Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: GIFFONI, Johny Fernandes
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: https://orcid.org/0000-0002-0001-5013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPA
Texto Completo: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15030
Resumo: Quilombolas em todo o Brasil gritam de dor! A dor da luta pela sua existência e pelo reconhecimento de suas identidades. Arrancados de sua terra ancestral, a mãe África, negros foram sequestrados e, pelas mãos do colonizador europeu, chegaram ao que denominamos de América Latina. No Brasil, resistiram à escravidão. Outrora, os Quilombos foram símbolo de fuga e da luta contra a opressão do sistema mundo/moderno colonial, hoje se apresentam enquanto oposição ao regime de exploração da natureza pelo capital. O presente trabalho versa sobre os “Protocolos Comunitários-Autônomos de Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado Quilombola” criados pelas comunidades enquanto instrumentos de defesa territorial e de sua identidade. Pretendem através deles exercerem seu direito à autodeterminação, externalizado pelo processo de consulta e consentimento prévio, livre e informado previstos na Convenção n. 169 da OIT, e outros instrumentos jurídicos internacionais. Através da análise do discurso e análise do conteúdo, utilizando da pesquisa teórica e de levantamento bibliográfico, nosso objeto de pesquisa compreende os Protocolos Quilombolas levantados entre os anos de 2014 e 2020. Pretende-se investigar a natureza jurídica dos Protocolos, sua força jurídica e eficácia vinculante tendo como marco teórico o “Pluralismo Jurídico Comunitário Participativo” de Carlos Wolkmer, bem como o discurso das instituições públicas sobre sua legitimidade e sua utilização enquanto expressão das identidades étnicas, cidadania racial, e para resolução dos conflitos socioambientais produzidos nos processos de licenciamento ambiental. A partir da análise dos Protocolos estabelecemos os elementos e os pressupostos do processo administrativo de consulta e consentimento, os quais devem ser realizados pelo governo toda vez que um ato administrativo ou uma lei vier a afetar ou impactar as Comunidades Quilombolas. Enquanto categorias centrais, utilizamos as Teorias da Identidade, da Etnicidade, da Desconstrução, da Justiça Socioambiental, da Cidadania Racial, Decoloniais, o Direito à Autodeterminação, o Constitucionalismo vivenciado no Continente Americano e o Quilombismo de Abdias Nascimento. Boaventura nos subsidiou a entender o conflito social existente entre dogmática da modernidade colonial e a dogmática vivenciada pelos sujeitos subalternos. Os Protocolos propõem-se a ser o meio adequado a ser seguido pelo Estado na realização do processo de Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado.
id UFPA_e3ff49bab9fb05207e38b9a2e7e0a651
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpa.br:2011/15030
network_acronym_str UFPA
network_name_str Repositório Institucional da UFPA
repository_id_str 2123
spelling 2022-11-21T16:41:10Z2022-11-21T16:41:10Z2020-11-17GIFFONI, Johny Fernandes. Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo. Orientador: Eliane Cristina Pinto Moreira. 2020. 291 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Instituto de Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15030. Acesso em:.http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15030Quilombolas em todo o Brasil gritam de dor! A dor da luta pela sua existência e pelo reconhecimento de suas identidades. Arrancados de sua terra ancestral, a mãe África, negros foram sequestrados e, pelas mãos do colonizador europeu, chegaram ao que denominamos de América Latina. No Brasil, resistiram à escravidão. Outrora, os Quilombos foram símbolo de fuga e da luta contra a opressão do sistema mundo/moderno colonial, hoje se apresentam enquanto oposição ao regime de exploração da natureza pelo capital. O presente trabalho versa sobre os “Protocolos Comunitários-Autônomos de Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado Quilombola” criados pelas comunidades enquanto instrumentos de defesa territorial e de sua identidade. Pretendem através deles exercerem seu direito à autodeterminação, externalizado pelo processo de consulta e consentimento prévio, livre e informado previstos na Convenção n. 169 da OIT, e outros instrumentos jurídicos internacionais. Através da análise do discurso e análise do conteúdo, utilizando da pesquisa teórica e de levantamento bibliográfico, nosso objeto de pesquisa compreende os Protocolos Quilombolas levantados entre os anos de 2014 e 2020. Pretende-se investigar a natureza jurídica dos Protocolos, sua força jurídica e eficácia vinculante tendo como marco teórico o “Pluralismo Jurídico Comunitário Participativo” de Carlos Wolkmer, bem como o discurso das instituições públicas sobre sua legitimidade e sua utilização enquanto expressão das identidades étnicas, cidadania racial, e para resolução dos conflitos socioambientais produzidos nos processos de licenciamento ambiental. A partir da análise dos Protocolos estabelecemos os elementos e os pressupostos do processo administrativo de consulta e consentimento, os quais devem ser realizados pelo governo toda vez que um ato administrativo ou uma lei vier a afetar ou impactar as Comunidades Quilombolas. Enquanto categorias centrais, utilizamos as Teorias da Identidade, da Etnicidade, da Desconstrução, da Justiça Socioambiental, da Cidadania Racial, Decoloniais, o Direito à Autodeterminação, o Constitucionalismo vivenciado no Continente Americano e o Quilombismo de Abdias Nascimento. Boaventura nos subsidiou a entender o conflito social existente entre dogmática da modernidade colonial e a dogmática vivenciada pelos sujeitos subalternos. Os Protocolos propõem-se a ser o meio adequado a ser seguido pelo Estado na realização do processo de Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado.Quilombolas throughout Brazil scream in pain! The pain of the struggle for their existence and the recognition of their identities. Plucked from their ancestral land, the mother Africa, blacks were kidnapped and at the hands of the European colonizer they arrived at what we call Latin America. In Brazil, they resisted slavery. In the past, Quilombos were a symbol of flight and of the struggle against the oppression of the colonial world / modern system, today they present themselves as opposition to the regime of exploitation of nature by capital. This paper deals with the “Community-Autonomous Protocols for Prior, Free and Informed Consent and Quilombola Consultation” created by communities as instruments of territorial defense and their identity. Through them, they intend to exercise their right to self-determination, externalized by the process of consultation and prior, free and informed consent provided for in Convention no. 169 of the ILO, and other international legal instruments. Through discourse analysis and content analysis, using theoretical research and bibliographic research, our research object comprises the Quilombola Protocols raised between the years 2014 and 2020. It is intended to investigate the legal nature of the Protocols, their legal strength and binding efficacy based on Carlos Wolkmer's “Community-Participatory Legal Pluralism”, as well as the discourse of public institutions on its legitimacy and its use as an expression of ethnic identities, racial citizenship, and for the resolution of socio-environmental conflicts produced in environmental licensing. Based on the analysis of the Protocols, we establish the elements and assumptions of the administrative consultation and consent process, which must be carried out by the government whenever an administrative act or law comes to affect or impact Quilombola Communities. As central categories, we use the Theories of Identity, Ethnicity, Deconstruction, Social and Environmental Justice, Racial Citizenship, Decolonial, the Right to Self-Determination, Constitutionalism experienced in the American Continent and the Quilombism of Abdias Nascimento. Boaventura helped us to understand the social conflict between dogmatics of colonial modernity and dogmatics experienced by subordinate subjects. The Protocols are intended to be the appropriate means to be followed by the State in carrying out the Prior, Free and Informed Consultation and Consent process.Submitted by Mariza Costa (mariza.costa@yahoo.com.br) on 2022-08-30T20:16:18Z No. of bitstreams: 2 Dissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdf: 2940163 bytes, checksum: 956b4fbaabfd8788d1c5cf0ab8bc2549 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Approved for entry into archive by Karina Rodrigues (karinafr@ufpa.br) on 2022-11-21T16:41:10Z (GMT) No. of bitstreams: 2 Dissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdf: 2940163 bytes, checksum: 956b4fbaabfd8788d1c5cf0ab8bc2549 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5)Made available in DSpace on 2022-11-21T16:41:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Dissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdf: 2940163 bytes, checksum: 956b4fbaabfd8788d1c5cf0ab8bc2549 (MD5) license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) Previous issue date: 2020-11-17porUniversidade Federal do ParáPrograma de Pós-Graduação em DireitoUFPABrasilInstituto de Ciências JurídicasAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessDisponível na internet via SAGITTAreponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITODIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTEDIREITOS HUMANOSProtocolos de consultaLicenciamento ambientalQuilombolasPluralismo jurídico comunitário-participativoProtocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMOREIRA , Eliane Cristina Pintohttp://lattes.cnpq.br/7471628624621314http://lattes.cnpq.br/9760994288820871GIFFONI, Johny Fernandeshttps://orcid.org/0000-0002-0001-5013ORIGINALDissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdfDissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdfapplication/pdf2940163https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15030/1/Dissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdf956b4fbaabfd8788d1c5cf0ab8bc2549MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15030/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81890https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15030/3/license.txt2b55adef5313c442051bad36d3312b2bMD532011/150302023-11-24 14:16:08.792oai:repositorio.ufpa.br:2011/15030TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUGFyw6EgKFJJVUZQQSkgbyBkaXJlaXRvIG7Do28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBwb3IgdG9kbyBvIG11bmRvIG5vIGZvcm1hdG8gaW1wcmVzc28gZSBlbGV0csO0bmljbyBlIGVtIHF1YWxxdWVyIG1laW8sIGluY2x1aW5kbyBvcyBmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gUklVRlBBIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJJVUZQQSBwb2RlIG1hbnRlciBtYWlzIGRlIHVtYSBjw7NwaWEgZGUgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFjay11cCBlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIAoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBkZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRlcMOzc2l0byBkYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIG7Do28sIHF1ZSBzZWphIGRlIHNldSBjb25oZWNpbWVudG8sIGluZnJpbmdlIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBwYXJhIGNvbmNlZGVyIGFvIFJJVUZQQSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gCm91IG5vIGNvbnRlw7pkbyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgUFVCTElDQcOHw4NPIE9SQSBERVBPU0lUQURBIFRFTkhBIFNJRE8gUkVTVUxUQURPIERFIFVNIFBBVFJPQ8ONTklPIE9VIEFQT0lPIERFIFVNQSBBR8OKTkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTywgVk9Dw4ogREVDTEFSQSBRVUUgUkVTUEVJVE9VIFRPRE9TIEUgUVVBSVNRVUVSIERJUkVJVE9TIERFIFJFVklTw4NPIENPTU8gVEFNQsOJTSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBw4fDlUVTIEVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIFJJVUZQQSBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lIChzKSBvdSBvKHMpIG5vbWUocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpa.br/oai/requestriufpabc@ufpa.bropendoar:21232023-11-24T17:16:08Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
title Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
spellingShingle Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
GIFFONI, Johny Fernandes
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Protocolos de consulta
Licenciamento ambiental
Quilombolas
Pluralismo jurídico comunitário-participativo
DIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTE
DIREITOS HUMANOS
title_short Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
title_full Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
title_fullStr Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
title_full_unstemmed Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
title_sort Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo
author GIFFONI, Johny Fernandes
author_facet GIFFONI, Johny Fernandes
https://orcid.org/0000-0002-0001-5013
author_role author
author2 https://orcid.org/0000-0002-0001-5013
author2_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MOREIRA , Eliane Cristina Pinto
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7471628624621314
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9760994288820871
dc.contributor.author.fl_str_mv GIFFONI, Johny Fernandes
https://orcid.org/0000-0002-0001-5013
contributor_str_mv MOREIRA , Eliane Cristina Pinto
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::DIREITO
Protocolos de consulta
Licenciamento ambiental
Quilombolas
Pluralismo jurídico comunitário-participativo
DIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTE
DIREITOS HUMANOS
dc.subject.por.fl_str_mv Protocolos de consulta
Licenciamento ambiental
Quilombolas
Pluralismo jurídico comunitário-participativo
dc.subject.linhadepesquisa.pt_BR.fl_str_mv DIREITOS HUMANOS E MEIO AMBIENTE
dc.subject.areadeconcentracao.pt_BR.fl_str_mv DIREITOS HUMANOS
description Quilombolas em todo o Brasil gritam de dor! A dor da luta pela sua existência e pelo reconhecimento de suas identidades. Arrancados de sua terra ancestral, a mãe África, negros foram sequestrados e, pelas mãos do colonizador europeu, chegaram ao que denominamos de América Latina. No Brasil, resistiram à escravidão. Outrora, os Quilombos foram símbolo de fuga e da luta contra a opressão do sistema mundo/moderno colonial, hoje se apresentam enquanto oposição ao regime de exploração da natureza pelo capital. O presente trabalho versa sobre os “Protocolos Comunitários-Autônomos de Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado Quilombola” criados pelas comunidades enquanto instrumentos de defesa territorial e de sua identidade. Pretendem através deles exercerem seu direito à autodeterminação, externalizado pelo processo de consulta e consentimento prévio, livre e informado previstos na Convenção n. 169 da OIT, e outros instrumentos jurídicos internacionais. Através da análise do discurso e análise do conteúdo, utilizando da pesquisa teórica e de levantamento bibliográfico, nosso objeto de pesquisa compreende os Protocolos Quilombolas levantados entre os anos de 2014 e 2020. Pretende-se investigar a natureza jurídica dos Protocolos, sua força jurídica e eficácia vinculante tendo como marco teórico o “Pluralismo Jurídico Comunitário Participativo” de Carlos Wolkmer, bem como o discurso das instituições públicas sobre sua legitimidade e sua utilização enquanto expressão das identidades étnicas, cidadania racial, e para resolução dos conflitos socioambientais produzidos nos processos de licenciamento ambiental. A partir da análise dos Protocolos estabelecemos os elementos e os pressupostos do processo administrativo de consulta e consentimento, os quais devem ser realizados pelo governo toda vez que um ato administrativo ou uma lei vier a afetar ou impactar as Comunidades Quilombolas. Enquanto categorias centrais, utilizamos as Teorias da Identidade, da Etnicidade, da Desconstrução, da Justiça Socioambiental, da Cidadania Racial, Decoloniais, o Direito à Autodeterminação, o Constitucionalismo vivenciado no Continente Americano e o Quilombismo de Abdias Nascimento. Boaventura nos subsidiou a entender o conflito social existente entre dogmática da modernidade colonial e a dogmática vivenciada pelos sujeitos subalternos. Os Protocolos propõem-se a ser o meio adequado a ser seguido pelo Estado na realização do processo de Consulta e Consentimento Prévio, Livre e Informado.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-11-17
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-11-21T16:41:10Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-11-21T16:41:10Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv GIFFONI, Johny Fernandes. Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo. Orientador: Eliane Cristina Pinto Moreira. 2020. 291 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Instituto de Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15030. Acesso em:.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15030
identifier_str_mv GIFFONI, Johny Fernandes. Protocolos comunitários-autônomos de consulta e consentimento quilombolas: direito e negacionismo. Orientador: Eliane Cristina Pinto Moreira. 2020. 291 f. Dissertação (Mestrado em Direito) - Instituto de Ciências Jurídicas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/15030. Acesso em:.
url http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15030
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Direito
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPA
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Ciências Jurídicas
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Pará
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPA
instname:Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron:UFPA
instname_str Universidade Federal do Pará (UFPA)
instacron_str UFPA
institution UFPA
reponame_str Repositório Institucional da UFPA
collection Repositório Institucional da UFPA
dc.source.uri.pt_BR.fl_str_mv Disponível na internet via SAGITTA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15030/1/Dissertacao_ProtocolosComunitariosAutonomos.pdf
https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15030/2/license_rdf
https://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/15030/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 956b4fbaabfd8788d1c5cf0ab8bc2549
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
2b55adef5313c442051bad36d3312b2b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPA - Universidade Federal do Pará (UFPA)
repository.mail.fl_str_mv riufpabc@ufpa.br
_version_ 1801771929086984192