Paleoambiente e paleoclima da Formação Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba e sua correlação com os eventos globais de silicificação.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ANDRADE, Luiz Saturnino de
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11808
Resumo: A Formação Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba, localizada no Nordeste do Brasil, constitui uma unidade sedimentar que possui um dos mais importantes registros sedimentares do início do Permiano (Cisuraliano), caracterizada principalmente por intensa silicificação. Embora muitos trabalhos tenham contribuído para o entendimento do paleoambiente desta unidade, importantes lacunas quanto às condições sedimentológicas e paleoclimáticas que favoreceram a grande concentração e preservação da sílica, mediante as mudanças globais ocorridas no início e ao longo do Permiano, ainda permanecem inconclusivas. Apesar de notório que as fontes de sílica contribuíram para o expressivo conteúdo de chert, estas nunca foram satisfatoriamente explicadas. Não se tem referências sobre as origens orgânica e/ou inorgânica, bem como, pouco se sabe a respeito das condições e processos que conduziram à preservação dos depósitos e concreções silicosas, bem como a gênese da conhecida ocorrência de carbonatos. No intuito de preencher estas lacunas, e/ou contribuir para o melhor entendimento dos processos deposicionais na Formação Pedra de Fogo. Este estudo fez análises de fácies e estratigrafia, e petrografia, complementadas por imagens de catodoluminescência, análise de DRX e MEV-EDS nos depósitos permianos expostos nas porções leste, sul e oeste da Bacia do Parnaíba. As principais fácies sedimentares foram agrupadas em associações de fácies representativas de um sistema fluvial entrelaçado e eólico, posicionados no topo da Formação Piauí (Carbonífero). Esses dep ósitos são sobreposto por um sistema lacustre-sabkha da Formação Pedra de Fogo, dominado por ondas de tempestades, e alimentado por uma rede de fluviais efêmeros. De uma forma geral, a Formação Pedra de Fogo representa um sistema lacustre de clima árido, endorréico, frequentemente afetado por regimes de tempestades e alimentado por fluviais efêmeros, na sua maioria não-canalizados. Embora caracteristicamente de clima árido, este sistema mantinha, pelo menos sazonalmente, teores relativamente elevados de umidade suficiente para manutenção e proliferação de sua pujante tafoflora, formada principalmente por samambaias e gimnospermas. Essa flora colonizava as margens desses lagos, tanto nos períodos relativamente úmidos, quanto nos períodos relativamente secos, como forma de compensar a reduzida umidade do macroambiente. As variações entre o posicionamento estratigráfico dos registros de estruturas organossedimentares (tapetes microbianos e estromatólitos estratiformes) e caules de gimnospermas em posição de vida, foram interpretadas como variações recorrentes da linha de costa lacustre, em resposta as fases de expansão e contração desses lagos, desencadeadas por sazonalidades climáticas que prevalecia na porção ocidental sul do Pangeia. Provavelmente, a flora da Formação Pedra de Fogo constituiu importante catalizador da expressiva silicificação que caracteriza esta unidade. Esta silicificação é predominantemente sindeposicional/eodiagenética, formada amplamente por microquartzo, sob condições de supersaturação em sílica suficientemente alta para preservar delicados filamentos de cianobactérias, bem como pínulas de samambaias e caules de gimnospermas em posição de vida. A oclusão de fraturas e vazios de dissolução (poros secundários) por mosaico de cristais de megaquartzo, esferulitos de calcedônia e duas gerações de calcedônia fibrosa (chalcedonic overlay), além de grandes cristais (mm) em drusa de calcita espática, são indicativos de silicificação policíclica e posterior circulação de fluidos carbonáticos até zonas mesogenéticas. A presença da microtextura gridwork, indica que a gêneses da silicificação é similar ao chert-tipo Magadi (Rift Valley no Quênia), porém de fontes distintas, dada a inexistência, pelo menos até o momento, de fontes vulcânicas associadas aos depósitos do Pedra de Fogo.
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spelling 2019-09-17T17:33:11Z2019-09-17T17:33:11Z2019-09-02ANDRADE, Luiz Saturnino de. Paleoambiente e paleoclima da Formação Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba e sua correlação com os eventos globais de silicificação. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2019. 176 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2019. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11808. Acesso em: .http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11808A Formação Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba, localizada no Nordeste do Brasil, constitui uma unidade sedimentar que possui um dos mais importantes registros sedimentares do início do Permiano (Cisuraliano), caracterizada principalmente por intensa silicificação. Embora muitos trabalhos tenham contribuído para o entendimento do paleoambiente desta unidade, importantes lacunas quanto às condições sedimentológicas e paleoclimáticas que favoreceram a grande concentração e preservação da sílica, mediante as mudanças globais ocorridas no início e ao longo do Permiano, ainda permanecem inconclusivas. Apesar de notório que as fontes de sílica contribuíram para o expressivo conteúdo de chert, estas nunca foram satisfatoriamente explicadas. Não se tem referências sobre as origens orgânica e/ou inorgânica, bem como, pouco se sabe a respeito das condições e processos que conduziram à preservação dos depósitos e concreções silicosas, bem como a gênese da conhecida ocorrência de carbonatos. No intuito de preencher estas lacunas, e/ou contribuir para o melhor entendimento dos processos deposicionais na Formação Pedra de Fogo. Este estudo fez análises de fácies e estratigrafia, e petrografia, complementadas por imagens de catodoluminescência, análise de DRX e MEV-EDS nos depósitos permianos expostos nas porções leste, sul e oeste da Bacia do Parnaíba. As principais fácies sedimentares foram agrupadas em associações de fácies representativas de um sistema fluvial entrelaçado e eólico, posicionados no topo da Formação Piauí (Carbonífero). Esses dep ósitos são sobreposto por um sistema lacustre-sabkha da Formação Pedra de Fogo, dominado por ondas de tempestades, e alimentado por uma rede de fluviais efêmeros. De uma forma geral, a Formação Pedra de Fogo representa um sistema lacustre de clima árido, endorréico, frequentemente afetado por regimes de tempestades e alimentado por fluviais efêmeros, na sua maioria não-canalizados. Embora caracteristicamente de clima árido, este sistema mantinha, pelo menos sazonalmente, teores relativamente elevados de umidade suficiente para manutenção e proliferação de sua pujante tafoflora, formada principalmente por samambaias e gimnospermas. Essa flora colonizava as margens desses lagos, tanto nos períodos relativamente úmidos, quanto nos períodos relativamente secos, como forma de compensar a reduzida umidade do macroambiente. As variações entre o posicionamento estratigráfico dos registros de estruturas organossedimentares (tapetes microbianos e estromatólitos estratiformes) e caules de gimnospermas em posição de vida, foram interpretadas como variações recorrentes da linha de costa lacustre, em resposta as fases de expansão e contração desses lagos, desencadeadas por sazonalidades climáticas que prevalecia na porção ocidental sul do Pangeia. Provavelmente, a flora da Formação Pedra de Fogo constituiu importante catalizador da expressiva silicificação que caracteriza esta unidade. Esta silicificação é predominantemente sindeposicional/eodiagenética, formada amplamente por microquartzo, sob condições de supersaturação em sílica suficientemente alta para preservar delicados filamentos de cianobactérias, bem como pínulas de samambaias e caules de gimnospermas em posição de vida. A oclusão de fraturas e vazios de dissolução (poros secundários) por mosaico de cristais de megaquartzo, esferulitos de calcedônia e duas gerações de calcedônia fibrosa (chalcedonic overlay), além de grandes cristais (mm) em drusa de calcita espática, são indicativos de silicificação policíclica e posterior circulação de fluidos carbonáticos até zonas mesogenéticas. A presença da microtextura gridwork, indica que a gêneses da silicificação é similar ao chert-tipo Magadi (Rift Valley no Quênia), porém de fontes distintas, dada a inexistência, pelo menos até o momento, de fontes vulcânicas associadas aos depósitos do Pedra de Fogo.The Pedra de Fogo Formation of the Parnaíba Basin, Northern Brasil is a sedimentary unit that has one of the most important sedimentary records of the early Permian (Cisuralian), characterized mainly by intense silicification. Although previous works have contributed to the understanding of its paleoenvironment, important gaps regarding the sedimentary and paleoclimatic conditions that favored the great concentration and preservation of silica, due to the global changes occurred at the beginning and along of the Permian, still remain inconclusive. Problems as to which sources of silica contributed most to the expressive chert content were never satisfactorily explained. There is no reference to the organic and/or inorganic origins, nor is little known about the conditions and processes that led to the preservation of silica deposits and concretions, as well as the genesis of the known occurrence of carbonates. In order to fill these gaps and/or contribute to a better understanding of the depositional processes in the Pedra de Fogo Formation. This study made facies and stratigraphic analysis, and petrography, complemented by cathodoluminescence image, XRD and SEM-EDS analysis of the permian deposits exposed in the east and southeast portions of the Parnaíba Basin. The main sedimentary facies were grouped into facies associations representative of braided fluvial-aeolian systems from the top Piauí Formation (Carboniferous). This deposits are overlain by lacustrine-sabkha system, wave-dominated nearshore-lacustrine and ephemeral streamsdeposits of the Permian Pedra de Fogo Formation. In general, this unit was deposited in an arid, endorheic lacustrine system, often affected by storm regimes and fed by unconfined flows. Although the arid climate was predominant, this system keeps seasonally, relatively high levels of moisture sufficient to maintain and proliferate its thriving taphoflora, formed mainly by Ferns and Gymnosperms tree. This flora colonized the lakeshore, both in relatively wet and dry periods, as a way to compensate for the low humidity in macroenvironmental. Cyclic variations between the records of organosedimentary structures (microbial mats and stratiform stromatolites) and gymnosperm stem in life position were interpreted as the recurrent migration of the lacustrine shoreline, in response to the expansion and contraction phases of these lakes, triggered by climatic seasonality in the southwestern portion of Pangea. Probably, the flora of the Pedra de Fogo Formation was an important catalyst for the expressive silicification that characterizes this predominantly syndepositional / eodiagenetic unit. This silicification is formed largely by microquartz, under conditions of supersaturation in silica, high enough to preserve the delicate cyanobacteria filaments, as well as pinnules ferns and gymnosperm stems in life position. The occlusion of fractures and dissolution voids (secondary pores), by mosaic megaquartz mosaic, chalcedony spherulites and two generations of chalcedonic overlays, in addition to large crystals (mm) in coarse mosaic calcspar are indicative of polycyclic silicification and circulation of carbonate fluids to mesogenetic zones. The presence of gridwork microtexture indicates that the genesis of silicification is similar to the Magadi chert-type (Rift Valley of Kenya), but from distinct sources, given the absence of volcanic sources associated with Pedra de Fogo deposits.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASANÁLISE DE BACIAS SEDIMENTARESGEOLOGIAPermianoPaleoclimatologiaPaleoambiente e paleoclima da Formação Pedra de Fogo da Bacia do Parnaíba e sua correlação com os eventos globais de silicificação.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisNOGUEIRA, Afonso César Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/8867836268820998http://lattes.cnpq.br/0883549163380376ANDRADE, Luiz Saturnino deinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTese_PaleoambientePaleoclimaFormacao.pdfTese_PaleoambientePaleoclimaFormacao.pdfapplication/pdf17824910http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11808/1/Tese_PaleoambientePaleoclimaFormacao.pdf1078e469dc5252b8281db0acbd0d7288MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11808/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11808/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11808/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81899http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11808/5/license.txt9d4d300cff78e8f375d89aab37134138MD55TEXTTese_PaleoambientePaleoclimaFormacao.pdf.txtTese_PaleoambientePaleoclimaFormacao.pdf.txtExtracted texttext/plain426779http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11808/6/Tese_PaleoambientePaleoclimaFormacao.pdf.txtb7f3ecf1cdf031adf303999216d2929aMD562011/118082019-09-18 02:47:04.681oai:repositorio.ufpa.br:2011/11808TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gCnBhcmEgZmlucyBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSSVVGUEEgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgCmUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyDDqSBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBwb2RlciBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSAKbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIApkZSBuaW5ndcOpbS4KCkNhc28gYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIGNvbnRlbmhhIG1hdGVyaWFsIHF1ZSB2b2PDqiBuw6NvIHBvc3N1aSBhIHRpdHVsYXJpZGFkZSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIApvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUklVRlBBIG9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyAKbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIApPUkdBTklTTU8sIFZPQ8OKIERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJU8ODTyBDT01PIFRBTULDiU0gQVMgREVNQUlTIE9CUklHQcOHw5VFUyAKRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUklVRlBBIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232019-09-18T05:47:04Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
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