Geologia e metalogênese do depósito aurífero Ouro Roxo, Província Tapajós, Jacareacanga-PA.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: VELOSO, Ângela Suélem Rocha
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11807
Resumo: O depósito aurífero Ouro Roxo está localizado próximo à vila São José, às margens do rio Pacu, distante em torno de 36 km da sede do município de Jacareacanga, na porção oeste da Província Aurífera do Tapajós, sudoeste do Estado do Pará. O depósito Ouro Roxo consiste em um sistema hidrotermal de veios de quartzo,hospedado em granitóidesmilonitizados da Suíte Intrusiva Tropas, de idade paleoproterozóica, e ontrolado estruturalmente por uma zona de cisalhamento N-S denominada Ouro Roxo-Canta Galo. Os granitoides hospedeiros são granodioritos e tonalitos oxidados, calcioalcalinos, tipo I, com magnetita e titanita, típicos de arco magmático. A zona de cisalhamento é do tipo dúctil-rúptil oblíqua, de baixo a médio ângulo, que afetou os granitóides transformando-os em protomilonitos e milonitos intercalados com zonas de brechas. Os protomilonitos são caracterizados pela predominância de porfiroclastos de plagioclásio, com pouca matriz constituída por fengita, clorita e quartzo, quegradam para milonitos, chegando a formar porções restritas de ultramilonitos com quase 100% de matriz. Nos milonitos, a foliação é definida pela clorita, biotita e fengita que formam feixes orientados (planos C) em torno da direção NNE-SSW mergulhando para ESE. Grãos de quartzo estirados definem uma lineação que indica a direção do movimento oblíquo para NNW. Feições de cisalhamento são freqüentes nessas rochas, tais como, mica-fish, sombras de pressão, calda de recristalização, microboudinagem, etc., que evidenciam uma cinemática sinistral para o cisalhamento. Filões e corpos tubulares de quartzo mineralizados ocorrem encaixados nos milonitos, concordantes com a foliação e envolvidos por halos de alteração hidrotermal bem desenvolvidos. Além da silicificação e sulfetação, mais concentradas nos corpos mineralizados, três tipos de alteração hidrotermal foram reconhecidas nos halos de alteração: 1) alteração propilítica: clorita+fengita+carbonato. Quatro gerações de clorita foram identificadas, sendo a última venular;2) alteração fílica: fengita+quartzo+carbonato+pirita, com três gerações de fengita reconhecidas. 3) carbonatação com três gerações de carbonato, sendo a última venular. Além do quartzo magmático e do quartzo microcristalino dos milonitos, foram reconhecidas cinco gerações de quartzo hidrotermal nos filões, sendo a última em forma de vênulas. O minério está relacionado principalmente com o quartzo 4.O minério é constituído basicamente por pirita e calcopirita, além de bismutinita, bismuto nativo e ouro. Além da pirita associada com ouro, ocorre uma geração precoce magmática (pirita1 ) e uma geração venular tardia deste sulfeto (pirita 3). Duas gerações de calcopirita foram identificadas, sendo que a segunda substitui a pirita 2 associado com o minério. Além do quartzo, clorita, fengita e carbonato constituem os principais minerais de ganga. Azurita, bornita e covelita são minerais supergênicos de cobre provenientes da alteração da calcopirita. O estudo das inclusões fluidas revelou três tipos de fluidos relacionados com o depósito Ouro Roxo: 1) fluido aquoso do sistema H2O-NaCl-MgCl2-FeCl2 de salinidade baixa a moderada que ocorre em cristais de quartzo 3, com Th=180-280°C; 2) salmoura do sistema H2O-NaCl-CaCl2 que ocorre nos quartzos 4 e 6, com Th=270-400°C que sofreu diluição provocada por mistura com água meteórica, baixando sua salinidade e temperatura (Th=120-380°C); 3) fluido aquocarbônico de média salinidade que ocorre nos quartzos 3 e 4, com Th=230-430°C. O fluido aquocarbônico foiinterpretado como o fluido mineralizante relacionado com o cisalhamento, com Th mais baixa em rochas mais rasas e Th mais alta em maior profundidade. As salmouras foram relacionadas geneticamente a um evento magmático aproximadamente contemporâneo ao cisalhamento (Granito Maloquinha?), com Th mais baixa no final do processo residual magmático. As condições de temperatura e pressão de formação do depósito Ouro Roxo foram estimadas pelo geotermômetro da clorita e isócoras calculadas a partir dos dados microtermométricos. Os valores de T-P situam-se entre 315 e 395°C e 2 a 4,2 kb. Dois mecanismos podem ter provocado a deposição do minério: 1) interação fluido-rocha com reações de hidrólise (alterações propilítica e fílica) e sulfetação associada provocaram aumento de fO2 e redução de fS2 ; 2) mistura dos fluidos aquocarbônico e salmoura magmática com aumento de fO2 e diminuição de pH. Estes dois mecanismos favoreceram a deposição do ouro em sítios de transtensão da zona de cisalhamento.A idade de formação do minério, obtida pelo método Pb-Pb em pirita, foi estimada em 1858±130Ma. O erro muito elevado a torna apenas uma idade de referência que evidencia uma relação temporal da mineralização e do cisalhamento com a granitogênese Maloquinha. O ambiente orogênico de arco magmático, o estilo filoneano do depósito, o controle estrutural pela zona de cisalhamento, a alteração hidrotermal (propilítica+fílica+carbonatação), a associação metálica (Au+Cu+Bi), e o fluido mineralizante (aquocarbônico de média salinidade) e a participação de salmoura magmática na deposição do minério são compatíveis com um modelo híbrido (orogênico com participação magmática) para a gênese do depósito aurífero Ouro Roxo.
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spelling 2019-09-17T17:31:57Z2019-09-17T17:31:57Z2011-05-25VELOSO, Ângela Suélem Rocha. Geologia e metalogênese do depósito aurífero Ouro Roxo, Província Tapajós, Jacareacanga-PA. Orientador: Márcio Dias Santos. 2011. 105 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11807. Acesso em: .http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11807O depósito aurífero Ouro Roxo está localizado próximo à vila São José, às margens do rio Pacu, distante em torno de 36 km da sede do município de Jacareacanga, na porção oeste da Província Aurífera do Tapajós, sudoeste do Estado do Pará. O depósito Ouro Roxo consiste em um sistema hidrotermal de veios de quartzo,hospedado em granitóidesmilonitizados da Suíte Intrusiva Tropas, de idade paleoproterozóica, e ontrolado estruturalmente por uma zona de cisalhamento N-S denominada Ouro Roxo-Canta Galo. Os granitoides hospedeiros são granodioritos e tonalitos oxidados, calcioalcalinos, tipo I, com magnetita e titanita, típicos de arco magmático. A zona de cisalhamento é do tipo dúctil-rúptil oblíqua, de baixo a médio ângulo, que afetou os granitóides transformando-os em protomilonitos e milonitos intercalados com zonas de brechas. Os protomilonitos são caracterizados pela predominância de porfiroclastos de plagioclásio, com pouca matriz constituída por fengita, clorita e quartzo, quegradam para milonitos, chegando a formar porções restritas de ultramilonitos com quase 100% de matriz. Nos milonitos, a foliação é definida pela clorita, biotita e fengita que formam feixes orientados (planos C) em torno da direção NNE-SSW mergulhando para ESE. Grãos de quartzo estirados definem uma lineação que indica a direção do movimento oblíquo para NNW. Feições de cisalhamento são freqüentes nessas rochas, tais como, mica-fish, sombras de pressão, calda de recristalização, microboudinagem, etc., que evidenciam uma cinemática sinistral para o cisalhamento. Filões e corpos tubulares de quartzo mineralizados ocorrem encaixados nos milonitos, concordantes com a foliação e envolvidos por halos de alteração hidrotermal bem desenvolvidos. Além da silicificação e sulfetação, mais concentradas nos corpos mineralizados, três tipos de alteração hidrotermal foram reconhecidas nos halos de alteração: 1) alteração propilítica: clorita+fengita+carbonato. Quatro gerações de clorita foram identificadas, sendo a última venular;2) alteração fílica: fengita+quartzo+carbonato+pirita, com três gerações de fengita reconhecidas. 3) carbonatação com três gerações de carbonato, sendo a última venular. Além do quartzo magmático e do quartzo microcristalino dos milonitos, foram reconhecidas cinco gerações de quartzo hidrotermal nos filões, sendo a última em forma de vênulas. O minério está relacionado principalmente com o quartzo 4.O minério é constituído basicamente por pirita e calcopirita, além de bismutinita, bismuto nativo e ouro. Além da pirita associada com ouro, ocorre uma geração precoce magmática (pirita1 ) e uma geração venular tardia deste sulfeto (pirita 3). Duas gerações de calcopirita foram identificadas, sendo que a segunda substitui a pirita 2 associado com o minério. Além do quartzo, clorita, fengita e carbonato constituem os principais minerais de ganga. Azurita, bornita e covelita são minerais supergênicos de cobre provenientes da alteração da calcopirita. O estudo das inclusões fluidas revelou três tipos de fluidos relacionados com o depósito Ouro Roxo: 1) fluido aquoso do sistema H2O-NaCl-MgCl2-FeCl2 de salinidade baixa a moderada que ocorre em cristais de quartzo 3, com Th=180-280°C; 2) salmoura do sistema H2O-NaCl-CaCl2 que ocorre nos quartzos 4 e 6, com Th=270-400°C que sofreu diluição provocada por mistura com água meteórica, baixando sua salinidade e temperatura (Th=120-380°C); 3) fluido aquocarbônico de média salinidade que ocorre nos quartzos 3 e 4, com Th=230-430°C. O fluido aquocarbônico foiinterpretado como o fluido mineralizante relacionado com o cisalhamento, com Th mais baixa em rochas mais rasas e Th mais alta em maior profundidade. As salmouras foram relacionadas geneticamente a um evento magmático aproximadamente contemporâneo ao cisalhamento (Granito Maloquinha?), com Th mais baixa no final do processo residual magmático. As condições de temperatura e pressão de formação do depósito Ouro Roxo foram estimadas pelo geotermômetro da clorita e isócoras calculadas a partir dos dados microtermométricos. Os valores de T-P situam-se entre 315 e 395°C e 2 a 4,2 kb. Dois mecanismos podem ter provocado a deposição do minério: 1) interação fluido-rocha com reações de hidrólise (alterações propilítica e fílica) e sulfetação associada provocaram aumento de fO2 e redução de fS2 ; 2) mistura dos fluidos aquocarbônico e salmoura magmática com aumento de fO2 e diminuição de pH. Estes dois mecanismos favoreceram a deposição do ouro em sítios de transtensão da zona de cisalhamento.A idade de formação do minério, obtida pelo método Pb-Pb em pirita, foi estimada em 1858±130Ma. O erro muito elevado a torna apenas uma idade de referência que evidencia uma relação temporal da mineralização e do cisalhamento com a granitogênese Maloquinha. O ambiente orogênico de arco magmático, o estilo filoneano do depósito, o controle estrutural pela zona de cisalhamento, a alteração hidrotermal (propilítica+fílica+carbonatação), a associação metálica (Au+Cu+Bi), e o fluido mineralizante (aquocarbônico de média salinidade) e a participação de salmoura magmática na deposição do minério são compatíveis com um modelo híbrido (orogênico com participação magmática) para a gênese do depósito aurífero Ouro Roxo.The OuroRoxo gold deposit is located near São José Village at Pacuriver margin, far around 36 km from Jacareacanga city, western Tapajós Gold Province, SW portion of Para State. The OuroRoxo deposit comprises a hydrothermal system of sulfide quartz veins hosted by mylonitegranitoidTropas Intrusive Suitof Paleoproterozoic age. The ore bodies are controlled by a N-S trending shearing known as OuroRoxo-CantaGalo shear zone. The host granitoids are oxidized calc-alkaline granodiorite and tonalite with magnetite and sphene, characterized as magmatic arc granitoids.The OuroRoxoCantaGalo shear zone is a sinistral oblique ductile-brittle shear of low to middle angle which has turned the granitoids into protomylonites and mylonitesinterlayed with breccias zones. The protomylonites are characterized by predominance of porfiroclasts over the matrix composed by phengite, chlorite and quartz which grade into mylonites and minor ultramylonits with almost 100% of matrix. The mylonitic foliation is defined by chlorite, biotite and phengite along NNE-SSW direction dipping to ESE. Stretched quartz grains define a lineation which indicates the oblique tectonic movement to NNW. Shear features such as mica-fish,shadow pressure, tail recristalization and microboudinage are ubiquitous in theses rocks and indicate a sinistral kinematics for shearing. The ore bodies are quartz veins and pipes hosted by mylonites and breccias, surrounded by prominent alteration halos and concordant to mylonitic foliation. Besides silicification and sulfidation more concentrated in the ore bodies, three types of hydrothermal wall-rock alteration were recognized in alteration halos: 1) propilitic alteration: chlorite+phengite+carbonate. Four chlorite generations were identified, the last one being veinlets; 2) phylic alteration: phengite+quartz+carbonate+pyrite, with three phengite generations; 3) carbonatization with three generations of carbonate, the last one beingveinlets. Besides magmatic quartz and microcrystalline quartz of mylonites, five generations of hydrothermal quartz were recognized in the lodes, the last one beingveinlets.The ore shoots are mainly made up by pyrite and chalcopyrite, with minor bismutinite, native bismuth and gold. Besides the pyrite associated to gold and an earlier pyrite magmatic generation, late pyrite veinlets occur. Two generations of chalcopyrite were identified and the second one substitutes the pyrite 2 associated to ore. The main gange minerals are quartz, chlorite, phengite and carbonate. Azurite, bornite and covellite are copper supergenic minerals derived from alteration of chalcopyrite.Three kinds of fluids were identified in vein quartz of the OuroRoxo deposit: 1) low-to-middle salinity aqueous fluid within the H2O-NaCl-MgCl2-FeCl2systemwhich occurs in quartz 3, with Th=180-280°C; 2) brines within the H2O-NaCl-CaCl2 system which occur in quartz 4 and 6, with Th=270-400°C, and underwent dilution brought about by mixing with meteoric water, lowering its salinity and temperature (Th=120-380); 3) middle-salinity aquocarbonic fluid which occurs in quartz 3 and 4, with Th=230-430°C. The aquocarbonic fluid was interpreted as ore fluid related to shear zone with higher Th in ductile conditions. The brines origin was related to a magmatic event coeval to shearing, with lower Th in the end of the residual magmatic process.The temperature and pressure conditions of OuroRoxo deposit formation were estimated using the hydrothermal chlorite geothermometer and the isochors calculated from the fluid inclusion microthermometric data. Values range from 315 to 390°C and 2,0 to 4,2 k b. Two mechanisms were regarded to be the main cause for gold deposition. 1) Fluid- rock interaction brought about increasing of fO2 and reduction of fS2 during hydrolysis (propylitic and phylic alteration) and sulfidation reactions; 2) Mixing between aquocarbonic fluid and magmatic brines induced an increasing of fO2anddecreasing of pH. These two mechanisms would favor gold deposition in transtension sites of the shear zone.The age of ore formation, obtained by Pb-Pb method in pyrite, was estimated around 1858±130Ma. The large error of that age turn it as reference age only which shows a time relationship between the mineralization, the shearing and the Maloquinha granite event. The orogenic magmatic arc environment, the veining style, the structural control by the shear zone, the hydrothermal alteration (propylitic+philic+carbonatization), the metallic association (Au+Cu+Bi), the middle-salinity aquocarbonic ore fluid and the participation of magmatic brines in ore deposition, are all consistent to a hybrid model (orogenic with magmatic participation) for the genisis of the OuroRoxo gold deposit.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em Geologia e GeoquímicaUFPABrasilInstituto de Geociências1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIASGEOLOGIAOuro roxoCisalhamentoMetalogêneseJacareacanga (PA)Geologia e metalogênese do depósito aurífero Ouro Roxo, Província Tapajós, Jacareacanga-PA.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSANTOS, Márcio Diashttp://lattes.cnpq.br/6977793618030488http://lattes.cnpq.br/3652205939361507VELOSO, Ângela Suélem Rochainfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALDissertacao_GeologiaMetalogeneseDeposito.pdfDissertacao_GeologiaMetalogeneseDeposito.pdfapplication/pdf48163841http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/11807/7/Dissertacao_GeologiaMetalogeneseDeposito.pdf378df6db514f3ba1fca8e712e41a212bMD57CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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description O depósito aurífero Ouro Roxo está localizado próximo à vila São José, às margens do rio Pacu, distante em torno de 36 km da sede do município de Jacareacanga, na porção oeste da Província Aurífera do Tapajós, sudoeste do Estado do Pará. O depósito Ouro Roxo consiste em um sistema hidrotermal de veios de quartzo,hospedado em granitóidesmilonitizados da Suíte Intrusiva Tropas, de idade paleoproterozóica, e ontrolado estruturalmente por uma zona de cisalhamento N-S denominada Ouro Roxo-Canta Galo. Os granitoides hospedeiros são granodioritos e tonalitos oxidados, calcioalcalinos, tipo I, com magnetita e titanita, típicos de arco magmático. A zona de cisalhamento é do tipo dúctil-rúptil oblíqua, de baixo a médio ângulo, que afetou os granitóides transformando-os em protomilonitos e milonitos intercalados com zonas de brechas. Os protomilonitos são caracterizados pela predominância de porfiroclastos de plagioclásio, com pouca matriz constituída por fengita, clorita e quartzo, quegradam para milonitos, chegando a formar porções restritas de ultramilonitos com quase 100% de matriz. Nos milonitos, a foliação é definida pela clorita, biotita e fengita que formam feixes orientados (planos C) em torno da direção NNE-SSW mergulhando para ESE. Grãos de quartzo estirados definem uma lineação que indica a direção do movimento oblíquo para NNW. Feições de cisalhamento são freqüentes nessas rochas, tais como, mica-fish, sombras de pressão, calda de recristalização, microboudinagem, etc., que evidenciam uma cinemática sinistral para o cisalhamento. Filões e corpos tubulares de quartzo mineralizados ocorrem encaixados nos milonitos, concordantes com a foliação e envolvidos por halos de alteração hidrotermal bem desenvolvidos. Além da silicificação e sulfetação, mais concentradas nos corpos mineralizados, três tipos de alteração hidrotermal foram reconhecidas nos halos de alteração: 1) alteração propilítica: clorita+fengita+carbonato. Quatro gerações de clorita foram identificadas, sendo a última venular;2) alteração fílica: fengita+quartzo+carbonato+pirita, com três gerações de fengita reconhecidas. 3) carbonatação com três gerações de carbonato, sendo a última venular. Além do quartzo magmático e do quartzo microcristalino dos milonitos, foram reconhecidas cinco gerações de quartzo hidrotermal nos filões, sendo a última em forma de vênulas. O minério está relacionado principalmente com o quartzo 4.O minério é constituído basicamente por pirita e calcopirita, além de bismutinita, bismuto nativo e ouro. Além da pirita associada com ouro, ocorre uma geração precoce magmática (pirita1 ) e uma geração venular tardia deste sulfeto (pirita 3). Duas gerações de calcopirita foram identificadas, sendo que a segunda substitui a pirita 2 associado com o minério. Além do quartzo, clorita, fengita e carbonato constituem os principais minerais de ganga. Azurita, bornita e covelita são minerais supergênicos de cobre provenientes da alteração da calcopirita. O estudo das inclusões fluidas revelou três tipos de fluidos relacionados com o depósito Ouro Roxo: 1) fluido aquoso do sistema H2O-NaCl-MgCl2-FeCl2 de salinidade baixa a moderada que ocorre em cristais de quartzo 3, com Th=180-280°C; 2) salmoura do sistema H2O-NaCl-CaCl2 que ocorre nos quartzos 4 e 6, com Th=270-400°C que sofreu diluição provocada por mistura com água meteórica, baixando sua salinidade e temperatura (Th=120-380°C); 3) fluido aquocarbônico de média salinidade que ocorre nos quartzos 3 e 4, com Th=230-430°C. O fluido aquocarbônico foiinterpretado como o fluido mineralizante relacionado com o cisalhamento, com Th mais baixa em rochas mais rasas e Th mais alta em maior profundidade. As salmouras foram relacionadas geneticamente a um evento magmático aproximadamente contemporâneo ao cisalhamento (Granito Maloquinha?), com Th mais baixa no final do processo residual magmático. As condições de temperatura e pressão de formação do depósito Ouro Roxo foram estimadas pelo geotermômetro da clorita e isócoras calculadas a partir dos dados microtermométricos. Os valores de T-P situam-se entre 315 e 395°C e 2 a 4,2 kb. Dois mecanismos podem ter provocado a deposição do minério: 1) interação fluido-rocha com reações de hidrólise (alterações propilítica e fílica) e sulfetação associada provocaram aumento de fO2 e redução de fS2 ; 2) mistura dos fluidos aquocarbônico e salmoura magmática com aumento de fO2 e diminuição de pH. Estes dois mecanismos favoreceram a deposição do ouro em sítios de transtensão da zona de cisalhamento.A idade de formação do minério, obtida pelo método Pb-Pb em pirita, foi estimada em 1858±130Ma. O erro muito elevado a torna apenas uma idade de referência que evidencia uma relação temporal da mineralização e do cisalhamento com a granitogênese Maloquinha. O ambiente orogênico de arco magmático, o estilo filoneano do depósito, o controle estrutural pela zona de cisalhamento, a alteração hidrotermal (propilítica+fílica+carbonatação), a associação metálica (Au+Cu+Bi), e o fluido mineralizante (aquocarbônico de média salinidade) e a participação de salmoura magmática na deposição do minério são compatíveis com um modelo híbrido (orogênico com participação magmática) para a gênese do depósito aurífero Ouro Roxo.
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