Klitores Kaos e o grito das mulheres: o Punk/HC desemboca numa cena musical feminista em Belém do Pará
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Data de Publicação: | 2023 |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15925 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como foco a cena musical do punk/hc, subgênero do rock, em Belém do Pará, constituída por mulheres como um fazer musical necessário no combate a preconceitos existentes entre pessoas que fazem ou frequentam os ambientes desse gênero, em que predomina, ainda, o sexo masculino, pois o rock e suas vertentes, apesar de representarem transgressão e irem contra opressões e violências do Estado e da sociedade, por vezes, invisibilizam a produção feminina e seus atores ainda praticam machismo, misoginia, dentre outras atitudes que ofendem mulheres. Nesta etnografia abordo a trajetória do punk/hc em Belém do Pará, enfatizando a produção musical feminina/feminista, sendo necessário valorizar essa produção e enfatizar a necessidade do respeito à mulher nesse cenário, pois conforme Rosa e Nogueira “a poesia e a música nascem das rupturas e da dor que transformam. É um processo criativo no sentido amplo onde, ao criarmos caminhos artísticos e de produção de conhecimento próprios, também nos reinventamos como pessoas” (2015, p. 27). Farei uma análise da trajetória, performance, estética e de composições musicais da banda Klitores Kaos que atua reivindicando direitos e empoderando mulheres, num diálogo com Chada (2011), Béhague (1992,1999), Blacking (1973) e Merriam (1964) para tratar de fatores socioeconômicos presentes nas canções; O´Hara (2005) e Caiafa (1985) para abordar o contexto do gênero punk rock . Além da bibliografia estudada, utilizei arquivos de mídia e material da pesquisa de campo antes da pandemia. Conforme análise de performance e estética da banda, sua trajetória e principalmente a análise musical nessa pesquisa, os dados apontam uma produção de protesto, um ‘grito’ de combate ao feminicídio, ao machismo, à misoginia e ao racismo com tomada de espaços por mulheres e o crescente respeito pelo gênero feminino na cena punk/hc, que muitas vezes se confunde com a vida particular dessas mulheres. |
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2023-09-11T17:44:04Z2023-09-11T17:44:04Z2023-03-20MONTEIRO, Keila Michelle Silva. Klitores Kaos e o grito das mulheres: o Punk/HC desemboca numa cena musical feminista em Belém do Pará. Orientadora: Líliam Cristina Barros Cohen. 2023. 150 f. Tese (Doutorado em Artes) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Arte, Belém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15925 . Acesso em:.https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15925A presente pesquisa tem como foco a cena musical do punk/hc, subgênero do rock, em Belém do Pará, constituída por mulheres como um fazer musical necessário no combate a preconceitos existentes entre pessoas que fazem ou frequentam os ambientes desse gênero, em que predomina, ainda, o sexo masculino, pois o rock e suas vertentes, apesar de representarem transgressão e irem contra opressões e violências do Estado e da sociedade, por vezes, invisibilizam a produção feminina e seus atores ainda praticam machismo, misoginia, dentre outras atitudes que ofendem mulheres. Nesta etnografia abordo a trajetória do punk/hc em Belém do Pará, enfatizando a produção musical feminina/feminista, sendo necessário valorizar essa produção e enfatizar a necessidade do respeito à mulher nesse cenário, pois conforme Rosa e Nogueira “a poesia e a música nascem das rupturas e da dor que transformam. É um processo criativo no sentido amplo onde, ao criarmos caminhos artísticos e de produção de conhecimento próprios, também nos reinventamos como pessoas” (2015, p. 27). Farei uma análise da trajetória, performance, estética e de composições musicais da banda Klitores Kaos que atua reivindicando direitos e empoderando mulheres, num diálogo com Chada (2011), Béhague (1992,1999), Blacking (1973) e Merriam (1964) para tratar de fatores socioeconômicos presentes nas canções; O´Hara (2005) e Caiafa (1985) para abordar o contexto do gênero punk rock . Além da bibliografia estudada, utilizei arquivos de mídia e material da pesquisa de campo antes da pandemia. Conforme análise de performance e estética da banda, sua trajetória e principalmente a análise musical nessa pesquisa, os dados apontam uma produção de protesto, um ‘grito’ de combate ao feminicídio, ao machismo, à misoginia e ao racismo com tomada de espaços por mulheres e o crescente respeito pelo gênero feminino na cena punk/hc, que muitas vezes se confunde com a vida particular dessas mulheres.This research focuses on the punk/hc music scene, a subgenre of rock, in Belém do Pará, made up of women as a necessary musical practice in combating existing prejudices among people who perform or frequent environments of this genre, in which predominates , still, the male sex, because rock and its aspects, despite representing transgression and going against oppression and violence from the State and society, sometimes make female production invisible and its actors still practice machismo, misogyny, among other attitudes that offend women. In this ethnography, I approach the trajectory of punk/hc in Belém do Pará, emphasizing female/feminist musical production, making it necessary to value this production and emphasize the need to respect women in this scenario, because, according to Rosa and Nogueira, “poetry and music are born of the ruptures and the pain they transform. It is a creative process in the broadest sense where, by creating artistic paths and producing our own knowledge, we also reinvent ourselves as people” (2015, p. 27). I will analyze the trajectory, performance, aesthetics and musical compositions of the band Klitores Kaos, which works to claim rights and empower women, in a dialogue with Chada (2011), Béhague (1992, 1999), Blacking (1973) and Merriam (1964) to deal with socioeconomic factors present in the songs; O´Hara (2005) and Caiafa (1985) to address the context of the punk rock genre. In addition to the studied bibliography, I used media files and field research material before the pandemic. According to the analysis of the band's performance and aesthetics, its trajectory and mainly the musical analysis in this research, the data point to a production of protest, a 'cry' to combat femicide, sexism, misogyny and racism with women taking up spaces and the growing respect for the female gender in the punk/hc scene, which is often confused with the private lives of these women.porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em ArtesUFPABrasilInstituto de Ciências da ArteAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess1 CD-ROMreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTESTEORIAS E INTERFACES EPISTÊMICAS EM ARTESARTESPUNK/HCFeminismoCorpoGêneroResistênciaKlitores Kaos e o grito das mulheres: o Punk/HC desemboca numa cena musical feminista em Belém do Paráinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisCOHEN, Líliam Cristina Barroshttp://lattes.cnpq.br/0286644614789784http://lattes.cnpq.br/4948011231924736MONTEIRO, Keila Michelle SilvaORIGINALTese_KlitoresKaosGrito.pdfTese_KlitoresKaosGrito.pdfapplication/pdf3543756https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15925/1/Tese_KlitoresKaosGrito.pdfe7be22dc92b590bb6a71349178126dd2MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15925/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15925/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/159252023-09-11 14:48:20.251oai:repositorio.ufpa.br:2011/15925TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232023-09-11T17:48:20Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false |
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