Ma odisseia na terra-média : uma análise do arquétipo do herói e do sábio sob a perspectiva da fantasia e do maravilhoso mítico
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFPB |
Texto Completo: | https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27779 |
Resumo: | No início do século XX, J.R.R. Tolkien resgatou a forma mitológica na literatura, tornando-se um Mestre da Fantasia. Além de trazer de volta a arte de construir histórias de maneira mítica, ele também resgatou os valores essenciais que fundamentam uma civilização, seguindo os passos dos antigos gregos. A obra selecionada para estudo narra as aventuras de um povo sensato e pacato na mítica Terra-Média, habitada por seres como elfos, duendes e magos. Embora muitos acreditem que se trata apenas de histórias fantasiosas para crianças, essa visão equivocada esconde um tesouro de valor mais profundo: a linguagem mítica e arquetípica que permeiam a obra de Tolkien. Desse modo, o objetivo deste estudo é examinar a obra O Hobbit, considerando as características da fantasia moderna e do maravilhoso mítico que servirão de ambientação para tal. Além de investigar, analisar e compreender os símbolos presentes na narrativa para identificar a imagem arquetípica cultural do herói Bilbo e do sábio Gandalf, através da jornada do herói como representação concreta desses arquétipos, além de se apoiar na obra da Odisseia para esse propósito. Para desenvolver esta monografia, a fundamentação teórica se baseou nos conceitos de Mircea Eliade (2016;1992;2013), Jean-Pierre Vernant (1980;2006;2000) e Pierre Grimal (2009) para compreender a estrutura mitológica presente na literatura, bem como os múltiplos conceitos e significados dos mitos. Também são exploradas as abordagens teóricas da fantasia moderna propostas por Lin Carter (2003), Lucie Armitt (2005) e Farah Medlesohn (2008). E para a sustentação em relação aos conceitos dos arquétipos, será usado a teoria do inconsciente coletivo do psicanalista Carl G. Jung (2000;2013;2008;201) e, por fim, Joseph Campbell (1997;1992;2008;) para o ciclo do herói. Ao final do trabalho, constatou-se que, com a análise do corpus, a jornada empreendida pelos personagens, com as provações e superações, são representações simbólicas pela busca da integração interior e o anseio por alcançar a plenitude do ser representam a conquista do eu sobre os instintos regressivos da mente, tornando-se, portanto, arquétipos do imaginário coletivo de uma sociedade. |
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2023-08-15T14:24:11Z2023-08-15T14:24:11Z2023-06-05https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/27779No início do século XX, J.R.R. Tolkien resgatou a forma mitológica na literatura, tornando-se um Mestre da Fantasia. Além de trazer de volta a arte de construir histórias de maneira mítica, ele também resgatou os valores essenciais que fundamentam uma civilização, seguindo os passos dos antigos gregos. A obra selecionada para estudo narra as aventuras de um povo sensato e pacato na mítica Terra-Média, habitada por seres como elfos, duendes e magos. Embora muitos acreditem que se trata apenas de histórias fantasiosas para crianças, essa visão equivocada esconde um tesouro de valor mais profundo: a linguagem mítica e arquetípica que permeiam a obra de Tolkien. Desse modo, o objetivo deste estudo é examinar a obra O Hobbit, considerando as características da fantasia moderna e do maravilhoso mítico que servirão de ambientação para tal. Além de investigar, analisar e compreender os símbolos presentes na narrativa para identificar a imagem arquetípica cultural do herói Bilbo e do sábio Gandalf, através da jornada do herói como representação concreta desses arquétipos, além de se apoiar na obra da Odisseia para esse propósito. Para desenvolver esta monografia, a fundamentação teórica se baseou nos conceitos de Mircea Eliade (2016;1992;2013), Jean-Pierre Vernant (1980;2006;2000) e Pierre Grimal (2009) para compreender a estrutura mitológica presente na literatura, bem como os múltiplos conceitos e significados dos mitos. Também são exploradas as abordagens teóricas da fantasia moderna propostas por Lin Carter (2003), Lucie Armitt (2005) e Farah Medlesohn (2008). E para a sustentação em relação aos conceitos dos arquétipos, será usado a teoria do inconsciente coletivo do psicanalista Carl G. Jung (2000;2013;2008;201) e, por fim, Joseph Campbell (1997;1992;2008;) para o ciclo do herói. Ao final do trabalho, constatou-se que, com a análise do corpus, a jornada empreendida pelos personagens, com as provações e superações, são representações simbólicas pela busca da integração interior e o anseio por alcançar a plenitude do ser representam a conquista do eu sobre os instintos regressivos da mente, tornando-se, portanto, arquétipos do imaginário coletivo de uma sociedade.In the early 20th century, J.R.R. Tolkien rescued the mythological form in literature, becoming a Master of Fantasy. In addition to bringing back the art of building stories in a mythical way, he also rescued the essential values that underlie a civilization, following in the footsteps of the ancient Greeks. The work selected for study narrates the adventures of a sensible and peaceful people in the mythical Middle-earth, inhabited by beings such as elves, goblins and wizards. Although many believe that these are just fantasy stories for children, this mistaken view hides a treasure of deeper value: the mythical and archetypal language that permeates Tolkien's work. Thus, the aim of this study is to examine the work The Hobbit, considering the characteristics of modern fantasy and the mythical wonder that will serve as a setting for it. In addition to investigating, analyzing and understanding the symbols present in the narrative to identify the archetypal cultural image of the hero Bilbo and the wise Gandalf, through the hero's journey as a concrete representation of these archetypes, in addition to relying on the work of the Odyssey for this purpose. To develop this monograph, the theoretical foundation was based on the concepts of Mircea Eliade (2016;1992;2013), Jean-Pierre Vernant (1980;2006;2000) and Pierre Grimal (2009) to understand the mythological structure present in literature, as well as the multiple concepts and meanings of myths. The theoretical approaches to modern fantasy proposed by Lin Carter (2003), Lucie Armitt (2005) and Farah Medlesohn (2008) are also explored. And for support in relation to the concepts of archetypes, the theory of the collective unconscious of the psychoanalyst Carl G. Jung (2000;2013;2008;201) will be used and, finally, Joseph Campbell (1997;1992;2008;) for the hero cycle. At the end of the work, it was found that, with the analysis of the corpus, the journey undertaken by the characters, with the trials and overcoming, are symbolic representations for the search for inner integration and the desire to reach the fullness of the being represent the conquest of the self on the regressive instincts of the mind, thus becoming archetypes of the collective imagination of a society.Submitted by Jonismar Leão (jonismarkendys@ccae.ufpb.br) on 2023-08-15T14:24:02Z No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) RayssaBatistaAraújo_TCC.pdf: 2375319 bytes, checksum: b99e8f1cba55357b82db62bf53c51541 (MD5) RayssaBatistaAraújo_TERMO.pdf: 595727 bytes, checksum: 5e8bd6ec396227cc5fd5c45f8f1a8c0b (MD5)Approved for entry into archive by Jonismar Leão (jonismarkendys@ccae.ufpb.br) on 2023-08-15T14:24:11Z (GMT) No. of bitstreams: 3 license_rdf: 805 bytes, checksum: c4c98de35c20c53220c07884f4def27c (MD5) RayssaBatistaAraújo_TCC.pdf: 2375319 bytes, checksum: b99e8f1cba55357b82db62bf53c51541 (MD5) RayssaBatistaAraújo_TERMO.pdf: 595727 bytes, checksum: 5e8bd6ec396227cc5fd5c45f8f1a8c0b (MD5)Made available in DSpace on 2023-08-15T14:24:11Z (GMT). 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No início do século XX, J.R.R. Tolkien resgatou a forma mitológica na literatura, tornando-se um Mestre da Fantasia. Além de trazer de volta a arte de construir histórias de maneira mítica, ele também resgatou os valores essenciais que fundamentam uma civilização, seguindo os passos dos antigos gregos. A obra selecionada para estudo narra as aventuras de um povo sensato e pacato na mítica Terra-Média, habitada por seres como elfos, duendes e magos. Embora muitos acreditem que se trata apenas de histórias fantasiosas para crianças, essa visão equivocada esconde um tesouro de valor mais profundo: a linguagem mítica e arquetípica que permeiam a obra de Tolkien. Desse modo, o objetivo deste estudo é examinar a obra O Hobbit, considerando as características da fantasia moderna e do maravilhoso mítico que servirão de ambientação para tal. Além de investigar, analisar e compreender os símbolos presentes na narrativa para identificar a imagem arquetípica cultural do herói Bilbo e do sábio Gandalf, através da jornada do herói como representação concreta desses arquétipos, além de se apoiar na obra da Odisseia para esse propósito. Para desenvolver esta monografia, a fundamentação teórica se baseou nos conceitos de Mircea Eliade (2016;1992;2013), Jean-Pierre Vernant (1980;2006;2000) e Pierre Grimal (2009) para compreender a estrutura mitológica presente na literatura, bem como os múltiplos conceitos e significados dos mitos. Também são exploradas as abordagens teóricas da fantasia moderna propostas por Lin Carter (2003), Lucie Armitt (2005) e Farah Medlesohn (2008). E para a sustentação em relação aos conceitos dos arquétipos, será usado a teoria do inconsciente coletivo do psicanalista Carl G. Jung (2000;2013;2008;201) e, por fim, Joseph Campbell (1997;1992;2008;) para o ciclo do herói. Ao final do trabalho, constatou-se que, com a análise do corpus, a jornada empreendida pelos personagens, com as provações e superações, são representações simbólicas pela busca da integração interior e o anseio por alcançar a plenitude do ser representam a conquista do eu sobre os instintos regressivos da mente, tornando-se, portanto, arquétipos do imaginário coletivo de uma sociedade. |
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