Síntese e caracterização de um cimento a base de hidroxiapatita dopado com óxido de nióbio para uso em procedimentos de regeneração óssea

• Autor(a) principal: Farias, Ítalo de Lima
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26900
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA; Materiais Biocompatíveis; Durapatita; Hidrogel; Biocompatible materials; Durapatite; Hydrogel

A utilização de enxertos em procedimentos de regeneração óssea é uma prática clínica comum na odontologia, a fim de assegurar formação óssea para sustentação dos tecidos moles, ou possibilitar a realização de procedimentos reconstrutivos no complexo bucomaxilofacial. Para tanto, diversos tipos de biomateriais podem ser utilizados, sendo a hidroxiapatita sintética uma alternativa com preço reduzido. Características como biocompatibilidade, bioatividade e osteocondução possibilitam sua utilização para esta finalidade. Porém, sua utilização em procedimentos clínicos diretos é prejudicada mediante sua baixa resistência mecânica e pouca radiopacidade. Sob esse viés, o objetivo deste estudo foi desenvolver um cimento a base de hidroxiapatita e dopado com óxido de nióbio como material radiopacificador para ser utilizado em procedimentos odontológicos de regeneração óssea. Para tanto, hidroxiapatita foi sintetizada pelo método úmido de precipitação, a qual foi adicionada óxido de nióbio e uma matriz de hidrogel a base de carboximetilcelulose, silicato de cálcio, glicerina e água. Os produtos foram caracterizados quanto a morfologia, características físico-químicas por meio de difratometria de raios-x, espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier, tempo de presa, trabalhabilidade e fluidez, análise radiográfica, pH e microestrutura por microscopia eletrônica de varredura. Os resultados mostraram que foi possível obter um cimento a base de hidroxiapatita e nióbio, sem alteração das fases iniciais dos reagentes, apresentando radiopacidade, boa trabalhabilidade e fluidez para ser utilizado por meio de dispositivos como seringas. Além disso, o material apresentou pH básico que favorece possível atividade antimicrobiana e crescimento celular. Morfologicamente a análise microscópica revelou uma microestrutura porosa que pode permitir o crescimento celular e transporte de nutrientes in vivo. O cimento obtido mostrou resultados promissores a fim de ser aplicado em cirurgias por meio de procedimentos minimamente invasivos, sendo um material moldável indicado para preenchimento de defeitos ósseos irregulares, com possibilidade de acompanhamento clínico radiográfico, bem como utilização na engenharia tecidual.