Viajar e existir em Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa
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Data de Publicação: | 2022 |
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Resumo: | Viajar e existir são questões originárias que nos lançam em pro-cura de nós mesmo, e se manifestam enquanto demanda pela palavra em busca de nos conhecermos enquanto entre-acontecer. Estas questões se dão em diálogo com uma das obras mais originais e originárias de João Guimarães Rosa, Primeiras Estórias, em que manifesta as questões primeiras nas quais o ser humano habita, e que vigoram enquanto linguagem por meio de enredos-questão, personagens-questão, imagens-questão que conduzem o leitor a se perguntar sobre o sentido do ser e da vida, em travessia, enquanto aprendizagem poética, rumo a desvendar a questão-mistério do livro: “Você chegou a existir? Este estudo nasceu com o objetivo de pesquisar como são manifestadas as questões do viajar e do existir em Primeiras Estórias, tendo como hipótese que, pelo diálogo com a obra literária, em que se percebe uma narrativa que projeta o leitor na e pela pro-cura do seu ser, somos lançados em travessia por buscar um educar poético que nos conduza à clareira do questionar, na qual habita o mistério entre o todo saber e o não saber, em busca do que nos é próprio — nossa humanidade, e, por isso, chegamos a existir? O método — méta (entre) hodós (caminho) — a ser percorrido enquanto escolha dos caminhos teóricos a serem tomados vai se desvelando pelo caminhar. Uma possibilidade de percurso para o acontecer dessa aprendizagem foi o educar poético que lança mão da circularidade hermenêutica enquanto processo de leitura–escuta da obra literária em que, ao dialogar com a obra e questioná-la, o leitor passa a ser por ela questionado, tentando cumprir seu destino: tornar-se humano em travessia: existir. Esta viagem-pesquisa se justifica, tendo em vista que em todo pro-curar vigora o diálogo entre a tensão — dobra entre ser e não-ser — e a tessitura — vigorar de um modo próprio no qual as questões desvelam-se no ser que se destina em cada humano — de um diálogo original que a obra de Guimarães Rosa estabelece com as raízes do pensamento ocidental, em que, em suas narrativas, a viagem-leitura se manifesta no existir, e vice-e-versa, enquanto um processo ontológico pelo qual cada ser humano é levado para além dos limites, habitando a dialética entre ser-e-pensar. No “Porto de chegada”, acolho a viagem e me acolho enquanto experiência poética de atravessamento, percebendo que é pela leitura amorosa de Primeiras Estórias que evidenciamos o trajeto ascensional do humano como projeto poético-existencial desta grandiosa obra de Guimarães Rosa: nossa aprendizagem poética que nos conduz ao existir. |
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2023-02-06T12:58:32Z2023-02-06T12:58:32Z2022-01-10CARVALHO, Taís Salbé. Viajar e existir em Primeiras Estórias, de João Guimarães Rosa. Orientador: Antonio Máximo Ferraz. 2022. 226 f. Tese (Doutorado em Letras) - Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15257. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15257Viajar e existir são questões originárias que nos lançam em pro-cura de nós mesmo, e se manifestam enquanto demanda pela palavra em busca de nos conhecermos enquanto entre-acontecer. Estas questões se dão em diálogo com uma das obras mais originais e originárias de João Guimarães Rosa, Primeiras Estórias, em que manifesta as questões primeiras nas quais o ser humano habita, e que vigoram enquanto linguagem por meio de enredos-questão, personagens-questão, imagens-questão que conduzem o leitor a se perguntar sobre o sentido do ser e da vida, em travessia, enquanto aprendizagem poética, rumo a desvendar a questão-mistério do livro: “Você chegou a existir? Este estudo nasceu com o objetivo de pesquisar como são manifestadas as questões do viajar e do existir em Primeiras Estórias, tendo como hipótese que, pelo diálogo com a obra literária, em que se percebe uma narrativa que projeta o leitor na e pela pro-cura do seu ser, somos lançados em travessia por buscar um educar poético que nos conduza à clareira do questionar, na qual habita o mistério entre o todo saber e o não saber, em busca do que nos é próprio — nossa humanidade, e, por isso, chegamos a existir? O método — méta (entre) hodós (caminho) — a ser percorrido enquanto escolha dos caminhos teóricos a serem tomados vai se desvelando pelo caminhar. Uma possibilidade de percurso para o acontecer dessa aprendizagem foi o educar poético que lança mão da circularidade hermenêutica enquanto processo de leitura–escuta da obra literária em que, ao dialogar com a obra e questioná-la, o leitor passa a ser por ela questionado, tentando cumprir seu destino: tornar-se humano em travessia: existir. Esta viagem-pesquisa se justifica, tendo em vista que em todo pro-curar vigora o diálogo entre a tensão — dobra entre ser e não-ser — e a tessitura — vigorar de um modo próprio no qual as questões desvelam-se no ser que se destina em cada humano — de um diálogo original que a obra de Guimarães Rosa estabelece com as raízes do pensamento ocidental, em que, em suas narrativas, a viagem-leitura se manifesta no existir, e vice-e-versa, enquanto um processo ontológico pelo qual cada ser humano é levado para além dos limites, habitando a dialética entre ser-e-pensar. No “Porto de chegada”, acolho a viagem e me acolho enquanto experiência poética de atravessamento, percebendo que é pela leitura amorosa de Primeiras Estórias que evidenciamos o trajeto ascensional do humano como projeto poético-existencial desta grandiosa obra de Guimarães Rosa: nossa aprendizagem poética que nos conduz ao existir.Traveling and existing are original issues that launch us in search of ourselves, and manifest themselves as a demand for the word in search of knowing ourselves while in between. These questions are in dialogue with one of João Guimarães Rosa's most original and original works, Primeiras Estórias, in which he expresses the primary questions in which human beings inhabit, and which prevail as a language through plot-question, characters-question , question-images that lead the reader to ask himself about the meaning of being and life, in crossing, as poetic learning, towards unraveling the mystery-question of the book: “Did you come to exist? This study was born with the aim of researching how the issues of travel and existence are manifested in First Stories, having as hypothesis that, through the dialogue with the literary work, in which a narrative is perceived that projects the reader into and through the search of its being, we are launched on the crossing to seek a poetic education that leads us to the clearing of questioning, in which the mystery between all knowing and not knowing dwells, in search of what is our own — our humanity, and, for that reason , do we come to exist? The method — méta (between) hodós (path) — to be followed while choosing the theoretical paths to be taken is unveiled along the way. A possible route for this learning to happen was the poetic education that makes use of hermeneutic circularity as a reading-listening process of the literary work in which, when dialoguing with the work and questioning it, the reader becomes questioned by it, trying to fulfill his destiny: to become human in crossing: to exist. This research trip is justified, considering that in all of the search, there is a dialogue between the tension — a fold between being and non-being — and the texture — in force in a specific way in which the questions are unveiled in the being that is intended for each human — from an original dialogue that the work of Guimarães Rosa establishes with the roots of Western thought, in which, in its narratives, the travel-reading manifests itself in existing, and vice-versa, as a process ontological by which each human being is taken beyond the limits, inhabiting the dialectic between being-and-thinking. In "Porto de Arriving", I welcome the trip and welcome myself as a poetic experience of crossing, realizing that it is through the loving reading of First Stories that we show the ascension path of the human as a poetic-existential project of this grandiose work by Guimarães Rosa: our poetic learning that leads us to exist.Submitted by Rejane Coelho (rejanepcs@gmail.com) on 2023-02-06T12:58:21Z No. of bitstreams: 2 Tese_ViajarExistirPrimeiras.pdf: 1388751 bytes, checksum: edba01bb365b92ece01ef63b9507fb23 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Approved for entry into archive by Rejane Coelho (rejanepcs@gmail.com) on 2023-02-06T12:58:32Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Tese_ViajarExistirPrimeiras.pdf: 1388751 bytes, checksum: edba01bb365b92ece01ef63b9507fb23 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Made available in DSpace on 2023-02-06T12:58:32Z (GMT). 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