Sobre corpos insolentes: corpo trans, um ensaio estético da diferença sexual em educação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPA |
Texto Completo: | http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8560 |
Resumo: | Este texto dissertativo situa-se no limiar discursivo entre sexualidade e educação. Apoiado no pensamento trágico e genealógico de Nietzsche e Foucault e no diálogo com Sade, Deleuze e Guattari, Derrida, os estudos que, a pesquisa apresenta a perspectiva do corpo trans como dimensão constitutiva da diferença sexual. Discute a noção de diferença sexual como dimensão fronteiriça e indeterminada da sexualidade e problematiza o paradigma da inclusão como suposto acolhimento da diferença na educação. No campo discursivo da sexualidade, tensiona as categorias “homossexualidade”, “visibilidade” e “identidade de gênero e sexual”, dando atenção à palavra que fala e à palavra que cala, na pronúncia da diferença sexual, para fazer emergir um corpo trans como radicalidade da diferença sexual e como singularidade de encarnação de uma vida singular guiada por uma ascese dionisíaca: o corpo trans como estética subversiva à conformidade da norma e como convite ao “tornar-se aquilo que é”, um transitar do corpo-fronteiriço por diferentes territorialidades, enlaçado à mitologia antiga e à “literatura menor” de Kafka. O trabalho perscruta os diferentes olhares que se constituíram historicamente sobre o corpo, expondo alguns de seus deslocamentos e efeitos discursivos sobre os modos de pensar a relação corpo - diferença sexual, em articulação com a educação. A estética trans é vista por um exercício de liberdade agonística e uma arte da existência capaz de potencializar no corpo sua verdade primeira e fazer dele um espaço de luta política, resistência, arte-transgressão. Nesse ensaio de criação de uma personagem conceitual (o corpo trans), propõe situá-lo enquanto existência menor, de modo a encarnar um valor político e coletivo frente à arbitrariedade da norma, e enquanto exercício de desterritorialização do masculino e do feminino. Enquanto produção de singularidade, interpela e intervém na educação, exigindo um tratamento ético, de modo a torná-la um espaço de promoção do encontro entre multiplicidades conectadas. |
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2017-05-31T12:03:05Z2017-05-31T12:03:05Z2015-06-30CHAVES, Silvane Lopes. Sobre corpos insolentes: corpo trans, um ensaio estético da diferença sexual em educação. 2015. 109 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Educação, Belém, 2015. Programa de Pós-Graduação em Educação.http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8560Este texto dissertativo situa-se no limiar discursivo entre sexualidade e educação. Apoiado no pensamento trágico e genealógico de Nietzsche e Foucault e no diálogo com Sade, Deleuze e Guattari, Derrida, os estudos que, a pesquisa apresenta a perspectiva do corpo trans como dimensão constitutiva da diferença sexual. Discute a noção de diferença sexual como dimensão fronteiriça e indeterminada da sexualidade e problematiza o paradigma da inclusão como suposto acolhimento da diferença na educação. No campo discursivo da sexualidade, tensiona as categorias “homossexualidade”, “visibilidade” e “identidade de gênero e sexual”, dando atenção à palavra que fala e à palavra que cala, na pronúncia da diferença sexual, para fazer emergir um corpo trans como radicalidade da diferença sexual e como singularidade de encarnação de uma vida singular guiada por uma ascese dionisíaca: o corpo trans como estética subversiva à conformidade da norma e como convite ao “tornar-se aquilo que é”, um transitar do corpo-fronteiriço por diferentes territorialidades, enlaçado à mitologia antiga e à “literatura menor” de Kafka. O trabalho perscruta os diferentes olhares que se constituíram historicamente sobre o corpo, expondo alguns de seus deslocamentos e efeitos discursivos sobre os modos de pensar a relação corpo - diferença sexual, em articulação com a educação. A estética trans é vista por um exercício de liberdade agonística e uma arte da existência capaz de potencializar no corpo sua verdade primeira e fazer dele um espaço de luta política, resistência, arte-transgressão. Nesse ensaio de criação de uma personagem conceitual (o corpo trans), propõe situá-lo enquanto existência menor, de modo a encarnar um valor político e coletivo frente à arbitrariedade da norma, e enquanto exercício de desterritorialização do masculino e do feminino. Enquanto produção de singularidade, interpela e intervém na educação, exigindo um tratamento ético, de modo a torná-la um espaço de promoção do encontro entre multiplicidades conectadas.This dissertative text is located in a discursive threshold between sexuality and education. Supported by the tragic and genealogical thought of Nietzsche and Foucault and in the dialogue with Sade, Deleuze and Guattari, Derrida, queer studies, the research presents a trans body perspective as a constitutive dimension of sexual difference. It discusses the notion of sexual difference as boundary and indeterminate dimension of sexuality and questions the paradigm of the inclusion as alleged host of the difference in education. In the discursive field of sexuality, tensions the categories "homosexuality", "visibility" and "gender and sexual identity", paying attention to the word that speaks and to the word that shuts in pronunciation of sexual difference, to the emergence of a trans body as radicality of sexual difference and as uniqueness the embodiment of a singular life guided by a Dionysian asceticism: the trans body as subversive aesthetic to the compliance of the standard and as an invitation to the "become what it is", a transition from body boundary by different territorialities, tied to the old mythology and the "minor literature" of Kafka. The work examines the different views that were historically constituted on the body, exposing some of their movements and discursive effects on the ways of thinking the body relation and sexual difference, in conjunction with education. The trans aesthetic is seen by an exercise of agonistic freedom and an art of existence able to enhance in the body its first truth and make it a political battle space, endurance, art transgression. In this essay of creating a conceptual character (trans body), proposes to situate it as minor existence, in order to embody a collective value against the arbitrariness of the standard, and as an exercise in deterritorialization of male and female. As production of uniqueness, challenges and intervenes in education, requiring an ethical treatment so as to make it a space to promote the meeting among connected multiplicities.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em EducaçãoUFPABrasilInstituto de Ciências da EducaçãoCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::TOPICOS ESPECIFICOS DE EDUCACAOEducação sexualSexo - Diferenças (Educação)Visibilidade transTransexualidadeSobre corpos insolentes: corpo trans, um ensaio estético da diferença sexual em educaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCOSTA, Gilcilene Dias dahttp://lattes.cnpq.br/2934771644021042http://lattes.cnpq.br/2520905775342528CHAVES, Silvane Lopesinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPATEXTDissertacao_SobreCorposInsolentes.pdf.txtDissertacao_SobreCorposInsolentes.pdf.txtExtracted texttext/plain295952http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8560/6/Dissertacao_SobreCorposInsolentes.pdf.txt2e537f47b3c01e1e6a818cbd62b16858MD56ORIGINALDissertacao_SobreCorposInsolentes.pdfDissertacao_SobreCorposInsolentes.pdfapplication/pdf883069http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8560/1/Dissertacao_SobreCorposInsolentes.pdfaf653e41dc93bb37df8747e103621fc5MD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8560/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52license_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8560/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53license_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8560/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/8560/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD552011/85602018-08-23 15:13:56.162oai:repositorio.ufpa.br:2011/8560TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232018-08-23T18:13:56Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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