o padrão brasileiro descrito na literatura.
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spelling 2017-10-02T13:09:43Z2017-10-02T13:09:43Z2015MORAES, Nayana Maria Leal. As hepatites B e C na população carcerária feminina do Pará: prevalência, genotipagem e fatores de risco. 2015. 97 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/9125O comportamento de alto risco característico do público carcerário contribui para que neste haja elevada prevalência de doenças transmissíveis por via sexual ou parenteral. Atentando para as elevadas taxas de Hepatite B e C nos presídios, este estudo tem por objetivo identificar os principais fatores de risco, a prevalência destas doenças e os genótipos encontrados. Este estudo é do tipo transversal analítico. A amostra constitui-se de 313 presidiárias do Centro de Recuperação Feminino do estado do Pará (CRF-PA) que aceitaram participar deste estudo e que estavam em bom estado de saúde físico e mental. Foram colhidas amostras de sangue e aplicado um questionário sócio epidemiológico. A análise sócio epidemiológica demonstrou predominância da faixa etária de 25 a 34 anos (44,8%), estado civil de solteira (55%), escolaridade de ensino fundamental incompleto (68%) e renda familiar de 1 salário mínimo (65%). As variáveis de idade e escolaridade demonstraram correlação estatística significante com os marcadores de infecção pelo HBV. Fatores de risco como compartilhamento de material pérfuro-cortante, tatuagem, internação hospitalar, cirurgia dentária e não uso de preservativo apresentaram frequência elevada, sendo a variável de internação hospitalar estatisticamente associada aos marcadores de infecção pelo HBV. A sorologia, por meio do teste de ELISA, demonstrou que 3% foram reagentes para o HBsAg, 15% reagentes para o Anti-HBc, 23% reagentes para o Anti-HBs e 5% reagentes para o Anti-HCV. Na genotipagem das amostras verificou-se que, das 10 amostras positivas para o HBsAg, 4 amostras tiveram o genótipo indetectável, em 5 identificou-se o genótipo E (ainda não citado no Brasil), e em 1 o genótipo F (terceiro mais prevalente do país); das 17 amostras positivas para o Anti-HCV, 41,2% obtiveram genótipo indetectável, esta mesma porcentagem foi obtida para o genótipo 1, e em 17,6% das amostras verificou-se o genótipo 3, concordando com o padrão brasileiro descrito na literatura.The characteristic of high-risk behavior from the prison public contributes for a high prevalence of diseases transmitted by sexual or parenteral route. Considering the high rates of hepatitis B and C in prisons, this study aims to identify the main risk factors, the prevalence of these diseases and the founded genotypes. This study is an analytical cross-sectional. The sample was composed of 313 inmates from the Female Recovery Center in the State of Pará, wich agreed to participate of this study and were in good physical and mental health. Blood samples were collected and applied a socio-epidemiological questionnaire. The socio-epidemiological analysis showed a predominance of the age group 25-34 years (44.8%), marital status single (55%), incomplete elementary school education (68%) and 1 minimum family wage (65% ). The variables of age and education showed a statistically significant correlation with markers of HBV infection. Risk factors such as cutting and piercing material sharing, tattoo, hospitalization, dental surgery and not condom use showed high frequency. The variable of hospitalization showed statistics association with markers of HBV infection. Serology by ELISA assay showed that 3% were positive for HBsAg, 15% reagents for Anti-HBc, 23% reagents for anti-HBs and 5% for anti-HCV. In the genotyping of samples was found wich from of 10 HBsAg positive samples, 4 samples had undetectable genotype, in 5 samples the genotype E was identified (still not mentioned in Brazil), and in 1 was identified the genotype F (third most prevalent the country) ; from the 17 positive samples for Anti-HCV, 41.2% had undetectable genotype, this same percentage was obtained for genotype 1, and in 17.6% of samples was found the genotype 3, in agreement with the Brazilian standard described in literature.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Doenças TropicaisUFPABrasilNúcleo de Medicina TropicalCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIADoença infectocontagiosaEpidemiologiaHepatite viral BHepatite viral CGenotipagemPopulação carcerária femininaCentro de Recuperação Feminino do Estado do Pará (CRF-PA)Pará - EstadoAs hepatites B e C na população carcerária feminina do Pará: prevalência, genotipagem e fatores de riscoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMARTINS, Luisa Cariciohttp://lattes.cnpq.br/1799493244439769http://lattes.cnpq.br/3731040627448391MORAES, Nayana Maria Lealinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPAORIGINALDissertacao_HepatitesPopulacaoCarceraria.pdfDissertacao_HepatitesPopulacaoCarceraria.pdfapplication/pdf1561495http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/9125/1/Dissertacao_HepatitesPopulacaoCarceraria.pdf40f865e192ed2cc8e955fe655c69b7aeMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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