Geocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara – Província Carajás
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10730 |
Resumo: | O Granito Marajoara (GrMj) possui dimensões de stock (~50 Km2) e é intrusivo em granitoides mesoarqueanos do Domínio Rio Maria. Este é formado por rochas leucocráticas, representadas pelas fácies biotita monzogranito equigranular (BMzE) e heterogranular (BMzH). Textura rapakivi e a ocorrência de enclaves de granito porfirítco (EGp) e microgranulares (EMg) são restritas à fácies BMzH. Tais variedades possuem mineralogia similar: microclina, quartzo e plagioclásio ocorrem como minerais essenciais; biotita cloritizada em diferentes intensidades como a única fase varietal; zircão, titanita, opacos, apatita e allanita como acessórios primários; e clorita, sericita-muscovita, epidoto, fluorita e argilominerais como fases secundárias. Os valores de susceptibilidade magnética (SM) elevados (2,3–6,5 x10-3) e a presença frequente de magnetita, aproximam a fácies BMzH dos granitos da série magnetita, enquanto que a variedade BMzE mostra afinidade com aqueles da série ilmenita por apresentar conteúdos modais de opacos ≤0,5%, baixos valores de SM (<0,15x10-3), e ilmenita como único óxido de Fe-Ti. Tais variedades são, em geral, peraluminosas e apresentam altos valores da razão FeOt/(FeOt+MgO), similares aos granitos ferroan. Mostram ainda, afinidades geoquímicas com os granitos intraplaca do tipo-A de origem crustal, sendo que a significativa variação da razão FeOt/(FeOt+MgO) encontradas para estas rochas [EGp (>0,82); BMzH (>0,86); BMzE (>0,97)], permitem classificá-las como granitos do tipo-A oxidado (BMzH e EGp) e reduzido (BMzE), e que as mesmas são afins dos plútons das suítes Jamon e Velho Guilherme, respectivamente. Diferentemente disto, as amostras que pertencem aos EMg mostram clara afinidade com os granitos magnesianos e da série cálcio-alcalina. As evidências de mistura de magma e os cálculos da modelagem geoquímica, demonstram que que os EGp são originados a partir da interação do líquido EMg (60%) e o líquido BMzH (40%). Os gaps composicionais existentes entre as diversas variedades que constituem o GrMj, assim como seus contrastes composicionais, sugerem que seus magmas não são cogenéticos. Os EMg são considerados como representantes de um magmatismo básico oriundo do manto litosférico enriquecido e que teriam sido injetados na câmara magmática durante o processo de underplating e em diferentes fases de cristalização do magma granítico. As análises isotópicas U-Pb em zircão (SHRIMP) forneceram idade de 1885 ±6Ma, interpretada como a idade de cristalização do GrMj. O GrMj foi colocado em níveis crustais rasos (epizona) em um ambiente de tectônica extensional com o esforço seguindo o trend NNE-SSW a ENE-WSW. A zonalidade concêntrica do GrMj e o comportamento reológico das rochas encaixantes e a influência reduzida ou nula dos esforços regionais durante a colocação do corpo indicam que o transporte do magma se deu através de diques. Sugere-se dessa forma que a edificação do GrMj é resultante de ascensão vertical de magmas através de fraturas e acomodação ao longo dos planos da foliação regional E-W, seguida de uma mudança do fluxo vertical por um espalhamento lateral do magma, em um modelo análogo ao admitido para a colocação dos batólitos tabulares da Suíte Jamon. |
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2019-03-08T16:13:02Z2019-03-08T16:13:02Z2018-01-24SANTOS, Rodrigo Fabiano Silva. Geocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara – Província Carajás. Orientador: Davis Carvalho de Oliveira. 2018. 81 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10730. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10730O Granito Marajoara (GrMj) possui dimensões de stock (~50 Km2) e é intrusivo em granitoides mesoarqueanos do Domínio Rio Maria. Este é formado por rochas leucocráticas, representadas pelas fácies biotita monzogranito equigranular (BMzE) e heterogranular (BMzH). Textura rapakivi e a ocorrência de enclaves de granito porfirítco (EGp) e microgranulares (EMg) são restritas à fácies BMzH. Tais variedades possuem mineralogia similar: microclina, quartzo e plagioclásio ocorrem como minerais essenciais; biotita cloritizada em diferentes intensidades como a única fase varietal; zircão, titanita, opacos, apatita e allanita como acessórios primários; e clorita, sericita-muscovita, epidoto, fluorita e argilominerais como fases secundárias. Os valores de susceptibilidade magnética (SM) elevados (2,3–6,5 x10-3) e a presença frequente de magnetita, aproximam a fácies BMzH dos granitos da série magnetita, enquanto que a variedade BMzE mostra afinidade com aqueles da série ilmenita por apresentar conteúdos modais de opacos ≤0,5%, baixos valores de SM (<0,15x10-3), e ilmenita como único óxido de Fe-Ti. Tais variedades são, em geral, peraluminosas e apresentam altos valores da razão FeOt/(FeOt+MgO), similares aos granitos ferroan. Mostram ainda, afinidades geoquímicas com os granitos intraplaca do tipo-A de origem crustal, sendo que a significativa variação da razão FeOt/(FeOt+MgO) encontradas para estas rochas [EGp (>0,82); BMzH (>0,86); BMzE (>0,97)], permitem classificá-las como granitos do tipo-A oxidado (BMzH e EGp) e reduzido (BMzE), e que as mesmas são afins dos plútons das suítes Jamon e Velho Guilherme, respectivamente. Diferentemente disto, as amostras que pertencem aos EMg mostram clara afinidade com os granitos magnesianos e da série cálcio-alcalina. As evidências de mistura de magma e os cálculos da modelagem geoquímica, demonstram que que os EGp são originados a partir da interação do líquido EMg (60%) e o líquido BMzH (40%). Os gaps composicionais existentes entre as diversas variedades que constituem o GrMj, assim como seus contrastes composicionais, sugerem que seus magmas não são cogenéticos. Os EMg são considerados como representantes de um magmatismo básico oriundo do manto litosférico enriquecido e que teriam sido injetados na câmara magmática durante o processo de underplating e em diferentes fases de cristalização do magma granítico. As análises isotópicas U-Pb em zircão (SHRIMP) forneceram idade de 1885 ±6Ma, interpretada como a idade de cristalização do GrMj. O GrMj foi colocado em níveis crustais rasos (epizona) em um ambiente de tectônica extensional com o esforço seguindo o trend NNE-SSW a ENE-WSW. A zonalidade concêntrica do GrMj e o comportamento reológico das rochas encaixantes e a influência reduzida ou nula dos esforços regionais durante a colocação do corpo indicam que o transporte do magma se deu através de diques. Sugere-se dessa forma que a edificação do GrMj é resultante de ascensão vertical de magmas através de fraturas e acomodação ao longo dos planos da foliação regional E-W, seguida de uma mudança do fluxo vertical por um espalhamento lateral do magma, em um modelo análogo ao admitido para a colocação dos batólitos tabulares da Suíte Jamon.The Marajoara granite (MjGr) is a stock intrusive in mesoarchean granitoids of the Rio Maria domain, which is formed mainly by leucocratic rocks, represented by equigranular (BMzE) and heterogranular (BMzH) monzogranite facies. Rapakivi texture and occurrences of porphyritic granite (EGp) and microgranular enclaves (EMg) are restricted to BMzH facies. Such varieties have similar mineralogy: microcline, quartz and plagioclase occur as essential minerals; biotite partially altered to chlorite as the only varietal phase; zircon, titanite, opaque, apatite and allanite as primary accessories; and chlorite, sericite-muscovite, epidote, fluorite and clay minerals as secondary phases. The high magnetic susceptibility (SM) values (2.3-6.5 x10-3) and the frequent presence of magnetite show that the BMzH facies is akin to granites with magnetite series, whereas the BMzE variety shows affinity with the ilmenite series considering the modal opaque contents ≤0.5%, low values of SM (<0.15x10-3), and ilmenite as the sole Fe-Ti oxide. These rocks are, in general, peraluminous and have high FeOt/FeOt+MgO ratio, similar to the ferroan granites. In addition, they have geochemical affinities with intraplate A-type granites, which have crustal origin, wherein a significant variation of FeOt/(FeOt + MgO) found for these rocks [EGp (> 0.82); BMzH (> 0.86); BMzE (> 0.97)], allow them to be classified as oxidized (BMzH and EGp) and reduced (BMzE) Atype granites, that are related to the Jamon and Velho Guilherme suites, respectively. Differently from this, the EMg show clear affinity with the magnesian granites and the calcalkaline series. Evidence of magma mixing and geochemical modeling calculations demonstrate that EGp originate from the interaction of EMg (60%) and BMzH (40%) liquids. The compositional gaps existing among the several varieties that constitute the MjGr, as well as their compositional contrasts, suggest that their magmas are not cogenetic. The EMg represents a basic magmatism from the enriched lithospheric mantle that would have been injected into the magma chamber during the underplating process and at different phases of the granitic magma crystallization. The U-Pb zircon isotopic analyzes (SHRIMP) yielded an age of 1885 ±6Ma, interpreted as the crystallization age of MjGr. The MjGr was emplaced at shallow crustal levels (epizone) in an extensional tectonic environment with the effort following the trend NNE-SSW to ENE-WSW. The concentric zoning in the MjGr and the rheological behavior of its country rocks as well as the reduced or no influence of the regional efforts during the emplacement of the pluton indicate that the transport of the magma occurred through dikes. It is suggested that the construction of the MjGr was a result of the vertical rise of magmas through fractures and accommodation along the planes of the regional EW foliation, followed by a change of the vertical flow by a lateral scattering of the magma, analogous to the admitted model for the emplacement of the tabular batholiths of the Jamon Suite.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIAPETROLOGIA E EVOLUÇÃO CRUSTALGEOQUÍMICA E PETROLOGIAGeologia estratigráfica - ProterozóicoGranito MarajoaraSerra dos Carajás - PAGeocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara – Província Carajásinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisOLIVEIRA, Davis Carvalho dehttp://lattes.cnpq.br/0294264745783506http://lattes.cnpq.br/3399213775811463SANTOS, Rodrigo Fabiano Silvainfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_GeocronologiaU-PbClassificacao.pdfDissertacao_GeocronologiaU-PbClassificacao.pdfapplication/pdf3423787http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10730/1/Dissertacao_GeocronologiaU-PbClassificacao.pdf13be7d833a25a492a8c1aa04cc7c11a5MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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Geocronologia U-Pb, classificação e aspectos evolutivos do Granito Marajoara – Província Carajás SANTOS, Rodrigo Fabiano Silva CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::PETROLOGIA Geologia estratigráfica - Proterozóico Granito Marajoara Serra dos Carajás - PA PETROLOGIA E EVOLUÇÃO CRUSTAL GEOQUÍMICA E PETROLOGIA |
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